🔉️(649)_XERETANDO AQUI E ACOLÁ [Diversos] (CES)


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 XERETANDO AQUI E ACOLÁ

Informação e diversão no seu rádio! 



Boa noite, queridos ouvintes. Obrigado pela sua audiência neste seu e nosso programa Xeretando Aqui e Acolá.

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Vamos começar o programa de hoje com uma notícia sobre as regras da língua portuguesa. As mudanças só vão acontecer porque 3 dos 8 membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPNP, ratificaram as regras gramaticais do documento proposto em 1990. Brasil e Cabo Verde já haviam assinado o acordo e esperavam a terceira adesão, que veio no final do ano passado, em novembro, por São Tomé e Príncipe.

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E agora, é hora da nossa primeira piada do nosso programa Xeretando Aqui e Acolá. Aquele tenente bonitão chega para uma prostituta, num beco escuro e pergunta: A senhora aceita a minha companhia? Com todo prazer. São 100 reais. Então ele vira-se e ordena: Companhia, Ordinário, Marche. 

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Quando a gente ama alguém de verdade, esse amor não se esquece. 

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E agora chegou o momento do nosso espaço da saúde Se você tiver alguma pergunta, é só fazer. Ligue e deixe a sua pergunta que nós responderemos nos nossos próximos programas. 

A nossa primeira pergunta de hoje é de Marli dos Santos. Ela perguntou: Tenho pouco cabelo e ouvi dizer que isso é sinal de pouca dosagem hormonal. Devo tomar injeções de hormônio? Querida ouvinte Marli, sua pergunta foi encaminhada para o doutor Alberto Krautamer. E ele respondeu o seguinte. Em primeiro lugar, é preciso saber por que você tem pouco cabelo. Isso pode acontecer por várias razões, como a hereditariedade, entre outras coisas. É provável que você sofra de deficiência hormonal porque esse distúrbio provoca outros sintomas, além da escassez de cabelo. Para resolver a questão, consulte seu médico a fim de ter o seu caso examinado em detalhes. Se for detectada deficiência hormonal, avalie a possibilidade de tomar injeções de hormônio. 

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Se a lenda dessa paixão...

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E agora vamos entrevistar nossa ouvinte Heloína. Onde você foi hoje? Fui no banheiro. Acordei bem cedo, e estava com dor de barriga. Caguei tanto e voltei para cama. Depois liguei para Deise que marcou comigo e furou. 

(Tosse) - É o quê? Que tosse é essa Carol? - Eu tô gripada, né meu pai.

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E agora, mais uma piadinha para você rir e se divertir. Rindo no velório. No meio da tristeza de um velório, a mulher olha para uma amiga e começa a rir. E, de repente a amiga, aflita pergunta: O que é isso? Estou rindo daquela coroa de flores em forma de coração em cima do caixão. Mas essa é uma homenagem dos amigos para o falecido. Ele era o melhor cardiologista da cidade. Pois então. É disso mesmo que eu estou rindo. Quero só ver como é que vai ser quando meu marido morrer. Ele é o melhor ginecologista da cidade.

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Você está ouvindo o programa Xeretando Aqui e Acolá. Vamos agora fazer um breve intervalo. Fique aí na sintonia. Logo retornaremos com outras informações para o seu entretenimento.


Fim



Fonte: CARLOS EDUARDO (Trecho-ensaio de um programa radiofônico feito em 1995, quando ainda não havia o Audacity e muito menos as atuais IA; mas ficou precioso porque o restante do programa nunca foi feito. E para este gastei mais de 3 horas pra produzir os 5 minutos!)


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🔉️(648)_O IMPACTO 2024 DA ELEIÇÃO DE TRUMP (USA) [Política] (Eduardo Bolsonaro)


O IMPACTO 2024 DA ELEIÇÃO DE TRUMP (USA)

(por Eduardo Bolsonaro)


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Pessoal, não deram nem dois dias da eleição do Trump, já tem muita coisa mudando. 

Então, trago aqui para vocês uma sequência de histórias do que já está trocando. Primeiro de tudo, 12 horas depois do anúncio da eleição do Trump, o Hamas já, em bom português, pediu arrego.


O Hamas pediu o fim imediato da guerra. Por quê? Porque todo mundo ali do Oriente Médio sabe que quem financia esses grupos é o Irã. Hamas, Hezbollah, vários outros grupos terroristas, é o Irã.


E o Irã tem como pauta de vida exterminar Israel. É por isso que muita gente fica por aí, a solução dos dois estados, a solução dos dois estados. A solução dos dois estados nunca vai adiante, porque Hamas nunca vai aceitar isso.


E outros grupos palestinos também jamais aceitariam. Eles querem, na verdade, aniquilar Israel. É por isso que eles ensinam seus filhos que a meta de vida é o quê? É matar um judeu. 

Quando o moleque faz 12, 13, 14 anos, às vezes até pega uma faca, vai para Israel, que Israel aceita receber pessoas da faixa de Gaza para trabalhar todos os dias, e comete atrocidades.


Então todo mundo sabe disso, inclusive os países árabes do Golfo, Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Bahrein, Emirados Árabes, todos eles sabem disso. É por isso que eles, inclusive, começam a dialogar com Israel.


Tem os acordos de Abraão, Bahrein, Emirados Árabes, principalmente, normalizaram as relações diplomáticas com Israel, abrindo embaixadas, visitas de altas autoridades. E o Hamas se preocupa por quê? Porque além dele não ter o suporte dos países árabes, os países árabes islâmicos, inclusive, ele sabe que o Trump bota para quebrar. O Trump é daquele time que adota a correta filosofia do "se vispaça em parabélo". "Se quer paz, se prepara para a guerra", que é a única metodologia eficazmente pacífica. Se você compare na Segunda Guerra Mundial, a Tchecoslováquia perdeu os sudeiros para o Hitler, e o primeiro-ministro, o Chamberlain, lá da Inglaterra, fez acordo com o Hitler, quando na verdade ele deveria, conforme os acordos da época, ele deveria ter ido defender a República Tcheca, a Tchecoslováquia naquele momento, os países ocidentais, da Europa Ocidental, e não fizeram. E aí um exemplo mais recente ainda, que agora todo mundo vai lembrar, anos 90, a Ucrânia se desfez das suas armas nucleares, fez um acordo com a Rússia.


Aí, qualquer problema, quem é que deveria ajudá-los? Franceses, ingleses, e esse pessoal, na hora que teve a crise lá com a invasão da Crimea, e depois a invasão da Rússia, no ano de 2022, esses países não tomaram partido, porque ninguém quer mandar os seus nacionais para uma guerra, ninguém quer fazer uma mãe de classe média chorar a morte do seu filho de 18 ou 19 anos. Isso é ruim, pega mal para o político, entendeu? Então, esse negócio de desarmamento é a maior balela que tem. Desarmamento não tem a ver inclusive sobre segurança, desarmamento é sobre controle social. Quando o povo está todo desarmado, ele fica de joelhos para o ditador. 

E aí, voltando para o Trump, o que o Trump fez no primeiro mandato dele? Ele aniquilou o ISIS, o Estado Islâmico. Você viu, reparou, que acabaram aqueles negócios de você ficar passando a faca em pescoço de refém, vestido de laranja, vocês lembram disso? Que era até, de certa maneira, comum esses vídeos, esses vídeos pararam, porque o Trump bombardeou geral, ele reduziu em 90% o território do Estado Islâmico, botou para quebrar, botou para quebrar.


E vagabundo só respeita o que teme, então vagabundo, respeita o Trump. Então, quando o Trump é eleito, o que a Hamas faz? Olha, licença, estou de alta, não quero mais brincar. Inclusive, existe a possibilidade dessa guerra ir até lá para o lado do Irã, porque o Irã tacou diretamente Israel, Israel está retaliando, então o patrão do Hamas, o patrão do Hezbollah está correndo risco.


Lembra que o Trump mandou uma bombinha e matou lá o Soleimani? É, o comandante lá, se não me engano, até Al-Quds, das forças Quds. E o Trump, na verdade, não precisa nem se meter na guerra, é só ficar na retaguarda, porque Israel já está prontinho para ir lá no Irã. E o Irã, não se esqueça, os grupos terroristas que eles financiam já bombardearam as refinarias da Saudita, em Abu Dhabi.


Então, aqueles países todos ali da região, tem como o Irã a principal prioridade, o principal perigo para a nação deles. Então, repara só que não é uma guerra religiosa. Você vai ver, talvez, assim como Emirados Árabes, que é um país islâmico, já enviou tropa para combater o também islâmico Talibã, não se engane achando que isso é uma guerra religiosa não.


Vamos para a próxima novidade que o Trump já trouxe. A China já fez uma declaração dizendo que espera uma coexistência pacífica com os Estados Unidos sobre o controle do Trump. O que é isso? Vai acabar, provavelmente, essa ondinha de ficar fazendo exercício militar em torno de Taiwan.


A China tem a política de um só país para querer anexar Taiwan para o lado da China e isso é crucial também para o comércio. Por quê? Porque Taiwan é o maior produtor de microcondutores. Os chips, esse tipo de tecnologia que vai hoje em dia até em carro, em celular, em geladeira, a internet das coisas, que a gente está vendo cada vez mais presente, cada vez mais tecnologia vindo.


Então, Taiwan é chave para o mundo e os Estados Unidos não vai querer ficar comendo na mão da China. Então, vai parar esse exercício militar da China ali no sul para cima de Taiwan. O Putin a mesma coisa, o Putin falou que está pronto para sentar na mesa para negociar com o Trump uma paz, um acordo envolvendo essa guerra da Ucrânia.


E aí a notícia de hoje, o Trump fez uma chamada junto com Zelensky e participou dela também o Elon Musk, que estava provendo a internet da Starlink para as zonas de guerra, ajudando os militares da Ucrânia. Então, aí tem outra mudança também que provavelmente vai trazer mais segurança e mais paz para o mundo. Agora, vindo para o Brasil, a coisa que já não estava boa, por quê? O mercado esperava que o Lula e o Haddad fizessem um anúncio de redução de gastos, porque eles estão gastando muito. 

O Lula já gastou mais do que a pandemia. Ele pega o nosso dinheiro, o meu dinheiro, o seu dinheiro dos impostos e já gastou mais do que o Bolsonaro durante a pandemia. Olha o nível da loucura.


Então, o mercado começou a exigir o quê? Que o governo reduza os seus custos, porque está aumentando muito imposto, as pessoas não estão conseguindo mais ter lucro, estão sendo jogadas para a ilegalidade e o governo gastando à torto e à direita. Então, o mercado esperava que após as eleições viesse um pacote de anúncio com redução de custos, mas não veio. O que o Haddad fez? Falou, eu vou viajar para a Suíça, meteu o pé para a Europa e depois a gente vê esse negócio de redução de custos.


É por isso que o dólar disparou e chegou a mais de 5,80, só que agora o sarrafo subiu um pouquinho mais. O dólar passou de 6, por quê? Porque com a eleição do Trump, ele tem uma pauta bem simples, que deveria ser a pauta de todo político, de atração de investimento, de geração de emprego, de consertar a economia e as doideiras que o Biden e o seu governo, inclusive junto a Kamala, fizeram. Eles são muito ideológicos, eles estavam indo para uma questão de transição energética, punindo o setor produtivo dos Estados Unidos e perdendo aquilo que Deus lhes deu.


O Trump diz, até ele fazendo uma brincadeira com o Bob Kennedy, ele fala, Bob, você vai cuidar da saúde, mas aí ele bate assim o pé no chão, quem vai cuidar do que está debaixo do solo aqui deixa comigo. O que ele está falando? Ele está falando que vai fazer bombar de novo o petróleo, o Texas é muito forte nessa pauta de recursos naturais em petróleo, a exploração toda, tem gás de xisto, tem muita coisa envolvida aí do fracking, então isso daí vai retornar a ser realidade nos Estados Unidos. E essa atividade energética, ela é uma das mais lucrativas do mundo, porque todo mundo precisa.


Como é que você vai fazer? Você vai ficar sem diesel, vai ficar sem gasolina, vai ficar sem plástico, vai ficar sem nada? Então, os Estados Unidos vão voltar a ter uma economia forte. O Trump fez isso, ele pegou várias empresas que antes estavam tudo abrindo lá para o lado da China e trouxe de volta para os Estados Unidos. Ele vai voltar com essa pauta.


E aí com os Estados Unidos com economia forte, o que acontece? O dólar americano se valoriza. E o real brasileiro que está cada vez mais indo ladeira abaixo vai piorar. Eu acho engraçado que teve muita gente aí, youtuber, até de direita, pessoas tidas como inteligentes, falam, não, o Paulo Guedes está exagerando, que maluquice, não.


Eu não compro esse barulho da direita brasileira, dos bolsonaristas, não é só porque é o Lula. Não, o Lula está fazendo gigante. O Lula está muito bem na economia.


Se preparem. Vamos ver aí tempos em que o dólar não vai descer dos seis durante um bom tempo, talvez. E falando em Lula, ele que dias antes da eleição, maior potência econômica do mundo, maior potência militar do mundo, o único país que consegue abrir dois frontes de guerra em qualquer lugar do planeta Terra, em 24 horas, Lula diz que o Trump eleito ser os Estados Unidos com um nazista com uma cara diferente.


Agora teve que botar a viola dentro do saco e dizer que estava desejando boa sorte e sucesso para o Trump. Mas os ministros do Lula, Haddad, Glaze, é Paulo Teixeira, Glaze é líder do PT, não mudaram de opinião não, estão lá descascando no Twitter. Essa história não vai terminar bem.


Os Estados Unidos tem influência sobre a FMI, sobre o Brancadeiro Americano de Desenvolvimento, e não acha que aquele banquinho lá que a Dilma toma conta, dos BRICS, vai conseguir suprir toda essa influência americana que tem na parte financeira não. Então é bom o Brasil repensar, porque senão o negócio vai ser ladeira abaixo em quinta marcha.


Fim



Fonte:

Vídeo "Eduardo Bolsonaro revela o que o Presidente Trump já fez após ganhar as eleições nos EUA" - Disponível no YouTube: https://youtu.be/VwCIJUoK16o    (09/11/2024)

(Transcrito por TurboScribe.ai) 


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📺️(647)_NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS - Palestra do Prof. Enéas)

 


NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS - Palestra do Dr. Enéas


Senhores, eu fico feliz de ver essa plateia toda. O momento é o momento de reflexão. A minha mensagem é muito mais mensagem de fim de ano, de esperança, do que de qualquer outra coisa.

Quando algum dos senhores disseram, não tem jeito, eu vou lhes dizer uma coisa que aprendi há muito tempo, quando estava começando o meu curso médico. Cada um de nós aqui é um vitorioso. Já é vitorioso quando o pai de cada um de nós e a mamãe de cada um de nós se uniram no ato carnal.

Havia milhões, milhões de espermatozoides disputando aquele ovócito de segunda hora, que a imprensa ignorante chama de óvulo. Naquele instante, naquele instante belíssimo da criação, aquele instante sagrado, daqueles espermatozoides todos que formam a corona radiada, daqueles todos, só um penetra no ovócito de segunda hora. E há uma verdadeira insensibilidade nele pelos outros.

Todos os outros morrem. E foi daquele espermatozoide com aquele ovócito que nasceu cada um de nós. Naquele instante, cada um de nós foi premiado.

Já nascemos vencedores. Que os senhores dirão, não tem jeito. O poder deles é muito grande.

Não, senhores. Se fosse tão grande, nós não estaríamos aqui hoje. Estou com o relógio para não descansar muito.

Roma venceu Cartago no ano 146 a.C. Naquele momento, desaparecia a última oposição de fato. Aquele império gigantesco que já fazia valer sua vontade e seus desígnios na antiguidade. Havia, sim, o Império Romano.

Desaparecida a oposição cartaginesa de cuidar-se das invasões daqueles povos semi-civilizados que os romanos chamavam bárbaros. Aqueles povos eram muito atrasados. Não tinham aquela condição de vida que era o apanágio do cidadão romano.

E o interessante, e os senhores vão se perguntar por que eu comecei falando nisso. O interessante é que um autor, um dos ideólogos disso que aí está no nosso planeta, o Sr. Jean-Christophe Ruffin, o interessante é que um autor traz para a época hodierna, para os nossos dias, uma condição que, segundo ele, é similar àquela do nosso planeta quando Roma dominou Cartago. O que o Sr. Jean-Christophe Ruffin diz? Ele diz assim, hoje, os países do primeiro mundo, os países ricos, e quero crer, já se falou aqui, eu não estava, mas imagino, que não são nada ricos.

É tudo uma grande farsa. Ricos somos nós. Mas, diz o Sr. Jean-Christophe, esses países ricos formam o novo império.

Os Estados Unidos da América do Norte, a Alemanha, o Japão, a Inglaterra, a França, são o império. E nós, pobres países da América Latina, os nossos irmãos da África e da Ásia, principalmente a África subsaariana, nós seremos os novos bárbaros. Na verdade, o Sr. Jean-Christophe Ruffin conhece a realidade das nossas favelas, do nosso pobre povo sofrido, que não tem nem a menor ideia de que é o seu trabalho que constrói a nação e a riqueza de que desfrutam os ricos.

E, fundamentalmente, que é o seu trabalho honesto que faz com que aquelas potências estejam tão ricas, porque existem atualmente, atuando de modo predatório sobre todas as nossas riquezas reais. Por que eu comecei com o Sr. Jean-Christophe Ruffin? Porque o livro do Sr. Jean-Christophe Ruffin era livro de cabeceira de um dos últimos presidentes da República, de um homem que sofreu impeachment e que era aplaudido em verse e prosa como um conhecedor profundo de uma literatura especializada. Vejam, senhores, que absurdo! Como é que se erige a questão de doutrina ideológica do mundo moderno? Uma tese segundo a qual nós somos inferiores, nós somos mal dotados pela natureza e só nos cabe extrairmos nosso próprio sangue para entregar àqueles que, como verdadeiros vampiros, sugam todo esse mesmo líquido precioso das nossas entranhas.

Eu queria lhes dizer que o Sr. Ruffin falha muito no livro dele e como falha se é verdade que não se pode comparar o operário de Londres, o operário alemão, cônscio dos seus direitos, com o nosso pobre operário brasileiro. Se isso é verdade, de outro lado, não se pode negar também que existe hoje um verdadeiro complô contra toda a nossa sociedade. Na verdade, está em andamento o projeto maquiavélico de destruição de todos os nossos valores.

Na verdade, tudo aquilo que existe de mais digno na pessoa humana está sendo lançado no fundo do poço. Na verdade, cada um de nós perdeu respeito pelos semelhantes, perdeu respeito e não acredita mais no trabalho, no governo, no mercado, no crédito, nas pessoas. Na verdade, o que aí está é um atentado cruel à dignidade humana.

E é contra tudo isso, é contra esse modelo terrível de destruição da cidadania plena que se insurgiu. Este partido político que hoje tem a solicidade de ver reunidas aqui tantas pessoas das mais diversas categorias sociais, de todas as classes, de todas as raças, de todos os credos, fazendo com que nós todos possamos estar irmanados numa vontade única, que é de salvar a nossa pátria. Eu vim lhes falar sobre essa nossa vontade, essa nossa vontade que nos acompanha, como minha família sabe, desde muito cedo.

Desde aquele instante, há meio século atrás, quando nós começamos a nos abeberar do conhecimento científico. Desde meio século atrás, quando nós começamos a perceber que o homem que sabe é mais feliz do que o homem que não sabe. Desde o momento em que nós começamos a entender as leis que regem a natureza física, biológica e social.

Desde aquele instante que é uma preocupação nossa terrível. Por que tanta diferença? Por que tanta desigualdade? Por que na infância, lá no passado distante, nós tivemos que passar fome para estudar? E aí começamos a estudar. E logo cedo, na aurora da vida, nós aprendemos que o nosso país, esse belo país, é a quinta potência continental do planeta.

Nós aprendemos que o Brasil é um país continente. Logo depois, já adolescente, nós aprendemos que o Brasil tem a maior riqueza de água potável, água de beber, do planeta. Já na universidade, nós aprendemos outras coisas.

Estudando ciências exatas, aprendemos que a riqueza mineral do planeta é inigualável. E qual não é a nossa tristeza? Meio século depois, quando assistimos ao voo atravessando os rincões da pátria dos advogados da União para defender aquela coisa ignominiosa que foi a privatização da nossa Vale do Rio Doce. Não sei se já foi dito, mas a Vale do Rio Doce não foi vendida.

Ela foi doada. Aquela fortuna que os jornais, no cinismo que caracteriza a imprensa brasileira, aquele valor publicado, 3,338 bilhões de dólares, aquele dinheiro que representaria menos de meio por cento do valor real da Vale, aquele dinheiro nem chegou a entrar. Que tristeza naquele dia, que mal-estar, que vontade de sair chorando, ou gritando, ou espermeando.

Não, senhores, por que não moveram ações, não usaram o direito constitucional? Mas nós o fizemos. Esse nós é plural, não é plural de modéstia? Quantos de nós impetraram ações presentes aqui? Tantos. Nosso deputado federal, professor Bautista Vidal, Marcos Soimbra, professor Beranco, muitos outros.

Até ações na Procuradoria-Geral da Justiça Militar. Porque é crime a simples tentativa de internacionalização do solo pátrio. E essas ações foram todas arquivadas.

Senhores, isso é extremamente dolorido. Aquilo a que todos nós assistimos é algo macabré, é algo terrível, porque tudo é feito. Vejam, senhores, de modo oficial, o Prona não está preocupado com roubo de galinha.

Não nos interessam precatórios. Isso não tem a menor importância. Vamos parar de falar besteira.

Preocupemos-nos com as grandes questões. Preocupemos-nos com aquelas importâncias fabulosas que são desviadas oficialmente dos cofres públicos para pagar juros de uma dívida que não tem mais nenhuma razão de ser externa e interna. Os números devem ter sido aumentados pelos ilustres professores que me precederam.

Vamos parar de discutir os buracos de rua. Aqui há candidatos e há representantes, estou vendo, do país todo, do nosso partido. Vamos acordar para as questões substantivas.

Vamos nos levantar como um povo forte que somos. Vamos lutar contra essa alienação de tudo que é nosso, contra esse assalto vergonhoso que é feito às claras. Vamos levantar nossa voz, vamos dizer um basta.

Nós não podemos aceitar mais essa submissão. Nós não podemos aceitar mais sermos enganados durante todo o Onic Temerow, desde o instante em que se liga o aparelho de televisão até o momento em que a tela se apaga no final da noite. É uma profusão de mentiras, como alguém deve ter dito.

São duas realidades. É a realidade da tela colorida, onde tudo está bonito. E a realidade da rua.

Na rua imperam a fome, a miséria, o desemprego, a níveis nunca vistos, tudo ocultado. As estatísticas perfidamente manipuladas falam-nos de níveis de desemprego que seriam inferiores aos do Japão. Mas que vergonha, que vergonha.

Como pode uma autoridade constituída chegar diante de nós e dizer que o sistema de saúde é uma beleza no Brasil? Temos na sala um igreja, um professor de medicina ali, o professor Veronese, que nos deu a honra de vir para o nosso partido. Temos na sala diversos médicos. Na verdade, os fundadores do Pruna foram todos médicos.

Hoje, graças a Deus, temos de todas as categorias. Como se pode ter coragem de dizer que está tudo bem se nós temos 6 milhões de pessoas com doença de Chagas? Se nós temos 5 a 10 milhões de pessoas com esquistossomose mansônica? Se nós temos cerca de um milhão de pessoas infectadas pelo vírus da AIDS? Se nós temos meio milhão a um milhão de tuberculosos? Se nós temos 500 mil pessoas a cada ano contaminadas pelo plasmodium da malária? Se nós temos 200 mil leprosos, etc, etc, etc, etc? Como se pode ter a veleidade pró-terva de ir para a televisão e dizer que está tudo bem? E alguns me perguntavam no passado, já pouquíssimos perguntam, por que o senhor não vai ser ministro? Ministro de quê? De quê? De um governo pútrido, em decomposição franca, que não aguenta o diálogo frente a frente. Porque o governo é feito hoje de traidores da pátria.

Há algum tempo atrás, no Congresso Nacional, por indicação de uma figura muito amiga, muito querida, o nosso deputado, o doutor Daniel Lasco, por indicação dele e aceitação de 52 deputados federais, nós íamos fazer uma palestra na Câmara General. Convidamos os nossos colegas da Direção Nacional do Partido, e qual não é a nossa surpresa, quando, na véspera, o nosso nome foi cortado. Não havia nenhuma razão, apenas era o perigo de nós falarmos para a Sua Excelência dos Deputados do que representava de fato o leilão da vaga.

Nós iríamos alertá-los para o fato de que, por trás da compra, entre aspas, do leilão, estava um dos maiores mega-especuladores do planeta, o rei do narcotráfico, o Sr. Jorge Soros. Nós iríamos alertar Suas Excelências para o risco que aquela casa que era do povo estava correndo e aceitar a privatização. Mas nossa palestra foi cortada.

Vejam, senhores, lembrem-se de 94. Nosso nome não aparecia em nenhuma pesquisa. Diziam assim, eles só sabem dizer o nome Ereas, mais nada.

E aí, qual não foi a surpresa daqueles senhores, quando, ao serem abertas as urnas, nós que estávamos lá embaixo nas chamadas pesquisas, ultrapassamos figuras famosas no cenário político nacional, três ex-governadores do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Santa Catarina. Nomes respeitadíssimos. E nós tivemos quase 5 bilhões de pessoas que acreditaram em nós.

E nós tínhamos, não esse tempo nosso, tínhamos um minuto para expor nossas ideias. Senhores, eu fico feliz de ver essa plateia toda. O momento é o momento de reflexão.

A minha mensagem é muito mais mensagem de fim de ano, de esperança, do que de qualquer outra coisa. Quando algum dos senhores disseram, não tem jeito, eu vou lhes dizer uma coisa que aprendi há muito tempo. Quando estava começando o meu curso médico, cada um de nós aqui é um vitorioso, já é vitorioso.

Quando o pai de cada um de nós e a mamãe de cada um de nós se uniram no ato carnal, havia milhões, milhões de espermatozóis disputando aquele ovócito de segunda hora, que a imprensa ignorante chama de ovo. Naquele instante, naquele instante belíssimo da criação, naquele instante sagrado, daqueles espermatozóides todos que formam a corona radiada, aqueles todos, só um penetra no ovócito de segunda hora. E há uma verdadeira insensibilidade nele pelos outros.

Todos os outros morrem. E foi daqueles espermatozóides, com aquele ovócito, que nasceu cada um de nós. Naquele instante, cada um de nós foi premiado.

Já nascemos vencedores. Os senhores dirão, não tem jeito. O poder deles é muito grande.

Não, senhores. Se fosse tão grande, nós não estaríamos aqui hoje. Quando nós começamos, nós o fizemos graças à confiança absoluta que tiveram em nós, pessoas que aqui estão presentes.

Não dá para citar todos, eu peço desculpas. Cada um de nós nasceu vencedor. Quando o dia se acaba e nós acordamos, nós continuamos sendo vencedores.

Tudo de que eu estou falando é rumo de Deus. Eu não tenho mérito nenhum, nenhum. E eu vou usar essa força que o Criador me deu e que eu usei para transmitir conhecimentos durante quatro décadas.

Ensinei português, matemática, física, biologia, química e diversas disciplinas médicas ao longo das últimas décadas. E 89, indignado com isso que é estar. E tendo uma consciência já razoável, não plena.

Plena, passei a adquiri-la dentro do processo. Conhecendo as últimas aquisições. Sou Marcos Coimbra, da Escola Superior de Guerra.

Sou Benayon, doutor em Economia e Hamburgo. Sou Bautista Vidal, que lhes falou há pouco. Fui enriquecendo, fui aprendendo cada vez mais.

E fui ficando cada vez mais perigoso. Cada vez mais o poder constituído deve. Cada vez mais o poder constituído dá um passo atrás e diz, é um perigo.

Dizem de quando em quando eu ouço, esse homem é um perigo para o Brasil. Para o Brasil ou para aqueles senhores? Para quem nós somos um perigo? Atrás de quem os senhores estão? Os senhores estão lutando afinal de contas por quê? Se não pela salvação da nossa pátria. O que nós queremos é a escola pública que funcione.

Nós não queremos fechar nenhuma escola particular. Não. Nós queremos pegar a escola pública, tomá-la e levá-la para um patamar tão digno que todo mundo queira voltar a ela.

E aí a escola particular vai se corrigir o problema dela. Nós queremos que o hospital público funcione. E não que seja um depósito onde são lançados os pobres da nossa pátria.

Nós não queremos nada de mais. Não queremos matar ninguém. Não queremos campo de concentração.

Não queremos nada disso. Nunca, jamais, corrijam-me se eu estiver mentindo. Em nenhum momento da nossa trajetória dissemos que íamos atuar contra o Congresso Nacional.

Em nenhum momento. Nós dizemos sim. Como diz Pietro Baldi, que dizia, já faleceu, grande espiritualista, diante de um grande chamado, de um chamado profundo, até a pedra responde.

E aquele congresso, o mesmo que a está é feito de homens, seres humanos como nós, que precisam apenas de um chamado, de um exemplo forte, e não de um exemplo ao contrário, de um exemplo de hipocrisia plena, que nos está levando rápida e definitivamente ao desastre. Meus amigos, eu tenho uma mensagem que não é nova, que eu escrevi em 89, mas ela é atual. Quando sentados os fundadores do Prona, naquela época, nos reuníamos pensando no que dizer, nós escrevemos alguma coisa.

Não vou falar mais da riqueza do país, do potencial que nos fará, com certeza, a maior potência do planeta, não para esmagar ninguém, mas para exigir que nos respeitem, que parem de tratarmos como escravos. Não mais falarei, isso já foi dito aqui. Não mais vou falar sobre a Amazônia.

Não mais vou falar sobre a riqueza federal. A minha mensagem é para o homem, é para o cidadão pleno, que tem dentro de si, no cerne, no âmago, na região mais recúndita, mais abscunda do seu ser, a vontade de acertar. Vontade que existe no fundo de nós, até no fundo do cárcere.

A minha mensagem é para o homem, independentemente da sua raça, da sua classe, da sua religião. A minha mensagem é uma mensagem de civismo, de amor à pátria. Na verdade, uma avalanche de inconsequências.

Vem há séculos se derramando sobre a sociedade brasileira. Cresce o valor da iniquidade. Estiola-se o valor do trabalho produtivo.

Vive-se uma época de desesperança, que necessita com urgência de um exemplo vívido, que possa reacender nas pessoas a chama da cidadania, do civismo e da confiança na pátria. Já é tempo que surja uma política voltada, realmente para a sociedade, e não dela desligada. Lutando os políticos entre si, numa ultrajante troca de favores, que visa sempre e exclusivamente a destruição dos sonhos de uma sociedade livre que pretende caminhar para o futuro.

Nós vamos criar e vamos com certeza fazê-lo. Nós todos juntos vamos criar a era da convicção, a era da verdade, a era da decência, a era da dignidade, a era da confiança, a era do respeito, a era da ciência, a era da inteligência, a era do preparo, a era do entusiasmo. Muito obrigado, senhores.

Viva o Brasil! Viva o Brasil! Obrigado a todos pela presença dos senhores neste momento tão importante. Está encerrada a sessão. Muito obrigada.



Fim

Fonte:  Vídeo intitulado "Nunca Desista dos Seus Sonhos - Dr Enéas" - Disponível no YouTube: https://www.youtube.com / watch?v=7qbGZ8EhdDs