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"HOMENS NOVOS PARA UM MUNDO NOVO"
Palestra do Padre Jonas Abib que se baseia no livro do Apocalipse, capítulo 21, versículo 5 e seguintes.
A mensagem central é que Deus está renovando todas as coisas e, para isso, Ele busca "homens novos para um mundo novo".
O Padre Jonas enfatiza que o Senhor não se preocupa apenas com a transformação individual. Não devemos criar um "mundinho nosso pessoal" onde a preocupação é só com a própria oração, conhecimento da palavra ou santificação. A ideia de ser uma "ilha isolada" é um engano. Pelo contrário, somos enviados para trabalhar em um mundo que ele descreve como "árido" e "deserto", assim como a terra da Palestina. Somos "bem-aventurados" mesmo quando sofremos, choramos, nos sentimos pobres ou impotentes, porque o poder de Deus está em nós.
A maneira de nos tornarmos "homens novos" é, paradoxalmente, "trabalhar para um mundo novo". Ele usa a analogia de uma ferramenta: quanto mais ela é usada, mais afiada fica; se for deixada de lado, enferruja e perde o corte. Da mesma forma, nos tornamos "criaturas novas" ao nos colocarmos "a serviço do Senhor para a criação de um mundo novo". É um engano pensar que primeiro devemos nos tornar uma pessoa nova, focando na própria santificação, oração e evitar o pecado. Na verdade, ao nos lançarmos no trabalho para o Senhor, mesmo em meio a desânimos e quedas, o Senhor começa a nos transformar. Quanto mais nos entregamos, mais Ele nos "capricha" e nos cuida, como um operário cuida de uma ferramenta útil e boa. Quanto mais nos entregamos nas mãos de Deus para criar um mundo novo com Ele, mais nos tornamos homens novos.
Há uma "triste ilusão" entre muitos cristãos de que Deus vai lhes dar um "mundinho novo" já renovado para que possam ser felizes. Muitos esperam que Deus renove o mundo antes de eles entrarem nele, ou que mude sua família, seu emprego ou ambiente para depois poderem ser bons cristãos. O Padre Jonas argumenta que é "justamente o contrário": devemos "embarcar na família como ela está, estragada como ela está", e é nesse "campo árido" que devemos trabalhar. O Senhor conta conosco como instrumentos de renovação. Ele afirma que esperar que Deus acabe com todos os problemas (econômicos, políticos, sociais) antes de sermos os cristãos que Ele quer é um "engano", pois isso "nunca vai acontecer". Na verdade, é na "luta" contra os problemas que nos tornamos "cristãos de fibra", com "força e pujança do Espírito Santo". A ferramenta boa é aquela que está sendo sempre usada no trabalho, tornando-se mais forte e melhor. Nós também nos tornamos os cristãos que o Senhor quer "justamente na luta contra os problemas que nós enfrentamos".
O Padre Jonas faz um parêntese importante sobre as "pessoas problemocêntricas", ou seja, aquelas cuja vida está centrada nos problemas, e não em Jesus ou no Espírito Santo. Essas pessoas, mesmo sendo piedosas, usando o Senhor para resolver seus próprios problemas, instrumentalizando-O para que Ele as sirva. Ele enfatiza que não somos nós que devemos usar o Senhor para nossos "probleminhas pessoais", mas sim "nós servindo o Senhor para a solução dos problemas do mundo, para fazer um mundo novo". Ele compartilha que, embora tenha seus próprios problemas, ele não é problemocêntrico, mas sim "cristocêntrico", colocando-se "a serviço do Senhor para a solução desses problemas no Senhor". A cabeça e o coração devem estar no Senhor, e não no problema.
Ele usa uma comparação "meio desabusada" sobre cachorros e pulgas. Cães com pulgas permanecem saudáveis e ocupados, enquanto cães sem pulgas enlouquecem por não terem com o que se ocupar. Ele sugere que talvez Deus tenha colocado "pulgas" (problemas) em nossas vidas para não ficarmos loucos, para nos manter em busca do Senhor, atentos, lutando e enfrentando. Ele conclui que "bendito seja Deus pelos problemas que nós temos", pois a "vida boa não é a vida sem problemas". Pelo contrário, "bem-aventurados aqueles que choram, aqueles que passam perseguições, aqueles que são caluniados, bem-aventurados aqueles que passam por problemas, porque deles é o reino dos céus, e neles opera poderosamente e maravilhosamente o Espírito Santo".
O Senhor quer renovar todas as coisas e confirma que essas palavras são fiéis e verdadeiras. Ele é o "Alfa e o Ômega", o "começo e o fim" de tudo, inclusive da renovação e da solução dos problemas. A entrega é fundamental, como a de Maria, que disse: "eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim, segundo a sua palavra". Por essa entrega, o Senhor fez nela maravilhas, e ela gerou o Salvador e a salvação. A mesma atitude é esperada de nós: dizer "eis aqui o escravo do Senhor, faça-se Senhor, segundo a tua palavra". Isso está ligado a sermos pessoas "cheias do Espírito Santo e dóceis à sua condução" para "fazer um mundo novo".
Para aqueles que têm sede de ver um mundo novo e Jesus sendo Rei e Senhor deste mundo, o Senhor promete "dar gratuitamente a beber da fonte da água viva". Essa sede não é de ser uma pessoa santa e perfeita pessoalmente, mas sim de "ver esse mundo renovado", de se entregar nas mãos do Senhor, mesmo sentindo-se pequeno e impotente. Ele compartilha que nunca pensou em fazer "coisas grandes para o Senhor", pois sempre se julgou incapaz. No entanto, Deus lhe deu a "docilidade de me entregar nas mãos do Senhor". Por essa entrega, o Senhor colocou nele a sede de levar a palavra de Deus aos irmãos.
Apesar de se sentir pobre e com muitas limitações, ele quis trabalhar para o Senhor e teve "fome e sede de trabalhar para o Senhor". Ele conclui que, mesmo tendo feito "grandes coisas" para o Senhor, elas são "insignificantes em vista daquelas que precisam ser feitas". A mensagem final é um convite: "não pense em fazer grandes coisas para o Senhor", mas "se entregue para você ser instrumento dele, para fazer homens novos, para um mundo novo". Onde quer que estejamos – como mãe, pai, profissional, professor, dirigente de grupo de oração – devemos "frutificar para o Senhor" e não deixar o Espírito Santo "parado" dentro de nós, pois "há muito por fazer", "muito por evangelizar".
Fim
Fonte: k7-HOMENS NOVOS PARA UM MUNDO NOVO [Religião] (Pe. Jonas Abib).mp4