Resumo:
O texto conta uma lenda sobre o dia em que Deus criou as mães, destacando a importância dessa criação e o cuidado especial que Ele dedicou a essa tarefa. A mãe foi criada para ser um ser excepcional, dotada de habilidades e dons únicos, como o poder de curar com um beijo, ter mãos ágeis para cuidar da casa e ser especialista em medicina da alma. Além disso, deveria ter muitos pares de olhos, para vigiar e proteger seus filhos, e a resistência para enfrentar adversidades em benefício de sua família. Ser mãe é uma missão de grande responsabilidade e honra, com o privilégio de guiar seus filhos no caminho do bem. Deus abençoa o mundo através das mães, que são as mãos que conduzem, os anjos que velam e as mulheres que oram, sempre buscando a felicidade e a paz para seus filhos.
Vejamos o texto original:
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QUANDO DEUS CRIOU AS MÃES
Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação. Em que, afinal de contas, ela era tão especial? O bondoso e paciente pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras, que agissem depressa, preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma.
Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes.
Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.
Por ser mãe, deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado. Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber.
E naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer eu te compreendo, não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir quando está na hora.
Um modelo delicado com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos, de superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor, mas ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza. Para as horas de desapontamento e de solidão.
Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.
Lábios que soubessem falar de Deus, do universo e do amor, que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher, uma mãe.
* * *
Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida à honra. É gozar do privilégio de receber nos braços espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem. Enquanto houver mães na terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.
Fim
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