Coleção de IMAGENS, ÁUDIOS, VÍDEOS, ARTIGOS, LIVROS e TEXTOS diversos (revistas e outros) com textos "scrollados" (deslizantes) e/ou no formato em PDF (com letras ampliadas e fácil de ler nos celulares). Acervo digital do Projeto Crescer Juntos (PCJ)
(110)_Livro do NÚMEROS [Religião] Igreja] CNBB] Bíblia Sagrada]#04
Livro dos Números
PREPARAÇÃO PARA A PARTIDA DO SINAI
Primeiro recenseamento
1
1 No primeiro dia do segundo mês, do segundo ano após a saída do Egito, o Senhor falou
nestes termos a Moisés no deserto do Sinai, na Tenda do Encontro: 2 “Fazei um
recenseamento geral de toda a comunidade dos israelitas, por clãs e casas patriarcais,
registrando, um por um, os nomes de todos os homens, 3 maiores de vinte anos, aptos para a
guerra em Israel. Tu e Aarão fareis o recenseamento por exércitos. 4 Tereis como assistente
um homem de cada tribo, um que seja o chefe da casa patriarcal. 5 Estes são os nomes dos
homens que vos deverão assistir: da tribo de Rúben, Elisur filho de Sedeur; 6de Simeão,
Salamiel filho de Surisadai; 7 de Judá, Naasson filho de Aminadab; 8 de Issacar, Natanael
filho de Suar; 9 de Zabulon, Eliab filho de Helon; 10 pelos filhos de José: de Efraim, Elisama
filho de Amiud, e de Manassés, Gamaliel filho de Fadassur; 11 de Benjamim, Abidã filho de
Gedeão; 12 de Dã, Aiezer filho de Amisadai; 13 de Aser, Fegiel filho de Ocrã; 14 de Gad,
Eliasaf filho de Deuel; 15 de Neftali, Aíra filho de Enã”. 16 Foram essesos escolhidos dentre
a comunidade, chefes das tribos patriarcais e comandantes dos contingentes de Israel. 17
Moisés e Aarão reuniram esses nomeados 18 e convocaram uma reunião de comunidade para
o primeiro dia do segundo mês. Então se registraram nominalmente, por clãs e segundo as
casas patriarcais, todos os maiores de vinte anos. 19 Assim, conforme o Senhor havia
ordenado a Moisés, foi feito o recenseamento no deserto do Sinai. 20 Descendentes de Rúben,
primogênito de Israel: por gerações, clãs e casas patriarcais, alistados nominalmente, um por
um, todos os homens maiores de vinte anos, aptos para a guerra, 21 os recenseados da tribo de
Rúben eram quarenta e seis mil e quinhentos. 22 Descendentes de Simeão: por gerações, clãs
e casas patriarcais, alistados nominalmente, um por um, todos os homens maiores de vinte
anos, aptos para a guerra, 23 os recenseados da tribo de Simeão eram cinqüenta e nove mil e
trezentos. 24 Descendentes de Gad: por gerações, clãs e casas patriarcais, alistados
1
nominalmente os maiores de vinte anos, todos aptos para a guerra, 25 os recenseados da tribo
de Gad eram quarenta e cinco mil seiscentos e cinqüenta. 26 Descendentes de Judá: por
gerações, clãs e casas patriarcais, alistados nominalmente os maiores de vinte anos, todos
aptos para a guerra, 27 os recenseados da tribo de Judá eram setenta e quatro mil e seiscentos.
28 Descendentes de Issacar: por gerações, clãs e casas patriarcais, alistados nominalmente os
maiores de vinte anos, todos aptos para a guerra, 29 os recenseados da tribo de Issacar eram
cinqüenta e quatro mil e quatrocentos. 30 Descendentes de Zabulon: por gerações, clãs e casas
patriarcais, alistados nominalmente os maiores de vinte anos, todos aptos para a guerra, 31 os
recenseados da tribo de Zabulon eram cinqüenta e sete mil e quatrocentos. 32 Descendentes
de José: descendentes de Efraim por gerações, clãs e casas patriarcais, alistados nominalmente
os maiores de vinte anos, todos aptos para a guerra, 33 os recenseados da tribo de Efraim
eram quarenta mil e quinhentos. 34 Descendentes de Manassés: por gerações, clãs e casas
patriarcais, alistados nominalmente os maiores de vinte anos, todos aptos para a guerra, 35 os
recenseados da tribo de Manasses eram trinta e dois mil e duzentos. 36 Descendentes de
Benjamim: por gerações, clãs e casas patriarcais, alistados nominalmente os maiores de vinte
anos, todos aptos para a guerra, 37 os recenseados da tribo de Benjamim eram trinta e cinco
mil e quatrocentos. 38 Descendentes de Dã: por gerações, clãs e casas patriarcais, alistados
nominalmente os maiores de vinte anos, todos aptos para a guerra, 39 os recenseados da tribo
de Dã eram sessenta e dois mil e setecentos. 40 Descendentes de Aser: por gerações, clãs e
casas patriarcais, alistados nominalmente os maiores de vinte anos, todos aptos para a guerra,
41 os recenseados da tribo de Aser eram quarenta e um mil e quinhentos. 42 Descendentes de
Neftali: por gerações, clãs e casas patriarcais, alistados nominalmente os maiores de vinte
anos, todos aptos para a guerra, 43 os recenseados da tribo de Neftali eram cinqüenta e três
mil e quatrocentos. 44 Esses foram recenseados por Moisés, Aarão e os doze chefes de Israel,
um de cada tribo, respectivamente o chefe da casa patriarcal. 45 O total dos israelitas maiores
de vinte anos recenseados segundo as casas patriarcais, ou seja, o total dos homens aptos para
a guerra em Israel, 46 foi de seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta.
Os levitas, reservados para a morada
47 Mas os que pela casa patriarcal eram levitas não foram recenseados com os outros, 48 pois
o Senhor tinha dito a Moisés: 49 “Deixarás de recensear apenas a tribo de Levi, excluindo-a
do registro geral dos israelitas. 50 Encarrega os levitas da Morada da Aliança e de todos os
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utensílios e pertences. Eles transportarão a morada e os utensílios; estarão a serviço da
Morada e em torno dela acamparão. 51 Quando a Morada tiver de partir, os levitas a
desarmarão e na hora de acampar, serão eles que a montarão. O não levita que se aproximar
será morto. 52 Os israelitas deverão acampar por exércitos, cada um no seu acampamento e
sob a própria bandeira. 53 Mas os levitas acamparão ao redor da Morada da Aliança, para que
a ira divina não caia sobre a comunidade dos israelitas. Os levitas, portanto, cuidarão da
morada da aliança”. 54 Os israelitas fizeram tudo exatamente como o Senhor havia ordenado
a Moisés.
Ordem das tribos em viagem
2
1 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 2 “Os israelitas acamparão junto à sua bandeira, cada
qual perto do estandarte de sua casa patriarcal, em círculo, a certa distância da Tenda do
Encontro. 3 A leste, do lado do nascer do sol, estará acampado Judá, com sua bandeira e suas
tropas. O chefe dos descendentes de Judá é Naasson filho de Aminadab. 4 Seu exército conta
com setenta e quatro mil e seiscentos homens alistados. 5 Ao lado de Judá acampará a tribo de
Issacar; o chefe dos descendentes de Issacar é Natanael filho de Suar. 6 Seu exército conta
com cinqüenta e quatro mil e quatrocentos homens alistados. 7 Depois, a tribo de Zabulon; o
chefe dos descendentes de Zabulon é Eliab filho de Helon, 8 e o seu exército conta com
cinqüenta e sete mil e quatrocentos homens alistados. 9 O total dos registrados por exércitos
do acampamento de Judá é de cento e oitenta e seis mil e quatrocentos homens. Serão os
primeiros a partir. 10 Ao sul ficará a bandeira do acampamento de Rúben, com as tropas. O
chefe dos descendentes de Rúben é Elisur filho de Sedeur. 11 Seu exército conta com
quarenta e seis mil e quinhentos homens alistados. 12 Ao lado acampará a tribo de Simeão. O
chefe dos descendentes de Simeão é Salamiel filho de Surisadai. 13 Seu exército conta com
cinqüenta e nove mil e trezentos homens alistados. 14 Depois, a tribo de Gad; o chefe dos
descendentes de Gad é Eliasaf filho de Deuel. 15 Seu exército conta com quarenta e cinco mil
seiscentos e cinqüenta homens alistados. 16 O total dos registrados por exércitos do
acampamento de Rúben é de cento e cinqüenta e um mil quatrocentos e cinqüenta homens.
Serão os segundos a partir. 17 Depois partirá a Tenda do Encontro e o acampamento dos
levitas, no meio dos outros acampamentos. Cada um partirá conforme tiver acampado,
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seguindo sua bandeira. 18 O ocidente ficará a bandeira de Efraim, com seu exército; o chefe
dos descendentes de Efraim é Elisama filho de Amiud. 19 Seu exército conta com quarenta
mil e quinhentos homens alistados. 20 Ao lado acampará a tribo de Manassés; o chefe dos
descendentes de Manassés é Gamaliel filho de Fadassur. 21 Seu exército conta com trinta e
dois mil e duzentos homens alistados. 22 Depois, a tribo de Benjamim; o chefe dos
descendentes de Benjamim é Abidã filho de Gedeão. 23 Seu exército conta com trinta e cinco
mil e quatrocentos homens alistados. 24 O total dos registrados por exércitos do acampamento
de Efraim é de cento e oito mil e cem homens. Serão os terceiros a partir. 25 A norte ficará a
bandeira do acampamento de Dã, com seu exército; o chefe dos descendentes de Dã é Aiezer
filho de Amisadai. 26 Seu exército conta com sessenta e dois mil e setecentos homens
alistados. 27 Ao lado acampará a tribo de Aser; o chefe dos descendentes de Aser é Fegiel
filho de Ocrã. 28 Seu exército conta com quarenta e um mil e quinhentos homens alistados.
29 Depois, a tribo de Neftali; o chefe dos descendentes de Neftali é Aíra filho de Enã. 30 Seu
exército conta com cinqüenta e três mil e quatrocentos homens alistados. 31 O total dos
registrados do acampamento de Dã é de cento e cinqüenta e sete mil e seiscentos homens.
Serão os últimos a partir, por ordem de bandeira”. 32 É esse o recenseamento dos israelitas
segundo as casas patriarcais. O total dos alistados dos acampamentos, repartidos em exércitos,
foi de seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta homens. 33 Os levitas, porém, conforme o
Senhor tinha mandado a Moisés, não figuram no censo com os israelitas. 34 Os israelitas
fizeram exatamente como o Senhor havia ordenado a Moisés, acampando por ordem de
bandeira, e partindo cada um por ordem de clã e casa patriarcal.
Os levitas
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1 Eis a descendência de Aarão e Moisés, no tempo em que o Senhor falou a Moisés no monte
Sinai. 2 Estes são os nomes dos filhos de Aarão: Nadab, o primogênito; Abiú, Eleazar e
Itamar. 3 São esses os nomes dos filhos de Aarão, ungidos e consagrados para servirem como
sacerdotes. 4 (Nadab e Abiú morreram na presença do Senhor, quando lhe apresentaram um
fogo profano, no deserto do Sinai. Como não deixaram filhos, somente Eleazar e Itamar
exerceram o sacerdócio sob os auspícios de Aarão, seu pai.) 5 O Senhor falou a Moisés: 6
“Faze a tribo de Levi aproximar-se e para estar a serviço do sacerdote Aarão como ministros.
7 Deverão encarregar-se de tudo o que diz respeito a ele e a comunidade em geral diante da
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Tenda do Encontro, assumindo o serviço da morada. 8 Cuidarão de todos os utensílios da
Tenda do Encontro e daquilo que compete aos israelitas no serviço da morada. 9 Confiarás os
levitas como oblatos a Aarão e seus filhos:eles lhe foram doados por parte dos israelitas.10
Designarás Aarão e seus filhos para zelar pelas funções do sacerdócio; o não-levita que se
aproximar para ministrar será morto”. 11 O Senhor falou a Moisés: 12 “Fui eu que escolhi os
levitas do meio dos israelitas, em lugar de todo primogênito, em lugar de cada israelita
nascido de primeiro parto. Os levitas são meus, 13 porque meus são todos os primogênitos.
Quando matei todos os primogênitos no Egito, consagrei a mim todos os primogênitos de
Israel, tanto dos homens como dos animais. Eles são meus. Eu, sou o Senhor”.
Recenseamento dos levitas
14 O Senhor falou a Moisés no deserto do Sinai: 15 “Faze um recenseamento dos levitas por
casas patriarcais e clãs. Deverás recensear todos os homens acima de um mês de idade”. 16
Moisés os recenseou por ordem do Senhor, conforme lhe fora ordenado. 17 Eis os nomes dos
filhos de Levi: Gérson,Caat e Merari. 18 Nomes dos filhos de Gérsone respectivos clãs: Lobni
e Semei. 19 Filhos de Caat e respectivos clãs: Amrâm, Isaar, Hebron e Oziel. 20 Filhos de
Merari e respectivos clãs: Mooli e Musi. São esses os clãs de Levi, segundo as casas
patriarcais. 21 A Gérson pertencem os clãs de Lobni e de Semei; são os clãs de Gérson. 22 O
total dos homens acima de um mês de idade era de sete mil e quinhentos recenseados. 23 Os
clãs gersonitas acampavam atrás da morada, a ocidente. 24 O chefe da casa patriarcal dos
gersonitas é Eliasaf filho de Lael. 25 A tarefa dos gersonitas na Tenda do Encontro incluía a
morada e a tenda com a cobertura, o véu da entrada da Tenda do Encontro, 26 as cortinas e o
véu da entrada do átrio que contorna a morada e o altar, as cordas e sua manutenção. 27 A
Caat pertencem os clãs de Amram, de Isaar, de Hebron e de Oziel; são os clãs de Caat. 28 O
número total dos recenseados acima de um mês de idade era de oito mil e tre-zentos homens,
encarregados do serviço do santuário. 29 Os clãs dos caatitas acampavam no lado sul da
morada. 30 O chefe da casa patriarcal dos clãs caatitas era Elisafã filho de Oziel. 31 A seus
cuidados estavam a arca, a mesa, o candelabro, os altares, os utensílios sagrados que se
usavam no culto, o véu com toda a manutenção. 32 Eleazar, filho do sacerdote Aarão, era o
chefe supremo dos levitas, superintendente dos encarregados do serviço do santuário. 33 A
Merari pertencem os clãs de Mooli e de Musi: são os clãs de Merari. 34 O número total dos
recenseados acima de um mês de idade era de seis mil e duzentos homens. 35 O chefe da casa
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patriarcal dos clãs de Merari era Zuriel filho de Abiail. Acampavam no lado norte da morada.
36 Aos cuidados dos meraritas estavam as tábuas da morada, as travessas, as colunas com as
bases e todos os utensílios e a manutenção geral, 37 as colunas em torno do átrio com as
bases, as estacas e respectivas cordas. 38 Diante da morada, ao leste, isto é, na frente oriental
da Tenda do Encontro, acampavam Moisés, Aarão e seus filhos, que tinham a seus cuidados o
serviço do santuário em nome dos israelitas. Qualquer não-levita que se aproximasse era
punido com a morte. 39 Os levitas que Moisés recenseou por ordem do Senhor segundo os
respectivos clãs, contando todos os homens acima de um mês de idade, eram vinte e dois mil.
Recenseamento e resgate dos primogênitos
40 O Senhor disse a Moisés: “Faze o recenseamento de todos os primogênitos israelitas do
sexo masculino, da idade de um mês para cima, relacionando-os pelos nomes. 41 Tomarás os
levitas para mim, o Senhor, em lugar de todos os primogênitos dos israelitas, e o gado dos
levitas, em lugar de todos os primogênitos do gado dos israelitas”. 42 Moisés fez o censo
geral dos primogênitos israelitas, conforme o Senhor lhe havia ordenado. 43 Os primogênitos
do sexo masculino relacionados pelos nomes, da idade de um mês para cima, eram vinte e
dois mil duzentos e setenta e três. 44 O Senhor falou a Moisés: 45 “Toma os levitas, em lugar
de todos os primogênitos israelitas, e o gado dos levitas, em lugar do gado deles. Os levitas
serão meus. Eu sou o Senhor. 46 Para o resgate dos duzentos e setenta e três primogênitos
israelitas que excedem o número dos levitas, 47 tomarás cinco moedas \de prata por cabeça,
segundo o peso usado no santuário. 48 Entregarás o dinheiro a Aarão e seus filhos, como
resgate dos israelitas excedentes”. 49 Moisés recebeu o dinheiro como resgate dos que
excediam o número resgatado pelos levitas. 50 Recebeu assim dos primogênitos israelitas
trezentos e sessenta e cinco moedas, segundo o peso usado no santuário. 51 Moisés entregou o
dinheiro do resgate a Aarão e seus filhos, por ordem do Senhor, conforme o Senhor havia
ordenado a Moisés.
Tarefa dos caatitas
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1 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 2 “Faze a contagem dos caatitas, por clãs e casas
patriarcais, independentemente dos levitas, 3 incluindo todos os que tiverem entre trinta e
cinqüenta anos e forem aptos para a guerra, a fim de prestarem serviço na Tenda do Encontro.
4 A tarefa dos caatitas na Tenda do Encontro refere-se às coisas santíssimas. 5 Quando se
levantar o acampamento, Aarão e seus filhos chegarão para baixar o véu protetor e com ele
cobrirão a arca da aliança. 6 Porão em cima uma cobertura de peles finas, sobre a qual
estenderão um pano de fina púrpura, e depois fixarão os varais da arca. 7 Estenderão sobre a
mesa dos pães sagrados uma toalha de cor violeta e sobre ela porão as bandejas, as taças, os
copos e os jarros das libações. Sobre a mesa estará sempre o pão. 8 Por cima estenderão um
pano de púrpura carmesim, que envolverão numa cobertura de peles finas, e enfiarão os
varais. 9 Tomarão um pano de cor violeta e cobrirão o candelabro e as lâmpadas, os
acendedores e cinzeiros, e todos os vasos de azeite que servem para o candelabro. 10
Guardarão o candelabro com os utensílios num invólucro de peles finas e os colocarão numa
padiola. 11 Estenderão um pano de cor violeta sobre o altar de ouro, cobrindo-o com uma
cobertura de peles finas, e enfiarão os varais. 12 Tomarão todos os utensílios litúrgicos usados
no santuário e, depois de colocá-los num pano de cor violeta e envolvê-los numa cobertura de
peles finas, os colocarão numa padiola. 13 Limparão as cinzas do altar e estenderão sobre ele
um pano de púrpura vermelha. 14 Em cima colocarão todos os respectivos utensílios
litúrgicos: os braseiros, os garfos, as pás e os aspersórios, todos os utensílios do altar, cobrirão
o altar com uma cobertura de peles finas e fixarão os varais. 15 Só depois que Aarão e seus
filhos tiverem acabado de cobrir o santuário e todos os utensílios, na hora de se levantar o
acampamento, virão os caatitas para transportá-los sem tocar as coisas santas, para não
morrerem. É essa a carga da Tenda do Encontro a ser transportada pelos caatitas. 16 Eleazar,
filho do sacerdote Aarão, cuidará do azeite do candelabro, do incenso aromático, da oblação
perpétua e do óleo de unção. Cuidará também da morada em geral e de tudo o que nela está,
tanto dos objetos como dos vasos sagrados”. 17 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 18 “Não
permitais que o ramo dos clãs caatitas seja extirpado do meio dos levitas. 19 Para que eles
possam viver e não morram ao se aproximarem das coisas santíssimas, procedei assim: Aarão
e seus filhos deverão entrar e designar a cada um o serviço e a carga. 20 Mas eles não devem
entrar nem por um instan-te para ver as coisas santas, a fim de não morrerem”.
Tarefa dos gersonitas
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21 O Senhor falou a Moisés: 22 “Faze igualmente o censo dos descendentes de Gérson, por
casas patriarcais e clãs, 23 de todos os que tiverem entre trinta e cinqüenta anos e forem aptos
para a guerra, a fim de prestarem serviço na Tenda do Encontro. 24 Esta é a tarefa dos clãs
gersonitas, o que deverão fazer e o que deverão levar: 25 Levarão as cortinas da morada, a
Tenda do Encontro com sua cobertura, a cobertura de peles finas que vai sobre esta e o véu da
entrada da Tenda do Encontro; 26 os cortinados do átrio, o véu da porta de entrada do átrio
em torno da morada e o do altar, as cordas e todos os utensílios que usam, enfim, tudo o que
lhes foi feito para poderem trabalhar. 27 Os gersonitas executarão toda a tarefa sob as ordens
de Aarão e seus filhos, tanto o que deverão levar como o que deverão fazer. Confiareis a cada
um a responsabilidade da respectiva carga. 28 É essa a tarefa dos clãs gersonitas na Tenda do
Encontro. A supervisão estará a cargo de Itamar, filho do sacerdote Aarão.
Tarefa dos meraritas
29 “Faze a contagem dos meraritas, por clãs e casas patriarcais, 30 de todos os que tiverem
entre trinta e cinqüenta anos e forem aptos para a guerra, a fim de prestarem serviço na Tenda
do Encontro. 31 Eis o que deverão transportar, conforme a tarefa que têm na Tenda do
Encontro: as tábuas da morada, as travessas, as colunas e suas bases, 32 as colunas ao redor
do átrio e respectivas bases, as estacas e as cordas, bem como todos os apetrechos que usam.
Relacionarás nominalmente os objetos que deverão transportar. 33 É essa a tarefa dos clãs
meraritas, de acordo com o serviço que prestam na Tenda do Encontro, sob a supervisão de
Itamar, filho do sacerdote Aarão”.
Recenseamento dos levitas em função
34 Moisés, Aarão e os chefes da comunidade fizeram o censo dos descendentes de Caat, por
clãs e casas patriarcais, 35 de todos os que tivessem entre trinta e cinqüenta anos e fossem
aptos para a guerra, a fim de servirem na Tenda do Encontro. 36 Os que foram contados
segundo os clãs eram dois mil setecentos e cinqüenta. 37 É esse o censo dos clãs caatitas, de
todos os que prestavam serviço na Tenda do Encontro, feito por Moisés e Aarão segundo a
ordem do Senhor dada a Moisés. 38 Os descendentes de Gérson, recenseados por clãs e casas
patriarcais, 39 entre trinta e cinqüenta anos, todos os que eram aptos para a guerra, a fim de
servirem na Tenda do Encontro, 40 eram dois mil seiscentos e trinta homens, contados por
8
clãs e casas patriarcais. 41 É esse o censo dos clãs gersonitas, de todos os que prestavam
serviço na Tenda do Encontro, feito por Moisés e Aarão, segundo a ordem do Senhor. 42 Os
descendentes de Merari, recenseados por clãs e casas patriarcais, 43 entre trinta e cinqüenta
anos, todos os que eram aptos para a guerra, a fim de prestar serviço na Tenda do Encontro,
44 eram três mil e duzentos, contados por clãs. 45 É esse o censo dos clãs meraritas feito por
Moisés e Aarão segundo a ordem do Senhor dada a Moisés. 46 O censo geral que Moisés,
Aarão e os hefes de Israel fizeram dos levitas, por clãs e casas patriarcais, 47 de todos os que
tinham entre trinta e cinqüenta anos 48 e que deviam trabalhar no serviço ou no transporte da
Tenda do Encontro somou oito mil quinhentos e oitenta recenseados. 49 Segundo a ordem
dada pelo Senhor a Moisés, cada um foi designado para o respectivo serviço e transporte.
Assim foram eles recenseados, conforme o Senhor havia ordenado a Moisés.
Exclusão dos contaminados
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1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Ordena aos israelitas que expulsem do acampamento os
leprosos, os atacados de corrimento e os contaminados por cadáver. 3 Tanto homens como
mulheres expulsareis, fazendo-os sair para fora do acampamento, para não contaminarem o
acampamento no meio do qual eu moro”. 4 Assim procederam os israelitas: expulsaram-nos
do acampamento. Como o Senhor havia ordenado a Moisés, assim fizeram os israelitas.
Reparação de danos
5 O Senhor falou a Moisés: 6 “Dize aos israelitas: Se um homem ou uma mulher cometerem
qualquer pecado que prejudique o próximo, tornando-se infiéis ao Senhor, serão culpados. 7
Confessarão o pecado cometido; o culpado arcará com o dano, acrescentando um quinto e
restituindo tudo à pessoa prejudicada. 8 Mas se esta não tiver nenhum parente próximo para
receber a indenização, então a restituição pertence ao Senhor, isto é, ao sacerdote – além do
carneiro que será sacrificado para a expiação do culpado. 9 Qualquer oferta de coisas
consagradas que os israelitas apresentarem ao sacerdote pertence ao sacerdote. 10 As coisas
que uma pessoa consagra lhe pertencem; mas o que ela dá ao sacerdote pertence ao
sacerdote”.
9
Lei para casos de ciúme
11 O Senhor falou a Moisés: 12 “Dize aos israelitas: Quando uma mulher trai o marido e se
torna infiel, 13 outro homem tendo relações com ela, sem o marido o saber, e ela assim se
torna impura em segredo, sem que haja testemunhas nem flagrante: 14 se o marido, tomado de
ciúmes, com ou sem fundamento, tiver suspeitas de que ela se tornou impura, 15 ele a
conduzirá ao sacerdote e fará por ela uma oferta de um jarro de quatro litros de farinha de
cevada, sem derramar azeite nem espalhar incenso sobre ela; é oblação de ciúme, sacrifício
que recorda o pecado. 16 O sacerdote mandará que ela se aproxime e fique de pé diante do
Senhor. 17 Em seguida pegará um pouco de água santa numa vasilha de barro e um pouco de
pó do piso da morada, e misturará o pó com a água. 18 O sacerdote colocará a mulher diante
do Senhor, soltará os cabelos dela e lhe porá nas mãos a oblação que recorda o ciúme. O
sacerdote segurará na mão a água amarga, portadora da maldição, 19 e esconjurará a mulher,
dizendo: ‘Se ninguém dormiu contigo, e se, enquanto casada, não te transviaste, tornando-te
impura, que esta água amarga da maldição não te seja prejudicial. 20 Mas se, depois de
casada, foste infiel e te contaminaste, mantendo relações com outro que não teu marido 21–
aqui segue a fórmula pela qual o sacerdote fará jurar a mulher sob pena de maldição –: Que o
Senhor faça de ti um objeto de maldição e imprecação entre o povo, fazendo descair teus
quadris e inchar o ventre. 22 Que esta água portadora de maldição penetre em tuas entranhas,
fazendo inchar o ventre e descair os quadris’. A mulher responderá: ‘Amém, amém!’ 23 O
sacerdote lançará essas maldições por escrito e as diluirá na água amarga, 24 a fim de fazer a
mulher bebera água amarga portadora de maldição. Assim a água amaldiçoada penetrará nela,
causando-lhe amargura. 25 Tomará da mão da mulher a oblação de ciúme e, oferecendo-a
com um gesto diante do Senhor, a levará para o altar. 26 Para que Deus se recorde, tomará um
punhado da oferenda e o queimará no altar. Depois dará de beber a água à mulher. 27Quando
tiver dado de beber a água, e quando esta água portadora de maldição e de amargura tiver
penetrado nela, então, se ela se contaminou e foi infiel ao marido, o ventre ficará inchado, os
quadris descairão e a mulher se tornará objeto de maldição no meio do povo. 28 Mas se a
mulher não se contaminou e estiver pura, ficará ilesa e poderá conceber”. 29 Essa é a lei dos
ciúmes, para o caso da mulher casada que se transviar e se contaminar, 30 ou para o caso do
homem que, tomado de ciúmes, suspeitar da mulher. Nesse caso o marido apresentará a
mulher perante o Senhor, e o sacerdote lhe aplicará integralmente esta lei. 31 Assim, o marido
não corre risco de contrair culpa, e a mulher, se tiver culpa, carregará a responsabilidade.
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O voto de nazireato
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1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Dize aos israelitas: Quando um homem ou uma mulher fizer
voto especial, o voto de nazireato, consagrando-se ao Senhor, 3 deverá abster-se de vinho e de
qualquer bebida alcoólica. Não beberá vinagre de vinho nem vinagre de outra bebida
alcoólica. Não tomará suco de uvas, nem comerá uvas frescas ou secas. 4 Enquanto durar o
voto de consagração não comerá nenhum produto da videira, nem mesmo sementes ou cascas.
5 Enquanto durar o voto de nazireato, a navalha não passará sobre a cabeça; estará consagrado
enquanto não se completarem os dias que consagrou ao Senhor, e deixará crescer livremente o
cabelo. 6 Enquanto estiver consagrado ao Senhor não se aproximará de nenhum cadáver. 7
Não deverá contaminar-se nem se o pai, a mãe, o irmão ou irmã morrerem, porque traz sobre
a cabeça o sinal da consagração a Deus. 8 Enquanto durar o voto de nazireato, ficará
consagrado ao Senhor. 9 Se perto dele morrer alguém repentinamente, manchando-lhe a
cabeça consagrada, deverá rapar a cabeça no dia da purificação, isto é, no sétimo dia. 10 No
oitavo dia levará ao sacerdote um par de rolas ou dois pombinhos à entrada da Tenda do
Encontro. 11 O sacerdote oferecerá um pombo em sacrifício pelo pecado e o outro em
holocausto, e fará a expiação do pecado por causa do morto. No mesmo dia o sacerdote lhe
consagrará outra vez a cabeça. 12 Consagrará de novo ao Senhor o tempo de seu nazireato e
oferecerá um cordeiro de um ano em sacrifício de reparação; os dias anteriores não valerão,
porque o nazireato foi contaminado. 13 Esta é a lei acerca do nazireu quando termina o prazo
de seu voto. Ele será conduzido até à entrada da Tenda do Encontro 14 e apresentará como
oferta ao Senhor um cordeiro de um ano, sem defeito, para o holocausto; uma ovelha de um
ano, sem defeito, para o sacrifício pelo pecado; um carneiro sem defeito para o sacrifício de
comunhão; 15 uma cesta de pães sem fermento, bolos de farinha fina amassadas com azeite,
pãezinhos sem fermento untados com azeite, além da respectiva oblação e as libações. 16 O
sacerdote os apresentará ao Senhor e oferecerá o sacrifício pelo pecado e o holocausto. 17
Depois oferecerá o carneiro como sacrifício de comunhão ao Senhor, junto com a cesta de
pães sem fermento, e fará a respectiva oblação e libação. 18 Então, à entrada da Tenda do
Encontro, o nazireu rapará sua cabeleira de consagrado, tomará esses cabelos de consagrado e
os lançará ao fogo que arde por baixo do sacrifício de comunhão. 19 Depois o sacerdote
11
tomará a espádua já cozida do carneiro, um bolo sem fermento da cesta e um pãozinho sem
fermento e os colocará nas mãos do nazireu, depois de ter rapado a cabeleira de consagrado.
20 Em seguida o sacerdote os oferecerá com um gesto diante do Senhor. São a parte
consagrada pertencente ao sacerdote, além do peito oferecido com um gesto e a pata dianteira.
Só então o consagrado poderá beber vinho”. 21 É essa a lei do nazireu, a oferta ao Senhor por
sua consagração, independentemente do que puder oferecer mais. Em virtude do voto que fez,
assim deverá proceder segundo a lei do nazireato.
A bênção sacerdotal usada no Ano Novo
22 O Senhor falou a Moisés: 23 “Dize a Aarão e a seus filhos: Com estas palavras devereis
abençoar os israelitas: 24 ‘O Senhor te abençoe e te guarde. 25 O Senhor faça brilhar sobre ti
sua face, e se compadeça de ti. 26 O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz’. 27 Assim
invocarão o meu nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei”.
Ofertas para a dedicação do altar
7
1 Quando acabou de levantar a Morada, Moisés a ungiu e consagrou com todos os utensílios,
bem como o altar com todos os apetrechos. Depois dessa unção e consagração, 2
aproximaram-se os chefes de Israel, os chefes das casas patriarcais – os mesmos chefes de
clãs que presidiram o censo –, 3 e levaram suas oferendas à presença do Senhor: seis carros
cobertos e doze bois, isto é, cada dois chefes ofereceram um carro e cada chefe ofereceu um
boi, e os apresentaram diante da morada. 4 O Senhor disse a Moisés: 5 “Aceita-os para usá-
los no serviço da Tenda do Encontro; confia tudo aos levitas, a cada um segundo as
necessidades de seu serviço”. 6 Então Moisés recebeu os carros e os bois e os confiou aos
levitas. 7 Deu dois carros e quatro bois aos descendentes de Gérson, segundo as funções; 8
aos descendentes de Merari, de acordo com as tarefas supervisionadas por Itamar, filho do
sacerdote Aarão, deu quatro carros e oito bois. 9 Aos descendentes de Caat não deu nada
porque, sendo encarregados das coisas sagradas, deviam carregá-las aos ombros. 10 Os chefes
fizeram suas ofertas para a dedicação do altar quando este foi ungido, trazendo-as diante do
12
altar. 11 O Senhor disse a Moisés: “Cada dia um dos chefes traga sua oferenda para a
dedicação do altar”. 12 No primeiro dia foi Naasson filho de Aminadab, da tribo de Judá,
quem apresentou a oferenda. 13 A oferta foi uma bandeja de prata de mil e trezentos gramas e
um jarro de prata de setecentos gramas, segundo o peso do santuário, ambos cheios de farinha
fina amassada com azeite, para a oferenda; 14 uma taça de ouro de cem gramas, cheia de
incenso; 15 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de um ano, para o holocausto; 16 um bode
para o sacrifício pelo pecado; 17 e, para o sacrifício de comunhão, dois bois, cinco carneiros,
cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Naasson filho de Aminadab. 18
No segundo dia foi Natanael filho de Suar, chefe de Issacar, quem fez as ofertas. 19 Ofereceu
uma bandeja de prata de mil e trezentos gramas, um jarro de prata de setecentos gramas,
segundo o peso do santuário, ambos cheios de farinha fina amassada com azeite, para a
oferenda; 20 uma taça de cem gramas de ouro, cheia de incenso; 21 um bezerro, um carneiro e
um cordeiro de um ano, para o holocausto; 22 um bode para o sacrifício pelo pecado; 23 e,
para o sacrifício de comunhão, dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um
ano. Essa foi a oferenda de Natanael filho de Suar. 24 No terceiro dia foi o chefe dos
zabulonitas, Eliab filho de Helon, 25 quem trouxe as ofertas: uma bandeja de prata de mil e
trezentos gramas, um jarro de prata de setecentos gramas, segundo o peso do santuário, ambos
cheios de farinha fina amassada com azeite, para a oferenda; 26 uma taça de ouro de cem
gramas, cheia de incenso; 27 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de um ano, para o
holocausto; 28 um bode para o sacrifício pelo pecado; 29 e, para o sacrifício de comunhão,
dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Eliab
filho de Helon. 30 No quarto dia foi o chefe dos rubenitas, Elisur filho de Sedeur, 31 quem
trouxe as ofertas: uma bandeja de prata de mil e trezentos gramas, um jarro de prata de
setecentos gramas, segundo o peso do santuário, ambos cheios de farinha fina amassada com
azeite, para a oferenda; 32 uma taça de ouro de cem gramas, cheia de incenso; 33 um bezerro,
um carneiro e um cordeiro de um ano, para o holocausto; 34 um bode, para o sacrifício pelo
pecado; 35 e, para o sacrifício de comunhão, dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco
cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Elisur filho de Sedeur. 36 No quinto dia foi o chefe
dos simeonitas, Salamiel filho de Surisadai, 37 quem trouxe as ofertas: uma bandeja de prata
de mil e trezentos gramas, um jarro de prata de setecentos gramas, segundo o peso do
santuário, ambos cheios de farinha fina amassada com azeite, para a oferenda; 38 uma taça de
ouro de cem gramas, cheia de incenso; 39 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de um ano,
para o holocausto; 40 um bode para o sacrifício pelo pecado; 41 e, para o sacrifício de
comunhão, dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a
13
oferta de Salamiel filho de Surisadai. 42 No sexto dia foi o chefe dos gaditas, Eliasaf filho de
Deuel, 43 quem trouxe as ofertas: uma bandeja de prata de mil e trezentos gramas, um jarro
de prata de setecentos gramas,segundo o peso do santuário, ambos cheios de farinha fina
amassada com azeite, para a oferenda; 44 uma taça de ouro de cem gramas, cheia de incenso;
45 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de um ano, para o holocausto; 46 um bode para o
sacrifício pelo pecado; 47 e, para o sacrifício de comunhão, dois bois, cinco carneiros, cinco
bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Eliasaf filho de Deuel. 48 No sétimo
dia foi o chefe dos efraimitas, Elisama filho de Amiud, 49 quem trouxe as ofertas: uma
bandeja de prata de mil e trezentos gramas, um jarro de prata de setecentos gramas, segundo o
peso do santuário, ambos cheios de farinha fina amassada com azeite, para a oferenda; 50 uma
taça de ouro de cem gramas, cheia de incenso; 51 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de
um ano, para o holocausto; 52 um bode para o sacrifício pelo pecado; 53 e, para o sacrifício
de comunhão, dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a
oferta de Elisama filho de Amiud. 54 No oitavo dia foi o chefe dos manasseítas, Gamaliel
filho de Fadassur, 55 quem trouxe as ofertas: uma bandeja de prata de mil e trezentos gramas,
um jarro de prata de setecentos gramas, segundo o peso do santuário, ambos cheios de farinha
fina amassada com azeite, para a oferenda; 56 uma taça de ouro de cem gramas, cheia de
incenso; 57 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de um ano, para o holocausto; 58 um bode
para o sacrifício pelo pecado; 59 e, para o sacrifício de comunhão, dois bois, cinco carneiros,
cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Gamaliel filho de Fadassur. 60
No nono dia foi o chefe dos benjaminitas, Abidã filho de Gedeão, 61 quem trouxe as ofertas:
uma bandeja de prata de mil e trezentos gramas, um jarro de prata de setecentos gramas,
segundo o peso do santuário, ambos cheios de farinha fina amassada com azeite, para a
oferenda; 62 uma taça de ouro de cem gramas, cheia de incenso; 63 um bezerro, um carneiro
e um cordeiro de um ano, para o holocausto; 64 um bode para o sacrifício pelo pecado; 65 e,
para o sacrifício de comunhão, dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um
ano. Essa foi a ofertade Abidã filho de Gedeão. 66 No décimo dia foi o chefe dos danitas,
Aiezer filho de Amisadai, 67 quem trouxe as ofertas: uma bandeja de prata de mil e trezentos
gramas, um jarro de prata de setecentos gramas, segundo o peso do santuário, ambos cheios
de farinha fina amassada com azeite, para a oferenda; 68 uma taça de ouro de cem gramas,
cheia de incenso; 69 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de um ano, para o holocausto;
70 um bode para o sacrifício pelo pecado; 71 e, para o sacrifício de comunhão, dois bois,
cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Aiezer filho de
Amisadai. 72 No décimo primeiro dia foi o chefe dos aseritas, Fegiel filho de Ocrã, 73 quem
14
trouxe as ofertas: uma bandeja de prata de mil e trezentos gramas, um jarro de prata de
setecentos gramas, segundo o peso do santuário, ambos cheios de farinha fina amassada com
azeite, para a oferenda; 74 uma taça de ouro de cem gramas, cheia de incenso; 75 um bezerro,
um carneiro e um cordeiro de um ano, para o holocausto; 76 um bode para o sacrifício pelo
pecado; 77 e, para o sacrifício de comunhão, dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco
cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Fegiel filho de Ocrã. 78 No décimo segundo dia foi
o chefe dos neftalitas, Aíra filho de Enã, 79 quem trouxe as ofertas: uma bandeja de prata de
mil e trezentos gramas, um jarro de prata de setecentos gramas, segundo o peso do santuário,
ambos cheios de farinha fina amassada com azeite, para o oferenda; 80 uma taça de ouro de
cem gramas, cheia de incenso; 81 um bezerro, um carneiro e um cordeiro de um ano, para o
holocausto; 82 um bode para o sacrifício pelo pecado; 83 e, para o sacrifício de comunhão,
dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de Aíra
filho de Enã. 84 Essas foram, pois, as ofertas dos chefes de Israel para a dedicação do altar no
dia em que este foi ungido: doze bandejas de prata, doze jarros de prata e doze taças de ouro;
85 as bandejas pesavam cada uma mil e trezentos gramas, os jarros, setecentos gramas cada
um, somando um total de vinte e quatro quilos de prata, ao peso do santuário; 86 doze taças
de ouro cheias de incenso, cada uma pesando cem gramas, ao peso do santuário; o total de
ouro das taças era de mil e duzentos gramas. 87 O total dos animais para o holocausto era:
doze bezerros, doze carneiros e doze cordeiros de um ano, com suas oferendas, e doze bodes
para o sacrifício pelo pecado. 88 O total dos animais para o sacrifício de comunhão era: vinte
e quatro bois, sessenta carneiros, sessenta bodes e sessenta cordeiros de um ano. Estas foram
as ofertas para a dedicação do altar, depois que fora ungido.
Deus fala com Moisés
89 Quando entrava na Tenda do Encontro para falar com o Senhor, Moisés ouvia a voz que
lhe falava de cima do propiciatório que estava sobre a arca da aliança, entre os dois querubins;
era assim que lhe falava.
O candelabro
8
15
1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Fala a Aarão e dize-lhe: Quando puseres as lâmpadas no
candelabro, faça com que as sete lâmpadas iluminem a parte da frente”. 3 E assim fez Aarão;
pôs as lâmpadas voltadas para a frente do candelabro, como o Senhor havia ordenado a
Moisés. 4 O candelabro era todo de ouro polido, tanto a haste como as flores. O candelabro
foi feito conforme o modelo que o Senhor havia mostrado a Moisés.
Consagração dos levitas
5 O Senhor falou a Moisés: 6 “Separa os levitas do meio dos israelitas e purifica-os. 7 Assim
procederás para purificá-los: Faze-lhes uma aspersão com água de expiação. Depois devem
passar a navalha por todo o corpo e lavar as vestes para se purificarem. 8 Em seguida tomarão
um bezerro com a respectiva oferenda de farinha fina amassada com azeite. E tu tomarás
outro bezerro para o sacrifício pelo pecado. 9 Farás os levitas aproximar-se da Tenda do
Encontro, e convocarás toda a comunidade dos israelitas. 10 Depois de teres feito os levitas
aproximar-se diante do Senhor, os israelitas imporão as mãos sobre eles. 11 Aarão oferecerá
os levitas com um gesto diante do Senhor, em nome dos israelitas, para que atuem no serviço
do Senhor. 12 Os levitas imporão as mãos sobre a cabeça dos bezerros, e Aarão os oferecerá,
um em sacrifício pelo pecado, e outro em holocausto ao Senhor, como rito expiatório pelos
levitas. 13 Colocarás os levitas de pé diante de Aarão e de seus filhos, quando os ofereceres
com um gesto diante do Senhor. 14 Assim separarás os levitas do meio dos israelitas: eles
serão meus. 15 Só depois os levitas entrarão para o serviço da Tenda do Encontro. Tu os
purificarás e os oferecerás com um gesto, 16 pois, dentre os israelitas, eles me foram doados
inteiramente dedicados. Tomei-os para mim em lugar dos nascidos de primeiro parto, em
lugar de todos os primogênitos israelitas. 17 Pois é a mim que pertencem todos os
primogênitos israelitas, tanto de homens como de animais. Eu os consagrei a mim quando feri
de morte os primogênitos na terra do Egito. 18 Mas escolhi os levitas em lugar de todos os
primogênitos israelitas. 19 Entreguei os levitas a Aarão e a seus filhos como doação da parte
dos israelitas, para atuarem nas funções litúrgicas dos israelitas na Tenda do Encontro e por
eles fazerem a expiação. Assim já não acontecerá nenhuma desgraça entre os israelitas pelo
fato de alguém do povo aproximar-se do santuário”. 20 Moisés, Aarão e toda a comunidade
dos israelitas procederam com os levitas exatamente como o Senhor havia ordenado a Moisés.
21 Os levitas se purificaram e lavaram as vestes; Aarão os ofereceu com um gesto diante do
Senhor e por eles fez a expiação para purificá-los. 22 Feito isso, os levitas passaram a
executar suas funções na Tenda do Encontro, supervisionados por Aarão e seus filhos.
16
Procedeu-se em relação aos levitas assim como o Senhor tinha ordenado a Moisés a respeito
deles. 23 O Senhor falou a Moisés: 24 “O que segue refere-se aos levitas: Os levitas entrarão
no serviço da Tenda do Encontro e exercerão suas funções a partir dos vinte e cinco anos.
25Aos cinqüenta anos deixarão o serviço e já não exercerão as funções. 26 Ajudarão os
irmãos apenas a montar guarda na Tenda, mas não exercerão mais as funções. Assim
procederás com os levitas no tocante às funções”.
Data e rito da Páscoa
9
1 O Senhor falou a Moisés no deserto do Sinai, no primeiro mês do segundo ano depois da
saída do Egito: 2 “Na data marcada, os israelitas celebrarão a Páscoa. 3 Devereis celebrá-la no
tempo estabelecido: no dia catorze deste mês, ao entardecer. Segundo todos os ritos e normas
a celebrareis”. 4 Moisés deu ordem aos israelitas para celebrarem a Páscoa, 5 e eles a
celebraram no dia catorze do primeiro mês, ao entardecer, no deserto do Sinai. Os israelitas
fizeram exatamente como o Senhor havia ordenado a Moisés. 6 Ora, alguns homens se
encontravam em estado de impureza, por terem tocado num morto, e não podiam celebrar a
Páscoa nesse dia. Apresentaram-se naquele mesmo dia diante de Moisés e Aarão 7 e
disseram: “Estamos impuros por termos tocado num morto. Por que seríamos impedidos de
apresentar nossa oferta ao Senhor, no devido tempo,com os outros israelitas?” 8 Moisés
respondeu-lhes: “Aguardai para que eu vá ouvir o que o Senhor ordena a vosso respeito”. 9 O
Senhor falou a Moisés: 10 “Dize aos israelitas: Se alguém de vós ou de vossos descendentes
estiver impuro por causa de um cadáver, ou estiver numa viagem distante, poderá celebrar a
Páscoa do Senhor. 11 Deverá celebrá-la no segundo mês, no dia catorze, ao entardecer.
Deverão comê-la com pão sem fermento e ervas amargas. 12 Não deixarão nada para o dia
seguinte, nem lhe quebrarão osso algum. Celebrarão a Páscoa conforme todos os ritos. 13 Mas
se alguém estiver puro e, sem estar em viagem, deixar de celebrar a Páscoa, será eliminado do
povo. Como não apresentou no devido tempo a oferta do Senhor, carregará as conseqüências
do seu pecado. 14 Se um estrangeiro morar convosco e celebrar a Páscoa do Senhor, guardará
os ritos e normas a ela referentes. Haverá um único rito válido para vós, para os estrangeiros e
para os nativos do país”.
A nuvem sobre a morada
17
15 No dia da inauguração da morada, a nuvem cobriu a morada, isto é, a tenda da aliança.
Permanecia sobre a morada desde a tarde até a manhã seguinte, sob a aparência de fogo. 16
Assim acontecia sempre: durante o dia, a nuvem cobria a Morada, e durante a noite tinha
aparência de fogo. 17 Sempre que a nuvem se elevava de cima da Tenda, os israelitas partiam;
e no lugar onde a nuvem parava, ali eles acampavam. 18 À ordem do Senhor os israelitas
partiam e à ordem do Senhor acampavam; e, enquanto a nuvem ficava pousada sobre a
Morada, permaneciam acampados. 19 Mesmo quando a nuvem se detinha muitos dias sobre a
Morada, os israelitas aguardavam a ordem do Senhor e não se punham em movimento. 20 Se
acontecia que a nuvem parasse alguns dias sobre a Morada, era ao comando do Senhor que
acampavam e ao comando do Senhor que partiam. 21 E se a nuvem se detinha apenas da tarde
até a manhã seguinte, partiam logo de manhã, quando ela se levantava. Quer de dia, quer de
noite, sempre que a nuvem se levantava, eles partiam. 22 Fosse por dois dias, um mês ou um
ano que a nuvem se detinha sobre a Morada, os israelitas continuavam acampados e não se
moviam. Punham-se em movimento só quando ela se levantava. 23 Ao comando do Senhor
acampavam e ao comando do Senhor punham-se em movimento, aguardando a ordem do
Senhor a ser dada por meio de Moisés.
O sinal das trombetas
10
1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Faze duas trombetas de prata polida. Elas te servirão para
convocar a comunidade e dar ordem de levantar os acampamentos. 3 Quando as duas forem
tocadas, toda a comunidade virá encontrar-se contigo à entrada da Tenda do Encontro. 4
Quando for tocada uma só, virão encontrar-se contigo os chefes responsáveis pelas tropas de
Israel.5 A um toque de alarme, levantarão acampamento os que estiverem acampados a leste.
6 A um segundo toque de alarme, levantarão acampamento os que estiverem ao sul. Estes
toques de alarme serão dados para se porem em movimento. 7 Tocareis também para
convocar a assembléia da comunidade, mas não o toque de alarme. 8 Os sacerdotes, filhos de
Aarão, é que tocarão as trombetas. Elas serão de uso obrigatório para vós por todas as
gerações. 9 Quando, estabelecidos em vossa terra, entrardes em guerra contra o inimigo que
vos oprime, dareis o alarme com as trombetas. Assim sereis lembrados diante do Senhor
vosso Deus e libertados de vossos inimigos. 10 Tocareis as trombetas também nos dias de
18
festa, nas solenidades e no início dos meses, por ocasião dos holocaustos e sacrifícios de
comunhão. Servirão para que vosso Deus se lembre de vós – eu, o Senhor, vosso Deus”.
DO SINAI A CADES : REBELDIA E CASTIGO DE ISRAEL
Partida do Sinai ao sinal da nuvem
11 No segundo ano, no dia vinte do segundo mês, a nuvem levantou-se de cima da Morada da
Aliança. 12 Os israelitas partiram do deserto do Sinai segundo a ordem de saída, e a nuvem
parou no deserto de Farã. 13 Foi a primeira vez que assim partiram por ordem do Senhor,
dada por Moisés. 14 Por primeiro partiu a bandeira do acampamento dos descendentes de
Judá, por exércitos. O exército de Judá estava sob o comando de Naasson, filho de Aminadab.
5 O exército da tribo de Issacar estava sob o comando de Natanael,filho de Suar. 16 O
exército da tribo de Zabulon era comandado por Eliab, filho de Helon. 17 Desmontada a
Morada, puseram-se a caminho os descendentes de Gérson e de Merari, transportando a
morada. 18 Depois partiu a bandeira do acampamento de Rúben, por exércitos. O exército de
Rúben estava sob o comando de Elisur filho de Sedeur. 19 O exército da tribo de Simeão
estava sob o comando de Salamiel filho de Surisadai. 20 O exército da tribo de Gad estava
sob o comando de Eliasaf filho de Deuel. 21 Em seguida partiram os descendentes de Caat,
levando o santuário. Assim, ao chegarem, a Morada já estava montada. 22 Depois partiu a
bandeira do acampamento de Efraim, por exércitos. O exército de Efraim estava sob o
comando de Elisama filho de Amiud. 23 O exército da tribo de Manassés estava sob o
comando de Gamaliel filho de Fadassur. 24 O exército da tribo dos benjaminitas estava sob o
comando de Abidã filho de Gedeão. 25 Depois, à retaguarda dos outros acampamentos, partiu
a bandeira do acampamento dos descendentes de Dã, por exércitos. O exército danita estava
sob o comando de Aiezer filho de Amisadai. 26 O exército da tribo de Aser estava sob o
comando de Fegiel filho de Ocrã. 27 O exército da tribo de Neftali estava sob o comando de
Aíra filho de Enã. 28 Era esta a ordem de partida dos israelitas quando se punham em
movimento. Um homem guia, Deus conduz 29 Moisés disse ao sogro Hobab, filho de
Ragüel, o madianita: “Estamos indo para o lugar que o Senhor nos prometeu dar. Vem
conosco, e te haveremos de tratar bem, porque o Senhor prometeu prosperidade a Israel”. 30
Ele respondeu: “Não, eu não irei! Prefiro voltar para minha terra natal”. 31 Moisés insistiu:
“Não nos abandones, pois tu conheces os lugares onde podemos acampar no deserto e poderás
servir-nos de guia. 32 Se vieres conosco, nós te faremos participar da prosperidade que o
19
Senhor nos der”. 33 Partindo do monte do Senhor, fizeram uma viagem de três dias. A arca
da aliança do Senhor os precedia, procurando-lhes um lugar de descanso. 34 De dia, quando
levantavam o acampamento, a nuvem do Senhor estava sobre eles. 35 Quando a arca da
aliança se punha em movimento, Moisés dizia: “Levanta-te, Senhor, que se dispersem os
inimigos! Fujam diante de ti os que te odeiam”. 36 Quando a arca parava, dizia: “Volta, ó
Senhor da imensa multidão de Israel”.
Israel “murmura” contra Deus
11
1 O povo começou a murmurar contra o Senhor. Ao ouvir, o Senhor inflamou-se de ira. O
fogo do Senhor irrompeu contra eles e devorou uma extremidade do acampamento. 2 O povo
pediu socorro a Moisés, que intercedeu junto do Senhor, e o fogo se apagou. 3 Deram àquele
lugar o nome de Tabera, Incêndio, porque ali havia irrompido contra eles o fogo do Senhor. 4
Certa gente que se misturava a eles foi tomado de um apetite incontrolado, de modo que até
os israelitas voltaram a lamentar-se e a dizer: “Quem nos dará carne para comer? 5 Estamos
lembrados dos peixes que comíamos de graça no Egito, dos pepinos, melões, verduras,
cebolas e alhos! 6 Agora estamos definhando à míngua de tudo. Não vemos outra coisa senão
maná”. 7 (O maná era parecido com a semente do coentro e amarelado como a resina. 8 O
povo se dispersava para o recolher e o moía num moinho, ou socava num pilão. Depois
cozinhavam-no em panelas e faziam broas com gosto de bolo preparado com azeite. 9 À
noite, quando o orvalho caía sobre o acampamento,caía também o maná.)
Queixa e dúvida de Moisés
10 Moisés ouviu como o povo se lamentava, família por família, cada uma à entrada de sua
tenda. Então o Senhor inflamou-se de grande ira, e Moisés, muito aflito, 11 disse ao Senhor:
“Por que maltratas assim teu servo? Por que gozo tão pouco de teu favor, a ponto de
descarregares sobre mim o peso de todo este povo? 12 Acaso fui eu quem concebeu ou deu à
luz este povo, para que me digas: ‘Carrega-o no colo, como se fosse uma babá a levar uma
criança, até à terra que prometeste a seus pais? 13 Onde conseguirei carne para dar a toda esta
gente? Pois se lamentam contra mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer’. 14 Já não posso
20
suportar sozinho o peso de todo este povo: é grande demais para mim. 15 Se queres continuar
a me tratar assim, peço que me tires a vida! Se, pelo contrário, ganhei teu favor, então que eu
não veja mais minha desgraça”. 16 O Senhor disse a Moisés: “Reúne-me setenta homens
dentre os anciãos de Israel, que tu conheces como sendo anciãos e magistrados do povo, e
traze-os à Tenda do Encontro,onde devem esperar contigo. 17 Descerei ali para falar contigo.
Retirarei um pouco do espírito que há em ti e o darei a eles, para que te ajudem a carregar o
peso do povo, e não sejas sozinho a suportá-lo. 18 E dirás ao povo: Santificai-vos para
amanhã e comereis carne. Pois chegou ao ouvido do Senhor o vosso lamento: ‘Quem nos dará
carne para comer! Estávamos tão bem no Egito!’ Por isso, o Senhor vos dará carne e vós a
comereis, 19 e não apenas um dia, nem dois, nem cinco, nem dez ou vinte, 20 mas durante
um mês inteiro, até que a carne vos saia pelas narinas e vos cause náuseas. Pois rejeitastes o
Senhor, que está no meio de vós, e vos lamentastes diante dele, dizendo: ‘Por que saímos do
Egito?’” 21 Moisés lhe disse: “O povo no meio do qual estou conta seiscentos mil homens a
pé, e tu dizes: ‘Vou dar-lhes carne para que comam um mês inteiro!’ 22 Se matassem as
ovelhas e os bois, seria suficiente para eles? Se fossem ajuntados todos os peixes do mar,
bastaria para saciá-los?” 23 O Senhor respondeu a Moisés: “Acaso o poder do Senhor ficou
diminuído? Agora mesmo verás se minha palavra se cumpre ou não”.
O Espírito sobre os setenta e dois anciãos
24 Depois de sair para comunicar ao povo as palavras do Senhor, Moisés reuniu setenta
homens dentre os anciãos do povo e colocou-os ao redor da Tenda do Encontro. 25 O Senhor
desceu na nuvem e falou a Moisés. Retirou um pouco do espírito que Moisés possuía e o pôs
sobre os setenta anciãos. Assim que pousou sobre eles o espírito, puseram-se a profetizar,
mas não continuaram. 26 Dois homens, porém, tinham ficado no acampamento. Um
chamava-se Eldad e o outro, Medad. O espírito pousou igualmente sobre os dois, que estavam
na lista mas não tinham ido à Tenda, e eles se puseram a profetizar no acampamento. 27 Um
jovem foi correndo avisar a Moisés que Eldad e Medad estavam profetizando no
acampamento. 28 Josué, filho de Nun, ajudante de Moisés desde a juventude, disse: “Moisés,
meu senhor, manda que eles se calem”. 29 Moisés respondeu: “Tens ciúmes por mim? Quem
dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!”
30 Em seguida, Moisés recolheu-se ao acampamento com os anciãos de Israel.
As codornizes
21
31 Soprou, então, um vento mandado pelo Senhor, que trouxe do mar um bando de
codornizes e as fez pousar sobre o acampamento. Espalhavam-se num raio de um dia de
viagem ao redor do acampamento, a um metro de altura. 32 O povo levantou-se e passou todo
aquele dia, a noite inteira e todo o dia seguinte recolhendo codornizes. O homem que menos
ajuntou recolheu dez cargas de asno. Estenderam-nas para secar ao redor do acampamento. 33
Estavam ainda com a carne entre os dentes e não tinham acabado de mastigar, quando se
inflamou a ira do Senhor e feriu o povo com um grande flagelo. 34 Deram àquele lugar
passou a se chamar Cibrot-Ataava, Sepulcros da Gula, porque ali foi sepultado o povo
dominado pela gula. 35 De Cibrot-Ataava partiram para Haserot, onde acamparam.
Maria e Aarão contestam Moisés
12
1 Maria e Aarão criticaram Moisés por causa da sua mulher etíope. 2 Diziam: “Acaso o
Senhor falou só por Moisés? Não falou também por meio de nós?” E o Senhor ouviu isso. 3
Moisés era homem muito humilde, mais do que qualquer pessoa sobre a terra. 4 De repente, o
Senhor disse a Moisés, Aarão e Maria: “Ide todos os três à Tenda do Encontro”. E eles foram.
5 O Senhor desceu na coluna de nuvem, parou à entrada da tenda e chamou Aarão e Maria.
Quando os dois se aproximaram, 6 ele lhes disse: “Escutai minhas palavras: Se houver entre
vós um profeta do Senhor, eu me revelarei a ele em visões e lhe falarei em sonhos. 7 O
mesmo, porém, não acontece com meu servo Moisés: ele é homem de confiança em toda a
minha casa. 8 Com ele falo face a face, às claras e não em enigma, ele contempla a forma do
Senhor. Como, pois, vos atreveis a criticar meu servo Moisés?” 9 E indignado contra eles, O
Senhor retirou-se. 10 Apenas a nuvem se tinha afastado da Tenda, Maria ficou leprosa, branca
como a neve. Quando Aarão olhou para ela, viu-a toda coberta de lepra. 11 Aarão disse então
a Moisés: “Por favor, meu senhor, não nos faças pagar pelo pecado que tolamente cometemos.
12 Que Maria não fique como morta, como um aborto lançado fora do ventre da mãe, com a
metade da carne consumida pela lepra”. 13 Então Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Ó
Deus, eu te rogo, concede-lhe a cura!” 14 O Senhor respondeu a Moisés: “Se o pai lhe tivesse
cuspido no rosto, não ficaria envergonhada durante sete dias? Seja Maria confinada durante
sete dias fora do acampamento e depois readmitida”. 15 Assim Maria ficou confinada fora do
22
acampamento durante sete dias, e o povo não se moveu do lugar enquanto ela não foi
readmitida. 16 Depois o povo partiu de Haserot e acampou no deserto de Farã.
Missão dos exploradores
13
1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Envia alguns homens para fazer reconhecimento da terra de
Canaã, que vou dar aos israelitas. Enviarás um homem de cada tribo patriarcal, e todos sejam
chefes entre os seus”. 3 Moisés os enviou do deserto de Farã, segundo a ordem do Senhor.
Todos estes homens eram chefes dos israelitas. Os nomes são estes: 4 da tribo de Rúben,
Samua filho de Zacur; 5 da tribo de Simeão, Safat filho de Huri; 6 da tribo de Judá, Caleb
filho de Jefoné; 7 da tribo de Issacar, Igal filho de José; 8 da tribo de Efraim, Oséias filho de
Nun; 9 da tribo de Benjamim, Falti filho de Rafu; 10 da tribo de Zabulon, Gediel filho de
Sodi; 11 da tribo de José, isto é, de Manassés, Gadi filho deSusi; 12 da tribo de Dã, Amiel
filho de Gemali; 13 da tribo de Aser, Setur filho de Miguel; 14 da tribo de Neftali, Naabi filho
de Vapsi; 15 da tribo de Gad, Güel filho de Maqui; 16 são esses os nomes dos homens
enviados por Moisés para fazer o reconhecimento do país. A Oséias filho de Nun, Moisés deu
o nome de Josué. 17 Moisés os enviou para explorar a terra de Canaã, recomendando-lhes:
“Segui pelo deserto do Negueb. Ao chegardes às montanhas, 18 observai como é essa terra, se
o povo que nela vive é forte ou fraco, se são poucos ou muitos; 19 como é a terra em que esse
povo mora, se é boa ou ruim; como são as cidades em que vivem, se têm muralhas ou não; 20
se o solo é fértil ou pobre, se existem árvores ou não. Sede corajosos e trazei alguns frutos
dessa terra”. (Era então o tempo das primeiras uvas.) 21 Subiram e exploraram a terra desde o
deserto de Sin até Roob, no caminho de Emat. 22 Subindo pelo deserto do Negueb chegaram
a Hebron, onde viviam Aimã, Sesai e Tolmai, descendentes de Enac. (Hebron fora construída
sete anos antes de Tânis no Egito.) 23 Chegaram até ao vale de Escol. Ali cortaram um ramo
de videira com o cacho, que dois homens transportaram numa vara; e apanharam também
romãs e figos. 24 O lugar foi chamado vale de Escol, vale do Cacho, por causa do cacho de
uva que os israelitas dali levaram. 25 Ao fim de quarenta dias, eles voltaram do
reconhecimento da terra. 26 Apresentaram-se a Moisés, Aarão e toda a comunidade dos
israelitas em Cades, no deserto de Farã. Fizeram um relato para eles e para toda a
comunidade, mostrando os frutos da terra. 27 Contaram o seguinte: “Entramos na terra à qual
23
nos enviastes. De fato, é uma terra onde corre leite e mel, como se pode ver por estes
frutos.28 Porém, o povo que vive nessa terra é muito forte. As cidades são fortificadas e
enormes. Vimos ali descendentes de Enac. 29 Os amalecitas vivem na região do deserto do
Negueb. Os heteus, os jebuseus e amorreus, na parte montanhosa; os cananeus, na costa
marítima e ao longo do Jordão”. 30 Então Caleb, para acalmar o povo revoltado contra
Moisés, disse: “Vamos subir e conquistar a terra, pois somos capazes de fazê-lo”. 31 Mas os
homens que haviam subido com ele disseram: “Não podemos enfrentar esse povo, porque é
mais forte do que nós”. 32 E puseram-se a fazer comentários negativos diante dos israelitas
sobre a terra que haviam explorado, dizendo: “A terra que fomos reconhecer é uma terra que
devora os seus habitantes, e toda a gente que aí vimos é de estatura extraordinária. 33 Lá
vimos até gigantes, os descendentes de Enac, da raça dos gigantes. comparados com eles
parecíamos gafanhotos; e era assim que eles nos viam”.
A revolta do povo
14
1 Então toda a comunidade levantou a voz e começou a gritar; e o povo passou a noite se
lamentando. 2 Todos os israelitas murmuravam contra Moisés e Aarão, toda a comunidade
lhes dizia: “Antes tivéssemos morrido no Egito, ou ao menos neste deserto.3 Por que nos leva
o Senhor para essa terra? A fim de cairmos ao fio da espada, e para que nossas mulheres e
nossos filhos sejam reduzidos ao cativeiro? Não seria melhor voltarmos para o Egito?” 4 E
diziam uns aos outros: “Vamos escolher um chefe e voltar para o Egito”. 5 Então Moisés e
Aarão caíram com o rosto em terra perante toda a comunidade dos israelitas. 6 Josúe filho de
Nun e Caleb filho de Jefoné, que estavam entre os que exploraram a terra, rasgaram as vestes
7 e disseram a toda a comunidade dos israelitas: “A terra que percorremos e exploramos é
uma terra excelente. 8 Se o Senhor nos quer bem, ele nos introduzirá nela e nos dará esta
terra, onde corre leite e mel. 9 De modo algum deveis revoltar-vos contra o Senhor, nem
temera população dessa terra, pois haveremos de devorá-los como pão. A sua sombra
protetora os abandonou, enquanto conosco está o Senhor. Não tenhais medo deles!” 10 Mas
toda a comunidade ameaçou apedrejá-los, mas então a glória do Senhor apareceu a todos os
israelitas na Tenda do Encontro.
24
Moisés aplaca a cólera divina
11 E o Senhor disse a Moisés: “Até quando este povo vai desprezar-me? Até quando vai
recusar-se a crer em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio deles? 12 Vou feri-los de
peste e privá-los da herança. De ti, porém, farei uma nação maior e mais forte do que esta”. 13
Moisés respondeu ao Senhor : “Mas os egípcios sabem que de seu meio tiraste este povo com
teu poder, 14 e o dirão aos habitantes desta terra. Eles sabem que tu, Senhor, estás no meio
deste povo; que tu, Senhor, te manifestas a ele face a face; que sobre eles vela tua nuvem; que
de dia os precedes numa coluna de nuvem e de noite, numa coluna de fogo. 15 Se, pois,
fizeres morrer este povo como se fosse um só homem, as nações que ouvirem tais notícias a
teu respeito comentarão: 16 ‘O Senhor foi incapaz de introduzir o povo na terra que lhes
prometeu, por isso os massacrou no deserto’. 17 Seja agora, pois, engrandecida a força do
meu Senhor, como tu mesmo declaraste: 18 ‘O Senhor é paciente e misericordioso; suporta a
maldade e a rebeldia, mas não a deixa impune; castiga a maldade dos pais nos filhos até a
terceira e quarta geração’. 19 Perdoa, pois, o pecado deste povo segundo a tua grande
misericórdia, da mesma forma como o suportaste desde o Egito até aqui”.
Perdão e castigo
20 Disse-lhe então o Senhor: “Eu os perdoei,conforme teu pedido. 21 No entanto, juro por
minha vida e pela glória do Senhor que enche a terra inteira: 22 nenhum dos homens que
viram minha glória e os sinais que fiz no Egito e no deserto, e que já por dez vezes me
puseram à prova e desobedeceram, 23 verá a terra que jurei dar a seus pais. Nenhum dos que
me desprezaram verá essa terra. 24 Mas como o meu servo Caleb, animado de bem outro
espírito, me seguiu fielmente, eu o introduzirei na terra que visitou e que seus descendentes
herdarão. 25 Visto que os amalecitas e os cananeus moram nas planícies, mudai de rumo
amanhã e parti para o deserto pela rota do mar Vermelho”. 26 O Senhor falou a Moisés e
Aarão: 27 “Até quando esta comunidade perversa ficará murmurando contra mim? Bem ouvi
as queixas que os israelitas murmuram contra mim. 28 Dize-lhes: Por minha vida – oráculo do
Senhor – juro que vos farei assim como vos ouvi dizer: 29 Neste deserto ficarão estendidos
vossos cadáveres. Todos vós que fostes recenseados, de vinte anos para cima, e que
murmurastes contra mim, 30 nenhum de vós entrará na terra na qual, com mão levantada,
jurei fazer-vos habitar – exceto Caleb filho de Jefoné e Josué filho de Nun. 31 Mas os vossos
filhos, dos quais dissestes que seriam presa dos inimigos, eu os introduzirei, para que vejam a
25
terra que vós desprezastes. 32 Vossos cadáveres ficarão estendidos neste deserto. 33 Vossos
filhos serão nômades no deserto durante quarenta anos, carregando o peso de vossas
infidelidades, até vossos cadáveres se consumirem no deserto. 34 Carregareis vossa culpa
durante quarenta anos, número correspondente aos quarenta dias em que fizestes o
reconhecimento da terra, isto é, um ano para cada dia. Assim experimentareis a minha
reprovação. 35 Eu, o Senhor, assim como disse, assim farei com toda esta comunidade
perversa que se insurgiu contra mim: nesta solidão serão consumidos e morrerão”. 36 De fato,
os homens que Moisés tinha enviado para explorar a terra e que na volta fizeram murmurar
contra ele toda a comunidade, falando mal da terra, 37 esses mesmos homens que haviam
difamado a terra foram golpeados diante do Senhor. 38 Dos homens que tinham ido explorar a
terra sobreviveram apenas Josué filho de Nun e Caleb filho de Jefoné.
Tentativa de conquista frustrada
39 Quando Moisés referiu essas palavras aos israelitas, o povo ficou muito preocupado. 40 Na
manhã seguinte levantaram-se dispostos a subir para o cume da montanha, dizendo: “Estamos
prontos para subir à terra de que o Senhor nos falou, porque pecamos”. 41 Moisés,porém,
disse: “Por que quereis transgredir a ordem do Senhor? Isto não terá bom êxito. 42 Não
tenteis subir, pois o Senhor não está no meio de vós. Do contrário, sereis derrotados pelo
inimigo. 43 Os amalecitas e os cananeus estão lá à vossa espera, e tombareis pela espada. Já
que voltastes as costas ao Senhor, ele não estará convosco”. 44 Apesar disso teimaram em
subir para o cume da montanha. Mas a arca da aliança do Senhor e Moisés não se moveram
do meio do acampamento. 45 Os amalecitas e os cananeus que viviam naquela montanha
desceram e derrotaram nos, destroçando-os até Horma.
Ofertas voluntárias e compulsórias
15
1 O Senhor falou a Moisés : 2 “Fala aos israelitas e dize-lhes: Quando entrardes na terra em
que habitareis e que eu vos dou, 3 e oferecerdes ao Senhor uma oferta queimada, um
holocausto ou sacrifício em cumprimento de um voto, por ocasião de uma oferta espontânea
ou das solenidades, sacrificando bois e ovelhas em suave odor ao Senhor, 4 O ofertante
26
apresentará ao Senhor uma oferenda de um jarro de quatro litros de farinha fina amassada
com um litro de azeite. 5 Como libação apresentarás um litro de vinho para cada cordeiro,
além do holocausto ou sacrifício. 6 Se for um carneiro, farás uma oblação dois jarros de
farinha amassada com um litro e meio de azeite.7 Para a libação apresentarás um litro e meio
de vinho, como suave odor ao Senhor. 8 Se ofereceres um bezerro em holocausto por um voto
ou em sacrifício de comunhão ao Senhor, 9 acrescentarás uma oferenda de três jarros de
farinha fina, amassada com dois litros de azeite, 10 e dois litros de vinho para a libação, como
oferta queimada, de suave odor, ao Senhor. 11 Assim se fará para cada touro, carneiro,
cordeiro ou cabrito. 12 Qualquer que seja o número de vítimas oferecido, fareis para cada uma
a oferta correspondente. 13 Assim deverão proceder todos os Nativos ao apresentar ofertas
queimadas, de suave odor, ao Senhor. 14 Se um estrangeiro residir temporariamente no meio
de vós, ou se durante gerações viver entre vós, e oferecer uma oferta queimada, de suave
odor, ao Senhor, deverá proceder da mesma forma como vós. 15 Tanto para vós como para o
estrangeiro que mora convosco vale o mesmo decreto, um decreto perpétuo diante do Senhor
para todas as gerações, válido igualmente para vós e para o estrangeiro. 16 A mesma lei e o
mesmo rito valerão para vós e para o estrangeiro que viver convosco”. 17 O Senhor falou a
Moisés: 18 “Fala aos israelitas e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra em que eu vos
introduzir 19 e comerdes do pão, devereis separar um tributo para o Senhor. 20 Separareis
como tributo um pão feito com a farinha nova, da mesma forma como separais o tributo da
colheita. 21 Por todas as gerações devereis dar ao Senhor esse tributo da farinha nova.
Expiação de faltas involuntárias
22 “Se por inadvertência falhardes, deixando de cumprir algum destes mandamentos que o
Senhor deu a Moisés, 23 isto é, alguma coisa do que o Senhor vos ordenou por meio de
Moisés para todas as gerações, desde o dia da promulgação em diante, 24 nesse caso, se a
falta foi cometida sem a comunidade ter consciência disso, a comunidade inteira oferecerá um
bezerro em holocausto como suave odor ao Senhor, além da oblação e da libação costumeiras
e de um cabrito pelo pecado. 25 O sacerdote fará a expiação por toda a comunidade israelita.
Assim a falta lhes será perdoada, pois foi inadvertida e por ela apresentaram ao Senhor a
oferta queimada e a vítima pelo pecado. 26 Assim toda a comunidade israelita será absolvida,
bem como o estrangeiro que viver no meio deles, pois se tratava de uma falta coletiva por
inadvertência. 27 Se uma só pessoa pecar por inadvertência, oferecerá uma cabra de um ano
pelo pecado. 28 O sacerdote fará diante do Senhor a expiação por aquele que pecou por
27
inadvertência, e este será perdoado. 29 Tanto para o israelita nativo, quanto para o estrangeiro
que vive no meio de vós, haverá uma só lei para quem comete um pecado por inadvertência.
30Mas quem agir dolosamente, seja ele nativo ou estrangeiro, comete um ultraje ao Senhor e
será eliminado do meio do povo. 31 Desprezou a palavra do Senhor e violou o mandamento.
Deverá ser eliminado, a iniqüidade lhe será imputada”.
Um caso de violação do sábado
32 Enquanto os israelitas se achavam no deserto, um homem foi surpreendido apanhando
lenha em dia de sábado. 33 Os que o surpreenderam levaram-no à presença de Moisés, de
Aarão e de toda a comunidade. 34 Como não se decidiu o que fazer com ele, deixaram-no sob
custódia. 35 Então o Senhor disse a Moisés: “Este homem deve ser condenado à morte. A
comunidade toda o apedrejará fora do acampamento”. 36 Toda a comunidade o conduziu para
fora do acampamento e o apedrejou até morrer, como o Senhor havia ordenado a Moisés. As
franjas, sinal de dignidade 37 O Senhor disse a Moisés: 38 “Fala aos israelitas e dize-lhes que,
por todas as gerações, façam franjas nas bordas das vestes, e nas franjas da borda atem um
cordão de púrpura violeta, 39 fazendo parte da franja. Isso para que, vendo-o, vos lembreis de
todos os mandamentos do Senhor e os cumprais, e não corrais atrás dos desejos de vosso
coração e dos vossos olhos, que vos levam à infidelidade. 40 Assim, lembrando-vos dos meus
mandamentos e pondo-os em prática, sereis consagrados para vosso Deus. 41 Eu sou o Senhor
vosso Deus que vos libertou do Egito para ser o vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus”.
Revolta e castigo de Core
16
1 Coré filho de Isaar, filho de Caat, filho de Levi, junto com Datã e Abiram filhos de Eliab e
com On filho de Felet, que eram filhos de Rúben, 2 revoltaram-se contra Moisés com mais
duzentos e cinqüenta israelitas, todos chefes da comunidade, membros do conselho e pessoas
de posição. 3 Amotinaram-se contra Moisés e Aarão e lhes disseram: “Basta! Todos os
membros da comunidade são consagrados, e o Senhor está no meio deles. Com que direito
vos colocais acima da comunidade do Senhor?” 4 Quando ouviu isso, Moisés prostrou-se por
terra. 5 Depois falou a Coré e a todo o bando: “Amanhã cedo o Senhor fará saber quem é seu
28
e quem é o consagrado que ele quer perto de si. Fará aproximar-se de si quem ele escolher. 6
Fazei o seguinte: Coré, e vós de seu bando, arranjai incensórios, 7 e amanhã deitai neles fogo
e incenso, na presença do Senhor. Aquele que o Senhor escolher, esse será o consagrado. Que
isso vos baste, filhos de Levi!” 8 Moisés disse a Coré: “Escutai, filhos de Levi! 9 Parece-vos
pouco que o Deus de Israel vos tenha separado da comunidade de Israel para vos aproximar
de si no serviço da morada do Senhor e para estardes à disposição da comunidade e servi-la?
10 Ele te aproximou de si junto com todos os teus irmãos levitas, e agora ambicionais também
o sacerdócio? 11 É por isso que tu e teus partidários vos amotinais contra o Senhor! Não
sabeis quem é Aarão para que murmureis contra ele?” 12 Moisés mandou chamar Datã e
Abiram filhos de Eliab. Mas eles responderam: “Não iremos! 13 Não basta nos teres tirado de
uma terra onde corre leite e mel para nos fazeres morrer no deserto, e ainda pretendes ser o
nosso chefe? 14 Não nos conduziste a uma terra onde corre leite e mel, não nos deste em
herança nenhum pedaço de terra ou de vinha. Queres cegar os olhos de todos estes homens?
Não vamos subir!” 15 Moisés ficou muito indignado e disse ao Senhor: “Não aceites a oferta
deles! Nunca lhes tirei nem sequer um jumento e a ninguém prejudiquei”. 16 Depois disse a
Coré: “Amanhã comparecei diante do Senhor, tu e teus partidários, juntamente com Aarão. 17
Cada um pegará seu incensório e porá nele incenso. Depois tu, Aarão e os duzentos e
cinqüenta homens vos aproximareis do Senhor com os incensórios”. 18 Pegando, pois, cada
um seu incensório, puseram nele brasas e incenso e pararam à entrada da Tenda do Encontro.
mesmo fizeram Moisés e Aarão. 19 Coré reuniu em torno deles toda a comunidade na entrada
da Tenda do Encontro. Então a glória do Senhor se manifestou a toda a comunidade.
O castigo de Datã e Abiram
20 O Senhor disse a Moisés e Aarão: 21 “Afastai-vos do meio desse bando, pois num
momento vou acabar com eles”. 22 Mas eles se prostraram com o rosto em terra e disseram:
“Ó Deus, Deus dos espíritos de todas as criaturas! Um só homem está pecando e te enfureces
contra toda a comunidade?” 23 O Senhor respondeu a Moisés: 24 “Fala à comunidade nestes
termos: Afastai-vos das proximidades da moradia de Coré, Datã e Abiram”. 25 Moisés
dirigiu-se para onde estavam Datã e Abiram, seguido dos anciãos de Israel, 26 e avisou a
comunidade: “Retirai-vos já das tendas dessa gente má! Não toqueis em nada do que lhes
pertence para não serdes varridos por causa de seus pecados”. 27 Eles se afastaram das
proximidades da moradia de Coré, Datã e Abiram. Datã e Abiram, porém, saíram e ficaram à
29
entrada de suas tendas, juntamente com as mulheres, os filhos e as crianças. 28 Disse então
Moisés: “Agora ides saber que foi o Senhor quem me enviou para fazer tudo o que tenho
feito, e que não agi por conta própria. 29 Se estes morrerem de morte natural e tiverem o
destino do comum dos mortais, então não foi o Senhor quem me enviou. 30 Mas se o Senhor
fizer algo de inaudito, se a terra abrir as entranhas e os tragar com tudo o que lhes pertence, se
eles descerem vivos para o Abismo, então sabereis que essa gente desprezou o Senhor”. 31
Mal acabou de pronunciar essas palavras, o solo fendeu-se debaixo deles, 32 a terra abriu as
entranhas e os tragou com as suas famílias,com todos os partidários de Core e todos os seus
pertences. 33 Logo que eles desceram vivos para a morada dos mortos com tudo o que lhes
pertencia, a terra os cobriu, e assim eles desapareceram do meio da assembléia. 34 E todos os
israelitas que estavam em torno deles fugiram ao ouvir o grito deles, e exclamavam: “Que não
nos trague a terra a nós também!” 35 Mas um fogo enviado pelo Senhor devorou os duzentos
e cinqüenta homens que ofereciam incenso.
Os incensórios
17
1 Senhor falou a Moisés: 2 “Manda Eleazar, filho do sacerdote Aarão, tirar os incensórios o
meio do incêndio e espalhar as brasas mais longe, pois estão consagrados. 3 Quanto aos
incensórios dos que pecaram e pagaram o pecado com a vida, manda reduzi-los a lâminas
para revestir o altar. Assim os incensórios que foram apresentados diante do Senhor e ficaram
consagrados servirão de lembrança para os israelitas”. 4 O sacerdote Eleazar pegou os
incensórios de bronze, que os homens que foram queimados tinham apresentado, e mandou
reduzi-los a lâminas para revestir o altar. 5 As lâminas serviam de advertência aos israelitas
para que nenhum estranho à descendência de Aarão se aproximasse para oferecer incenso
diante do Senhor e não lhe acontecesse o mesmo que a Coré e seu bando, conforme o Senhor
tinha predito por meio de Moisés. Nova revolta do povo 6 No dia seguinte, toda a comunidade
dos israelitas se pôs a murmurar contra Moisés e Aarão, dizendo: “Fostes vós que matastes o
povo do Senhor”. 7 Mas quando a comunidade se amotinou contra Moisés e Aarão e se
dirigiu à Tenda do Encontro, a nuvem a envolveu e a glória do Senhor apareceu. 8 Moisés e
Aarão vieram para a frente da Tenda do Encontro.9 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 10
“Retirai-vos do meio desta comunidade, para que num instante eu acabe com eles”. Mas eles
se prostraram com o rosto em terra. 11 Então Moisés disse a Aarão: “Toma o incensório, põe
30
nele brasas tiradas do altar, deita o incenso e corre para junto da comunidade a fim de fazer a
expiação, pois o Senhor desencadeou seu furor, e a mortandade já começou”. 12 Aarão pegou
o incensório conforme a ordem de Moisés e correu para o meio da multidão. Entrementes a
mortandade já tinha começado entre o povo. Mas ele colocou o incenso e fez a expiação pelo
povo, 13 permanecendo de pé entre os mortos e os vivos até cessar a mortandade. 14 As
vítimas daquela mortandade foram catorze mil e setecentos, além dos que tinham morrido por
causa de Coré. 15 Terminada a mortandade, Aarão retornou para junto de Moisés à entrada da
Tenda do Encontro.
Floresce a vara de Aarão
16 O Senhor disse a Moisés: 17 “Fala aos israelitas e toma de cada casa patriarcal uma vara–
doze varas, portanto, uma para cada chefe de casa patriarcal. Escreve o nome de cada uma
sobre a respectiva vara. 18 Na vara de Levi escreverás o nome de Aarão, pois cada vara
representa o chefe da casa patriarcal. 19 Colocarás as varas na Tenda do Encontro, diante da
arca da Aliança, lá onde eu me encontro convosco. 20 A vara daquele que eu escolher
florescerá. Assim afastarei de mim as murmurações que os israelitas fazem contra vós”. 21
Moisés pediu aos israelitas que os chefes lhe entregassem doze varas, uma vara para cada
chefe, representando a respectiva casa patriarcal. Entre as varas estava a vara de Aarão. 22
Moisés depositou as varas diante do Senhor na Tenda da Aliança. 23 No dia seguinte, ao
entrar na Tenda da Aliança, Moisés viu que a vara de Aarão, da casa de Levi, tinha produzido
brotos e dado flores e amêndoas maduras. 24 Moisés retirou todas as varas da presença do
Senhor e as trouxe aos israelitas. Eles as viram e cada um pegou a sua. 25 O Senhor disse a
Moisés: “Recoloca a vara de Aarão diante do documento da Aliança, para guardá-la como
sinal para esses rebeldes. Assim terminarão as murmurações contra mim, e eles não
morrerão”. 26 Moisés fez assim como o Senhor lhe havia ordenado.
Deveres dos sacerdotes e levitas
27 Os israelitas disseram a Moisés: “Estamos morrendo! Estamos perdidos, todos perdidos!
28 Toda vez que alguém se aproxima da morada do Senhor, morre. Acaso deveremos todos
morrer?”
18
31
1 O Senhor disse para Aarão: “A responsabilidade acerca das faltas cometidas no santuário é
confiada a ti, a teus filhos e à casa de teu pai , mas apenas tu com teus filhos sereis os
responsáveis pelas faltas cometidas no exercício do sacerdócio. 2 Admite perto de ti também
teus irmãos da tribo de Levi, tua tribo patriarcal, para que te auxiliem e te sirvam quando
estiveres junto com teus filhos diante da Tenda da Aliança; 3 eles estarão a teu serviço e a
serviço da Tenda em geral. Apenas não poderão aproximar-se dos utensílios do santuário nem
do altar. Do contrário morreriam eles e vós também. 4 Serão teus auxiliares e estarão a
serviço da Tenda do Encontro para qualquer tarefa relacionada com a Tenda. Nenhum que
não seja levita deverá aproximar-se de vós. 5 Vós cuidareis do serviço do santuário e do altar.
Assim a ira não se voltará mais contra os israelitas. 6 Fui eu mesmo que escolhi vossos
irmãos, os levitas, do meio dos israelitas, como um dom de vossa parte ao Senhor, para
fazerem o serviço da Tenda do Encontro. 7 Mas tu exercerás com teus filhos o sacerdócio,
servindo em tudo o que se refere ao altar e o que está por trás do véu de separação. Confio a
vós o sacerdócio como um serviço e como um privilégio. O não-levita que se aproximar será
morto”.8 O Senhor falou a Aarão: “A ti eu confio o cuidado de minhas oferendas em tudo o
que se refere às coisas que os israelitas consagram. Entrego isto a ti e a teus filhos por direito
perpétuo em razão da unção. 9 Eis o que te caberá das coisas santíssimas que não são
queimadas: qualquer oferenda, oblação, sacrifício pelo pecado e sacrifício de expiação que me
trouxerem, são todas coisas santíssimas que pertencem a ti e a teus filhos. 10 Deverás comê-
las em lugar santíssimo. Toda pessoa do sexo masculino poderá comê-las. Serão para ti coisa
sagrada. 11 Também será tua a parte reservada de qualquer dom oferecido pelos israelitas
com um gesto. Eu a dou a ti e a teus filhos e filhas por direito perpétuo. Poderá comê-la
qualquer um de tua casa que estiver puro. 12 Dou-te o melhor azeite fresco, o melhor vinho e
trigo, os primeiros frutos oferecidos ao Senhor. 13 Os primeiros frutos que trouxerem para o
Senhor de qualquer produto da terra serão teus. Qualquer um de tua casa, que estiver puro,
poderá comê-los. 14 Tudo o que em Israel for consagrado a Deus te pertence. 15 Qualquer
criatura viva nascida de primeiro parto, tanto de homens como de animais, que vierem
oferecer ao Senhor, será tua. Mas os primogênitos dos homens e os primogênitos dos animais
impuros deverás resgatar. 16 Efetuarás o resgate deles quando tiverem um mês de idade,
avaliando-os em cinco moedas de prata, conforme o peso usado no santuário (que
corresponde a dez gramas). 17 Mas não aceitarás resgate pelos primogênitos de vacas, ovelhas
ou cabras. São consagrados. Deverás derramar-lhes o sangue sobre o altar e queimar as partes
gordas ao fogo como oferta de suave odor ao Senhor. 18 A carne, porém, será tua. Igualmente
teus serão o peito oferecido com um gesto e a coxa direita. 19 Todo o tributo das coisas
32
sagradas que os israelitas oferecem ao Senhor, eu o dou a ti e a teus filhos e filhas por direito
perpétuo. É uma aliança inviolável, perene, válida diante do Senhor para ti e para tua
descendência”.20 O Senhor disse a Aarão: “Tu não terás herança na terra dos israelitas, nem
haverá parte para ti em seu meio. Eu sou tua parte e tua herança no meio deles. 21 Aos levitas
dou como herança os dízimos em Israel em troca do serviço que cumprem, o serviço da Tenda
do Encontro. 22 Os israelitas já não deverão aproximar-se da Tenda do Encontro, para não
incorrerem em pecado e morrerem. 23 Só os levitas farão o serviço da Tenda do Encontro e só
eles serão responsáveis pelas suas faltas. É uma lei perene, válida para vossos descendentes.
Os levitas não terão herança entre os israelitas, 24 porque lhes dou por herança os dízimos que
os israelitas devem entregar ao Senhor. É por isso que lhes digo: não terão herança entre os
israelitas”. 25 O Senhor falou a Moisés: 26 “Fala aos levitas e dize-lhes: Quando receberdes
dos israelitas o dízimo, que vos dou como herança,descontareis um tributo para o Senhor,
correspondente à décima parte do dízimo. 27 Será considerada como vosso tributo, como se
fosse trigo tirado do vosso terreiro ou vinho do vosso tanque de pisar. 28 Dessa forma
também vós descontareis o tributo do Senhor de todos os dízimos que receberdes dos
israelitas. Dareis esse tributo do Senhor ao sacerdote Aarão. 29 De qualquer dom recebido
descontareis o tributo do Senhor, isto é, sempre a melhor parte do que foi consagrado. 30
Dize-lhes também: Uma vez descontada a parte melhor, o dízimo será para os levitas como o
produto do terreiro ou o produto do lagar. 31 Podereis comê-lo em qualquer lugar, tanto vós
como vossas casas, porque é o salário que recebeis pelo serviço que prestais na Tenda do
Encontro. 32 Uma vez descontada a parte melhor como tributo, já não incorrereis em culpa.
Não profaneis o que os israelitas consagraram, para não morrerdes”.
A vaca vermelha e a água lustral
19
1 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 2 “Esta é uma disposição da lei que o Senhor prescreve:
Dize aos israelitas que providenciem uma vaca vermelha, sem defeito algum e na qual nunca
foi posta a canga. 3 Entregareis a vaca ao sacerdote Eleazar, que mandará levá-la para fora do
acampamento para ser imolada em sua presença. 4 Tomando um pouco do sangue com o
dedo, o sacerdote Eleazar o aspergirá sete vezes na direção da entrada da Tenda do Encontro.
5 Em seguida a vaca será queimada em sua presença. Serão queimados o couro, a carne, o
sangue e os excrementos. 6 Então o sacerdote tomará madeira de cedro, hissopo e púrpura e
33
os lançará no meio da fogueira em que arde a vaca. 7 Após lavar as vestes e banhar o corpo
em água, o sacerdote retornará ao acampamento, mas ficará impuro até à tarde. 8 Do mesmo
modo, quem ateou fogo à vaca lavará as vestes, banhará o corpo em água e ficará impuro até à
tarde. 9 Um homem que esteja em estado de pureza recolherá as cinzas da vaca e as
depositará em lugar puro. Serão conservadas pela comunidade dos israelitas para preparara
água purificadora. Trata-se de um sacrifício pelo pecado. 10 Aquele que recolheu as cinzas da
vaca lavará as vestes e ficará impuro até à tarde. Isso será lei perpétua para os israelitas e para
o estrangeiro que vive entre eles. 11 Quem tocar qualquer cadáver humano ficará impuro por
sete dias. 12 Deverá purificar-se com esta água no terceiro e no sétimo dia, e ficará puro. Caso
não se purificar no terceiro e no sétimo dia, não ficará puro. 13 Quem tocar um morto, um
cadáver humano, e não se purificar, contaminará a morada do Senhor: deverá ser eliminado de
Israel. Visto que não foi derramada sobre ele a água purificadora, está impuro, sua impureza
continua. 14 Esta lei diz respeito a alguém que morreu numa tenda: quem entrar na tenda, ou
quem nela estiver, ficará impuro durante sete dias, 15 e qualquer vasilha que estiver aberta,
sem uma tampa presa por um cordão, ficará impura. 16 Quem,em campo aberto, tocar em
alguém que foi morto pela espada ou num morto qualquer, ou em ossos humanos, ou numa
sepultura, ficará impuro por sete dias. 17 Para alguém que ficou impuro, recolha-se dentro de
um vaso um pouco de cinza da vaca queimada em sacrifício pelo pecado, e sobre ela se
despejará água de fonte. 18 Um homem em estado de pureza pegará um ramo de hissopo e,
depois de molhá-lo na água, aspergirá a tenda, os objetos em geral e as pessoas que ali
estiverem, ou os que tiverem tocado em ossos, em pessoas assassinadas, defuntos ou
sepulturas. 19 Uma pessoa em estado de pureza aspergirá o que estiver impuro, no terceiro e
no sétimo dia. Este último, depois de purificado ao sétimo dia, lavará as vestes, tomará banho
e à tarde ficará puro. 20 Mas quem ficou impuro e não se purificar seja eliminado da
assembléia, pois torna impuro o santuário do Senhor. Continua impuro, porque não foi
aspergido com água purificadora. 21 Esta será uma lei perpétua para vós: Quem aspergir a
água purificadora lavará as vestes, e quem entrar em contato com esta água ficará impuro até
à tarde. 22 Tudo o que uma pessoa impura tocar ficará impuro; e quem a tocar ficará impuro
até à tarde”.
DE CADES A MOAB
Morte de Maria. As águas de Meriba
34
20
1 Toda a comunidade dos israelitas chegou ao deserto de Sin no primeiro mês, e o povo
permaneceu em Cades. Ali morreu Maria e ali mesmo foi sepultada. 2 Como faltou água para
a comunidade, esta amotinou-se contra Moisés e Aarão. 3 O povo se pôs a discutir com eles e
disse: “Antes tivéssemos morrido quando morreram nossos irmãos diante do Senhor! 4 Para
que trouxestes a assembléia do Senhor a este deserto? Para morrermos nós e nossos animais?
5 Por que nos fizestes sair do Egito e nos trouxestes a um lugar tão horrível como este, onde
não se pode semear, não há figueiras, vinhas, nem romãzeiras, e onde nem sequer água existe
para beber?” 6 Retirando-se da assembléia, Moisés e Aarão foram até à entrada da Tenda do
Encontro e caíram com o rosto em terra. Então a glória do Senhor lhes apareceu. 7 O Senhor
falou, então, a Moisés: 8 “Toma tua vara e junto com teu irmão Aarão e reúne a comunidade.
Na presença deles falai à pedra para ela dar água. Farás jorrar água da pedra e darás de beber
à comunidade e aos animais”. 9 Moisés tomou a vara que estava diante do Senhor, como lhe
fora ordenado. 10 Depois Moisés e Aarão reuniram a assembléia diante do rochedo, e Moisés
lhes disse: “Ouvi, rebeldes! Poderemos acaso desta pedra fazer jorrar água para vós?” 11 E
levantando a mão, Moisés golpeou duas vezes a rocha com a vara, e jorrou água em
abundância, de modo que a comunidade e os animais puderam beber.12 Mas o Senhor disse a
Moisés e Aarão: “Visto que não acreditastes em mim para manifestar a minha santidade aos
olhos dos israelitas, não introduzireis esta assembléia na terra que lhe vou dar”. 13 São essas
as águas de Meriba, onde os israelitas discutiram com o Senhor que lhes manifestou sua
santidade.
Edom nega passagem a Israel
14 De Cades, Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom para dizer-lhe: “Assim diz teu
irmão Israel: Tu bem sabes por quantas dificuldades temos passado. 15 Nossos antepassados
desceram ao Egito, e nós moramos ali por muito tempo. Mas os egípcios nos maltrataram a
nós e a nossos pais. 16 Clamamos, então, ao Senhor, que ouviu o nosso clamor e enviou um
anjo que nos libertou do Egito. E aqui estamos nós em Cades, cidade situada nos limites do
teu território. 17 Deixa-nos atravessar tua terra. Não vamos atravessar campos nem vinhas,
nem vamos beber água dos poços. Seguiremos pela estrada real, sem nos desviarmos nem
para a direita nem para a esquerda, até termos atravessado o território”. 18 O rei de Edom
respondeu: “Não passarás por meu território. Do contrário vou enfrentar-te de armas em
35
punho”. 19 Os israelitas disseram: “Queremos apenas subir pela estrada principal. Pagarei a
água que eu e meus rebanhos por acaso bebermos, sem problema. Queremos simplesmente
passar a pé”. 20 Mas Edom respondeu: “De modo algum passarás!” E Edom saiu ao encontro
de Israel com muita gente fortemente armada. 21 Como Edom se negasse a dar passagem pelo
seu território, Israel desviou-se dele.
Morte de Aarão
22 Então, levantando acampamento de Cades, a comunidade inteira dos israelitas chegou ao
monte Hor. 23 O Senhor falou a Moisés e Aarão no monte Hor, na fronteira do território de
Edom, dizendo: 24 “Aarão vai reunir-se a seu povo; não entrará na terra que dou aos
israelitas, porque fostes rebeldes à minha ordem nas águas de Meriba. 25 Toma Aarão e o seu
filho Eleazar e faze-os subir ao monte Hor. 26 Despoja Aarão das vestes e reveste com elas o
filho Eleazar, porque ali Aarão se reunirá aos seus e morrerá”. 27 Moisés fez como o Senhor
ordenou, e à vista de toda a comunidade subiram ao monte Hor. 28 Moisés despojou Aarão
das vestes e revestiu com elas o filho Eleazar. E ali no alto do monte Aarão morreu. Quando
Moisés e Eleazar desceram do monte, 29 a comunidade toda se deu conta de que Aarão tinha
morrido, e durante trinta dias toda a casa de Israel o chorou.
Vitória sobre Arad
21
1 Ao saber que Israel vinha pelo caminho de Atarim, o rei cananeu de Arad, que habitava a
região do deserto do Negueb, atacou Israel e fez alguns prisioneiros. 2 Israel fez então um
voto ao Senhor, dizendo: “Se entregares esse povo em minhas mãos, votarei suas cidades ao
interdito”. 3 O Senhor ouviu a voz de Israel e lhe entregou os cananeus. Israel os votou ao
interdito junto com as cidades. E deu àquele lugar o nome de Horma, Interdito.
A serpente de bronze
4 Os israelitas partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para
contornarem a terra de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se 5 e se pôs
a protestar contra Deus e contra Moisés, dizendo : “Por que nos fizestes sair do Egito? Para
36
morrermos no deserto? Não há comida nem água, e já estamos com nojo desse alimento
miserável”. 6 Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas que os picavam, e
muita gente de Israel morreu. 7 O povo dirigiu-se a Moisés e disse: “Pecamos, falando contra
o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo
povo, 8 e o Senhor lhe respondeu: “Faze uma serpente venenosa e coloca-a sobre uma haste.
Aquele que for mordido, mas olhar para ela ficará com vida”. 9 Moisés fez, pois, uma
serpente de bronze e colocou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente
e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.
Vitória sobre Seon e Og
10 Os israelitas partiram e acamparam em Obot. 11 Depois partiram de Obot e acamparam
junto às ruínas de Abarim, no deserto defronte de Moab, do lado oriental. 12 Partiram dali e
acamparam junto à torrente de Zared. 13 Partindo dali, acamparam na outra margem do
Arnon, que se encontra no deserto que começa no território dos amorreus. Pois o Arnon serve
de fronteira entre Moab e os amorreus. 14 Por isso se dizia no livro das Guerras do Senhor:
“Vaeb em Sufa e as torrentes, o Arnon 15e a encosta das torrentes, que se estende para a
região de Ar e se apóia no território de Moab”. 16 Dali foram até Beer, o Poço. Foi a esse
poço que o Senhor se referia quando disse a Moisés: “Reúne o povo, e eu lhe darei água”. 17
Foi então que Israel cantou este cântico: “Jorra, ó poço! Cantai-lhe! 18 Poço cavado pelos
príncipes, aberto pelos nobres do povo com seus cetros e bastões”. Do deserto foram para
Matana, Graciosa, 19 de Matana para Naaliel, Rio de Deus, de Naaliel para Bamot, Alturas,
20 de Bamot para o vale no campo de Moab, junto ao promontório do monte Fasga, a
Espreita, que olha sobre o deserto. 21 Israel enviou então mensageiros a Seon, rei dos
amorreus, para lhe dizer: 22 “Deixa-nos atravessar tua terra. Não nos desviaremos nem para
os campos nem para as vinhas, nem beberemos a água dos poços. Seguiremos pela estrada
real, até termos atravessado teu território”. 23 Seon não deu licença para Israel passar pelo seu
território. Ao contrário, reuniu toda a sua gente e saiu ao encontro de Israel no deserto.
Chegando a Jasa, travou batalha com Israel. 24 Mas Israel o derrotou a fio de espada e
apoderou-se da terra, desde o rio Arnon até o rio Jaboc, isto é, até o território dos amonitas,
cuja fronteira estava fortificada. 25 Israel tomou todas essas cidades e se estabeleceu nas
cidades dos amorreus, em Hesebon e nos povoados que lhe pertenciam. 26 Hesebon era a
residência de Seon, rei dos amorreus, que estivera em guerra contra o precedente rei de Moab,
de quem havia tomado a terra até o Arnon. 27 Por isso os poetas dizem: “Ide a Hesebon!
37
Reconstruí e restabelecei a cidade de Seon. 28 Porque saiu um fogo de Hesebon, labaredas da
cidade de Seon, que devoraram a cidade de Ar, em Moab e consumiram as alturas do Arnon.
29 Ai de ti, Moab! Estás perdido, povo de Camos. Ele reduziu seus filhos a fugitivos, e suas
filhas a cativas de guerra de Seon, rei dos amorreus. 30 Estão sem descendentes desde
Hesebon até Dibon, sem mulheres até Nofa, até Mádaba”. 31 Assim Israel se instalou na terra
dos amorreus. 32 Moisés mandou espionar Jazer, de modo que os israelitas a conquistaram,
juntamente com os povoados dependentes, expulsando os amorreus que ali viviam. 33 Depois,
mudando de rumo, subiram pelo caminho de Basã. Og, rei de Basã, saiu-lhes ao encontro com
toda a sua gente, para travar batalha em Edrai. 34 O Senhor disse a Moisés:“ Não tenhais
receio a respeito dele, eu o entreguei em teu poder, com todo o seu povo e sua terra. Farás
com ele o mesmo que fizeste com Seon, rei dos amorreus, que residia em Hesebon”. 35 Os
israelitas o derrotaram a ele, a seus filhos e a todo o povo, sem lhe deixarem um único
sobrevivente, e apoderaram-se de sua terra.
NAS PLANÍCIES DE MOAB
Balaão
22
1 Os israelitas partiram e acamparam nas planícies de Moab, do outro lado do Jordão, na
altura de Jericó. 2 Balac filho de Sefor soube de tudo o que Israel tinha feito aos amorreus. 3
Moab ficou com muito medo de um povo tão numeroso e entrou em pânico diante dos
israelitas, 4 e disse aos anciãos dos madianitas: “Esta horda vai agora devorar os arredores,
como um boi devora o capim”. Balac filho de Sefor era então o rei de Moab. 5 Ele enviou
mensageiros a Balaão filho de Beor, em Petor, junto do rio, na terra dos amonitas, para que o
chamassem, dizendo: “Acaba de sair do Egito um povo que cobre a superfície da terra, e veio
morar perto de mim. 6 Peço-te, portanto, que venhas amaldiçoá-lo para mim, pois é um povo
mais forte do que eu. Talvez assim consiga derrotá-lo e expulsá-lo do país. Pois eu sei que
fica abençoado quem abençoas, e amaldiçoado quem amaldiçoas”. 7 Os anciãos de Moab e os
de Madiã, levando consigo o pagamento do adivinho, foram até Balaão e lhe transmitiram as
palavras de Balac. 8 Ele lhes disse: “Passai a noite aqui, e vos darei a resposta de acordo com
o que o Senhor me falar”. Os chefes moabitas ficaram com Balaão. 9 Deus veio ao encontro
de Balaão e perguntou: “Quem são esses homens que estão contigo?” 10 Balaão respondeu a
38
Deus: “Foi Balac filho de Sefor, rei de Moab, que os enviou a mim, dizendo: 11 O povo que
saiu do Egito já cobre a superfície da terra. Vem, pois, e esconjura-o para mim. Assim talvez
eu possa combatê-lo e expulsá-lo”. 12 Deus disse a Balaão: “Não vás com eles nem
amaldiçoes esse povo, pois é abençoado”. 13 De manhã, ao se levantar, Balaão disse aos
chefes de Balac: “Voltai para a vossa terra, pois o Senhor não me deixa ir convosco”.14
Levantando-se os chefes de Moab voltaram a Balac e disseram: “Balaão nega-se a nos
acompanhar”. 15 Balac tornou a enviar outros chefes, mais numerosos e mais importantes do
que os primeiros. 16 Chegando a Balaão, disseram-lhe: “Assim diz Balac filho de Sefor: Não
te recuses a vir ter comigo. 17 Eu te pagarei generosamente e farei tudo o que me pedires.
Vem, pois, esconjura-me esse povo”. 18 Balaão respondeu aos ministros de Balac: “Ainda
que Balac me desse o seu palácio cheio de prata e ouro, eu não poderia transgredir as ordens
do Senhor meu Deus, fazendo qualquer coisa por mínima que seja. 19 Assim sendo, ficai aqui
também vós esta noite, para que eu saiba o que o Senhor tem a me dizer de novo”. 20 Durante
a noite, Deus veio encontrar Balaão e lhe disse: “Já que esses homens vieram para te chamar,
levanta-te e vai com eles. Entretanto, só poderás fazer o que eu te disser”. 21 Na manhã
seguinte, Balaão levantou-se, encilhou a mula e acompanhou os chefes moabitas.
O recado da mula
22 Ora, Deus inflamou-se de ira pelo fato de ele ter partido. O anjo do Senhor postou-se no
caminho para lhe barrar a passagem a Balaão, que ia montado na mula, acompanhado de dois
criados. 23 Ao ver o anjo do Senhor parado no caminho, com a espada desembainhada na
mão, a mula desviou-se do caminho e começou a andar pelo campo. Balaão se pôs a espancar
a mula para reconduzi-la ao caminho. 24 Então o anjo colocou-se numa trilha entre as vinhas,
ladeada de ambos os lados por um muro. 25 Ao ver o anjo do Senhor, a mula encostou-se
contra uma das paredes. Como ela apertasse a perna de Balaão contra a parede, ele começou a
surrá-la de novo. 26 O anjo do Senhor tornou a passar na frente e postou-se num lugar bem
estreito,que não dava passagem nem pela direita nem pela esquerda. 27 Ao ver o anjo do
Senhor a mula empacou. Balaão, enfurecido, bateu na mula com uma vara. 28 Então o Senhor
abriu a boca da mula, e ela disse a Balaão: “Que te fiz eu, para me espancares já pela terceira
vez?” 29 Balaão respondeu à mula: “Porque me estás provocando! Se tivesse uma faca na
mão, agora mesmo te mataria”. 30 E a mula respondeu a Balaão: “Não sou eu a tua mula que
até hoje sempre montaste? Será que costumo agir assim contigo?” – “Não”, respondeu ele. 31
Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do Senhor parado no caminho, com
39
a espada desembainhada na mão. Balaão ajoelhou-se e prostrou-se por terra. 32 O anjo do
Senhor lhe disse: “Por que já por três vezes espancaste a mula? Fui eu que saí para te barrar a
passagem, pois o caminho que segues me parece perigoso. 33 A mula me viu e já por três
vezes se desviou de mim. Se ela não se tivesse esquivado de mim, certamente eu te haveria
matado, e ela ficaria viva”. 34 Então Balaão disse ao anjo do Senhor:“ Pequei, sem saber que
eras tu que estavas no caminho à minha espera. Mas agora, se isso te desagrada, voltarei para
casa”. 35 O anjo do Senhor respondeu a Balaão: “Vai com esses homens! Mas poderás dizer
somente o que eu te disser”. E Balaão acompanhou os chefes de Balac. 36 Balac soube da
chegada de Balaão e saiu-lhe ao encontro até Ar Moab, junto à fronteira do Arnon, nos
confins do território. 37 Balac disse a Balaão: “Não te enviei mensageiros para te chamar? Por
que não vieste? Será verdade que não sou capaz de pagar-te devidamente?” 38 Balaão
respondeu a Balac: “Como vês, eu vim para junto de ti. E agora, serei eu capaz de dizer
alguma coisa? Só poderei dizer o que o Senhor me puser na boca”. 39 Balaão acompanhou
Balac até chegarem a Cariat-Husot. 40 Balac sacrificou bois e ovelhas e mandou servir
porções a Balaão e aos chefes que o acompanhavam.
Primeiro oráculo de Balaão
41 Na manhã seguinte Balac tomou consigo Balaão e o fez subir a Bamot-Baal, de onde ele
podia ver uma pequena parte do povo de Israel.
23
1 Balaão disse a Balac: “Constrói-me aqui sete altares e prepara-me sete touros e sete
carneiros”. 2 Balac fez o que Balaão pediu, e juntos imolaram um touro e um carneiro em
cada um dos altares. 3 Depois Balaão disse a Balac: “Fica junto dos holocaustos, enquanto eu
vou ver se o Senhor vem encontrar-me. Vou contar-te o que ele me revelar”. E afastou-se para
uma colina sem vegetação. 4 Deus veio ao encontro de Balaão, que lhe disse: “Preparei os
sete altares, e em cada um deles ofereci um touro e um carneiro”. 5 Então o Senhor pôs as
palavras na boca de Balaão e disse: “Volta a Balac e assim falarás”. 6 Voltando, viu Balac
parado junto aos holocaustos, com os chefes de Moab. 7 Então proferiu seu poema e disse:
“De Aram me fez vir Balac, dos montes do Oriente o rei de Moab: ‘Vem e amaldiçoa-me
Jacó, vem e roga pragas a Israel’. 8 Como esconjurar a quem Deus não esconjura? Como
rogar pragas a quem o Senhor não maldiz? 9 Sim, do alto dos rochedos o vejo, das alturas o
40
contemplo: É um povo que mora isolado, que não se conta entre as nações. 10 Quem pode
calcular o pó de Jacó? contar a quarta parte de Israel? Possa eu ter a morte dos justos, e o meu
fim ser semelhante ao deles”. 11 Balac disse a Balaão: “O que me estás fazendo? Foi para
amaldiçoar meus inimigos que eu te trouxe, e tu os abençoaste!” 12 E ele respondeu: “Não
devo ter o cuidado de proferir o que o Senhor me põe na boca?” Segundo oráculo de Balaão
13 Balac lhe disse: “Vem comigo para outro lugar, de onde possas ver o povo. De onde estás,
só enxergaste uma extremidade dele, não pudeste vê-lo todo. Amaldiçoa-o para mim a partir
de lá”. 14 Balac o levou ao campo das Sentinelas, ao cume do monte Fasga, a Espreita.
Depois de construir sete altares e de imolar em cada altar um touro e um carneiro, 15 Balaão
disse a Balac: “Fica aqui junto dos holocaustos, enquanto eu vou lá encontrar-me com o
Senhor”. 16 O Senhor veio encontrar-se com Balaão, pôs-lhe na boca as palavras e disse:
“Volta a Balac e assim falarás”. 17 Ele voltou e viu que Balac estava parado junto aos
holocaustos, com os chefes moabitas. Balac perguntou-lhe: “O que disse o Senhor?” 18 Então
ele proferiu o seu poema e disse: “Levanta-te, Balac, e ouve! Presta-me atenção, filho de
Sefor:
19 Deus não é homem para que minta, nem criatura humana para que se arrependa. Diz
alguma coisa e não a faz, promete algo e não o cumpre?
20 Recebi ordem de abençoar: Ele abençoou e não voltarei atrás.
21 Não se prevêem males contra Jacó, nem sofrimentos contra Israel. O Senhor seu Deus está
com ele, no meio dele ressoa a aclamação do rei.
22 O Deus que o tirou do Egito tem a força de um búfalo.
23 Não há presságio em Jacó, nem adivinhação em Israel. A seu tempo se dirá a Jacó e a
Israel o que Deus vai fazer.
24 Eis um povo que se levanta como leoa,e se ergue como leão: Não se deitará sem ter
devorado a presa, sem ter bebido o sangue das vítimas”.
Terceiro oráculo de Balaão
25 Balac disse a Balaão: “Se não podes amaldiçoar esse povo, ao menos não o abençoes”. 26
Balaão respondeu: “Já não te disse que faria tudo o que o Senhor me dissesse?” 27 Então
Balac disse a Balaão: “Vem, que eu te levarei a outro lugar. Talvez seja do agrado de Deus
que o amaldiçoes dali”. 28 E levou Balaão ao cume do monte Fegor, que domina o deserto. 29
Balaão disse a Balac: “Constrói-me aqui sete altares e prepara-me sete touros e sete
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carneiros”. 30 Balac fez conforme Balaão pediu e ofereceu um touro e um carneiro em cada
altar.
24
1 Balaão percebeu ser do agrado do Senhor que abençoasse Israel, e por isso não foi mais
como das outras vezes em busca de presságios, mas voltou seu rosto para o deserto. 2
Levantando os olhos, viu Israel acampado por tribos. O espírito de Deus veio sobre Balaão, 3
e ele proferiu o seu poema e disse: “Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem que
tem os olhos abertos, 4 oráculo daquele que ouve as palavras de Deus, que vê o que o
Poderoso lhe faz ver, que cai em êxtase e tem os olhos abertos. 5 Como são belas as tuas
tendas, ó Jacó, e as tuas moradas, ó Israel! 6 Como vales elas se estendem, como jardins ao
longo do rio, como aloés que o Senhor plantou, como cedros junto às águas! 7 A água
transborda de seus cântaros e sua semente é copiosamente irrigada. Seu rei é maior que Agag,
seu reino está em ascensão. 8 O Deus que o libertou do Egito tem a força de um búfalo. Ele
devora as nações inimigas, tritura-lhes os ossos, as criva de setas. 9 Deita-se, repousa como
um leão, ou como uma leoa: quem o despertará? Bendito quem te abençoar, maldito quem te
amaldiçoar!”
Quarto oráculo de Balaão
10 Indignado contra Balaão, Balac sacudiu as mãos de raiva e disse: “Foi para esconjurar
meus inimigos que te chamei, e já por três vezes os abençoaste. 11 Já que é assim, vai-te
embora para tua casa! Eu pretendia recompensar-te bem, mas o Senhor privou-te da
recompensa”. 12 Balaão respondeu-lhe: “Não havia eu dito aos mensageiros que me enviaste:
13 ‘Mesmo se Balac me entregasse o palácio cheio de prata e ouro, não poderia transgredir a
ordem do Senhor, fazendo de própria conta qualquer coisa, boa ou má. Falarei somente o que
o Senhor me disser’? 14 Agora que vou retornar à minha gente, vem, pois quero prevenir-te a
respeito do que este povo aqui fará no futuro ao teu povo”. 15 E retomando seu poema, tornou
a falar:
“Oráculo de Balaão filho de Beor, oráculo do homem que tem os olhos abertos,
16 oráculo daquele que ouve as palavras de Deus e conhece os pensamentos do Altíssimo, que
vê o que o Poderoso lhe faz ver, que cai em êxtase, e seus olhos se abrem.
42
17 Vejo-o, mas não agora, contemplo-o, mas não está perto –uma estrela sai de Jacó, um cetro
se levanta de Israel, quebra as têmporas de Moab e destrói todos os filhos de Set.
18 Edom será sua herança, seu inimigo Seir, a sua propriedade, e Israel triunfará.
19 Um dominador sairá de Jacó e aniquilará os sobreviventes da cidade”.
20 Então, olhando para Amalec, proferiu seu poema: “Amalec era a primeira das nações,
mas seu fim será a ruína eterna”.
21Depois, olhando os quenitas, proferiu seu poema:“Estável é tua morada, assentado nas
rochas o teu ninho;
22 mas o ninho Caim fica para ser destruído – quando Assur te levar cativo”.
23 E retomando seu poema, tornou a falar: “Ai de quem sobreviver quando Deus assim agir,
24 quando naus vindas de Chipre oprimirem a Assíria e oprimirem Héber, pois também este
caminha para a perdição”. Depois Balaão pôs-se a caminho, de volta para sua casa, e Balac
também seguiu o seu caminho.
Pecado de Israel com Baal-Fegor
25
1 Israel se estabeleceu em Setim, e o povo começou a prostituir-se com as filhas de Moab. 2
Elas convidavam o povo para os sacrifícios a seus deuses, e o povo comia e se prostrava
diante deles. 3 Israel aderiu a Baal-Fegor, e o Senhor inflamou-se de ira contra Israel. 4 O
Senhor disse a Moisés: “Reúne todos os chefes do povo e pendura-os no patíbulo, expostos ao
sol diante do Senhor, para que se afaste de Israel a ardente ira do Senhor”. 5 Moisés disse aos
juízes de Israel: “Mate cada um de vós os seus homens que aderiram a Baal-Fegor”. 6 Ora,
apareceu um israelita que apresentou-a seus irmãos uma madianita, à vista de Moisés e de
toda a comunidade dos israelitas, enquanto estes choravam à entrada da Tenda do Encontro. 7
Vendo isto, Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Aarão, levantou-se do meio da
comunidade, pegou uma lança, 8 seguiu o israelita para dentro da alcova e traspassou os dois
juntos, o israelita e a mulher, na alcova dela. Assim foi sustada a mortandade que grassava
entre os israelitas. 9 Foram vinte e quatro mil as vítimas desta mortandade. 10 O Senhor falou
a Moisés: 11 “Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Aarão, afastou dos israelitas o meu
furor, tomado de zelo por mim no meio deles. Eis por que não consumi os israelitas com o
ardor do meu zelo. 12 Por isso decidi fazer com ele a minha aliança de paz. 13 Será para ele e
43
para toda a sua descendência a garantia de um sacerdócio eterno, por ter zelado por seu Deus
e ter feito a expiação pelos israelitas”. 14 O israelita morto juntamente com a madianita
chamava-se Zambri, filho de Salu, chefe de uma das casas da tribo de Simeão. 15 A madianita
morta chamava-se Cozbi, filha de Sur, chefe tribal de uma das casas patriarcais de Madiã. 16
O Senhor falou a Moisés: 17 “Atacai os madianitase matai-os. 18 Eles devem ser
considerados vossos inimigos por causa da astúcia com que vos iludiram, no caso de Cozbi,
filha do chefe madianita, morta quando houve a mortandade no caso de Fegor”.
Segundo recenseamento
26
1 Depois dessa mortandade, o Senhor disse a Moisés e Eleazar, filho do sacerdote Aarão: 2
“Fazei o censo, segundo as casas paternas, de toda a comunidade dos israelitas, de todos os
maiores de vinte anos, aptos para a guerra em Israel”. 3 Assim, pois, Moisés e o sacerdote
Eleazar os recensearam nas planícies de Moab, perto do Jordão, defronte de Jericó, 4
incluindo todos os maiores de vinte anos, como o Senhor havia ordenado a Moisés. Estes são
os israelitas saídos do Egito: 5 Rúben, o primogênito de Israel. Aos rubenitas pertenciam: de
Henoc a casa dos henoquitas, de Falu a casa dos faluítas, 6 de Hesron a casa dos hesronitas,
de Carmi a casa dos carmitas. 7 São essas as casas dos rubenitas, e os recenseados eram
quarenta e três mil setecentos e trinta. 8 O filho de Falu era Eliab. 9 Filhos de Eliab: Namuel,
Datã e Abirâm. Datã e Abirâm foram os membros do conselho que contestaram Moisés e
Aarão no motim e Coré, quando se sublevaram contra o Senhor. 10 A terra abriu as entranhas
e os tragou com Coré. Assim pereceu o bando. O fogo devorou os duzentos e cinqüenta
homens, que se tornaram um sinal de advertência. 11 Os filhos de Coré, porém, não
morreram. 12 Os descendentes de Simeão, por casas, eram: de Namuel a casa dos namuelitas,
de Jamin a casa dos jaminitas, de Jaquin a casa dos jaquinitas, 13 de Zara a casa dos zaraítas,
de Saul a casa dos saulitas. 14 São essas as casas dos simeonitas, e os recenseados eram vinte
e dois mil e duzentos. 15 Os descendentes de Gad, por casas, eram: de Sefon a casa dos
sefonitas, de Agi a casa dos agitas, de Suni a casa dos sunitas, 16 de Ozni a casa dos oznitas,
de Heri a casa dos heritas, 17 de Arod a casa dos aroditas, de Areli a casa dos arelitas. 18 São
essas as casas dos gaditas, e os recenseados eram quarenta mil e quinhentos. 19 Os filhos de
Judá eram: Her e Onã. Mas Her e Onã morreram no país de Canaã. 20 Os descendentes de
Judá, por casas, eram: de Sela a casa dos selaítas, de Farés a casa dos faresitas, de Zaré a casa
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dos zareítas. 21 Aos faresitas pertenciam: de Hesron a casa dos hesronitas, de Hamul a casa
dos hamulitas. 22 São essas as casas de Judá, e os recenseados eram setenta e seis mil e
quinhentos. 23 Os descendentes de Issacar, por casas, eram: de Tola a casa dos tolaítas, de
Fua a casa dos fuaítas, 24 de Jasub a casa dos jasubitas, de Semron a casa dos semronitas. 25
São essas as casas de Issacar, e os recenseados eram sessenta e quatro mil e trezentos. 26 Os
descendentes de Zabulon, por casas, eram: de Sared a casa dos sareditas, de Elon a casa dos
elonitas, de Jalel a casa dos jalelitas. 27 São essas as casas dos zabulonitas, e os recenseados
eram sessenta mil e quinhentos. 28 Os descendentes de José, segundo as casas de Manassés e
de Efraim, eram: 29 descendentes de Manassés: de Maquir a casa dos maquiritas. Maquir deu
origem a Galaad, a quem pertence a casa dos galaaditas. 30 Estes são os filhos de Galaad: de
Jezer a casa dos jezeritas, de Helec a casa dos helequitas, 31 de Asriel a casa dos asrielitas, de
Siquém a casa dos siquemitas, 32 de Semida a casa dos semidaítas, de Héfer a casa dos
heferitas. 33 Salfaad filho de Héfer não teve filhos, mas apenas filhas, cujos nomes são:
Maala, Noa, Hegla, Melca e Tersa. 34 São essas as casas de Manassés, e os recenseados eram
cinqüenta e dois mil e setecentos. 35 Estes são os recenseados de Efraim, por casas: de Sutala
a casa dos sutalaítas, de Béquer a casa dos bequeritas, de Teen a casa dos teenitas. 36 Estes
são os filhos de Sutala: de Herã a casa dos heranitas. 37 São essas as casas dos efraimitas, e os
recenseados eram trinta e dois mil e quinhentos. São esses os filhos de José, por casas. 38 Os
descendentes de Benjamim, por casas,eram: de Bela a casa dos belaítas, de Asbel a casa dos
asbelitas, de Airam a casa dos airamitas, 39 de Sufam a casa dos sufamitas, de Hufam a casa
dos hufamitas. 40 Filhos de Bela eram Ared e Naamã: de Ared a casa dos areditas, de Naamã
a casa dos naamanitas. 41 São esses os descendentes de Benjamim, por casas, e os
recenseados eram quarenta e cinco mil e seiscentos. 42 Estes são os descendentes de Dã, por
casas: de Suam a casa dos suamitas. São essas as casas de Dã. 43 Os recenseados da casa dos
suamitas eram ao todo sessenta e quatro mil e quatrocentos. 44 Os descendentes de Aser, por
casas, eram: de Jemna a casa dos jemnaítas, de Jessui a casa dos jessuítas, de Beria a casa dos
beriaítas. 45 Aos descendentes de Beria pertencem: de Héber a casa dos heberitas, de
Melquiel a casa dos melquielitas. 46 A filha de Aser chamava-se Sara. 47 São essas as casas
dos aseritas, e os recenseados eram cinqüenta e três mil e quatrocentos. 48 Os descendentes de
Neftali, por casas, eram: de Jasiel a casa dos jasielitas, de Guni a casa dos gunitas, 49 e Jeser a
casa dos jeseritas, de Selém a casa dos selemitas. 50 São essas as casas de Neftali, e os
recenseados eram quarenta e cinco mil e quatrocentos. 51 A total dos israelitas recenseados
era de seiscentos e um mil setecentos e trinta homens. 52 O Senhor falou a Moisés: 53 “Entre
estes se repartirá a terra em herança, de modo proporcional ao número de pessoas. 54 Para as
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tribos mais numerosas aumentarás e para as menos numerosas diminuirás as respectivas
heranças, concedendo a cada uma a herança correspondente ao número dos recenseados. 55 A
distribuição da terra, porém, se fará por sorteio, como herança a ser distribuída pelos nomes
das tribos paternas. 56 A herança será distribuída por sorteio, tanto entre os que são
numerosos como entre os que são poucos”.
Segundo recenseamento dos levitas
57 Estes são os levitas recenseados, por casas:de Gérson a casa dos gersonitas, de Caat a casa
dos caatitas, de Merari a casa dos meraritas. 58 São essas as casas de Levi: a casa dos
lobnitas, a casa dos hebronitas, a casa dos moolitas, a casa dos musitas, a casa dos coreítas.
Caat teve como filho Amram. 59 A mulher de Amram chamava-se Jocabed filha de Levi,
nascida no Egito. Ela deu a Amram três filhos: Aarão, Moisés e Maria, a irmã destes. 60
Filhos de Aarão eram Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar. 61 Nadab e Abiú morreram quando
ofereciam um fogo profano na presença do Senhor. 62 O total dos recenseados do sexo
masculino, com mais de um mês, era de vinte e três mil. Eles não foram recenseados junto
com os outros israelitas porque não lhes foi dada herança alguma entre eles. A geração da
saída morreu 63 São esses os israelitas recenseados por Moisés e pelo sacerdote Eleazar nas
planícies de Moab, junto ao rio Jordão, na altura de Jericó. 64 Entre eles não constava nenhum
dos israelitas recenseados no censo realizado por Moisés e pelo sacerdote Aarão no deserto do
Sinai. 65 Como o Senhor lhes tinha dito que morreriam com certeza no deserto, não sobrou
nenhum deles, exceto Caleb filho de Jefoné e Josué filho de Nun.
A herança das filhas sem irmãos
27
1 Apresentaram-se Maala, Noa, Hegla, Melca e Tersa filhas de Salfaad, filho de Héfer, filho
de Galaad, filho de Maquir, filho de Manassés. Salfaad pertencia a um clã de Manassés filho
de José. 2 Elas apresentaram-se diante de Moisés, do sacerdote Eleazar, dos chefes e de toda a
comunidade, à entrada da Tenda do Encontro, e disseram: 3 “Nosso pai morreu no deserto.
Não pertencia aos amotinados contra o Senhor do bando de Coré. Mesmo assim morreu por
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causa do próprio pecado, sem deixar nenhum filho homem. 4 Por que razão o nome de nosso
pai deveria ser riscado do seio de sua casa? Só por não ter deixado nenhum filho homem? Dá-
nos uma propriedade entre os irmãos de nosso pai”. 5 Moisés apresentou o caso ao Senhor. 6
O Senhor disse a Moisés: 7 “As filhas de Salfaad têm razão. Dá-lhes uma propriedade
hereditária entre os irmãos de seu pai, passando-lhes a herança do pai. 8 Dirás, pois, aos
israelitas: Se um homem morrer sem deixar filho, passareis a herança para sua filha. 9 E se
não tiver nenhuma filha, a herança passará aos irmãos dele. 10 Se não tiver irmãos, dareis a
herança aos irmãos do pai dele. 11 Se não tiver tios paternos, passareis a herança ao parente
mais próximo da casa, e ele a herdará. Isto será para os israelitas uma lei decretada, conforme
o Senhor ordenou a Moisés”.
Josué no lugar de Moisés
12 O Senhor disse a Moisés: “Sobe ao monte Abarim para ver a terra que darei aos israelitas.
13 Depois de vê-la, também irás reunir-te a teu povo, como já aconteceu com teu irmão
Aarão. 14 É que fostes rebeldes à minha ordem no deserto de Sin, durante a revolta da
comunidade, quando deveríeis ter afirmado minha santidade diante deles por meio das águas”.
Tratava-se das águas de Meriba, em Cades, no deserto de Sin. 15 Moisés falou ao Senhor
dizendo: 16 “Ó Senhor, Deus dos espíritos que animam todos os seres humanos, estabelece
sobre a comunidade alguém 17 que tome iniciativas e as faça executar, a fim de que a
comunidade do Senhor não seja como ovelhas sem pastor”. 18 O Senhor disse a Moisés:
“Toma Josué filho de Nun, homem de grandes qualidades, e impõe a mão sobre ele. 19
Coloca-o de pé diante do sacerdote Eleazar e de toda a comunidade e passa-lhe o cargo à vista
deles. 20 Delega-lhe parte de tua autoridade, para que lhe obedeça toda a comunidade dos
israelitas. 21 Ele se apresentará ao sacerdote Eleazar, que consultará por ele o Senhor, por
meio da sentença das sortes. De acordo com a resposta, tomarão iniciativas tanto ele como os
israelitas e a comunidade em geral”. 22 Moisés fez o que o Senhor lhe tinha ordenado.
Tomando Josué, colocou-o de pé diante do sacerdote Eleazar e de toda a comunidade. 23
Depois impôs as mãos sobre ele e passou-lhe o cargo, como o Senhor tinha dito a Moisés.
Sacrifícios diários
28
47
1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Ordena aos israelitas: Cuidai de apresentar-me no devido
tempo a oferenda e o pão como ofertas queimadas, de suave odor. 3 Dize-lhes: Este é a oferta
queimada que oferecereis ao Senhor: cada dia dois cordeiros de um ano sem defeito, como
holocausto perpétuo. 4 Oferecerás um dos cordeiros pela manhã e outro ao crepúsculo da
tarde, 5 junto com a oblação de um jarro de quatro litros de farinha fina amassada com um
litro de azeite refinado. 6 É o holocausto perpétuo que já se oferecia no monte Sinai, oferta
queimada, de suave odor, ao Senhor. 7 A respectiva libação será de um litro para cada
cordeiro. Derramarás a bebida licorosa para o Senhor no santuário. 8 Ao crepúsculo da tarde
oferecerás o segundo cordeiro, com oblação e libação idênticas às da manhã: é uma oferta
queimada, de suave odor, ao Senhor. Sacrifícios do sábado e da lua nova 9 No sábado
oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito, e como oblação, dois jarros \de quatro litros
de farinha fina, amassada com azeite, e a respectiva libação. 10 É o holocausto do sábado, a
ser feito cada sábado, além do holocausto perpétuo e da respectiva libação. 11 No início de
cada mês oferecereis como holocausto ao Senhor dois bezerros, um carneiro e sete cordeiros
de um ano, sem defeito.12 Como oblação oferecereis três jarros de quatro litros de farinha
fina amassada com azeite por bezerro; três jarros de farinha fina amassada com azeite pelo
carneiro 13e um jarro de farinha fina amassada com azeite por cordeiro. É um holocausto de
agradável odor, uma oferta queimada ao Senhor. 14 As respectivas libações serão de dois
litros de vinho por bezerro, um litro e meio pelo carneiro, e um litro por cordeiro. Este é o
holocausto do mês, para cada um dos meses do ano. 15 Será também oferecido ao Senhor um
bode em sacrifício pelo pecado, além do holocausto perpétuo e da respectiva libação.
Sacrifícios da semana da Páscoa
16 No dia catorze do primeiro mês será a Páscoa do Senhor. 17 O dia quinze desse mês será
dia de festa. Durante sete dias se comerá pão sem fermento. 18 No primeiro dia haverá
assembléia litúrgica, e não fareis nenhum trabalho servil. 19 Oferecereis, como ofertas
queimadas em holocausto ao Senhor, dois bezerros, um carneiro e sete cordeiros de um ano,
sem defeito. 20 Como oblação, oferecereis três jarros de quatro litros de farinha fina amassada
com azeite por bezerro, dois jarros pelo carneiro, 21 e um jarro para cada um dos sete
cordeiros. 22 Oferecereis também um bode em sacrifício pelo pecado, para fazer a expiação
por vós. 23 Oferecereis esses sacrifícios além do holocausto da manhã, que é um holocausto
perpétuo. 24 Fareis o mesmo em cada um dos sete dias. É o alimento queimado, de suave
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odor, ao Senhor, a ser oferecido além do holocausto e da respectiva libação. 25 No sétimo dia
tereis uma assembléia litúrgica, e não fareis nenhum trabalho servil.
Sacrifícios da festa de Pentecostes
26 Igualmente no dia dos primeiros frutos, ao apresentardes a nova oblação ao Senhor, e na
vossa festa das Semanas, tereis uma assembléia litúrgica e não fareis trabalho servil algum. 27
Como holocausto de suave odor ao Senhor oferecereis dois bezerros, um carneiro e sete
cordeiros de um ano. 28 A respectiva oblação será de três jarros de quatro litros de farinha
fina amassada com azeite por bezerro, dois jarros pelo carneiro 29 e um jarro para cada um
dos sete cordeiros. 30 Oferecereis um bode em expiação por vós, 31 além do holocausto
perpétuo e da oblação, que deverão ser sem defeito, e das respectivas libações.
Sacrifícios do Ano Novo
29
1 No primeiro dia do sétimo mês tereis assembléia litúrgica e não fareis nenhum trabalho
servil. Será para vós o dia do toque da Trombeta. 2 Em holocausto de suave odor ao Senhor
oferecereis um bezerro, um carneiro e sete cordeiros de um ano, sem defeito, 3 e as
correspondentes oblações de farinha fina amassada com azeite: três jarros de quatro litros pelo
bezerro, dois jarros pelo carneiro, 4 e um jarro para cada um dos sete cordeiros. 5 Oferecereis
também um bode como sacrifício de expiação pelo pecado, 6além do holocausto do mês e da
correspondente oblação, do holocausto perpétuo e da respectiva oblação, e das costumeiras
libações. São ofertas queimadas, de suave odor ao Senhor.
Sacrifícios do dia do Grande Perdão
7 No dia dez deste mesmo mês tereis assembléia litúrgica, jejuareis e não fareis trabalho
algum. 8 Oferecereis em holocausto de suave odor ao Senhor um bezerro, um carneiro e sete
cordeiros de um ano, sem defeito. 9 Como oblação oferecereis farinha fina amassada com
azeite: três jarros de quatro litros pelo bezerro, dois jarros pelo carneiro 10 e um jarro para
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cada um dos sete cordeiros. 11 Como sacrifício pelo pecado oferecereis um bode, além do
sacrifício expiatório, do holocausto perpétuo e das respectivas oblações e libações.
Sacrifícios da festa das Tendas
12 No dia quinze do sétimo mês tereis assembléia litúrgica e não fareis nenhum trabalho
servil. Celebrareis uma festa em honra do Senhor durante sete dias. 13 Oferecereis em
holocausto, como oferta queimada, de suave odor, ao Senhor: treze bezerros, dois carneiros e
catorze cordeiros de um ano, sem defeito. 14 Como oblação oferecereis farinha fina amassada
com azeite: três jarros de quatro litros para cada um dos treze bezerros, dois jarros para cada
um dos carneiros, 15e um jarro para cada um dos catorze cordeiros. 16 Oferecereis também
um bode em sacrifício pelo pecado, além do holocausto perpétuo e da respectiva oblação e
libação. 17 No segundo dia oferecereis doze bezerros, dois carneiros e catorze cordeiros de
um ano, sem defeito, 18 com a oblação e as libações costumeiras, correspondentes ao número
de bezerros, carneiros e cordeiros. 19 Oferecereis também um bode em sacrifício pelo pecado,
além do holocausto perpétuo e das respectivas oblações e libações. 20 No terceiro dia
oferecereis onze bezerros, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano, sem defeito, 21 com
as costumeiras oblações e libações, correspondentes ao número de bezerros, carneiros e
cordeiros. 22 Oferecereis também um bode em sacrifício pelo pecado, além do holocausto
perpétuo e da respectiva oblação e libação. 23 No quarto dia oferecereis dez bezerros, dois
carneiros e catorze cordeiros de um ano, sem defeito, 24 com as costumeiras oblações e
libações, correspondentes ao número de bezerros, carneiros e cordeiros. 25 Oferecereis
também um bode em sacrifício pelo pecado, além do holocausto perpétuo e da respectiva
oblação e libação. 26 No quinto dia oferecereis nove bezerros, dois carneiros e catorze
cordeiros de um ano, sem defeito, 27com as costumeiras oblações e libações, correspondentes
ao número de bezerros, carneiros e cordeiros. 28 Oferecereis também um bode em sacrifício
pelo pecado, além do holocausto perpétuo e da respectiva oblação e libação. 29 No sexto dia
oferecereis oito bezerros, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano, sem defeito, 30 com
as costumeiras oblações e libações, correspondentes ao número de bezerros, carneiros e
cordeiros. 31 Oferecereis também um bode em sacrifício pelo pecado, além do holocausto
perpétuo e da respectiva oblação e libação. 32 No sétimo dia oferecereis sete bezerros, dois
carneiros e catorze cordeiros de um ano, sem defeito, 33 com as costumeiras oblações e
libações, correspondentes ao número de bezerros, carneiros e cordeiros. 34 Oferecereis
também um bode em sacrifício pelo pecado, além do holocausto perpétuo e da respectiva
50
oblação e libação. 35 No oitavo dia tereis uma solene assembléia, e não fareis nenhum
trabalho servil. 36 Oferecereis em holocausto, como oferta queimada, de suave odor ao
Senhor, um bezerro, um carneiro e sete cordeiros de um ano, sem defeito, 37 com as
costumeiras oblações e libações, correspondentes ao bezerro, ao carneiro e aos cordeiros.
38Oferecereis também um bode em sacrifício pelo pecado, além do holocausto perpétuo e da
respectiva oblação e libação. 39 Oferecereis esses sacrifícios ao Senhor por ocasião das festas,
independentemente de vossos votos, ofertas voluntárias, holocaustos, oblações, libações e
sacrifícios de comunhão”.
30
1 Moisés comunicou tudo aos israelitas, exatamente como o Senhor lhe tinha ordenado.
Validade e anulação de votos
2 Moisés falou aos chefes tribais dos israelitas: “Eis o que o Senhor ordenou: 3 Se um homem
fizer um voto ao Senhor, ou um juramento impondo a si mesmo qualquer obrigação, não
deverá violar sua palavra. Cumprirá exatamente o que prometeu. 4 Se uma mulher, enquanto
ainda solteira na casa do pai, fizer um voto ao Senhor ou assumir qualquer obrigação, 5 e o
pai, sabendo do voto ou da obrigação contraída, nada diz, qualquer voto ou obrigação que ela
tiver contraído serão válidos. 6 Se, porém, ao tomar conhecimento, o pai a desaprovar,
qualquer voto ou obrigação que ela tiver contraído serão nulos. O Senhor lhe perdoará, porque
o pai a desaprovou. 7 Se, ao casar, estiver ligada por algum voto ou por alguma palavra
precipitada que deixou escapar dos lábios, 8 os votos e as obrigações que tiver contraído serão
válidos, caso o marido, ao tomar conhecimento do fato, ficar calado. 9 Mas, se o marido, ao
tomar conhecimento do fato, a desaprovar, anula o voto que ela se impôs e a palavra
precipitada que deixou escapar dos lábios e com a qual se vinculou, e o Senhor lhe perdoará.
10 O voto de uma viúva, ou de uma mulher repudiada, e qualquer obrigação que contrair
serão válidos. 11 Se uma mulher, vivendo na casa do marido, fizer um voto, ou por juramento
se obrigara alguma coisa, 12 qualquer voto ou obrigação que tiver contraído serão válidos,
caso o marido, ao saber do fato, ficar calado e não a desaprovar. 13 Mas, se o marido, ao
tomar conhecimento, os anular, ficará invalidado tudo o que verbalmente tiver prometido em
seus votos e obrigações. Seu marido os anulou, e o Senhor lhe perdoará. 14 Qualquer voto ou
juramento que fizer, obrigando-se a jejuar, o marido os poderá ratificar ou anular. 15 Mas se o
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marido ficar calado por vários dias, ratifica todos os votos que tiver feito e as obrigações que
tiver contraído; ratifica-os porque, tendo deles conhecimento, calou-se. 16 Se os anular algum
tempo depois, será ele o responsável pela culpa da mulher”. 17 São essas as leis que o Senhor
deu a Moisés, válidas entre marido e mulher, entre pai e filha, enquanto esta viver solteira na
casa do pai.
Represália contra os madianitas
31
1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Executa a vingança dos israelitas contra os madianitas. Depois
irás reunir-te ao teu povo”. 3 Moisés falou ao povo: “Armai dentre vós homens para a guerra,
a fim de atacar os madianitas e exercer contra eles a vingança do Senhor. 4 Enviareis para a
guerra mil homens de cada uma das tribos de Israel”. 5 Foram assim recrutados entre as tropas
de Israel mil homens de cada tribo, isto é, doze mil homens prontos para o combate. 6 Moisés
enviou para a guerra mil homens por tribo, juntamente com Finéias, filho do sacerdote
Eleazar, que levava consigo os objetos sagrados e as trombetas de alarme. 7 Travaram
combate contra Madiã, conforme o Senhor havia ordenado a Moisés, e mataram todos os
homens. 8 Entre os que tombaram, estávamos cinco reis de Madiã: Evi, Recém, Sur, Hur e
Rebe. Passaram à espada inclusive Balaão, filho de Beor. 9 Os israelitas levaram como cativas
de guerra as mulheres e as crianças madianitas, e saquearam todos os animais domésticos e os
bens. 10 Incendiaram todas as cidades habitadas e os acampamentos; 11 levaram todos os
despojos e tudo o que era presa humana ou animal. 12 Conduziram a Moisés, ao sacerdote
Eleazar e a toda a comunidade de Israel os prisioneiros, a presa e os despojos para o
acampamento nas planícies de Moab, perto do Jordão, na altura de Jericó. 13 Moisés, o
sacerdote Eleazar e todos os chefes da comunidade saíram-lhes ao encontro fora do
acampamento. 14 Moisés enfureceu-se contra os oficiais do exército, chefes de mil e de cem,
que retornaram do campo de batalha, 15 e disse-lhes: “Por que deixastes vivas todas as
mulheres? 16 Foram elas que, instigadas por Balaão, levaram os israelitas a serem infiéis ao
Senhor no caso de Fegor e provocaram a mortandade na comunidade do Senhor. 17 Matai,
portanto, todos os meninos, bem como todas as mulheres que já tiveram relações com algum
homem. 18 As meninas, porém, que não tiveram relações com homem, conservai-as vivas
para vós. 19 Quanto a vós, acampai fora do acampamento durante sete dias. Quem de vós, ou
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dos prisioneiros, matou algum homem ou tocou num morto, deve purificar-se ao terceiro e ao
sétimo dia. 20 Purificai também todas as vestes, artefatos de couro, tecidos feitos de pêlos de
cabra e objetos de madeira”. 21 O sacerdote Eleazar disse aos soldados que tinham
participado no combate: “Esta é a determinação da lei que o Senhor prescreveu a Moisés: 22 o
ouro, a prata, o ferro, o estanho e o chumbo, 23 tudo o que suporta o fogo, deveis passar pelo
fogo para que seja purificado. Contudo deverá ser purificado também com água de
purificação. O que não suportar o fogo, fareis passar pela água. 24 No sétimo dia lavareis
vossas vestes e ficareis puros. Depois podereis entrar no acampamento”. A partilha do saque
25 O Senhor falou a Moisés: 26 “Com o sacerdote Eleazar e todos os chefes da comunidade,
faze um levantamento de tudo o que foi tomado, incluindo as pessoas e os animais.
27Repartirás tudo entre os combatentes que foram à guerra e o resto da comunidade. 28 Dos
expedicionários que foram à guerra cobrarás para o Senhor uma taxa de um por quinhentos
sobre homens, bois, jumentos ou ovelhas. 29 Tu a tirarás da metade que lhes pertence e a
entregarás ao sacerdote Eleazar, como tributo ao Senhor. 30 Da metade que cabe aos israelitas
cobrarás uma taxa de um por cinqüenta sobre homens, bois, jumentos, ovelhas e animais de
qualquer espécie, e a entregarás aos levitas que cuidam do serviço da morada do Senhor”. 31
Moisés e o sacerdote Eleazar fizeram o que o Senhor tinha ordenado a Moisés. 32 O que foi
capturado, o que resultou do saque feito pelas tropas combatentes, chegou a seiscentos e
setenta e cinco mil ovelhas, 33 setenta e dois mil bois, 34 sessenta e um mil jumentos, 35 e
trinta e duas mil vidas humanas ao todo, isto é, mulheres que não haviam conhecido homem.
36 A metade, ou seja, a parte que coube aos expedicionários, somou um total de trezentos e
trinta e sete mil e quinhentas ovelhas, 37 sendo seiscentas e setenta e cinco ovelhas o tributo
para o Senhor; 38 trinta e seis mil bois, sendo setenta e dois bois o tributo para o Senhor: 39
trinta mil e quinhentos jumentos, sendo sessenta e um jumentos o tributo para o Senhor; 40
dezesseis mil vidas humanas, sendo trinta e duas pessoas o tributo para o Senhor. 41 Moisés
entregou a Eleazar o tributo reservado para o Senhor, conforme o Senhor lhe tinha ordenado.
42 Da outra metade destinada aos israelitas, que Moisés separou da metade pertencente aos
combatentes, 43 isto é, da metade que tocava à comunidade, incluindo trezentas e trinta e sete
mil e quinhentas ovelhas, 44 trinta e seis mil bois, 45 trinta mil e quinhentos jumentos, 46
dezesseis mil pessoas, 47 desta metade destinada aos israelitas, Moisés cobrou a taxa de um
por cinqüenta sobre homens e animais, e entregou-a aos levitas encarregados do serviço da
morada do Senhor, como o Senhor havia ordenado a Moisés.
53
Oferta dos oficiais
48 Então os oficiais das tropas, chefes de mil e de cem, apresentaram-se a Moisés 49 e lhe
disseram: “Teus servos fizeram a contagem dos soldados que comandaram, e não falta
ninguém. 50 Por isso trazemos, como oferta ao Senhor, os objetos de ouro que cada um de
nós achou, braceletes, correntes, anéis, brincos e colares, para fazer a expiação por nós
mesmos diante do Senhor”. 51 Moisés e o sacerdote Eleazar receberam o ouro, composto de
objetos bem trabalhados. 52 O total do ouro recolhido como tributo ao Senhor pelos
comandantes de milhares e de centenas pesou cerca de cento e setenta quilos. 53 Os soldados
ficaram com o ouro que cada um saqueou. 54 Tendo recebido o ouro dos chefes de mil e de
cem, Moisés e o sacerdote Eleazar levaram-no para a Tenda do Encontro, como memorial dos
israelitas diante do o Senhor.
As tribos do Além-Jordão
32
1 Os rubenitas e os gaditas possuíam numerosos e bem nutridos rebanhos. Vendo que as terras
de Jazer e de Galaad eram um lugar próprio para gado, 2 dirigiram-se a Moisés, ao sacerdote
Eleazar e aos chefes da comunidade e disseram: 3 “Atarot, Dibon, Jazer, Nemra, Hesebon,
Eleale, Sebam, Nebo, Beon, 4 terras que o Senhor subjugou diante da comunidade de Israel,
são próprias para pecuária, e teus servos têm rebanhos. 5 Se, pois, – disseram eles – teus
servos tiverem tua aprovação, então que esta terra nos seja dada em propriedade, e não nos
faças atravessar o Jordão”. 6 Moisés respondeu aos gaditas e aos rubenitas: “Então vossos
irmãos iriam à guerra, enquanto vós permaneceríeis aqui? 7 Por que desencorajais os israelitas
para não passarem à terra que o Senhor lhes dá? 8 Assim já fizeram vossos pais, quando eu os
enviei de Cades Barne para examinar a terra. 9 Subiram até a torrente dos Cachos e, depois de
verem a terra, desencorajaram os israelitas para que não entrassem na terra que o Senhor lhes
queria dar. 10 Naquele dia, a ira do Senhor inflamou-se, e ele jurou: 11 ‘Nenhum dos homens
que saíram do Egito com mais de vinte anos verá a terra que prometi a Abraão, Isaac e Jacó,
por não me terem seguido fielmente, 12 exceto Caleb filho de Jefoné, o cenezeu, e Josué filho
de Nun, que seguiram fielmente o Senhor’. 13 O Senhor, inflamado de ira contra Israel, os fez
vaguear pelo deserto durante quarenta anos, até extinguir-se toda a geração que fez o mal aos
54
olhos do Senhor. 14 E agora, corja de pecadores, surgistes vós no lugar de vossos pais para
exacerbar ainda mais o ardor da ira do Senhor contra Israel! 15 Se desistirdes de segui-lo, ele
prolongará a permanência de Israel no deserto, e vós sereis a causa da ruína de todo este
povo”. 16 Mas eles se aproximaram de Moisés e disseram: “Construiremos aqui currais para
nossos rebanhos e cidades para os nossos filhos. 17 Mas nós mesmos estaremos prontos para
marchar armados na frente dos israelitas, até os termos introduzido no lugar que hão de
ocupar. Enquanto isso, nossos filhos ficarão em cidades fortificadas, protegidos contra os
habitantes do país. 18 Não voltaremos às nossas casas antes de cada israelita ter tomado posse
de sua herança. 19 Nada queremos possuir com eles do outro lado do Jordão ou mais além,
uma vez que achamos a herança que queríamos do lado oriental do Jordão”. 20 Moisés
respondeu: “Se assim procederdes, se diante do Senhor marchardes prontos para o combate 21
e todos armados passardes o Jordão diante do Senhor, até que o Senhor tenha expulsado os
inimigos de sua frente 22 e o país lhe estiver sujeito, então podereis voltar. Só então estareis
livres do compromisso com o Senhor e com Israel, e esta terra será propriedade vossa diante
do Senhor. 23 Se assim não fizerdes, estareis pecando contra o Senhor. Ficai sabendo que
sofrereis as conseqüências do vosso pecado. 24 Construí, pois, cidades para os vossos filhos e
currais para as ovelhas, e cumpri o que prometestes”. 25 Os gaditas e os rubenitas disseram a
Moisés: “Teus servos farão tudo o que lhes mandas. 26 Nossos filhos e nossas mulheres, os
rebanhos e todo o nosso gado ficarão aqui nas cidades de Galaad. 27 Nós, teus servos, todos
armados para combater diante do Senhor, atravessaremos o rio Jordão, conforme tuas ordens”.
28 Então Moisés deu ordens a respeito deles ao sacerdote Eleazar, a Josué filho de Nun e aos
chefes de casa das tribos israelitas. 29 Moisés lhes disse: “Se todos os gaditas e os rubenitas
passarem convosco o Jordão armados para combaterem diante do Senhor, uma vez dominado
o país, lhes dareis a terra de Galaad como propriedade. 30 Mas, se não passarem o Jordão
armados, receberão uma propriedade convosco na terra de Canaã”. 31 Os gaditas e os
rubenitas responderam: “Faremos o que o Senhor disse a teus servos. 32 Passaremos armados
diante do Senhor para a terra de Canaã, mas a nossa propriedade hereditária ficará no Além-
Jordão”. 33 Moisés deu aos gaditas, aos rubenitas e à meia tribo de Manassés filho de José o
reino de Seon, rei dos amorreus, e o reino de Og, rei de Basã, a terra com as cidades e o
território próximo às cidades. 34 Os gaditas reconstruíram Dibon, Atarot, Aroer, 35 Atrot-
Sofã, Jazer, Jegbaa, 36 Bet-Nemra e Bet-Arã, cidades fortificadas, e fizeram currais para as
ovelhas. 37 Os rubenitas reconstruíram Hesebon, Eleale, Cariataim, 38Nebo e Baal-Meon,
cujos nomes foram mudados, e Sabama. Com efeito, eles deram nomes novosàs cidades que
reconstruíram. 39 Os descendentes de Maquir filho de Manasses invadiram e conquistaram a
55
região de Galaad, expulsando os amorreus que ali viviam. 40 Moisés deu a região de Galaad a
Maquir filho de Manassés, que se estabeleceu ali. 41 Jair filho de Manasses invadiu e
conquistou também os povoados, a que chamou “povoados de Jair”. 42 Nobe invadiu e
conquistou Canat e os povoados vizinhos, e chamou-a com o seu próprio nome, Nobe. Etapas
do Egito até o Jordão.
Morte de Aarão
33
1 Eis as etapas dos israelitas, quando saíram por exércitos do Egito, sob o comando de Moisés
e Aarão. 2 Moisés registrou por ordem do Senhor os lugares de partida, segundo as etapas. E
estas são as etapas, segundo os lugares de partida: 3 Partiram de Ramsés no dia quinze do
primeiro mês. No dia seguinte à Páscoa, os israelitas saíram, ostensivamente, à vista de todos
os egípcios, 4enquanto os egípcios sepultavam os primogênitos que o Senhor tinha ferido
mortalmente. Assim o Senhor fez justiça contra seus deuses. 5 Partindo de Ramsés, os
israelitas acamparam em Sucot. 6 Partindo de Sucot, acamparam em Etam, na periferia do
deserto. 7 Partindo de Etam, retornaram a Piairot, defronte de Baal Sefon, e acamparam diante
de Magdol. 8 Partindo de Piairot, passaram pelo meio do mar, rumo ao deserto. Depois de
uma viagem de três dias pelo deserto de Etam, acamparam em Mara. 9 Partindo de Mara,
chegaram a Elim, onde havia doze fontes e setenta palmeiras, e ali acamparam. 10 Partindo de
Elim, acamparam junto ao mar Vermelho. 11 Partindo do mar Vermelho, acamparam no
deserto de Sin. 12artindo do deserto de Sin, acamparam em Dafca. 13 Partindo de Dafca,
acamparam em Alus. 14 Partindo de Alus, acamparam em Rafidim. Ali não havia água para o
povo beber. 15 Partindo de Rafidim, acamparam no deserto do Sinai. 16 Partindo do deserto
do Sinai, acamparam em Cibrot-Ataava. 17 Partindo de Cibrot-Ataava, acamparam em
Haserot. 18 Partindo de Haserot, acamparam em Retma. 19 Partindo de Retma, acamparam
em Remon-Farés. 20 Partindo de Remon-Farés, acamparam em Lebna. 21 Partindo de Lebna,
acamparam em Ressa. 22 Partindo de Ressa, acamparam em Ceelata. 23 Partindo de Ceelata,
acamparam no monte Séfer. 24 Partindo do monte Séfer, acamparam em Harada. 25 Partindo
de Harada, acamparam em Macelot. 26 Partindo de Macelot, acamparam em Taat. 27 Partindo
de Taat, acamparam em Taré. 28 Partindo de Taré, acamparam em Matca. 29 Partindo de
Matca, acamparam em Hesmona. 30 Partindo de Hesmona, acamparam em Moserot. 31
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Partindo de Vínculos, acamparam em Benê-Jacã. 32 Partindo de Benê-Jacã, acamparam na
cova de Gadgad. 33 Partindo da cova de Gadgad, acamparam em Jetebata. 34 Partindo de
Jetebata, acamparam em Ebrona. 35 Partindo de Ebrona, acamparam em Asiongaber. 36
Partindo de Asiongaber, acamparam no deserto de Sin, isto é, em Cades. 37 Partindo de
Cades, acamparam no monte Hor, na fronteira da terra de Edom. 38 Por ordem do Senhor, o
sacerdote Aarão subiu ao monte Hor e ali morreu, no quadragésimo ano após a saída dos
israelitas do Egito, no dia primeiro do quinto mês. 39 Aarão tinha cento e vinte e três anos
quando morreuno monte Hor. 40 Foi então que o rei cananeu de Arad, que habitava o deserto
do Negueb, na terra de Canaã, ouviu falar da chegada dos israelitas. 41 Partindo do monte
Hor, acamparam em Salmona. 42 Partindo de Salmona, acamparam em Finon. 43 Partindo de
Finon, acamparam em Obot. 44 Partindo de Obot, acamparam nas ruínas de Abarim, na
fronteira de Moab. 45 Partindo das ruínas de Abarim, acamparam em Dibon-Gad. 46 Partindo
de Dibon-Gad, acamparam em Elmon-Deblataim. 47 Partindo de Elmon-Deblataim,
acamparam nos montes Abarim, em frente ao Nebo. 48 Partindo dos montes de Abarim,
acamparam nas planícies de Moab, junto ao Jordão, defronte de Jericó. 49 Estavam
acampados nas planícies de Moab, ao longo do Jordão, entre Bet-Jesimot e Abel-Setim.
Instruções para a conquista de Canaã 50 O Senhor falou a Moisés nas planícies de Moab: 51
“Dize aos israelitas: Quando atravessardes o Jordão e entrardes na terra de Canaã, 52 expulsai
de vossa frente todos os habitantes do país. Destruí todas as esculturas de ídolos e as imagens
fundidas e arrasai todos os lugares altos. 53 Tomai posse da terra e habitai-a, pois vo-la
entreguei para que tomásseis conta dela. 54 Distribuí a terra por sorteio entre vossas casas. Às
mais numerosas dareis uma herança maior e às menos numerosas, uma herança menor. Cada
um ficará com o que lhe couber por sorteio. Repartireis a herança entre vossas tribos paternas.
55 Se não expulsardes de vossa frente os habitantes do país, os que deles deixardes sobrar
serão para vós como espinhos nos olhos e aguilhões nas costas, e vos hostilizarão na terra em
que viverdes. 56 Então eu vos tratarei da mesma forma como tinha resolvido tratá-los”.
Fronteiras e partilha de Canaã
34
1 O Senhor falou a Moisés : 2 “Ordena aos israelitas o seguinte: Quando entrardes na terra de
Canaã, o território que vos caberá como herança será a terra de Canaã com as seguintes
fronteiras. 3 O limite meridional será o deserto de Sin, acompanhando a fronteira de Edom. A
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leste, a fronteira sul começará no extremo do mar Morto; 4 contornará pelo sul a subida dos
Escorpiões, passará por Sin, chegando até o sul de Cades-Barne. Depois continuará pela
aldeia de Adar, passando por Asemona. 5 De Asemona, a fronteira dobrará para a torrente do
Egito e terminará no mar Mediterrâneo. 6 A fronteira ocidental será o mar Mediterrâneo; o
próprio mar servirá como limite oeste. 7 O limite norte será este: traçareis uma linha do mar
Mediterrâneo até o monte Hor. 8 Do monte Hor traçareis uma linha até a entrada de Emat,
terminando em Sedada. 9 Depois a fronteira continuará por Zefrona, para terminar no
povoado de Enon. Esta será a vossa fronteira norte. 10 Como fronteira oriental traçareis uma
linha do povoado de Enon até Sefama. 11 De Sefama o limite descerá a Rebla, a leste de Ain,
e continuará descendo, costeando pelo leste o lago de Genesaré. 12 Depois descerá pelo rio
Jordão, para terminar no mar Morto. Esta será a vossa terra com as fronteiras que a cercam”.
13 Moisés deu estas ordens aos israelitas: “Esta é a terra que repartireis por sorteio, e que o
Senhor mandou dar às nove tribos e meia – 14 pois a tribo dos rubenitas, a tribo dos gaditas e
metade da tribo de Manassés já receberam a herança com suas casas patriarcais. 15 Essas duas
tribos e meia receberam a herança do outro lado do Jordão, do lado oriental, defronte de
Jericó”. 16 O Senhor falou a Moisés: 17 “Estes são os nomes das pessoas que repartirão a
terra entre vós: o sacerdote Eleazar e Josué filho de Nun. 18 Escolhereis também um chefe de
cada tribo para repartir a terra. 19 Eis os nomes deles:da tribo de Judá, Caleb filho de Jefoné;
20da tribo de Simeão, Samuel filho de Amiud; 21 da tribo de Benjamin, Elidad filho de
Caselon; 22 da tribo de Dã, o chefe Boci filho de Jogli; 23 pelos filhos de José: da tribo de
Manassés, o chefe Haniel filho de Efod; 24 da tribo de Efraim, o chefe Camuel filho de Seftã;
25 da tribo de Zabulon, o chefe Elisafã filho de Farnac: 26 da tribo de Issacar, o chefe Faltiel
filho de Ozã; 27 da tribo de Aser, o chefe Aiud filho de Salomi; 28 da tribo de Neftali, o chefe
Fedael filho de Amiud”. 29 Foi a estes que o Senhor ordenou que repartissem a herança aos
israelitas na terra de Canaã.
As cidades levíticas
35
1 O Senhor falou a Moisés nas planícies de Moab, às margens do Jordão, defronte de Jericó: 2
“Manda que os israelitas, da herança que lhes coube, cedam aos levitas algumas cidades em
que possam morar, e dareis aos levitas também as pastagens ao redor dessas cidades. 3 Essas
cidades serão para eles morarem, e as pastagens servirão para os animais, para os sítios e a
58
subsistência em geral. 4 As pastagens em torno das cidades que dareis aos levitas se
estenderão por um raio de um quilômetro a partir dos muros da cidade. 5 Medireis do lado de
fora da cidade um quilômetro em direção ao oriente, um quilômetro em direção ao sul, um
quilômetro em direção ao ocidente, e um quilômetro em direção ao norte, ficando a cidade no
meio. Tal será a extensão das pastagens pertencentes a suas cidades. 6 Estas serão as cidades
que cedereis aos levitas: as seis cidades de refúgio, dadas para que possa refugiar-se o
homicida, além de outras quarenta e duas cidades. 7 Ao todo serão quarenta e oito as cidades
que dareis aos levitas, com os respectivos terrenos. 8 Quanto às cidades que devereis ceder do
que coube aos israelitas, tirareis mais dos que mais tiverem, e menos dos que tiverem menos.
Cada tribo cederá para os levitas um número de cidades proporcional à herança que recebeu”.
As cidades de refúgio ou de asilo
9 O Senhor falou a Moisés: 10 “Fala aos israelitas e dize-lhes: Quando atravessardes o Jordão
rumo à terra de Canaã, 11 escolhereis cidades para servirem de refúgio. Ali poderá refugiar-se
o assassino que tiver cometido um homicídio involuntário. 12 Essas cidades servirão de asilo
contra o vingador do sangue, para que o homicida não seja morto antes de comparecer ao
julgamento perante a comunidade. 13 Serão seis as cidades que destinareis para refúgio. 14
Haverá três cidades de refúgio do outro lado do Jordão e três na terra de Canaã. 15 Essas seis
cidades servirão de asilo para os israelitas, para o estrangeiro e para aquele que vive no meio
de vós. Ali poderá refugiar-se quem tiver cometido um assassinato involuntário. 16 Caso
alguém tenha ferido mortalmente a vítima com instrumento de ferro, é um assassino e como
tal é réu de morte. 17 Se feriu com uma pedrada capaz de causar a morte e assim matou a
vítima, é um assassino e como tal é réu de morte. 18 Se feriu manejando um instrumento de
madeira capaz de causar a morte e assim matou a vítima, é um assassino e como tal é réu de
morte. 19 O próprio vingador do sangue poderá matar o assassino. Encontrando-o, poderá
matá-lo. 20 Se alguém derrubar a vítima por ódio, ou propositadamente lhe atirar em cima
alguma coisa e causar a morte, 21 ou se por hostilidade lhe der um golpe com as mãos e
causar a morte, o agressor é réu de morte, pois é um assassino. O vingador do sangue poderá
matá-lo quando o encontrar. 22 Se, porém, o derrubar acidentalmente, sem hostilidade, ou
atirar nele alguma coisa sem querer, 23 ou se atirar nele, sem vê-lo, uma pedra capaz de
matar, e a morte de fato ocorrer, sem que ele o tenha hostilizado ou insidiado, 24 então a
comunidade julgará entre o agressor e o vingador do sangue, conforme estas leis. 25 Assim a
comunidade salvará o homicida involuntário do vingador do sangue e o reconduzirá à cidade
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de asilo em que se refugiou. Nela poderá morar até à morte do sumo sacerdote que foi ungido
com o óleo santo. 26 Se o homicida sair do território da cidade em que se refugiou, 27 o
vingador do sangue que o encontrar fora do território de sua cidade de refúgio não será
culpado de crime, se o matar, 28 pois o homicida deve permanecer na cidade de refúgio até à
morte do sumo sacerdote. Após a morte desse, o homicida poderá retornar à terra onde está
sua propriedade. 29 Essas disposições serão para vós normas de direito por todas as gerações,
onde quer que estiverdes morando.
O julgamento do homicídio
30 “Em qualquer caso de homicídio requer-se o depoimento de diversas testemunhas para que
o homicida possa ser condenado à morte. O testemunho de um só não basta para depor contra
alguém e condená-lo à morte. 31 Não aceitareis resgate pela vida do homicida que for réu de
morte: ele deverá ser executado. 32 Tampouco aceitareis resgate de quem buscou refúgio na
cidade de asilo, a fim de voltar a morar na sua terra antes da morte do sumo sacerdote. 33 Não
contamineis a terra em que viveis, porque é o sangue que contamina a terra, e esta não pode
ser purificada do sangue derramado senão com o sangue de quem o derramou. 34 Não
profaneis a terra em que viveis, onde eu resido, porque eu sou o Senhor que habita no meio
dos israelitas”.
Casamento das filhas herdeiras
36
1 Os chefes de casa pertencentes ao clã dos descendentes de Galaad, filho de Maquir, filho de
Manassés, um dos clãs de José, apresentaram-se diante de Moisés e dos outros chefes de casa
israelitas, 2 e disseram: “O Senhor mandou a meu senhor dar por sorteio a terra em herança
aos israelitas. O meu senhor recebeu também a ordem de dar a herança de Salfaad, nosso
irmão, às suas filhas. 3 Se elas se casarem com alguém de outra tribo israelita, a herança delas
será descontada da herança de nossos antepassados e será acrescentada à herança da tribo a
que pertencerem. Assim diminuirá a herança que nos tocou por sorte. 4 E quando os israelitas
celebrarem o ano jubilar, a herança delas continuará unida à herança da tribo a que
pertencerem, desfalcando a herança de nossa tribo patriarcal”. 5 Instruído pelo Senhor,
Moisés deu esta ordem aos israelitas: “A tribo dos filhos de José tem razão. 6 Eis o que o
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Senhor ordenou a respeito das filhas de Salfaad: elas podem casar-se com quem quiserem,
desde que seja dentro de uma das casas de sua tribo paterna. 7 Assim a herança dos israelitas
não passará de tribo a tribo, pois cada um dos israelitas deverá ficar ligado à herança de sua
tribo paterna. 8 Toda moça que tiver uma herança em alguma das tribos israelitas deverá
casar-se com um homem de uma das casas da tribo de seu pai, para que os israelitas
conservem cada um a herança de seus pais. 9 Nenhuma herança passará de uma tribo a outra,
mas cada tribo israelita ficará ligada à sua herança”. 10 As filhas de Salfaad fizeram como o
Senhor havia ordenado a Moisés. 11 Maala, Tersa, Hegla, Melca e Noa, filhas de Salfaad, se
casaram com seus primos. 12 Casaram-se nas casas dos descendentes de Manasses filho de
José, e a herança ficou na tribo a que pertencia a casa patriarcal.
Conclusão
13 São essas as ordens e as leis que o Senhor deu, por meio de Moisés, aos israelitas nas
planícies de Moab, perto do rio Jordão, na altura de Jericó.
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