A Santa Missa
Testemunho de Catalina
Propriedade registrada © 2004, La Gran Cruzada del Amor y Misericordia. Todos os direitos reservados. Este livro é publicado em coordenação com o Apostolado de la Nueva Evangelización (ANE - Apostolado da Nova Evangelização)
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Imprimatur de Mons. José Oscar Barahona C., Bispo de San Vicente (El Salvador, C.A.)
“Li atentamente o impresso A Santa Missa, Testemunho de Catalina, Missionária leiga do Coração Misericordioso de Jesus, e não encontro nele nada contrário à Sagrada Escritura nem à doutrina da Igreja; pelo contrário, creio sinceramente que é um testemunho de sublime ensinamento sobre o mistério da Santa Missa. Recomendo vivamente sua leitura e meditação a sacerdotes e leigos para uma melhor compreensão e vivência do Santo Sacrifício do Altar”
San Vicente, 2 de março de 2004
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Se Jesus falou ao seu coração enquanto você lia este livro, por favor, compartilhe estas palavras, tirando cópias deste documento para divulgá-lo para pessoas que você julgue que serão abençoadas por esta leitura. Por favor, permita que o Espírito Santo o guie na evangelização, de acordo com os dons que Ele lhe concedeu.
DEDICATÓRIA
A Sua Santidade, João Paulo II, Primeiro apóstolo da Nova Evangelização, de cujo exemplo os leigos recebemos fé, coragem e piedade.
Com imensa gratidão e amor,
A todos os sacerdotes: cordão umbilical de Deus com os homens, que transmitem a graça divina através do perdão e da Consagração Eucarística.
Catalina
Disseram-lhe: Senhor, dá-nos sempre deste pão! Jesus replicou: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”. (Jo 6,34-35)
Então Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6,53-54)
“Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim.” (Jo 6,55-57)
“Quem come deste pão viverá eternamente.” (Jo 6,58)
TESTEMUNHO DE CATALINA
Na maravilhosa catequese com a qual o Senhor e a Virgem Maria nos têm instruído - em primeiro lugar mostrando-nos o modo de rezar o Santo Rosário, de rezar com o coração, de meditar e desfrutar os momentos de encontro com Deus e com nossa Mãe bendita; a maneira de se confessar bem - está a do conhecimento do que acontece na Santa Missa e o modo de vivê-la com o coração.
Este é o testemunho que devo e quero dar ao mundo inteiro, para maior Glória de Deus e para a salvação de todo aquele que queira abrir seu coração ao Senhor. Para que muitas almas consagradas a Deus reavivem o fogo do amor a Cristo - as que são donas das mãos que têm o poder de trazê-Lo à terra para que seja nosso alimento, e as outras, para que percam o “costume rotineiro” de recebê-Lo e revivam o assombro do encontro cotidiano com o amor. Para que meus irmãos e irmãs leigos do mundo inteiro vivam o maior dos Milagres com o coração: a celebração Eucarística.
Era a vigília do dia da Anunciação e os componentes do nosso grupo tínhamos ido confessar. Algumas das senhoras do grupo de oração não conseguiram fazê-lo e deixaram sua confissão para o dia seguinte, antes da Santa Missa.
Quando cheguei no dia seguinte à igreja, um pouco atrasada, o senhor Arcebispo e os sacerdotes já estavam saindo do presbitério: Disse a Virgem com aquela voz tão suave e feminina que imediatamente enche a alma de doçura:
“Hoje é um dia de aprendizagem para ti e quero que prestes muita atenção, porque do que fores testemunho hoje, tudo o que viveres neste dia, terás que dar a conhecer à humanidade”.
Fiquei surpresa e sem compreender, mas procurando estar bem atenta. A primeira coisa que percebi é que havia um coro de vozes muito belas que cantavam como se estivessem longe, aproximando-se às vezes, e logo se afastava a música como se fosse com o barulho do vento.
O senhor Arcebispo começou a Santa Missa e, ao chegar a Oração Penitencial, disse a Santíssima Virgem:
“Do fundo de teu coração, pede perdão ao Senhor por todas as tuas culpas, por tê-Lo ofendido, assim poderás participar dignamente deste privilégio que é assistir à Santa Missa.”
Certamente que por uma fração de segundo pensei: “Mas se estou na Graça de Deus, pois acabo de me confessar a noite passada”.
Ela replicou: “E crês que desde a noite passada não ofendeste ao Senhor? Deixa-me que te recorde algumas coisas. Quando saías para vir aqui, a moça que te ajuda se aproximou para te pedir algo e, como estavas atrasada, com pressa, não respondeste de bom modo. Isso foi uma falta de caridade de tua parte e dizes não ter ofendido a Deus?...”
“No caminho para cá, um ônibus atravessou o teu caminho, quase se chocando contigo, e te expressaste de modo pouco conveniente contra o pobre homem, em lugar de vires fazendo tuas orações, preparando-te para a Santa Missa. Faltaste com a caridade e perdeste a paz, a paciência. E dizes não ter ferido o Senhor?”
“Chegas no último minuto, quando a procissão dos celebrantes está saindo para celebrar a Missa... e vais participar dela sem uma preparação prévia...”
– Ah, minha Mãe, não me digais mais, não me recordeis mais coisas porque morrerei de pesar e vergonha – respondi.
“Por que tendes que chegar no último minuto? Deveríeis estar antes para poder fazer uma oração e pedir ao Senhor que envie Seu Espírito Santo, que vos dê um espírito de paz que lance para fora o espírito do mundo, as preocupações, os problemas e as distrações para serdes capazes de viver este momento tão sagrado.
Mas chegais quase ao começar da celebração, e participais como se participásseis de um evento qualquer, sem nenhuma preparação espiritual. Por quê? É o maior Milagre, Ides viver o momento do maior dom da parte do Altíssimo e não sabeis apreciar.”
Era bastante. Sentia-me tão mal que tive mais do que o suficiente para pedir perdão a Deus, não somente pelas faltas desse dia, mas por todas as vezes em que, como muitíssimas outras pessoas, esperei que terminasse a homilia do sacerdote para entrar na igreja. Pelas vezes que não soube ou me neguei a compreender o que significava estar ali, pelas vezes que talvez tendo minha alma cheia de pecados mais graves, tinha me atrevido a participar da Santa Missa.
Era dia de Festa e se devia recitar o Glória. Disse Nossa Senhora: - “Glorifica e bendiz com todo o teu amor à Santíssima Trindade em reconhecimento como Sua criatura”.
Como foi diferente aquele Glória! Logo me vi em um lugar distante, cheio de luz ante a Presença Majestosa do Trono de Deus, e com todo amor fui agradecendo ao repetir: “...Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai Todo-Poderoso: nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por Vossa imensa Glória. (e evoquei o rosto paterno do Pai, cheio de bondade...) Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai...” e Jesus estava diante de mim, com esse Rosto cheio de ternura e Misericórdia: “...Só Vós sois o Santo, só Vós, o Senhor, só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo...” o Deus do formoso Amor, Aquele que neste momento estremecia todo o meu ser...
E pedi: “Senhor, libertai-me de todo mau espírito; meu coração Vos pertence, Senhor meu. Enviai-me Vossa paz para conseguir tirar o melhor proveito desta Missa e que minha vida dê seus melhores frutos. Espírito Santo de Deus, transformai-me, agi em mim, guiai-me. Oh Deus, dai-me os dons de que necessito para Vos servir melhor...!”
Chegou o momento da Liturgia da Palavra e a Virgem me fez repetir:
“Senhor, hoje quero escutar Vossa Palavra e produzir abundantes frutos, que o Vosso Santo Espírito limpe o terreno de meu coração, para que Vossa Palavra cresça e se desenvolva; purificai meu coração para que esteja bem disposto.”
“Quero que estejas atenta às leituras e a toda a homilia do sacerdote. Recorda que a Bíblia diz que a Palavra de Deus não volta sem ter dado fruto. Se estiveres atenta, ficará algo em ti de tudo o que escutares.
Deves tratar de lembrar-te o dia todo essas Palavras que deixaram marca em ti.
Serão por vezes duas frases, logo será a leitura inteira do Evangelho, talvez uma só palavra; saboreia o resto do dia e isso ganhará carne em ti porque essa é a forma de transformar a vida, fazendo com que a Palavra de Deus te transforme totalmente”.
“E agora, diz ao Senhor que estás aqui para escutar o que Ele quiser dizer hoje ao teu coração”.
Novamente agradeci a Deus por me dar a oportunidade de ouvir Sua Palavra e Lhe pedi perdão por ter tido o coração tão duro por tantos anos, e por ter ensinado a meus filhos que deviam ir à Missa aos domingos porque assim a Igreja mandava, não por amor, por necessidade de encher-se de Deus...
Eu que havia assistido a tantas Celebrações, mais por compromisso; e com isso acreditava estar salva. Vivê-la, nem sonhar; prestar atenção às leituras e à homilia do sacerdote, muito menos.
Quanta dor senti por tantos anos de perda inútil, por minha ignorância! Quanta superficialidade nas Missas a que assistimos porque é um casamento, uma Missa por um defunto ou porque temos que ser vistos com a sociedade!
Quanta ignorância sobre nossa Igreja e sobre os Sacramentos! Quanto desperdício em querer instruir-nos e sermos cultos nas coisas do mundo, que em um momento podem desaparecer sem ficarmos com nada, e que no final da vida não nos servem nem para aumentar em um minuto a nossa existência! E no entanto, daquilo que nos vai dar um pouco do céu na terra, e portanto a vida eterna, nada sabemos. E nos consideramos homens e mulheres cultos!...
Um momento depois chegou o Ofertório e a Santíssima Virgem disse “Reza assim: (e eu a acompanhava) «Senhor, eu Vos ofereço tudo o que sou, o que tenho, o que posso, tudo coloco em Vossas mãos. Edificai Vós, Senhor, com o pouco que sou. Pelos méritos de Vosso Filho, transformai-me, Deus Altíssimo. Peço-Vos por minha família, por meus benfeitores, por cada membro de nosso Apostolado, por todas as pessoas que nos combatem, por aqueles que se encomendam às minhas pobres orações... Ensinai-me a pôr meu coração no chão para que o caminhar deles seja menos penoso.» Assim rezavam os santos, assim desejo que façais”.
É que assim pede Jesus, que coloquemos o coração no chão para que os outros não sintam a dureza, mas que os aliviemos com a dor daquele pisão. Anos depois li um livrinho de orações de um Santo a quem muito quero: Josemaría Escrivá de Balaguer – e ali pude encontrar uma oração parecida com a que me ensinava a Virgem. Talvez esse Santo a quem me encomendo agradava à Virgem Santíssima com aquelas orações.
Logo começaram a ficar em pé umas figuras que nunca tinha visto antes. Era como se ao lado de cada pessoa que estava na Catedral, saísse outra pessoa, e o lugar se encheu de uns personagens jovens, belos. Vestiam-se com túnicas muito brancas e foram saindo até o corredor central, dirigindo-se para o Altar.
Disse nossa Mãe: “Observa, são os Anjos da Guarda de cada uma das pessoas que estão aqui. É o momento em que vosso Anjo da Guarda leva vossas oferendas e pedidos ante o Altar do Senhor.”
Naquele momento eu estava completamente assombrada, porque esses seres tinham rostos tão formosos, tão radiantes como não se pode imaginar. Tinham rostos muito lindos, quase femininos, no entanto a compleição de seus corpos, suas mãos, sua estatura, era de homens. Os pés descalços não pisavam o solo, mas era como se deslizassem, escorregassem. Aquela procissão era muito bonita.
Alguns deles tinham como uma fonte de ouro com algo que brilhava muito com uma luz branco-dourada; disse a Virgem:
“São os Anjos da Guarda das pessoas que estão oferecendo esta Santa Missa por muitas intenções, aquelas pessoas que estão conscientes do que significa esta celebração, aquelas que têm algo a oferecer ao Senhor...”
“Oferecei neste momento..., oferecei vossas penas, vossas dores, vossos sonhos, vossas tristezas, vossas alegrias, vossos pedidos. Lembrai-vos de que a Missa tem um valor infinito, portanto, sede generosos em oferecer e em pedir.”
Atrás dos primeiros Anjos vinham outros que nada tinham nas mãos, levavam- nas vazias. Disse a Virgem:
“São os Anjos das pessoas que, estando aqui, nunca oferecem nada, que não têm interesse em viver cada momento litúrgico da Missa e não têm oferecimentos para levar ante o Altar do Senhor.”
Por último iam outros Anjos que estavam meio tristonhos, com as mãos unidas em oração mas com os olhos baixos. “São os Anjos da Guarda das pessoas que, estando aqui, não estão, isto é, das pessoas que vieram forçadas, que vieram por obrigação, mas sem nenhum desejo de participar da Santa Missa. E os Anjos vão tristes porque não têm o quê levar diante do Altar, salvo suas próprias orações.”
“Não entristeçais o vosso Anjo da Guarda... Pedi muito, pedi pela conversão dos pecadores, pela paz do mundo, por vossos familiares, vossos vizinhos, por aqueles que se encomendam a vossas orações. Pedi, pedi muito, não somente por vós, mas pelos outros.”
“Lembrai-vos de que o oferecimento que mais agrada ao Senhor é quando ofereceis a vós mesmos como holocausto, para que Jesus, ao descer, vos transforme por Seus próprios méritos. Que tendes a oferecer ao Pai por vós mesmos? O nada e o pecado; mas ao vos oferecer unidos aos méritos de Jesus, esse oferecimento é agradável ao Pai.”
Aquele espetáculo, aquela procissão era tão bela, que dificilmente seria comparável a outra. Todas aquelas criaturas celestes fazendo uma reverência diante do Altar, umas deixando sua oferenda no chão, outras prostrando-se de joelhos com o rosto quase ao solo e, assim que ali chegavam, desapareciam de minha vista.
Chegou o momento final do Prefácio e quando a assembléia dizia: “Santo, Santo, Santo”, imediatamente tudo o que estava atrás dos celebrantes desapareceu. Do lado esquerdo do senhor Arcebispo para trás, em forma diagonal, apareceram milhares de Anjos, pequenos, Anjos grandes, Anjos com asas imensas, Anjos com asas pequenas, Anjos sem asas, como os anteriores; todos vestidos com umas túnicas como as albas brancas dos sacerdotes ou dos coroinhas.
Todos se ajoelhavam com as mãos unidas em oração e em reverência inclinavam a cabeça. Escutava-se uma música maravilhosa, como se fossem numerosíssimos coros com vozes diferentes e todos diziam em uníssono com o povo: Santo, Santo, Santo...
Havia chegado o momento da Consagração, o momento do mais maravilhoso Milagre... Do lado direito do Arcebispo para trás, também em forma diagonal, uma multidão de pessoas vestia túnicas em tons pastel: rosa, verde, azul, lilás, amarelo; enfim, de diferentes cores suaves. Seus rostos também eram luminosos, cheios de alegria, pareciam ter todos a mesma idade. Podia-se ver (e não consigo dizer como) que havia pessoas de diferentes idades, mas todos se assemelhavam nos rostos, sem rugas, felizes. Todos também se ajoelhavam no canto de “Santo, Santo, Santo, é o Senhor...”
Disse Nossa Senhora:
“São todos os Santos e Bem-aventurados do céu, e entre eles também estão os vossos antepassados que já gozam da Presença de Deus”.
Então eu A vi. Ali justamente à direita do senhor Arcebispo... um passo atrás do celebrante, estava um pouco suspensa acima do solo, ajoelhada sobre tecidos muito finos, transparentes mas luminosos, como água cristalina, a Santíssima Virgem, com as mãos unidas, olhando atenta e respeitosamente para o celebrante.
Falava-me dali, mas silenciosamente, diretamente ao coração, sem olhar para mim.
“Chama a tua atenção o fato de Me ver um pouco atrás do Monsenhor, não é verdade? Assim deve ser... Com todo o amor que Me tem o Meu Filho, não Me deu a dignidade que dá a um sacerdote de poder trazê-Lo em Minhas mãos diariamente, como o fazem as mãos sacerdotais. Por isso sinto tão profundo respeito por um sacerdote e por todo o milagre que Deus realiza através dele, que Me obriga a ajoelhar-Me aqui.”
Deus meu, quanta dignidade, quanta graça derrama o Senhor sobre as almas sacerdotais e nem nós, talvez nem muitos deles estejam conscientes disso!
Diante do altar, começaram a sair umas sombras de pessoas de cor cinza que levantavam as mãos para cima. Disse a Virgem Santíssima:
“São as almas benditas do Purgatório que estão à espera das vossas orações para se refrescarem. Não deixeis de rezar por elas. Pedem por vós, mas não podem pedir por elas mesmas, sois vós que deveis pedir por elas para ajudá-las a sair para encontrarem-se com Deus e Dele gozar eternamente”.
“Vê, aqui estou o tempo todo... As pessoas fazem peregrinações e procuram os lugares de Minhas aparições, e é bom por todas as graças que ali recebem, mas em nenhuma aparição, em nenhum lugar estou mais tempo presente do que na Santa Missa. Ao pé do Altar onde se celebra a Eucaristia, sempre ireis encontrar-Me; ao pé do Sacrário permaneço com os Anjos, porque estou sempre com Ele”.
Ver esse rosto formoso da Mãe naquele momento do “Santo”, igual a todos eles, com o rosto resplandecente, com as mãos juntas à espera daquele milagre que se repete continuamente, era estar no próprio céu. E pensar que há gente, pessoas que ficam nesse momento distraídas, falando... Com pesar digo que há muitos homens, mais do que mulheres, que de pé cruzam os braços como se rendessem homenagem ao Senhor de pé, de igual para igual.
Disse a Virgem: “Diz ao ser humano, que nunca um homem é mais homem do que quando dobra os joelhos diante de Deus”.
O celebrante disse as palavras da “Consagração”. Era uma pessoa de estatura normal, mas imediatamente começou a crescer, a ficar cheio de luz, uma luz sobrenatural entre branca e dourada o envolvia e se fazia muito forte no rosto, de modo que não podia ver seus traços. Quando elevava a hóstia vi suas mãos e elas tinham umas marcas no dorso, das quais saía muita luz. Era Jesus!... Era Ele que com Seu Corpo envolvia o do celebrante como se rodeasse amorosamente as mãos do senhor Arcebispo. Nesse momento a Hóstia começou a crescer e crescer, enorme, e nela, o Rosto maravilhoso de Jesus olhando para Seu povo.
Por instinto quis baixar a cabeça e Nossa Senhora disse: “Não baixes os olhos, levanta-os, contempla-O, cruza olhares com Ele e repete a oração de Fátima: Senhor, eu creio, adoro, espero e Vos amo; peço-Vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Perdão e Misericórdia... Agora diz a Ele o quanto O amas, rende homenagem ao Rei dos reis”.
Como disse, parecia que a enorme Hóstia olhava somente para mim, mas soube que assim contemplava cada pessoa, cheio de amor... Logo abaixei a cabeça até ter a testa no chão, como faziam todos os Anjos e bem-aventurados do Céu. Por uma fração de segundo talvez, pensei o que era aquilo, que Jesus tomava o corpo do celebrante e ao mesmo tempo estava na Hóstia que, quando o celebrante baixava, tornava-se novamente pequena. Eu tinha as faces cheias de lágrimas, não podia sair de meu assombro.
Imediatamente o Monsenhor disse as palavras da consagração do vinho e, junto com suas palavras, começaram uns relâmpagos no céu e ao fundo. A igreja não tinha teto nem paredes, estava tudo escuro, somente aquela luz brilhante no Altar.
Logo vi, suspenso no ar, Jesus crucificado, da cabeça até a cintura. A haste transversal da cruz estava sustida por umas mãos grandes, fortes. Do meio daquele resplendor se desprendeu uma luzinha como de uma pomba muito pequena e muito brilhante; velozmente, deu uma volta em toda a igreja e foi pousar no ombro esquerdo do senhor Arcebispo que continuava sendo Jesus, porque eu podia distinguir Seus cabelos e Suas chagas luminosas, Seu corpo grande, mas não via Seu Rosto.
Acima, Jesus crucificado estava com o rosto caído sobre o ombro direito. Eu podia contemplar o rosto e os braços machucados e descarnados. Do lado direito tinha uma ferida no peito e saía aos borbotões, para a esquerda sangue e à direita penso que água, mas muito brilhante; eram mais jorros de luz que se iam dirigindo para os fiéis, movendo-se à direita e à esquerda. Espantava-me a quantidade de sangue que fluía para dentro do Cálice! Pensei que iria transbordar e manchar todo o Altar, mas não caiu uma só gota!
Nesse momento, disse a Virgem: “Este é o milagre dos milagres; já te disse, para o Senhor não existe tempo nem distância e, no momento da consagração, toda a assembléia é transportada ao pé do Calvário no instante da crucificação de Jesus”.
Alguém pode imaginar isso? Nossos olhos não podem ver, mas estamos todos lá, no momento em que O estão crucificando e Ele está pedindo perdão ao Pai, não somente por aqueles que O matam, mas por cada um de nossos pecados:
“Pai, perdoai-os, não sabem o que fazem!”
A partir daquele dia, não me importa se me tomam por louca, mas peço a todos que se ajoelhem, que tratem de viver com o coração e toda a sensibilidade de que são capazes, aquele privilégio que o Senhor nos concede.
Quando íamos rezar o Pai Nosso, o Senhor falou pela primeira vez durante a celebração, e disse:
“Espero, quero que rezes com a maior profundidade que sejas capaz, e que neste momento, tragas a tua memória a pessoa ou as pessoas que mais mal te hajam feito durante tua vida, para que as abraces junto a teu peito e lhes digas de todo coração: “Em Nome de Jesus eu te perdôo e te desejo a paz. Em Nome de Jesus te peço perdão e desejo minha paz.” Se essa pessoa merecer a paz, recebê-la-á e lhe fará muito bem; se essa pessoa não for capaz de se abrir para a paz, essa paz voltara ao teu coração. Mas não quero que recebas e dês a paz a outras pessoas quando não fores capaz de perdoar e sentir essa paz primeiro em teu coração.”
“Cuidado com o que fazeis” – continuou o Senhor – “Vós repetis no Pai Nosso: perdoai-nos assim como perdoamos a quem nos têm ofendido. Se vós sois capazes de perdoar mas não esquecer, como alguns dizem, estais condicionando o perdão de Deus. Estais dizendo: perdoa-me somente como eu sou capaz de perdoar, e não mais que isso.”
Não sei como explicar minha dor, ao compreender o quanto podemos ferir ao Senhor e quanto podemos ferir a nós mesmos com tantos rancores, sentimentos maus e coisas feias que nascem dos complexos e das suscetibilidades. Perdoei, perdoei de coração e pedi perdão a todos os que me haviam machucado alguma vez, para sentir a paz do Senhor.
O celebrante dizia: “...dai-nos a paz e a unidade”... e então: “a paz do Senhor esteja convosco...”
Imediatamente vi que entre algumas pessoas que se abraçavam (não todas), aparecia uma luz muito intensa; soube que era Jesus e praticamente me atirei para abraçar a pessoa que estava ao meu lado. Pude sentir verdadeiramente o abraço do Senhor nessa luz, era Ele que me abraçava para me dar Sua paz, porque nesse momento eu havia sido capaz de perdoar e de tirar de meu coração toda dor que sentia contra outras pessoas. É isso o que Jesus quer, compartilhar esse momento de alegria abraçando-nos para desejar-nos Sua Paz.
Chegou o momento da comunhão dos celebrantes e voltei a notar a presença de todos os sacerdotes junto ao Monsenhor. Quando ele comungava, disse a Virgem:
“Este é o momento de pedir pelo celebrante e por todos os sacerdotes que o acompanham; repete Comigo: Senhor, bendizei-os, santificai-os, ajudai-os, purificai-os, amai-os, cuidai e sustentai-os com Vosso Amor... Lembrai de todos os sacerdotes do mundo, rezai por todas as almas consagradas...”
Queridos irmãos, esse é o momento em que devemos pedir porque eles são Igreja, como também somos nós os leigos. Muitas vezes os leigos exigimos muito dos sacerdotes, mas somos incapazes de rezar por eles, de entender que são pessoas humanas, de compreender e avaliar a solidão que muitas vezes pode rodear um sacerdote.
Devemos compreender que os sacerdotes são pessoas como nós e que precisam de compreensão, cuidado, que precisam de afeto, atenção de nossa parte, porque estão dando suas vidas por cada um de nós, como Jesus, consagrando-se a Ele.
O Senhor quer que as pessoas do rebanho que Deus lhe recomendou, rezem e ajudem na santificação de seu Pastor. Algum dia, quando estivermos do outro lado, compreenderemos a maravilha que o Senhor fez ao nos dar sacerdotes que nos ajudem a salvar nossas almas.
As pessoas começaram a sair dos bancos para ir comungar. Havia chegado o grande momento do encontro, da “Comunhão”; o Senhor me disse:
“Espera um momento, quero que observes algo...” por um impulso interior levantei os olhos até a pessoa que ia receber a comunhão na língua, das mãos do sacerdote.
Devo esclarecer que esta pessoa era uma das senhoras de nosso grupo que na noite anterior não tinha conseguido se confessar e o fez naquela manhã, antes da Santa Missa. Quando o sacerdote colocava a Sagrada Forma sobre sua língua, como um flash de luz, aquela luz muito branco-dourada atravessou essa pessoa pelas costas primeiro e foi pelos lados nas costas, nos ombros e na cabeça. Disse o Senhor:
“É assim que Me comprazo em abraçar uma alma que vem com o coração limpo para Me receber”.
O tom da voz de Jesus era de uma pessoa feliz. Eu estava atônita vendo essa amiga voltar para seu banco rodeada de luz, abraçada pelo Senhor, e pensei na maravilha que perdemos tantas vezes por ir com nossas pequenas ou grandes faltas receber Jesus, quando deve ser uma festa.
Muitas vezes dizemos que não há sacerdotes para confessar-se a todo momento, e o problema está em outro lado: o problema está em nossa facilidade para voltar a cair no mal. Por outro lado, assim como nos esforçamos para encontrar um salão de beleza ou os senhores um barbeiro quando temos uma festa, temos que nos esforçar também em procurar um sacerdote quando precisamos que tire todas essas coisas sujas de nós, mas não ter a desfaçatez de receber a Jesus em qualquer momento com o coração cheio de coisas feias.
Quando me dirigia para receber a comunhão, Jesus repetia: “A última ceia foi o momento de maior intimidade com os Meus. Nessa hora do amor, instaurei o que diante dos olhos dos homens poderia ser a maior loucura: fazer-me prisioneiro do Amor. Instaurei a Eucaristia. Quis permanecer convosco até a consumação dos séculos, porque Meu Amor não podia suportar que ficassem órfãos aqueles a quem amava mais do que a Minha vida...”
Recebi aquela Hóstia, que tinha um sabor diferente, era uma mistura de sangue e incenso que me inundou inteira. Sentia tanto amor que me corriam as lágrimas sem poder detê-las...
Quando cheguei ao meu banco, ao ajoelhar-me disse o Senhor: “Escuta...” E num instante comecei a escutar dentro de mim as orações de uma senhora que estava sentada à minha frente e que acabava de comungar.
O que ela dizia sem abrir a boca era mais ou menos assim: “Senhor, lembra-te que estamos no final do mês e que não tenho dinheiro para pagar o aluguel, a mensalidade do automóvel, a escola das crianças, tens que fazer algo para me ajudar... Por favor, faz com que meu marido deixe de beber tanto, não posso suportar mais suas bebedeiras e meu filho menor vai perder o ano outra vez se não o ajudares, ele tem provas nesta semana....... E não te esqueças da vizinha que precisa se mudar de casa, que se mude de uma vez porque eu não a agüento... etc., etc.”
Logo o senhor Arcebispo disse: “Oremos” e obviamente toda a assembléia se pôs de pé para a oração final.
Jesus disse em um tom triste: “Percebeste? Nem uma só vez Me disse que Me ama, nem uma só vez agradeceu o dom que lhe fiz de baixar Minha Divindade até sua pobre humanidade, para elevá-la até Mim. Nem uma só vez disse: obrigada, Senhor. Foi uma ladainha de pedidos... e assim são quase todos os que vêm Me receber.”
“Morri por amor e estou ressuscitado. Por amor espero a cada um de vós e por amor permaneço convosco..., mas vós não percebeis que preciso de vosso amor. Lembrai que sou o Mendigo do Amor nesta hora sublime para a alma.”
Percebeis que Ele, o Amor, está pedindo nosso amor e não o damos? E mais, evitamos ir a esse encontro com o Amor dos Amores, com o único amor que se dá em permanente oblação.
Quando o celebrante ia dar a bênção, a Santíssima Virgem disse:
“Atenção, cuidado... Vós fazeis um rabisco em lugar do sinal da Cruz. Lembra que esta bênção pode ser a última que recebes em tua vida, das mãos de um sacerdote. Tu não sabes se, saindo daqui, vais morrer ou não, e não sabes se terás a oportunidade de que outro sacerdote te dê uma bênção. Essas mãos consagradas estão te dando a bênção em Nome da Santíssima Trindade, portanto, faz o sinal da Cruz com respeito e como se fosse o último de tua vida.”
Quantas coisas perdemos ao não compreender e não participar todos os dias da Santa Missa! Por que não fazer um esforço de começar o dia meia hora antes para correr à Santa Missa e receber todas as bênçãos que o Senhor quer derramar sobre nós?
Estou consciente de que nem todos, por suas obrigações, podem fazê-lo diariamente, pelo menos duas ou três vezes por semana sim, e no entanto tantos se esquivam da Missa do domingo com o pequeno pretexto de que têm uma criança pequena ou duas ou dez e portanto não podem assistir à Missa... Como fazem quanto têm outro tipo de compromissos importantes? Levam todos os filhos ou se revezam e o esposo vai uma hora e a esposa outra hora, mas cumprem o compromisso com Deus.
Temos tempo para estudar, para trabalhar, para nos divertir, para descansar, mas NÃO TEMOS TEMPO PARA IR AO MENOS NO DOMINGO À SANTA MISSA.
Jesus me pediu que ficasse com Ele ainda uns minutos depois de terminada a Missa. Ele disse:
“Não saiais às pressas assim que terminada a Missa; ficai um momento em Minha Companhia, desfrutai dela e deixai-Me desfrutar da vossa...”
Eu tinha ouvido alguém dizer, quando era criança, que o Senhor permanecia conosco até uns 5 ou 10 minutos depois da comunhão. Perguntei a Ele nesse momento:
– Senhor, na verdade, quanto tempo permaneces conosco depois da comunhão?
Suponho que o Senhor deve ter rido de minha tolice, pois respondeu: “Todo o tempo que quiseres ter-Me contigo. Se me falares o dia todo, dedicando-me umas palavras durante tuas tarefas, Eu te escutarei. Eu estou sempre convosco, sois vós que Me deixais. Vós saís da Missa e acabou o dia de guarda, cumpriram a obrigação com o dia do Senhor e fim, não pensais que gostaria de compartilhar de vossa vida familiar, ao menos nesse dia.”
“Vós tendes em vossas casas um lugar para tudo e um cômodo para cada atividade: um para dormir, outro para cozinhar, outro para comer, etc. etc. Qual é o lugar que fizestes para Mim? Deve ser um lugar não apenas onde tendes uma imagem que está empoeirada o tempo todo, mas um lugar onde ao menos 5 minutos por dia a família se reúna para agradecer pelo dia, pelo dom da vida, para pedir por suas necessidades do dia, pedir bênçãos, proteção, saúde... Tudo tem um lugar em vossas casas, menos Eu”.
“Os homens programam seu dia, sua semana, seu semestre, suas férias, etc. Sabem que dia vão descansar, que dia ir ao cinema ou a uma festa, visitar a avó ou os netos, os filhos, os amigos, suas diversões. Quantas famílias dizem uma vez ao mês, pelo menos: “Este é o dia em que visitamos Jesus no Sacrário” e vem toda a família conversar Comigo, sentar-se diante de Mim e conversar Comigo, contar-Me como foram desde a última visita, contar-Me os problemas, as dificuldades que têm, pedir-Me o que precisam... Fazer-Me participar de suas coisas? Quantas vezes?”
“Eu sei tudo, leio até o mais profundo de vossos corações e mentes, mas Me agrada que Me conteis vós mesmos vossas coisas, que Me participeis como a um familiar, como ao amigo mais íntimo. Quantas graças perde o homem por não Me dar um lugar em sua vida!”
Quando fiquei aquele dia com Ele e em muitos outros dias, Ele nos passou vários ensinamentos e hoje quero compartilhar convosco nesta missão que me deram. Jesus disse:
“Quis salvar Minha criatura, porque o momento de vos abrir a porta do céu foi concebido com demasiada dor...”
“Lembra que nenhuma mãe alimentou a seu filho com sua carne; Eu cheguei a esse extremo de Amor para vos comunicar meus méritos.”
“A Santa Missa sou Eu mesmo prolongando a Minha vida e Meu sacrifício na Cruz entre vós. Sem os méritos de Minha vida e de Meu sangue, que tendes para apresentar-vos diante do Pai? O nada, a miséria e o pecado...”
“Vós deveríeis exceder em virtude aos Anjos e Arcanjos, porque eles não têm a dita de Me receber como alimento, e vós sim. Eles bebem uma gota do manancial, mas vós que tendes a graça de Me receber, tendes todo o oceano para beber.”
Outra coisa que o Senhor disse com dor foi sobre as pessoas que fazem de seu encontro com Ele um hábito. Daquelas que perderam o assombro de cada encontro com Ele. Que a rotina torna certas pessoas tão tíbias, que não têm nada novo para dizer a Jesus ao recebê-Lo. Das não poucas almas consagradas que perdem o entusiasmo de se enamorar pelo Senhor e fazem de sua vocação um ofício, uma profissão à qual não se entregam mais do que lhe é exigido, mas sem sentimento...
Depois o Senhor me falou dos frutos que cada comunhão deve dar em nós. É que acontece que há muita gente que recebe o Senhor diariamente e que não muda de vida. Que tem muitas horas de oração e faz muitas obras, etc. etc. Mas sua vida não se vai transformando, e uma vida que não vai se transformando não pode dar verdadeiros frutos para o Senhor. Os méritos que recebemos na Eucaristia devem dar frutos de conversão em nós e frutos de caridade para com nossos irmãos.
Os leigos temos um papel muito importante dentro de nossa Igreja, não temos nenhum direito de nos calar diante do envio que o Senhor nos faz, como a todo batizado, para ir anunciar a Boa Nova. Não temos nenhum direito de absorver todos estes conhecimentos e não os dar aos outros e permitir que nossos irmãos morram de fome tendo conosco tanto pão em nossas mãos.
Não podemos ver que nossa Igreja esteja desmoronando, porque estamos cômodos em nossas Paróquias, em nossas casas, recebendo e recebendo tanto do Senhor. Sua Palavra, as homilias do sacerdote, as peregrinações, a Misericórdia de Deus no Sacramento da Confissão, a união maravilhosa com o alimento da comunhão, as palestras destes e daqueles pregadores.
Em outras palavras, estamos recebendo tanto e não temos a coragem de sair de nossas comodidades, de ir a uma prisão, a um instituto correcional, falar ao mais necessitado, dizer-lhe que não se entregue, que nasceu católico e que sua Igreja precisa dele, ali, sofredor, porque essa sua dor vai servir para redimir a outros, porque esse sacrifício vai lhe ganhar a vida eterna.
Não somos capazes de ir onde estão os doentes terminais nos hospitais e, rezando o terço da Divina Misericórdia, ajudá-los com nossa oração nesse momento de luta entre o bem e o mal, para livrá-los das armadilhas e tentações do demônio. Todo moribundo tem medo e, só tomar a mão de um deles e falar-lhe do amor de Deus e da maravilha que o espera no Céu junto a Jesus e Maria, junto aos seus entes queridos que partiram, já os reconforta.
O momento que estamos vivendo não admite filiações com a indiferença.
Temos que ser a grande mão dos nossos sacerdotes para ir onde eles não podem chegar. Mas para isso, para ter a coragem, devemos receber Jesus, viver com Jesus, alimentarmo-nos de Jesus.
Temos medo de nos comprometer um pouco mais e, quando o Senhor diz:
“Buscai primeiro o Reino de Deus e tudo o mais lhe será acrescentado”, é tudo, irmãos! É buscar o Reino de Deus por todos os meios e com todos os meios e... abrir as mãos para receber TUDO por acréscimo; porque é o Patrão que melhor paga, o único que está atento a tuas menores necessidades!
Irmão, irmã, obrigada por me haveres permitido cumprir com a missão que me foi confiada: fazer chegar estas páginas até ti.
Na próxima vez que assistires à Santa Missa, vive-a. Sei que o Senhor cumprirá contigo a promessa de que “Nunca mais tua Missa voltará a ser como antes”; e, quando O receberes: Ama-O! Experimenta a doçura de te sentir repousando entre as dobras de Seu lado aberto por ti, para deixar-te Sua Igreja e Sua Mãe, para te abrir as portas da Casa de Seu Pai, para que sejas capaz de comprovar Seu Amor Misericordioso através deste testemunho e trates de corresponder a ele com teu pequeno amor.
Que Deus te abençoe nesta Páscoa da Ressurreição. Tua irmã em Jesus Cristo Vivo,
Catalina
Missionária leiga do Coração Eucarístico de Jesus
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Apostolado da Nova Evangelização (A.N.E.)
(Merida, Abril 2003)
O ANE – Apostolado da Nova Evangelização – é uma associação católica de leigos comprometidos com a Igreja, que respondeu ao insistente chamado de Sua Santidade, João Paulo II, que pediu em diversas ocasiões à sua Igreja que assuma a tarefa de promover uma “Nova Evangelização”.
Para assumir este compromisso, nosso Apostolado lançou ao mundo uma Grande Cruzada de Amor e de Misericórdia, com o objetivo de resgatar o homem que perdeu a fé e a esperança, e que se encontra extraviado, para que volte seus olhos para Deus, para que se acolha em sua infinita Misericórdia e encontre a Paz de que tanto precisamos.
Na maioria dos lugares em que temos presença, o ANE começou com as conferências dadas pelo Padre Renzo Séssolo e Catalina Rivas, fundadores de nosso movimento. A partir de pequenas células – as “Casinhas de Oração” – grupos de pessoas que decidiam reunir-se para rezar e ler as Sagradas Escrituras, o Catecismo da Igreja Católica e os livros de crescimento espiritual próprios do ANE, pouco a pouco foi se constituindo, com a inspiração e ajuda de Deus, nosso Apostolado.
Na dimensão social de sua atuação, nosso Apostolado procura assistir de maneira solidária a todos os irmãos que sofrem, especialmente aos enfermos dos hospitais, aos que estão encarcerados, aos jovens e crianças de rua... A todos aqueles que se sentem abandonados.
Os membros do ANE trabalham em comunhão com seus párocos, e sob as orientações pastorais das Igrejas particulares em que nosso Apostolado está presente, com um compromisso cristão em tempo integral, pois, como dizia São João Crisóstomo: «Não existiriam tantos ateus no mundo se nosso testemunho fosse mais verdadeiro»
Apostolado da Nova Evangelização (A.N.E.)
(Merida, Abril 2003)
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Fim