📺️(634)_Desvendando os Mistérios da IDADE [Comportamento] (por CES)

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ABRACE A SUA IDADE, SEJA QUAL FOR ELA
(Desvendando os Mistérios da IDADE)

( A origem desta reflexão foi um folheto intitulado "VOCÊ É VELHO OU IDOSO?" onde o novo foco foi a conscientização do MUNDO PESSOAL onde cada pessoa vive.   )


Fonte: (Texto de CES a partir de um Folheto avulso, de um autor anônimo, compartilhado no Dia dos Avós - 26 de julho)



Em um mundo obcecado pela juventude, a idade muitas vezes é vista como um fardo, um lembrete implacável do tempo que passa. Mas será que envelhecer realmente significa se tornar velho? E qual a diferença entre ser velho e ser idoso?

O mais importante é estar consciente de que, assim como uma criança vive no 'MUNDO DA CRIANÇA', todo mundo também vive 'NUM MUNDO FEITO POR SI MESMO'. Verdade verdadeira! E não adianta discutir isso; é só aceitar e procurar entender essa verdade. E não importa a idade: "eu vivo num mundo feito por mim mesmo". Não se trata do mundo da Geografia; trata-se do próprio MUNDO MENTAL onde cada um manda e desmanda como quiser. A partir dessa compreensão fica cada vez mais fácil compreender que "todo mundo vive num mundo feito por si mesmo". Conclusão? Eu não posso querer que as outras pessoas pensem da mesma forma que eu penso e vivo. Resta a convivência fraterna, sem julgamentos que gerem conflitos.

A origem desta reflexão foi um folheto intitulado "VOCÊ É VELHO OU IDOSO?", reproduzido a seguir.

* * *
VOCÊ É VELHO OU IDOSO?

Você é IDOSO quando se pergunta se vale a pena; 


Você é VELHO quando, sem pensar, responde que não.


Você é IDOSO quando sonha;
Você é VELHO quando apenas dorme.


Você é IDOSO quando ainda aprende; 

 Você é VELHO quando já nem ensina.


Você é IDOSO quando se exercita; 

 Você é VELHO quando apenas descansa.


Você é IDOSO quando ainda sente amor; 

 Você é VELHO quando só sente ciumes.


Você é IDOSO quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida; 

 Você é VELHO quando todos os dias parecem o último de sua longa jornada.


Você é IDOSO quando seu calendário tem amanhãs; 

 Você é VELHO quando ele só tem ontens.


O IDOSO se renova a cada dia que começa.

O VELHO se acaba a cada dia que termina, pois quando o IDOSO tem os seus olhos postos no horizonte, de onde o sol desponta e ilumina a esperança, o VELHO tem a sua miopia voltada para as sombras do passado.

O IDOSO tem planos; o VELHO tem saudades.

O IDOSO curte o que lhe resta da vida; o VELHO sofre o que o aproxima da morte.

O IDOSO leva uma vida ativa, plena de projetos e plena de esperança. Para ele o tempo passa mais rápido, mas a velhice nunca chega.

Para o VELHO suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do IDOSO são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; as rugas do VELHO são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em suma: IDOSO e VELHO podem ter a mesma idade em cartório, mas tem idades diferentes no coração, Que você, IDOSO, viva uma longa vida, mas nunca fique VELHO.

(autor desconhecido)

* * *

Essa mensagem do folheto levanta uma questão crucial: como nos vemos e como somos vistos pela sociedade em relação à idade. Será que somos definidos por um número em um documento de identidade ou pelas experiências que acumulamos ao longo da vida?

A velhice, muitas vezes associada à decrepitude e à fragilidade, carrega consigo um estigma negativo. É comum ouvirmos frases como "velho demais para isso" ou "já passou da idade", como se a idade fosse um obstáculo intransponível para viver a vida plenamente.

Mas será que essa visão está correta? Será que envelhecer realmente significa perder a capacidade de aproveitar a vida, de aprender e crescer? A resposta, categoricamente, é não.

A idade cronológica, sem dúvida, traz consigo algumas mudanças físicas e biológicas. Mas isso não significa que devemos nos resignar a um papel passivo na sociedade. Pelo contrário, a experiência e a sabedoria acumuladas ao longo dos anos podem ser ferramentas valiosas para contribuir com o mundo e construir um futuro melhor. E toda essa experiência fez o SEU MUNDO ser exclusivamente seu. E ninguém poderá vivê-lo em seu lugar.

É importante lembrar que o envelhecimento é um processo individual e multifacetado. Cada pessoa envelhece de forma diferente, influenciada por diversos fatores como genética, estilo de vida, condições socioeconômicas e acesso à saúde. Em uma palavra: "seu mundo".

Assim, ao invés de nos concentrarmos em rótulos e definições limitantes, devemos celebrar a diversidade que a idade traz consigo. Cada fase da vida tem seus próprios desafios e oportunidades, e cabe a nós aproveitá-las ao máximo.

Ao invés de nos sentirmos velhos, podemos nos sentir idosos, no sentido mais positivo do termo. Idosos no sentido de experientes, sábios, resilientes e com muito a contribuir com o mundo. Idosos no sentido de termos vivido o suficiente para apreciar as pequenas coisas da vida, para cultivar relacionamentos profundos e para construir uma história rica em memórias: coisa que só quem muitos anos viveu é que possui.

Lembre-se: a idade é apenas um número. Mas, segundo um conhecimento mais avançado, já se sabe que se alguém conseguir modificar o seu telômero ("relógio biológico"), no DNA, poderá alterar esse relógio e viver até 20 mil anos, se quiser. Mas...

O que realmente importa é como você vive sua vida atual e o que você contribui para o mundo e para o SEU MUNDO. Abrace a sua idade, seja qual for ela, e viva cada dia com plenitude e alegria.



(Carlos Eduardo da Silva,69 - 28/06/2024)




Fim

📺️🔉️(633)_OS NOMES DE MARIA DE NAZARÉ [Religião] (por CES)



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OS NOMES DE MARIA DE NAZARÉ

( Para apresentar este JOGRAL distribua as frases de acordo com a quantidade de participantes a partir da numeração destas. Por ex.: se só tem 5 participantes, numere de 1 a 5 e depois continue renumerando de 1 a 5 até fim. )


Fonte: CES




– VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA?

– QUAL NOSSA SENHORA? SÃO TANTAS "NOSSAS SENHORA"!!

– É A HISTÓRIA DE MARIA?

– AH! SIM! A HISTÓRIA DE MARIA, EU CONHEÇO. NÃO É AQUELA QUE MORAVA EM NAZARÉ E UM DIA RECEBEU A VISITA DO ANJO GABRIEL? E QUE DEPOIS TEVE UM FILHO CHAMADO JESUS?

– ESSA MESMO! CONTA AÍ PRÁ GENTE!

– ESSA HISTÓRIA TODO MUNDO CONHECE! UM DIA O ANJO LHE APARECEU, FALOU QUE ELA ERA CHEIA DE GRAÇA, MAS QUE ELE QUERIA SUA RESPOSTA SE ELA ACEITAVA SER A MÃE DO FILHO DE DEUS E ELA DISSE:

– "EIS AQUI A SERVA DO SENHOR, FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA"

– DEPOIS QUANDO ELA FOI VISITAR SUA PRIMA ISABEL, ESTA LHE FALOU:

– "BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES, E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE".

– NESSE MESMO DIA MARIA FALOU QUE DEUS HAVIA FEITO MARAVILHAS NA SUA VIDA QUE POR ISSO...

– "DORAVANTE TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADA".

– POIS É, MARIA É UMA SÓ. / OUTRO DIA, QUANDO SEU FILHO JÁ ERA GRANDE ELA FALOU PRÁS PESSOAS QUE ESTAVAM COM ELE:

– "FAÇAM TUDO O QUE ELE VOS DISSER"!

– MAS TAMBÉM QUANDO JESUS JÁ ESTAVA CRUCIFICADO ELE MESMO NOS ENTREGOU A SUA MÃE DIZENDO:

– "MULHER. EIS AÍ O TEU FILHO. / FILHO, EIS AÍ A TUA MÃE".

– A PARTIR DESSE DIA, ELA QUE ERA SOMENTE MÃE DE JESUS, PASSOU A SER TAMBÉM MÃE DE TODOS NÓS.

– POIS É! MARIA É UMA SÓ! EU SEI QUE SOMENTE ELA É A MÃE DE DEUS. / QUER SABER MAIS? MARIA É A CRIATURA MAIS IMPORTANTE DO UNIVERSO? DEPOIS DE DEUS, NÃO EXISTE NINGUÉM MAIOR.

– SABE QUE ATÉ A IGREJA ESCREVEU UMA LISTA DE LOUVORES A MARIA? SABE QUE LISTA É ESSA?

– EU SEI: É A LADAINHA DE NOSSA SENHORA! É UM BOCADO DE NOMES FALANDO DAS QUALIDADES E DAS VIRTUDES DE MARIA.

– LADAINHA: SANTA MARIA / SANTA MÃE DE DEUS / MÃE DE JESUS CRISTO

– MÃE PURÍSSIMA / MÃE IMACULADA / MÃE DO SALVADOR

– VIRGEM PODEROSA / VIRGEM FIEL / ESPELHO DA JUSTIÇA

– ROSA MÍSTICA / TORRE DE MARFIM / ARCA DA ALIANÇA

– SAÚDE DOS ENFERMOS / RAINHA DOS ANJOS / RAINHA DOS PATRIARCAS

– RAINHA DAS VIRGENS / RAINHA CONCEBIDA SEM PECADO ORIGINAL / RAINHA ASSUNTA AO CÉU.

– ENTRETANTO, TODOS ESSES TÍTULOS DE GLÓRIA E DE HONRA SÃO TANTOS APELIDOS DA MESMA E ÚNICA PESSOA: MARIA DE NAZARÉ, A MÃE DE JESUS.

– MAS PORQUE EXISTEM TANTAS "NOSSAS SENHORA"?

– VOCÊ QUER ENDENDER MESMO, DIREITINHO? ENTÃO PRESTA ATENÇÃO NESSA OUTRA HISTÓRIA:

– CERTA VEZ, NO DIA DAS MÃES, OS FILHOS RESOLVERAM FAZER UM POEMA NO QUAL CADA UM DIRIA O QUE MAIS GOSTASSE SOBRE A SUA MÃEZINHA.

– E AÍ?, O QUE ACONTECEU?

– ELES FICARAM ADMIRADOS AO DESCOBRIR TANTOS NOMES DADOS À MAMÃE PELOS OUTROS IRMÃOS: MAIS DE UMA CENTENA!

– É ISSO MESMO! QUEM AMA DE VERDADE SABE INVENTAR NOMES LINDOS PARA EXPRESSAR O SEU AMOR.

– DE IGUAL MANEIRA, O POVO INVENTOU CENTENAS DE NOMES PARA CELEBRAR A MÃE DE DEUS E MÃE DA IGREJA. SÃO TANTOS QUE NÃO CABERIAM TODOS AQUI EIS ALGUNS DELES:

– NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, NOSSA SENHORA DO BOM PARTO

– NOSSA SENHORA DAS DORES, NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

– NOSSA SENHORA DO PERPETUO SOCORRO, NOSSA SENHORA DO Ó

– NOSSA SENHORA DA BOA MORTE, NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, NOSSA SENHORA DOS POBRES, ETC.

– HÁ NOMES PARA TODOS OS MOMENTOS DA VIDA, DESDE O NASCIMENTO ATÉ A MORTE.

– ENTRETANTO, TODOS ESSES TÍTULOS DE GLÓRIA E DE HONRA SÃO TANTOS APELIDOS DA MESMA E ÚNICA PESSOA: MARIA DE NAZARÉ, A MÃE DE JESUS.

– HÁ, TAMBÉM, NOMES LIGADOS AOS LUGARES ONDE ELA VIVEU E APARECEU: NOSSA SENHORA DE BELÉM, NOSSA SENHORA DE NAZARÉ

– NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (PORTUGAL)

– NOSSA SENHORA DE LOURDES (FRANÇA). etc....

– ENTRETANTO, TODOS ESSES TÍTULOS DE GLÓRIA E DE HONRA SÃO TANTOS APELIDOS DA MESMA E ÚNICA PESSOA: MARIA DE NAZARÉ, A MÃE DE JESUS.



Fim

📺️(632)_EXERCÍCIO: UM PARA CADA PESSOA [Saúde] [por Jornal do Senado)


 



EXERCÍCIO: UM PARA CADA PESSOA

( Para cada pessoa, em cada época da vida e estado de saúde, são recomendados carga, freqüência e tipos diferentes de atividade física. Veja nesta edição, como deve ser um bom programa de exercício físico e como saber se a freqüência e intensidade do exercício estão corretas. )


Fonte: Jornal do Senado - Brasília, N° 202 - Ano VI - 2008



EXERCÍCIO: UM PARA CADA PESSOA PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA DEVE SER COMPLETO

Um programa de exercício físico bem estruturado deve desenvolver a resistência e a força musculares, a capacidade aeróbica e a flexibilidade. Precisa ter:

ATIVIDADE AERÓBICA – 30 minutos de caminhada (6 a 7 quilômetros por hora), natação, ou bicicleta, por exemplo, todos ou quase todos os dias da semana.

TREINO DE RESISTÊNCIA (força) – pelo menos 30 minutos de pesos ou aparelhos duas vezes por semana. Um programa básico deve incluir oito a dez exercícios diferentes, que exijam os músculos das costas, barriga, braços, pernas, tronco, peitorais e ombros.

EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE – dez a 15 minutos de exercícios de alongamento depois da atividade aeróbica e do treino de resistência. Devem incluir oito a dez exercícios que trabalhem a maior parte dos músculos do corpo.

QUANTO EXERCÍCIO SE DEVE FAZER?

Para obter resultados benéficos do exercício é preciso queimar de 700 (mínimo aceitável) a 2 mil calorias (o ideal) por semana em atividade aeróbica moderada. Queimando mais de 2 mil calorias a pessoa começa a desenvolver suas capacidades atléticas.

Uma marcha acelerada (cerca de 6 quilômetros por hora) queima cerca de 80 calorias por quilômetro. Assim, para queimar 700 calorias numa semana é preciso andar cerca de 9 quilômetros, ou uma hora e meia. Já para queimar 2 mil calorias, é necessário andar cerca de 25 quilômetros, ou cinco horas. Além disso, é preciso fazer os exercícios de alongamento e de força muscular.

Um teste simples para saber se o esforço está sendo exagerado é tentar falar durante o exercício. Se isso exigir um esforço grande ou se for impossivel significa que a atividade está excessiva. Também é necessário alternar exercício e descanso.

Por outro lado, atividade física somente nos fins de semana aumenta o risco de lesões e problemas. A regularidade é fundamental.

COMO SABER SE O RITMO ESTÁ BOM?

Para saber se o esforço está correto, é simples: verifique como se sente. Embora o objetivo do exercício aeróbico seja aumentar os ritmos cardíaco e respiratório, se notar que tem dificuldade para respirar, que o coração bate muito forte e rápido, ou que está transpirando muito, é porque você entrou, ou está entrando, em exaustão.

* * *

CONFIRA A BATIDA DO SEU CORAÇÃO

O ideal é que a freqüência cardíaca seja mantida entre os 50 e 85% do ritmo máximo para a idade (ritmo máximo – 220 – idade). No pescoço ou no pulso, use os três dedos médios da mão para pressionar a artéria. Conte as pulsações durante 15 segundos e multiplique o número de pulsações por quatro para obter o ritmo por minuto. A tabela ao lado indica o número de batidas por minuto ideal durante o exercício aeróbico para várias idades. Procure sempre manter-se entre os dois valores aconselhados.

À medida que a forma física melhora, o coração bombeia mais sangue com menos batidas. Quando a pessoa está em plena forma, o ritmo cardíaco é menor inclusive quando ela está dormindo, e é por isso que o exercício faz tão bem ao coração.

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IDADE RITMO CARDÍACO
20 anos          100 a 170
30
 anos           95 a 162

40 anos           90 a 153

50 anos           85 a 145

60 anos           80 a 136

70 anos           75 a 128

80 anos           70 a 119

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EMAGREÇA FAZENDO GINÁSTICA

O QUE É MELHOR PARA EMAGRECER? EXERCÍCIO FÍSICO OU DIETA?

Os dois. Embora uma dieta forte faça emagrecer mais rápido, a atividade física dá melhores resultados a longo prazo. Além de ajudar a emagrecer, a prática regular de exercícios. impede a recuperação do peso perdido, coisa. comum quando a pessoa faz uma dieta por pouco tempo.

QUAL O MELHOR EXERCÍCIO PARA PERDER PESO?

Os exercícios de força (musculação) e aeróbicos (caminhada, natação etc.) são a forma mais eficaz de perder peso. No entanto, não se pode esquecer o alongamento (exercícios de flexibilidade), que diminui o risco de lesões.

COM QUE RAPIDEZ SE PODE PERDER PESO DE FORMA SEGURA? 

 É seguro perder entre 250g a 1kg por semana. Uma perda de peso superior pode significar perda também de massa muscular, o que é prejudicial e perigoso.

QUAL A DIETA IDEAL PARA FAZER EXERCÍCIO?

Não se pode começar um programa de exercícios sem uma dieta que equilibre açúcares, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais, água e fibras. Só a variedade alimentar pode garantir uma boa dieta. Não passe fome: faça seis refeições por dia, a cada três horas. Uma regra simples: quanto mais cores diferentes tiverem os alimentos que compõem seu prato, mais saudável será a sua refeição.

É BOM BEBER ÁGUA DURANTE O EXERCÍCIO?

Não só é bom, como essencial. Não espere ter sede. Procure beber de 150ml a 350ml de água a cada 15 ou 20 minutos de exercício. Se você sentir sede é sinal de que já começou a ficar desidratado.

* * *

DÚVIDAS?
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QUAL É A HORA IDEAL PARA FAZER EXERCÍCIO?

A melhor hora é aquela em que você tem disposição física e disponibilidade de tempo. O mais importante é fazer exercício de forma regular e disciplinada.

MELHOR ANTES OU DEPOIS DE COMER?

Entre as refeições. Os profissionais recomendam que não se deve fazer exercício antes de passada uma hora depois de uma refeição mais pesada. Também não se pode fazer ginástica em jejum. O ideal é fazer um lanche leve uma hora antes (iogurte, fruta, suco).

É BOM SINAL FICAR DOLORIDO DEPOIS DO EXERCÍCIO?

Os músculos até podem ficar um tanto doloridos durante dois ou três dias depois de iniciada uma nova atividade, mas isso não deve ocorrer regularmente. Uma dor persistente, mesmo que seja apenas um desconforto, pode significar excesso de esforço. Reações como diminuição do desempenho, aumento do ritmo cardíaco quando em repouso, fadiga (mesmo depois de um dia de descanso), perda de apetite, número maior de lesões que o normal, depressão e ansiedade também podem ser sinais de esforço excessivo.

• QUAIS ATIVIDADES FÍSICAS SÃO RECOMENDADAS PARA OS IDOSOS?


As mais indicadas são as caminhadas, a natação e a bicicleta ergométrica, dependendo da capacidade física individual. Também são benéficos os exercícios de resistência muscular (musculação) com baixa sobrecarga. Não são recomendados exercícios de força, que, apesar de aumentar a massa muscular (o que é bom para os idosos), provocam aumento exagerado na pressão arterial, dificultando o trabalho do coração. Antes de iniciar um programa de exercícios é muito importante que o idoso realize uma avaliação cardiológical completa.

* * *

REGRAS SIMPLES PODEM EVITAR QUE A ATIVIDADE FÍSICA SEJA PREJUDICIAL

✓ Não faça exercício em jejum
✓ Não faça exercício muito gripado ou sentindo qualquer mal-estar.
✓ Evite bebida alcoólica e café antes e depois do exercício.
✓ Evite fumar antes e depois do exercício
✓ Não faça exercício em temperaturas. extremas e clima úmido
✓ Não tome banhos excessivamente quentes ou frios (incluindo saunas) antes ou depois do exercício (dar preferência a banhos mornos)
✓ Não use agasalhos especiais ("impermeáveis") para emagrecimento
✓ Não use calçados e equipamentos inadequados
✓ Não faça exercícios intensos esporadicamente, como o futebol de fim de semana


* * *

SAIBA MAIS

Conselho Federal de Educação Física
Rua do Ouvidor, 121 - 7° andar
Centro - Rio de Janeiro (RJ)
CEP 20040-030 (21) 2526-7179
www.confef.org.br


Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Educação Física
Rodovia Goiânia - Nerópolis, Km 12, Goiânia (GO)
CEP 74001-970 (62) 3521-1513
www.cbce.org.br


Médicos de Portugal
www.medicosdeportugal.iol.pt



Fim

📺️(631)_QUEM PODE ANULAR UM CASAMENTO CATÓLICO? [Direito] (por Pe. Edson e Pe. Paulo)


 





PRINCIPAIS CAUSAS DE NULIDADE DE UM CASAMENTO   +   POSSO ANULAR MEU CASAMENTO?

( Abaixo, segue 2 artigos: um do Pe. Edson Luiz Sampel; e o outro do Pe. Paulo Roberto Gonzales. Ambos os artigos tratam do assunto CASAMENTO na Igreja Católica. Você vai compreender que não é possível anular um Casamento (Matrimônio) que foi válido: isto é, celebrado e consumado de maneira correta. | E você vai aprender também que a Igreja (após ouvir o tribunal eclesiástico) nunca pode anular um casamento; mas pode apenas dizer que tal casamento nunca foi realizado de forma válida e, portanto, não valeu tal celebração. E quais são as causas invalidam um casamento? Leia, por favor, os dois artigos e tenha esse conhecimento. Enfim, quem teve um casamento inválido, tem o direito ao documento oficial da Igreja - "Declaração de Nulidade" - e possa se casar novamente, de forma válida.)


Fontes: Revista FAMÍLIA CRISTÃ (2009) + Revista BRASIL CRISTÃO (2010)



Artigo 1: PRINCIPAIS CAUSAS DE NULIDADE DE UM CASAMENTO

Texto: Pe. Edson Luiz Sampel: doutorando em Direito Canônico pela Pontificia Universidade Lateranense, de Roma, e membro da SBC (Sociedade Brasileira de Canonistas).

"Para o casamento católico, a vontade é preponderante. Os noivos são os ministros do sacramento do Matrimônio."

Neste artigo, gostaria de apresentar um resumo das principais causas de nulidade de um casamento. Sabemos que o casamento é indissolúvel (cf. Mc 10,1-12). Nenhum poder humano, nem a Igreja, nem o papa podem anular um matrimônio válido. Friso o adjetivo válido, pois, se o casamento for inválido, a autoridade eclesiástica ou a justiça canônica poderá declarar a nulidade.

Eis as causas mais comuns:

1. Exclusão do bem da prole: um dos nubentes, ou ambos, não querem ter filhos.

2. Exclusão do bem da fidelidade: não se admite a exclusividade de um único parceiro sexual.

3. Exclusão total do matrimonio: não se deseja o casamento em si; quer-se apenas uma aparência de casamento, para que se possa atingir outro objetivo, como o status social próspero.

4. Exclusão da indissolubilidade: os parceiros, ou um deles, se casam, mas admitem a possibilidade de separação e rompimento do vínculo, se o casamento não der certo.

5. Erro de qualidade direta e sobretudo desejada: ex.: o fato de a parceira ser uma exímia costureira é tudo para o nubente; casa-se com ela, visando à referida qualidade. Se esta qualidade não se implementa, o casamento é nulo.

6. Violência ou medo: alguém constrange a outra pessoa a convolar o casamento, ou surge o denominado temor reverencial, respeito excessivo pela vontade dos pais. Ex.: uma gravidez inesperada faz com que o pai obrigue a filha a se casar, para não ficar desonrada.

7. Falta de discrição de juízo os cônjuges, ou um deles, não dispõem da maturidade mínima necessária para assumirem e porem em prática os encargos do matrimônio.

8. Falta de forma canônica: não houve o devido respeito ao rito estabelecido pela Igreja na celebração do casamento. Ex.: o padre não solicitou a manifestação de vontade dos noivos.

Não nos esqueçamos de que as anomalias ou vícios acima mencionados têm de estar presentes no exato momento em que ocorre o casamento, isto é, na celebração, diante da testemunha qualificada (geralmente um padre). Esta circunstância será adequadamente aferida num processo judicial eclesiástico.


Todo católico tem o direito líquido e certo de recorrer a um tribunal eclesiástico, mesmo que seja apenas para dissipar dúvidas. Para o casamento católico, a vontade é preponderante. Os noivos são os ministros do sacramento do Matrimônio.

Gostaria de ressaltar que hoje em dia as pessoas se casam despreparadas, do ponto de vista da maturidade e, muitas vezes, da afetividade. Por conseguinte, há várias sentenças que declaram a nulidade com embasamento no cânon 1.095, n° 2, ou seja, imaturidade grave de um ou dos dois cônjuges. Trata-se de pessoas que, embora queiram, não conseguem, não são capazes de viver a dois, de conviver sob o mesmo teto. Neste cânon igualmente se encaixa o casamento em virtude da gravidez. Os que querem resolver o problema da gravidez com o casamento nem sempre estão devidamente preparados para a vida a dois. O matrimônio não pode funcionar como tábua de salvação para a gravidez indesejada.

* * *

Artigo 2: POSSO ANULAR MEU CASAMENTO? 

 Texto: Pe. Paulo Roberto Gonzales

"É bom deixar claro que a Igreja, por ser a de Jesus Cristo, deve fazer justiça para todos, e obter ou não a 
'declaração de nulidade' é um direito que não pode ser negado"


A essa pergunta podemos afirmar com segurança que não. Mas, se nos perguntarmos "é possível reconhecer a nulidade do meu matrimônio?", poderíamos afirmar que a possibilidade existe.

Antes de tudo, é necessário dizer que o termo anulação revela a possibilidade de um divórcio, e isso é impossível, pois conhecemos que a Doutrina da Igreja não admite o divórcio. Porém, o termo reconhecer a nulidade é algo de direito dos cristãos católicos, e não só eles, que podem impugnar o seu matrimônio e pedirem ao Tribunal Eclesiástico competente que reconheça se o tal casamento foi nulo ou não.

É bom deixar claro que a Igreja, por ser a de Jesus Cristo, deve fazer justiça para todos, e obter ou não "a declaração de nulidade" é um direito que não pode ser negado. Para isso deve existir um processo. Um casamento nulo é aquele que nunca existiu, apesar das aparências. Por exemplo, que alguém, sendo ameaçado de morte e não encontrando uma outra saída, decida aceitar a celebração de um casamento, mas sem nenhuma intenção de conviver com a pessoa com quem aparecerá publicamente unida. Pode-se, então, falar de verdadeiro matrimônio? Não, de jeito nenhum. Porque não pode haver verdadeiro matrimônio sem consentimento matrimonial e não pode haver consentimento sem vontade livre. Conseqüentemente, podemos dizer que se tratou de um casamento nulo.

Lembremos que o matrimônio, validamente realizado, se torna indissolúvel e essa indissolubilidade fica reafirmada quando o consentimento dos noivos é legítima, dado por pessoas juridicamente hábeis, manifestado legitimamente na forma prevista pela lei canônica. Assim, se houver um ou mais vícios de consentimento, ou um ou mais impedimentos, ou ainda, a falta da forma canônica, esse casamento, devidamente instruído, é nulo. Quando nos encontramos com um casamento nulo, podemos nos perguntar sobre o que fazer. Normalmente deveríamos, em primeiro lugar, procurar sanar a nulidade, quer dizer, retirar o obstáculo que a provocou, a fim de que o matrimônio se torne válido e os esposos vivam tranquilos. Porém, uma vez descoberta a nulidade, recorremos à autoridade eclesiástica para que possamos obter uma declaração pública, porque perante a sociedade eclesial aquelas pessoas aparecem como casadas, mas na realidade não o estão. E, para que possam realizar uma nova união, não só válida perante suas consciências, mas também perante a Igreja, na qual vivem e na qual fazem parte, é preciso um ato da autoridade pública eclesiástica, que declare a nulidade existente.

É por isso que dizíamos que não é possível anular um matrimônio, mas que às vezes, se pode e se deve declará-lo nulo.



Fim

📺️(630)_ALIMENTOS SABOROSOS QUE AJUDAM A PERDER [Saúde] (por Betty Jo Schuler)


 



ALIMENTOS SABOROSOS QUE AJUDAM A PERDER PESO

( Já vai longe o tempo em que saúde e sabor viviam separados | Por BETTY JO SCHULER )


Fonte: Revista SELEÇÕES - Setembro I 1998 | Site: https://www.selecoes.com.br



QUANDO VOCÊ FAZ dieta, os alimentos ingeridos devem atender às necessidades nutricionais, manter a energia e agradar ao paladar. Nutricionistas recomendam que a dieta contenha pelo menos 55% de carboidratos – frutas, legumes, cereais, amido – e no máximo 15% de proteínas e 30% de gordura. Mantido esse equilíbrio, a dieta não parecerá privação.

A questão é: O QUE COMER? Certamente mais do que talos de aipo. Na verdade, deixar de lado alimentos que se adora pode levar ao efeito "sanfona".

"Concentrar-se nos alimentos que você odeia leva a dieta ao fracasso", afirma Karen Miller-Kovach, gerente-geral de desenvolvimento de programa do Vigilantes do Peso Internacional.

Em vez disso, pense na dieta em termos do que você gosta em porções moderadas, claro.

Eis algumas surpreendentes e saborosas opções que podem ajudá-lo a perder peso.

BANANA.
Como outros alimentos ricos em potássio, ajuda a diminuir a pressão sangüínea. Com 108 calorias e menos de um grama de gordura, satisfaz a necessidade de doces.

CANTALUPO.
Uma xícara (em cubos) tem mais betacaroteno e vitamina C do que meia xícara de suco de laranja. Possui somente 60 calorias e menos de um grama de gordura.

FRANGO.
Assado, grelhado ou cozido no microondas, meio peito de frango sem pele tem 142 calorias, 3 gramas de gordura e muita proteína.

CONDIMENTOS.
Mostarda picante e raiz-forte dão sabor sem remorso. Molhos sem gordura acrescentam vida a legumes, batata assada, peixe e omeletes. Duas colheres de sopa têm apenas sete calorias.

BISCOITOS DA SORTE.
Se você "precisa" de sobremesa, mas não de calorias e gorduras extras, coma um ou dois após a refeição. Cada biscoito tem 30 calorias e nenhuma gordura.

BLOODY MARY SEM ÁLCOOL.
Coquetel de suco de tomate temperado com um galho de aipo, a bebida contém 35 calorias, sem gordura, além de uma dose generosa de betacaroteno.

MASSA.
Ganhe carboidratos, pouca gordura e uma dose de proteína. Uma xícara (cozida) tem cerca de 186 calorias e menos de um grama de gordura. Prefira a massa integral – que tem mais fibra – e molhos de pouca gordura, como o marinara.

PÊRA.
Coma pêra fresca com casca ou cozida no vinho uma sobremesa simples, deliciosa. Uma pêra média tem 98 calorias e menos de um grama de gordura.

PÃO ARABE.
O integral com cerca de 18 centímetros de diâmetro tem 170 calorias, um grama de gordura e quatro gramas de fibra. Recheie com legumes, peru, frango ou atum.


 MORANGO E CREME - sabor, fibra, vitamina C e potássio. Também é permitido com calda de chocolate.

ROSCAS (PRETZELS).
Prazer e sabor com pouca gordura. Experimente as versões sem sal para evitar retenção de água. Trinta gramas (cinco unidades de tamanho médio) têm cerca de 108 calorias.

CAMARÃO.
Tem mais colesterol do que a maioria dos frutos do mar, porém é pobre em gordura saturada e contém ácidos graxos ômega-3, bons para o coração. Cozido ou grelhado, há só 84 calorias e um grama de gordura em 85 gramas de camarão.

MORANGOS.
Encontre sabor, fibra, potássio e 140% da quantidade diária recomendada de vitamina C numa xícara de morangos frescos, com apenas 43 calorias e menos de um grama de gordura. Sugestão sem culpa: mergulhe um grande em calda de chocolate (18 calorias, menos de um grama de gordura).

SOPA DE TOMATE.
Comece a refeição com um prato pequeno de 85 calorias (concentrada, feita com água) para saciar o apetite. Cada prato tem cerca de dois gramas de gordura.

ATUM.
Um pedaço de atum de 100 gramas tem 116 calorias, menos de um grama de gordura e 25 gramas de proteína. 


 PEITO DE PERU.
Assado sem pele, tem só 135 calorias e menos de um grama de gordura em 100 gramas, além de ferro, zinco e vitamina B-12.

CREME.
Sério! Você se delicia com um jato sobre gelatina e pudim dietéticos. Por apenas oito calorias e um grama de gordura em cada colher de sopa, você pode se dar a esse luxo.


©1995, BETTY JO SCHULER. WOMAN'S DAY (21 DE FEVEREIRO DE 1995), 1633 BROADWAY, NOVA YORK, N.Y. 10019



Fim

📺️🔉️(629)_CIDADES QUE CONTAM HISTÓRIAS [Antiguidades} (por Kilck Editora)


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CIDADES QUE CONTAM HISTÓRIAS

( Todos os lugares têm uma história, não é? Mas somente algumas cidades são chamadas de históricas. Por que será? Geralmente são locais que foram cenário de fatos importantes para a história do Brasil ou do mundo e mantiveram muitas construções da época desses acontecimentos. Que tal conhecer a história de algumas dessas cidades brasileiras? )


Fonte: Revista Semanal da Lição de Casa 2000. Kilck Editora, São Paulo SP, nº 27, 2000. p. 10-13.



VOCÊ SABIA?

Em Ouro Preto, as casas construídas nas primeiras décadas do século XVIII eram geminadas, isto é, tinham parede contra parede. Isso por que as pessoas tinham receio das freqüentes "correntes de ar" da cidade montanhosa, consideradas um perigo para a saúde.

PEDRINHAS ESCURAS

A história de OURO PRETO, também em Minas Gerais, começou por volta de 1690, quando um mulato que acompanhava uma bandeira expedição que buscava ouro e pedras preciosas desceu ao Ribeirão do Tripuí para beber água. Ele encontrou, nesse lugar, algumas pedrinhas negras e duras. Pouco depois, descobriu-se que as tais pedrinhas eram ouro. Daí veio o nome da cidade, que primeiro se chamou Vila Rica. A notícia da descoberta do ouro fez o povoado crescer de forma rápida e desordenada, sempre às margens dos ribeirões, onde estavam as minas. A produção manteve-se alta até 1750, quando as minas começaram a se esgotar.

NA TRILHA DOS DIAMANTES
Em 1702, correu a notícia da descoberta de ouro na região de Ivituruí "montanhas frias", conhecida pelos aventureiros como Serra Fria. Esse foi o ponto de partida para a fundação do Arraial do Tejuco, atual DIAMANTINA, no Estado de Minas Gerais, em 1713. Os diamantes surgiram por volta de 1720. Diz a lenda que eles eram tão comuns que, até meados do século XVIII, eram usados para marcar pontos nos jogos de cartas. Os moradores não sabiam o quanto valiam aquelas pedrinhas. Ao saber da novidade, a Coroa portuguesa assumiu o controle total sobre as minas. Ainda assim, a riqueza gerada pela exploração dos diamantes permitiu o desenvolvimento da elite mais requintada da Colônia. Até hoje, música, teatro e artes fazem parte do dia-a-dia da cidade.


AMOR E RIQUEZA

DIAMANTINA - transformada em cidade em 1835 - também ficou famosa como a cidade de Xica da Silva, a ex-escrava que encantou o contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira, um dos homens mais importantes na época. Xica recebeu privilégios e honras dignas de uma dama dos tempos da Colônia, impensáveis de serem concedidos a uma ex-escrava, se não fosse por um grande amor.


A PRIMEIRA CAPITAL

SALVADOR, na Bahia, fundada em 1549, foi a primeira capital do Brasil, título que manteve até 1763. Durante esse tempo, a cidade passou por muitas transformações políticas, econômicas e sociais. Foi uma grande produtora de açúcar e de cultura. Em 1624, os holandeses atacaram a cidade, que ficou sob seu domínio durante onze meses. Assim como em Olinda, depois que os portugueses expulsaram os invasores, a cidade foi restaurada. A partir de 1640, Salvador voltou a prosperar. A produção de açúcar em larga escala, que enriqueceu senhores de engenho e comerciantes, exigiu a utilização de muita mão-de-obra escrava. Daí a presença marcante do negro na vida cultural da cidade.

No início do século XVIII, Salvador tinha trinta mil habitantes e só perdia em importância para Lisboa, a capital do Império Português. Em meados do século XVIII, no entanto, a situação mudou. O crescimento de outras cidades ao sul, a decadência do açúcar e a descoberta de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais levaram à transferência da capital para o Rio de Janeiro. Ainda assim, Salvador é uma das mais importantes e belas cidades do Nordeste, encantando com sua história, arquitetura, religiosidade, música e magia.


UM NOME E SUAS LENDAS

Existem outras versões para o nome "Olinda". Há quem diga que era o mesmo nome de uma QUINTA em Portugal [Nota: Quinta é como é frequentemente chamada uma propriedade rural de grandes dimensões em Portugal]. Contam também que seria uma homenagem à bela dama da novela Amadis de Gaula, que narrava as aventuras de cavaleiros medievais e estava em moda em Portugal no início do século XVI.

PATRIMÔNIOS DA HUMANIDADE

No Brasil, Ouro Preto; Brasília; os centros históricos de Diamantina, Olinda, Salvador e São Luís (MA); as ruínas de São Miguel das Missões (RS); o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos (MG); e o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI) são considerados patrimônio da humanidade por seu valor histórico.

O Parque Nacional do Iguaçu (PR), as reservas da Mata Atlântica do Sudeste e da Costa do Descobrimento (BA) também receberam o título da Unesco devido à sua riqueza natural.

LINDA E COBIÇADA

A bela OLINDA, fundada em 1534, foi a primeira capital da Capitania de Pernambuco "buraco no mar” ou “mar que se arrebenta”, na língua tupi. Diz a lenda que o nome da cidade deve-se a um comentário de Duarte Coelho, o donatário da capitania. Ao vê-la, ele não se conteve e exclamou: "Oh! Linda situação para se construir uma vila”. O açúcar, chamado de ouro branco, foi a maior riqueza do Brasil durante os séculos XVI e XVII, e Pernambuco, seu maior produtor. Olinda cresceu e prosperou graças ao cultivo da cana-de-açúcar e tornou-se um dos principais centros econômicos e culturais no início da Colônia.

A riqueza gerada pelo açúcar também despertou a cobiça de estrangeiros, principalmente holandeses, que ocuparam a cidade a partir de 1630. Os 24 anos de permanência dos holandeses em Pernambuco foram marcados por lutas e desentendimentos - Olinda foi até incendiada -, mas também foi uma época de desenvolvimento cultural. Isso aconteceu durante o governo de Maurício de Nassau, que levou para lá cientistas e artistas holandeses, como os pintores Albert Eckhout e Frans Post, a quem devemos as primeiras imagens sobre o Brasil, como engenhos de açúcar, paisagens, tipos físicos, plantas e animais típicos. Com a expulsão dos holandeses, em 1654, Olinda foi sendo reconstruída aos poucos. Tornou-se cidade em 1676 e permaneceu como capital de Pernambuco até 1827.

FIQUE LIGADO!

Quando uma cidade brasileira é considerada histórica, ela é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com o objetivo de preservar seus monumentos históricos. Quando a importância da cidade ultrapassa as fronteiras do país, ela recebe o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).


Fim

📺️(628)_UM CONTO É UMA NARRATIVA [Documentário] (por Wikipédia)


 



UM CONTO É UMA NARRATIVA

( Um conto é uma narrativa que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e um enredo. Segundo Eça de Queiroz “No conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida”.
Os maiores contistas brasileiros são: Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Luis Fernando Verissimo, Monteiro Lobato, entre outros.
)


Fonte: Wikipédia - página: CONTO | Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conto



TERMINOLOGIA

De acordo com Anatol Rosenfeld, no Brasil, costuma-se chamar de conto "todas as formas prosaicas curtas do gênero épico", por oposição à novela e ao romance - os quais, em inglês, são chamados de novella e novel, respectivamente.

O mesmo autor afirma que, em outros países, o conto pode corresponder a várias outras formas, segundo a distinção feita por alemães:

a Erzählung (narrativa, tale em inglês), que, não dependendo de um "acontecimento central", é uma forma mais livre e mais rica de fabulação e fantasia do que a novela, mas de menos densidade e rigor arquitetônico que as short stories; ex., As Mil e Uma Noites, Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer;

a Kurzgeschichte (short story em inglês), caracterizada pelo rigor de sua construção e a "unidade de efeito"; ex., contos de Edgar Allan Poe (no entanto, este autor ainda usava o termo tale, mais antigo, em vez de short story), Jack London, Mark Twain, Hemingway, Faulkner, Fitzgerald; alguns autores, como J. Klein, chegam a considerar a Kurzgeschichte como uma forma derivada da novela alemã (representada, em especial, por E. T. A. Hoffmann);

a Novellette;

a Kalendargeschichte (história de folhinha), forma curta, singela, de caráter didático, escrita para folhinhas populares; ex., contos de J. P. Hebel, Bertolt Brecht;

a Anekdote (anedota); ex., contos de H. Kleist;

a Skizze (esboço, sketch em inglês), que apresenta geralmente uma cena impressionista, sem nítida linha narrativa, mas com "atmosfera";

outros tipos distinguidos principalmente pelo tema, como o conto de fadas.

CARACTERÍSTICAS

O conto necessita de tensão, ritmo, o imprevisto dentro dos parâmetros previstos, unidade, compactação, concisão, conflito, início, meio e fim.

O passado e o futuro têm significado menor. O "flashback" pode acontecer, mas só se absolutamente necessário, mesmo assim da forma mais curta possível. O conto é um gênero literário que apresenta uma grande flexibilidade, podendo se aproximar da poesia e da crônica. Os historiadores afirmam que os ancestrais do conto são mitos e lendas.

Em termos de forma, o conto possui expressão ou linguagem mais os elementos concretos e estruturados, como as palavras e as frases. Seu conteúdo é imaterial (fixado e carregado pela forma); são as personagens, suas ações, a história (ver Céu, inferno, de Alfredo Bosi).[carece de fontes]

FINAL ENIGMÁTICO

O final enigmático prevaleceu até Maupassant (fim do século XIX) e era muito importante, pois trazia o desenlace surpreendente (o fechamento com "chave de ouro", como se dizia). Nos dias de hoje tem muita importância para o público mas alguns críticos e escritores acham-no perfeitamente dispensável, sinônimo de anacronismo. Mesmo assim não há como negar que o final no conto é sempre mais carregado de tensão do que no romance ou na novela e que um bom final é fundamental no gênero. "Eu diria que o que opera no conto desde o começo é a noção de fim. Tudo chama, tudo convoca a um "final" (Antonio Skármeta, Assim se escreve um conto). Entretanto este estilo de conto com chave de ouro não está morto. Influenciado entre outros por Maupassant e Machado de Assis, o mineiro Ricardo da Mata retorna à tradição dos contos com enredo com o surpreendente volume O mundo lá fora (Agbook, 2014).

Neste gênero, como afirmou Tchecov, é melhor não dizer o suficiente do que dizer demais. Para não dizer demais é melhor, então, "sugerir" como se tivesse de haver um certo "silêncio" entremeando o texto, sustentando a intriga, mantendo a tensão. Não é o que acontece no conto "A missa do galo", de Machado de Assis? Especialmente nos diálogos; não exatamente pelo que estes dizem, mas pelo que deixam de dizer. Ricardo Piglia, comentando alguns contos de Hemingway (1898-1961), diz que o mais importante nunca se conta: "O conto se constrói para fazer aparecer artificialmente algo que estava oculto. Reproduz a busca sempre renovada de uma experiência única que nos permite ver, sob a superfície opaca da vida, uma verdade secreta" (O laboratório do escritor). Piglia diz que conta uma história como se tivesse contando outra. Como se o escritor estivesse narrando uma história "visível", disfarçando, escondendo uma história secreta. "Narrar é como jogar pôquer: todo segredo consiste em fingir que se mente quando se está dizendo a verdade." (Prisão perpétua). É como se o contista pegasse na mão do leitor é desse a entender que o levaria para um lugar, mas, no fim, leva-o para outro. Talvez por isso, D.H. Lawrence tenha dito que o leitor deve confiar no conto, não no contista. O contista é o terrorista que se finge de diplomata, como diz Alfredo Bosi sobre Machado de Assis.

Segundo Cristina Peri Rossi, o escritor contemporâneo de contos não narra somente pelo prazer de encadear fatos de uma maneira mais ou menos casual, senão para revelar o que há por trás deles (citada por Mempo Giardinelli, op. cit). Desse ponto de vista a surpresa se produz quando, no fim, a história secreta vem à superfície.

No conto a trama é linear, objetiva, pois o conto, ao começar, já está quase no fim e é preciso que o leitor "veja" claramente os acontecimentos. Se no romance o espaço/tempo é móvel, no conto a linearidade é a sua forma narrativa por excelência. "A intriga completa consiste na passagem de um equilíbrio a outro. A narrativa ideal, a meu ver, começa por uma situação estável que será perturbada por alguma força, resultando num desequilíbrio. Aí entra em ação outra força, inversa, restabelecendo o equilíbrio; sendo este equilíbrio parecido com o primeiro, mas nunca idêntico." (Gom Jabbar em Hardcore, baseado em Tzvetan Todorov).

Em outras palavras: no geral o conto "se apresenta" com "uma ordem". O conflito traz uma "desordem" e a solução desse conflito (favorável ou não) faz retornar à "ordem" – agora com ganhos e perdas, portanto essa ordem difere da primeira. "O conto é um problema e uma solução", diz Enrique Aderson Imbert.

DIÁLOGOS

Os diálogos são de suma importância; sem eles não há discórdia, conflito, fundamentais ao gênero. A melhor forma de se informar é através dos diálogos; mesmo no conto em que o ingrediente narrativo seja importante. "A função do diálogo é expor." (Henry James, 1843-1916).

Em alguns escritores o diálogo é uma ferramenta absolutamente indispensável. Caio Porfírio Carneiro, por exemplo, chega ao ponto de escrever contos compostos apenas por diálogos, sem que, em nenhum instante, apareça um narrador. Considerado mestre e maior escritor brasileiro na arte de escrever diálogos é Luiz Vilela, autor inclusive de um romance, Entre amigos, de 1984, escrito somente com diálogos, sem presença de narrador, didascálias ou verbos dicendi. Outro exemplo são as 172 páginas de Trapiá, um clássico da década de 1960 de Caio Porfírio Carneiro, na qual há apenas seis páginas sem diálogos.

Vejamos os tipos de diálogos:

DIRETO: (discurso direto) as personagens conversam entre si; usam-se os travessões. Além de ser o mais conhecido é, também, predominante no conto;

INDIRETO: (discurso indireto) quando o escritor resume a fala da personagem em forma narrativa, sem destacá-la. Vamos dizer que a personagem conta como aconteceu o diálogo, quase que reproduzindo-o. Essas duas primeiras formas podem ser observadas no conto "A Missa do Galo", Machado de Assis;

INDIRETO LIVRE (discurso indireto livre) é a fusão entre autor e personagem (primeira e terceira pessoa da narrativa); o narrador narra, mas no meio da narrativa surgem diálogos indiretos da personagem como que complementando o que disse o narrador. Veja-se o caso de "Vidas secas": em certas passagens não sabemos exatamente quem fala – é o narrador (terceira pessoa) ou a consciência de Fabiano (primeira pessoa)? Este tipo de discurso permite expor os pensamentos da personagem sem que o narrador perca seu poder de mediador.

Monólogo interior (ou fluxo de consciência) é o que se passa "dentro" do mundo psíquico da personagem; "falando" consigo mesma; veja algumas passagens de Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector. O livro A canção dos loureiros (1887), de Édouard Dujardin é o precursor moderno deste tipo de discurso da personagem. O Lazarillo de Tormes, de autor desconhecido, é considerado o verdadeiro precursor deste tipo de discurso. Em "Ulisses", Joyce (inspirado em Dujardin) radicalizou no monólogo interior que também pode ser usado a (biografia de um autor de livros e etc).

FOCOS NARRATIVOS

PRIMEIRA PESSOA: Personagem principal conta sua história; este narrador limita-se ao saber de si próprio, fala de sua própria vivência. Esta é uma narrativa típica do romance epistolar (século XVIII).

TERCEIRA PESSOA: O texto é narrado em 3ª pessoa e neste caso podemos ter: 

a) NARRADOR OBSERVADOR: o narrador limita-se a descrever o que está acontecendo, "falando" do exterior, não nos colocando dentro da cabeça da personagem; assim não sabemos suas emoções, ideias, pensamentos; o narrador apenas descreve o que vê, no mais, especula; 

b) NARRADOR ONISCIENTE: conta a história; o narrador tudo sabe sobre a vida das personagens, sobre seus destinos, ideias, pensamentos; como se narrasse de dentro da cabeça delas.

Extensão

Segundo outras definições, o conto não deve ocupar mais de 7 500 palavras. Actualmente entende-se que pode variar entre um mínimo de 1 000 e um máximo de 20 000 palavras. Mas toda e qualquer limitação de um mínimo ou máximo de palavras é descartada e ignorada por escritores e leitores.

O romance "Vidas secas" (de Graciliano Ramos), "A festa" (de Ivan Ângelo) e alguns romances de Bernardo Guimarães (1825-1884) e Autran Dourado, podem ser lidos como uma série de contos. Também "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Quincas Borba" (de Machado de Assis), "O Processo" (de Franz Kafka), são constituídos por pequenos contos. São os chamados "romances desmontáveis".

Assis Brasil vai mais longe ao afirmar que "Grande Sertão: veredas" (de Guimarães Rosa), é um conto alongado, pois o escritor tê-lo-ia como narrativa curta. O "Grande Sertão", como sabemos, tem mais de 500 páginas. Todas essas colocações demonstram como é difícil definir o conto; mesmo assim, quem o conhece, não o confunde com outro género.

HISTÓRIA

Há várias "fases" do conto. Tais fases nada têm a ver com aquelas estudadas por Vladimir Propp no livro "A morfologia do conto maravilhoso", no qual, para descrever o conto, Propp o "desmonta" e o "classifica" em unidades estruturais – constantes, variantes, sistemas, fontes, funções, assuntos, etc.. Além disso, ele fala de uma "primeira fase" (religiosa) e uma "segunda fase" (da história do conto). Aqui, quando falamos em fases, temos a intenção de apenas darmos um "passeio" pela linha evolutiva do género.

FASE ORAL

 Logicamente a primeira fase é a "oral", cujo início não é possível precisar: o conto origina-se num tempo em que nem sequer existia a escrita; as histórias eram narradas oralmente ao redor das fogueiras das habitações dos povos primitivos – geralmente à noite. Por isso o suspense, o fantástico, que o caracterizou.

FASE ESCRITA

 A primeira fase escrita é provavelmente aquela em que os egípcios registraram O livro do mágico (cerca de 4 000 a.C.). Daí vamos passando pela Bíblia – veja-se como a história de Caim e Abel (2 000 a.C.) tem a precisa estrutura de um conto. O antigo e novo testamento trazem muitas outras histórias com a estrutura do conto, como os episódios de José e seus irmãos, de Sansão, de Ruth, de Susana, de Judith, Salomé; as parábolas: o Bom Samaritano, o Filho Pródigo, a Figueira Estéril, a do Semeador, entre outras.

No século VI a.C. temos a Ilíada e a Odisseia, de Homero e na literatura Hindu há o Pantchatantra (século II a.C.?). De um modo geral, Luciano de Samósata (125-192) é considerado o primeiro grande nome da história do conto. Ele escreveu "O cínico", "O asno" etc. Da mesma época é Lucio Apuleyo (125-180), que escreveu "O asno de ouro". Outro nome importante é o de Caio Petrónio (século I), autor de Satiricon, livro que continua sendo reeditado até hoje. As "Mil e uma Noites" aparecem na Pérsia no século X da era cristã.

A segunda fase escrita começa por volta do século XIV, quando registam-se as primeiras preocupações estéticas. Giovanni Boccaccio (1313-1375) aparece com seu Decameron, que se tornou um clássico e lançou as bases do conto tal como o conhecemos hoje, além de ter influenciado, Charles Perrault, La Fontaine, entre outros. Miguel de Cervantes (1547-1616) escreve as "Novelas Exemplares". Francisco Gómez de Quevedo y Villegas (1580-1645) traz "Os sonhos", satirizando a sociedade da época. Os "Contos da Cantuária", de Chaucer (1340?-1400) são publicados por volta de 1700. Perrault (1628-1703) publica "O barba azul", "O gato de botas", "Cinderela", "O soldadinho de chumbo" etc. Jean de La Fontaine (1621-1695) é o contador de fábulas por excelência: "A cigarra e a formiga", "A tartaruga e a lebre", "Aquelas Bolas Cabeludas", "A raposa e as uvas" etc. Os irmãos Grimm são considerados as maiores influências nos contos

No século XVIII o mestre foi Voltaire (1694-1778). Ele escreveu obras importantes como Zadig e Cândido, ou O Otimismo.

Chegando ao século XIX o conto "descola" através da imprensa escrita, toma força e se moderniza. Washington Irving (1783-1859) é o primeiro contista norte-americano de importância. Os irmãos Grimm (Jacob, 1785-1863 e Wilhelm, 1786-1859) publicam "Branca de Neve", "Rapunzel", "O Gato de Botas", "A Bela Adormecida", "O Pequeno Polegar", "Chapeuzinho Vermelho" etc. Os Grimm recontam contos que já haviam sido contados por Perrault, por exemplo. Eles foram tão importantes para o gênero que André Jolles diz que "o conto só adotou verdadeiramente o sentido de forma literária determinada, no momento em que os irmãos Grimm deram a uma coletânea de narrativas o título de Contos para crianças e famílias", ("O conto" em formas simples).

O século XIX foi pródigo em mestres: Nathaniel Hawthorne (1804-1864), Edgar Allan Poe (1809-1849), Maupassant (1850-1893), Flaubert (1821-1880), Leo Tolstoy (1828-1910), Mary Shelley (1797–1851), Anton Tchekhov (1860-1904), Machado de Assis (1839-1908), Conan Doyle (1859-1930), Balzac, Stendhal, Eça de Queirós, Aluízio Azevedo.

Não podemos esquecer de nomes como: Hoffman (um dos pais do conto fantástico, que viria influenciar Edgar Allan Poe, Machado de Assis, Álvares de Azevedo e outros), Sade, Adalbert von Chamisso, Nerval, Gogol, Dickens, Turguenev, Stevenson, Kipling, Ambrose Bierce entre outros.

REPRESENTANTES

Neste século podemos incluir entre os grandes: O. Henry, Anatole France, Virginia Woolf, Katherine Mansfield, Franz Kafka, James Joyce, William Faulkner, Ernest Hemingway, Máximo Gorki, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Aníbal Machado, Alcântara Machado, Guimarães Rosa,Isaac Bashevis Singer, Nelson Rodrigues, Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, Osman Lins, Clarice Lispector, Jorge Luís Borges, Lima Barreto, Raymond Carver, Flannery O'Connor e Kjeel Askindsen.

Outros nomes importantes do conto no Brasil: Julieta Godoy Ladeira, Otto Lara Resende, Manoel Lobato, Sérgio Sant’Anna, Moreira Campos, Ricardo Ramos, Edilberto Coutinho, Breno Accioly, Murilo Rubião, Moacyr Scliar, Péricles Prade, Guido Wilmar Sassi, Samuel Rawet, Domingos Pellegrini Jr, José J. Veiga, Luiz Vilela, Sergio Faraco, Victor Giudice, Lygia Fagundes Telles e Miguel Sanches Neto, entre outros. Em Portugal destacam-se, entre outros, Alexandre Herculano e Eça de Queirós.

Para um escritor que faz da sua escrita, arte, a trama/o enredo não têm muita importância; o que mais importa é como (forma) contar e não o que (conteúdo) contar. Borges dizia que contamos sempre a mesma fábula. Julio Cortázar (1914-1984) diz que não há temas bons nem temas ruins; há somente um tratamento bom ou ruim para determinado tema. ("Alguns aspectos do conto", in Valise de cronópio). Claro que há que ter cuidado com o excesso de formalismos para não virar personagem daquela piada: um escritor passou a vida toda trabalhando as formas para criar um estilo perfeito para impressionar o mundo; quando conseguiu alcançá-lo, descobriu que não tinha nada para dizer com ele.

A tendência contemporânea deste início de século XXI é o micro-conto, uma espécie de haiku de cunho narrativo, que tem se definido, o mais das vezes, mas não necessariamente, pela extensão de um tweet. Além do twitter e do facebook, outras redes sociais tem sido midia para a publicação de microcontos, além dos blogues e da plataforma tradicional dos livros. O microconto mais famoso é de Augusto Monterroso, autor guatemalteco, e seu título é "O dinossauro". No Brasil, cultivam com destaque este subgênero autores como Dalton Trevisan, Millôr Fernandes, Daniel Galera, Samir Mesquita e Rauer (nome pelo qual assina suas publicações no twitter o escritor mineiro Rauer Ribeiro Rodrigues).

CONTISTAS FAMOSOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Artur de Azevedo, entre outros que destacam-se no panorama brasileiro do conto, abrindo espaço para contistas como Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Ruth Rocha, Lima Barreto, Otto Lara Resende, Lygia Fagundes Telles, José J. Veiga, Dalton Trevisan e Rubem Fonseca.

Eça de Queirós, mais conhecido como romancista, é referência em Portugal por seus contos reunidos para publicação em 1902, dois anos após seu falecimento, bem como Branquinho da Fonseca, cuja obra inclui diversas antologias de contos. Alexandre Herculano, Miguel Torga e Mário-Henrique Leiria são outros dois nomes a mencionar.

Em Moçambique, o conto é um género próspero, como se pode ver pela obra de Mia Couto e pela antologia de Nelson Saúte, "As Mãos dos Pretos". Suleiman Cassamo também é de mencionar.

A figura contista encontra-se perdida na actualidade, em face da valorização do romance em oposição à prosa curta e à poesia enquanto géneros literários. Um dos poucos redutos em que sobrevive e, mais do que isso, impera, é a ficção científica, suportado pelas grandes e importantes contribuições de contistas modernos.

INFLUÊNCIA

Está evidente a identificação do conto com a "falta" de tempo dos habitantes dos grandes centros urbanos, com a industrialização. Afinal, foi graças à imprensa escrita, que o gênero se popularizou no Brasil, no século XIX: os grandes jornais sempre davam espaço ao conto. Antônio Hohlfeldt em "Conto brasileiro contemporâneo" ressalta: "pode-se verificar que, na evolução do conto, há uma relação entre a revolução tecnológica e a técnica do conto".

Na introdução de Maravilhas do conto universal, Edgard Cavalheiro diz: "A autonomia do conto, seu êxito social, o experimentalismo exercido sobre ele, deram ao gênero grande realce na literatura, destaque esse favorecido pela facilidade de circulação em diferentes órgãos da imprensa periódica. Creio que o sucesso do conto nos últimos tempos (anos 1960 e 70) deve ser atribuído, em parte, à expansão da imprensa".

Além de criar o mercado de consumo e a necessidade de alfabetização em massa, a industrialização também criou a necessidade de informações sintéticas. No século passado essas informações vinham do jornalismo e do livro; neste século vêm do cinema, rádio e televisão. Assim, no seu início, o conto pegou uma carona na imprensa escrita; agora não tem mais esse espaço. Será que o conto se adaptará às novas tecnologias? TV, Internet etc? De qualquer forma, no Brasil, o conto surgiu mesmo foi através da imprensa em meados do século XIX. Por isso, naquela época, quase todos os contistas eram jornalistas. E não foi só no Brasil que isso ocorreu.

Essa tecnologia é, também, em parte, "culpada" pelo preconceito em relação ao género. "A linha normativa gera uma série de manuais que prescrevem como escrever contos. E a revista popular propicia uma comercialização gradativa do género. Tais fatos são tidos como responsáveis pela degradação técnica e pela formação de estereótipos de contos que, na era industrializada do capitalismo americano, passa a ser arte padronizada, impessoal, uniformizada, de produção veloz e barata. Tais preocupações provocam, por sua vez, um movimento de diferenciação entre o conto comercial e o conto literário. Daí talvez tenha surgido o preconceito contra o conto…" (Nádia Battella Gotlib, op. cit.).

Esse fenômeno também foi notado no Brasil no início dos anos 1970. As influências exercidas pela imprensa escrita, revistas, TVs, levaram o conto a um ponto de praticamente perder sua "identidade": sendo "quase tudo", passou a ser quase "nada".

Na década de 1920 temos os modernistas e o conto agora é essencialmente urbano/suburbano. Eles propuseram a renovação das formas, a ruptura com a linguagem tradicional, a renovação dos meios de expressão etc. Procura-se evitar rebuscamentos na linguagem, a narrativa é mais objectiva, a frase torna-se mais curta e a comunicação mais breve.

Nesta mesma linha, Poe, que também foi o primeiro teórico do género, diz: "Temos necessidade de uma literatura curta, concentrada, penetrante, concisa, ao invés de extensa, verbosa, pormenorizada… É um sinal dos tempos… A indicação de uma época na qual o homem é forçado a escolher o curto, o condensado, o resumido, em lugar do volumoso" (citado por Edgard Cavalheiro na introdução de Maravilhas do conto universal).

CRÍTICAS

Mesmo com tanta história para "contar", o conto continua sendo alvo de preconceitos, chegando ao ponto de algumas editoras terem como política não publicar o gênero. É uma questão de mercado? O conto não vende? E, se não vende, quais os motivos? Sua excessiva banalização através de revistas e jornais? Ou a falsa ideia de que seria uma literatura fácil, secundária, menor?

Veja o que pensa Mempo Giardinelli: "Sustento sempre que o conto é o género literário mais moderno e que maior vitalidade possui, pela simples razão que as pessoas jamais deixarão de contar o que se passa, nem de interessar-se pelo que lhes contam bem contado".

Já René Avilés Fabila, em Assim se escreve um conto, diz que "Comecei escrevendo contos, mas me vi forçado a mudar de rumo por pedidos de editores que queriam romances. Mas, cada vez que me vejo livre dessas pressões editoriais, volto ao conto… porque, em literatura, o que me deixa realmente satisfeito é escrever um conto".[carece de fontes]

Maupassant - que escreveu cerca de trezentos contos - dizia que escrever contos era mais difícil do que escrever romances. Machado de Assis, citado por Nádia Battella Gotlib, em Teoria do Conto, também não achava fácil escrever contos: "É género difícil, a despeito de sua aparente facilidade", assim como Faulkner: "quando seriamente explorada, a história curta é a mais difícil e a mais disciplinada forma de escrever prosa… Num romance, pode o escritor ser mais descuidado e deixar escórias e superfluidades, que seriam descartáveis. Mas num conto… quase todas as palavras devem estar em seus lugares exactos", (citado por R. Magalhães Júnior em A arte do conto).

O escritor gaúcho Moacyr Scliar, mais conhecido como romancista do que como contista, revela sua preferência pelo conto: "Eu valorizo mais o conto como forma literária. Em termos de criação, o conto exige muito mais do que o romance… Eu me lembro de vários romances em que pulei pedaços, trechos muito chatos. Já o conto não tem meio termo, ou é bom ou é ruim. É um desafio fantástico. As limitações do conto estão associadas ao fato de ser um género curto, que as pessoas ligam a uma ideia de facilidade; é por isso que todo escritor começa contista" (In Folha de S. Paulo, 4 fev. 1996, p. 5-11).

"Penso que, não por casualidade, a nossa época (anos 1980) é a época do conto, do romance breve", diz Italo Calvino (1923-1985) em Por que ler os clássicos. Num artigo sobre Borges (1899-1986), Calvino disse que lendo Borges veio-lhe muitas vezes a tentação de formular uma poética do escrever breve, louvando suas vantagens em relação ao escrever longo. "A última grande invenção de um género literário a que assistimos foi levada a efeito por um mestre da escrita breve, Jorge Luis Borges, que se inventou a si mesmo como narrador, um ovo de Colombo que lhe permitiu superar o bloqueio que lhe impedia, por volta dos 40 anos, passar da prosa ensaística à prosa narrativa." (Italo Calvino, Seis propostas para o próximo milênio). "No decurso de uma vida devotada principalmente aos livros, tenho lido poucos romances e, na maioria dos casos, apenas o senso do dever me deu forças para abrir caminho até a última página. Ao mesmo tempo, sempre fui um leitor e releitor de contos… A impressão de que grandes romances como Dom Quixote e Huckleberry Finn são virtualmente amorfos, serviu para reforçar meu gosto pela forma do conto, cujos elementos indispensáveis são economia e um começo, meio e fim claramente determinados. Como escritor, todavia, pensei durante anos que o conto estava acima de meus poderes e foi só depois de uma longa e indireta série de tímidas experiências narrativas que tomei assento para escrever estórias propriamente ditas." (Jorge Luis Borges, Elogio da sombra/Perfis - Um ensaio autobiográfico).



Referências

ROSENFELD, Anatol. "A Manobra". O Estado de S. Paulo, 29 out. 1960. link. Republicado em Letras Germânicas. S. Paulo: Perspectiva, 1993, pp. 315-321. 

 KLEIN, Johannes. Geschichte der deutschen Novelle. Wiesbaden, 1956. 

 BOSI, Alfredo (1999). Machado de Assis – o enigma do olhar. São Paulo: Ática.



Fim