🔉️(724)_ReflexĂŁo: “MÃES MÁS” [Comportamento] (por CE VitĂłri-RĂ©gia)

 



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ReflexĂŁo: “MÃES MÁS”


Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lĂłgica que motiva os pais e as mĂŁes, eu hei de dizer-lhes:


> “Eu os amei o suficiente para perguntar onde iam, com quem iam e a que horas regressariam.

> Eu os amei o suficiente para nĂŁo ficar em silĂȘncio, e fazĂȘ-los entender que aquele novo amigo nĂŁo era boa companhia.

> Eu os amei o suficiente para fazĂȘ-los pagar pelas balas que tiraram da mercearia ou pelas revistas do jornaleiro, e dizer ao dono: ‘NĂłs pegamos isto ontem e viemos pagar.’

> Eu os amei o suficiente para ficar de pĂ©, durante duas horas, ao lado deles enquanto limpavam o quarto — tarefa que eu poderia ter feito em 15 minutos.

> Eu os amei o suficiente para deixå-los ver, além do amor que eu sentia, o desapontamento e até as lågrimas nos meus olhos.

> Eu os amei o suficiente para deixå-los assumir a responsabilidade por suas açÔes, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

> E, mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer ‘NÃO’ quando sabia que poderiam me odiar por isso — e, por vezes, atĂ© me odiaram.”


Essas foram as batalhas mais difĂ­ceis de todas.

Estou feliz por ter vencido... porque, no final, **eles também venceram!**


E, algum dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lĂłgica que motiva os pais e as mĂŁes, meus filhos vĂŁo lhes dizer, quando perguntarem se a mĂŁe deles era “mĂĄ”:


> “Sim... nossa mĂŁe era mĂĄ. Era a mĂŁe mais mĂĄ do mundo!”


As outras crianças comiam doces no café da manhã. Nós tínhamos de comer cereal, torradas e frutas.

As outras bebiam refrigerante, comiam batata frita e sorvete no almoço. Nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

Ela nos obrigava a jantar Ă  mesa, bem diferente das outras mĂŁes, que deixavam os filhos comerem vendo TV.


Ela insistia em saber onde estĂĄvamos a toda hora — chegava a ligar de madrugada.

Parecia uma prisĂŁo! MamĂŁe queria saber quem eram os nossos amigos e o que faziam.

Insistia que disséssemos com quem íamos sair, mesmo que fosse só por uma hora.


TĂ­nhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil”:

TĂ­nhamos que tirar a louça da mesa, arrumar a bagunça, esvaziar o lixo e fazer todo tipo de tarefa “cruel”.

Acho que ela passava a noite pensando em novas ordens para nos dar no dia seguinte...


Ela insistia sempre para que dissĂ©ssemos a verdade — **apenas a verdade**.

E, quando adolescentes, ela até parecia adivinhar os nossos pensamentos.

Nossa vida era mesmo... chata!


Ela nĂŁo permitia que nossos amigos apenas buzinassem. Tinham que subir, bater na porta, para que ela os conhecesse.

Enquanto todos podiam voltar para casa com 12 ou 13 anos, nós tivemos que esperar até os 16 para chegar mais tarde.

E aquela “chata” ainda levantava para saber se a festa foi boa — sĂł para ver como estĂĄvamos ao voltar.


Por causa da nossa mĂŁe, perdemos algumas “experiĂȘncias” da adolescĂȘncia.

Nenhum de nós se envolveu com drogas, roubos, vandalismo, violação de propriedade ou foi preso por qualquer crime.


**Tudo por causa dela.**


Agora que somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos “PAIS MAUS” — como ela foi.


Acho que esse Ă© um dos grandes problemas do mundo de hoje:

**Não hå mais MÃES MÁS o suficiente.**



Fim

Fonte: Folheto do CENTRO EDUCACIONAL VITÓRIA-RÉGIA.