🔉️(865)_CADA GRUPO DE PESSOAS DO TEMPO DE JESUS EXPLICADO [Religião]


 


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CADA GRUPO DE PESSOAS DO TEMPO DE JESUS EXPLICADO


Aqui está a explicação de cada um dos grupos de pessoas do Tempo de Jesus para que você saiba quem é quem no Novo Testamento e aprofunde seu entendimento desse período bíblico. Começando pelos fariseus. Os fariseus formavam um dos três principais grupos religiosos entre os judeus e o mais numeroso entre eles no Tempo de Jesus.


O termo fariseu provavelmente deriva de um verbo hebraico que significa separar ou dividir, o que sugere que eram conhecidos como povo separado. A maioria dos estudiosos acredita que essa ideia de separação refletia o afastamento dos fariseus das impurezas e costumes mundanos, embora em sua origem talvez tivesse mais a ver com o posicionamento político desses indivíduos. A origem dos fariseus recua possivelmente ao período dos macabeus, surgindo como resistência aos costumes helenísticos através de uma observância rigorosa da lei de Moisés.


Eles eram reconhecidos pela observância extremamente rígida não apenas da lei escrita, mas principalmente da tradição oral. Esta lei oral, segundo alegavam, havia sido preservada pelos homens importantes da sinagoga, remontando até Moisés através dos profetas, anciãos e Josué. Para eles, esta tradição oral era tão importante quanto a lei escrita, ou até mais.


Os fariseus acreditavam firmemente na providência divina, na responsabilidade moral do homem, na ressurreição dos mortos e na existência de anjos e demônios. Sua teologia incluía também a crença num juízo final e na recompensa eterna para os justos. Esta perspectiva escatológica os tornava populares entre as massas, que encontravam esperança em suas promessas de vida após a morte.


Jesus criticou duramente o farisaísmo por sua hipocrisia, legalismo e orgulho, que se traduzia em exibicionismo e falsa santidade. Embora teologicamente acertassem em certas crenças fundamentais, eles impunham sobre o povo uma carga religiosa que nem eles próprios conseguiam cumprir, resultando num sistema de justificação pelas obras. Os fariseus viam em Jesus uma ameaça à ordem estabelecida e às tradições que consideravam sagradas, enquanto Jesus os acusava de colocar tradições humanas acima dos mandamentos divinos.


Saduceus Os Saduceus formavam um partido religioso e aristocrático, composto principalmente por famílias sacerdotais. O sumo sacerdote geralmente pertencia a este grupo, o que lhes conferia muita influência política e religiosa. O nome provavelmente deriva de Zadok, o sumo sacerdote que serviu durante os reinados de Davi e Salomão. 


Entre os Saduceus estavam os sacerdotes e a elite de Jerusalém, incluindo as pessoas mais ricas e influentes do eixo político-religioso judaico. Eles controlavam o templo de Jerusalém e ocupavam as principais posições no Sinédrio, o tribunal supremo judaico. Diferentemente dos fariseus, os Saduceus reconheciam apenas o Pentateuco como escritura com autoridade suprema, rejeitando terminantemente as tradições orais.


Eles defendiam uma ideia de livre-arbítrio total em detrimento da providência divina, e rejeitavam a doutrina da ressurreição dos mortos, bem como a existência de anjos e a vida após a morte. Para eles, a recompensa ou punição divina ocorria exclusivamente nesta vida terrena. Por sua ênfase materialista e humanista, os Saduceus preferiam que as coisas permanecessem como estavam, desfrutando de prestígio e influência. 


Embora tivessem diferenças com os fariseus, frequentemente se aliavam a eles em oposição a Jesus. No entanto, suas motivações eram distintas. Enquanto os fariseus viam em Jesus uma ameaça à sua religiosidade hipócrita, os Saduceus o consideravam uma ameaça às suas posições de influência e fontes de lucro. 


Inclusive, Saduceus e fariseus cooperaram no plano para matar Jesus e na perseguição aos primeiros cristãos no período apostólico. Essenios Os Essenios formavam uma comunidade religiosa judaica muito ativa nos tempos de Jesus, apesar de não ser citada diretamente no Novo Testamento. Eles viviam em comunidades espalhadas pelas cidades da Judeia, mas principalmente em colônias na região desértica, próxima ao Mar Morto, onde desenvolveram um estilo de vida comunitário baseado na abdicação de bens materiais, estrita observância da lei cerimonial e celibato, embora algumas comunidades reuniam pessoas casadas. 


Os manuscritos descobertos naquela região provavelmente foram produzidos por esta comunidade e revelam muito sobre suas crenças e práticas. Os Essenios acreditavam que eles mantinham a verdadeira adoração a Deus, uma vez que viam a adoração judaica em Jerusalém como corrompida. Eles desenvolveram um calendário religioso alternativo e rituais de purificação únicos. 


A teologia essênia caracterizava-se por um dualismo pronunciado entre luz e trevas, bem e mal, puro e impuro. Eles defendiam princípios morais bem definidos. Honrar a Deus acima de tudo, não praticar o mal, promover o bem, ser justo com todos, demonstrar fidelidade mútua, obedecer as autoridades constituídas, nunca praticar negócios ilícitos, defender a verdade e denunciar a mentira.


Zelotes Os Zelotes formavam um grupo judaico nacionalista que lutava contra o domínio romano sobre Israel. O nome do grupo significa zeloso no sentido de ardente ou fanático, refletindo sua paixão fervorosa pela independência nacional. O partido dos Zelotes teve origem nas ideias revolucionárias de Judas, o Galileu, que organizou uma revolta contra os romanos em 6 d.C. Eles desenvolveram uma teologia da Guerra Santa e acreditavam que Deus exigia de seu povo uma luta ativa contra os opressores estrangeiros.


Para os Zelotes, qualquer compromisso com Roma constituía traição à aliança divina. Sua estratégia incluía sabotagens e ataques coordenados contra funcionários romanos, colaboradores judaicos e símbolos do poder imperial. Para eles, a violência era justificada desde que um bom resultado fosse alcançado, visando sempre a quebra da opressão estrangeira sobre os judeus. 


Os Zelotes tiveram participação muito ativa na revolta judaica que culminou na queda de Jerusalém em 70 d.C. Por isso, para muitos os Zelotes ficaram marcados como aqueles que levaram Jerusalém à destruição. O erro dos Zelotes foi distorcer completamente a visão do zelo pelo Senhor. Embora alegassem seguir o exemplo de grandes homens de Deus, não agiram corretamente e tinham motivações inadequadas, pensando que podiam justificar qualquer barbaridade em nome de Deus. 


Escribas Originalmente copistas e secretários, os escribas evoluíram para se tornarem intérpretes especializados da lei mosaica e das tradições judaicas no tempo do Novo Testamento. Eles eram conhecidos como mestres ou doutores da lei. Estes profissionais dedicavam anos ao estudo das escrituras e das tradições orais, desenvolvendo uma competência técnica impressionante em questões de interpretação e aplicação legal. 


Muitos escribas pertenciam ao Partido dos Fariseus e também faziam parte do Sinédrio. Sua função incluía ensinar nas sinagogas, resolver disputas legais e preservar as tradições através da transmissão cuidadosa dos textos sagrados. Os escribas frequentemente são mencionados nos evangelhos ao lado dos fariseus em conflito com Jesus, que condenava a hipocrisia e o formalismo exterior que estimulavam. 


A maioria fazia oposição aberta ao ministério de Cristo, embora alguns tenham vindo a crer nele. Após a queda de Jerusalém, os escribas contribuíram muito para a preservação e continuidade do judaísmo. Publicanos Os publicanos eram cobradores de impostos ou taxas alfandegárias em favor dos romanos. 


O processo de arrecadação funcionava através de um sistema de concessões. Empresários locais compravam o direito de coletar impostos numa região específica, pagando uma quantia fixa a Roma e mantendo qualquer excesso como lucro. Os publicanos mencionados no Novo Testamento geralmente eram coletores nativos da região subordinados aos contratadores, e arrecadavam impostos e taxas sobre importações, exportações, tarifas rodoviárias e pedágios. 


A maioria provavelmente era composta por coletores aduaneiros em pedágios, pontes e portões de cidades. Assim como os publicanos romanos, esses subcoletores tinham fama de praticar extorsões, sendo avarentos e egoístas. Na verdade, este sistema muitas vezes favorecia práticas abusivas, já que os cobradores de impostos eram motivados a extrair tanto quanto possível das populações sob sua jurisdição. 


Socialmente, os publicanos enfrentavam a rejeição de seu próprio povo, pois eram considerados traidores da pátria e colaboradores dos opressores romanos. Eles também eram excluídos das sinagogas e desprezados pelos cidadãos respeitáveis, que ensinavam que se deveria evitar sentar-se à mesa ou manter qualquer contato social com os publicanos. A atitude de Jesus em relação aos publicanos chocou profundamente seus contemporâneos.


Ao comer com coletores de impostos, aceitar um como discípulo e usar publicanos como exemplos positivos em suas parábolas, Jesus desafiou normas sociais profundamente enraizadas na comunidade judaica. Esta inclusão radical demonstrava que o reino de Deus estava aberto mesmo àqueles considerados além da redenção pela sociedade religiosa. Herodianos Os Herodianos eram apoiadores da dinastia de Herodes, formando um grupo político sem motivação religiosa, favorável à aliança do governo judeu com Roma. 


Os Herodianos sustentavam interesses políticos e econômicos unidos pela convicção de que a estabilidade e prosperidade dependiam da manutenção do sistema estabelecido sob proteção romana. Composto principalmente por membros da elite urbana, comerciantes prósperos e funcionários administrativos, os Herodianos viam na família de Herodes uma garantia de ordem e progresso econômico. Herodes Antipas, tetrarca da Galileia e Pereia durante o ministério de Jesus, representava para eles um líder capaz de equilibrar as demandas romanas com as sensibilidades judaicas locais. 


Diferentemente dos elotes que resistiam violentamente à ocupação romana ou dos fariseus que mantinham uma oposição mais passiva, os Herodianos abraçavam ativamente o sistema imperial como meio de alcançar seus objetivos pessoais e comunitários. Na Bíblia, os Herodianos também são mencionados como opositores do ministério de Jesus e, em algumas ocasiões, se uniram a outros grupos como os fariseus para persegui-lo. Foi respondendo a uma armadilha de Herodianos e fariseus que Jesus brilhantemente declarou, DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS Dependendo da resposta, Jesus poderia ser acusado de blasfêmia pelos fariseus ou de traição pelos Herodianos.


SAMARITANOS Os Samaritanos representavam uma comunidade étnica e religiosa complexa que habitava a região de Samaria. Sua origem remonta ao período assírio, quando deportações e reassentamentos populacionais após a queda do reino de Israel criaram uma população mista e sincrética. Essa população combinava descendentes das tribos do norte de Israel com povos estrangeiros que trouxeram para a região suas práticas idólatras, apesar de que, antes disso, Samaria já enfrentava problemas com misturas étnicas, sociais e religiosas.


Nos tempos do Novo Testamento, os Samaritanos eram monoteístas, sendo até mais rígidos que os judeus em alguns pontos da Lei Mosaica. Consideravam apenas o Pentateuco como escritura genuína, desprezando os livros proféticos e os escritos aceitos pelos judeus. Para eles, Moisés era o verdadeiro profeta e o Monte Gerizim era o autêntico local de adoração, não Jerusalém.


Os Samaritanos também esperavam a vinda de um messias restaurador, que promoveria a verdadeira adoração e estabeleceria a justiça na terra. Durante o período do Novo Testamento, as relações entre judeus e samaritanos caracterizavam-se por hostilidade mútua e evitação social. Contudo, Jesus não compartilhou dessa hostilidade, ao contrário, ele ministrou ativamente aos Samaritanos e os incluiu em suas parábolas.


Após sua ressurreição, Jesus comissionou seus seguidores a anunciar o Evangelho entre os Samaritanos. Depois, o Livro de Atos registra como o Evangelho cresceu entre eles, especialmente através do Diácono Filipe. Curiosamente, uma pequena comunidade samaritana resistiu através dos séculos e perdura até hoje.


Galileus Os Galileus formavam uma população regional de judeus que vivia na Galiléia. Nos textos bíblicos, os Galileus são mencionados como pessoas simples, nacionalistas e, em alguns casos, um tanto incultas, embora não se possa generalizar essas características. Possivelmente, os Galileus eram mais helenísticos que os judeus da Judéia.


A Galiléia beneficiava-se de solo fértil e clima favorável, sustentando uma população densa de agricultores, pescadores e artesãos. A proximidade com rotas comerciais internacionais expunha os Galileus a influências culturais diversas, criando uma atmosfera mais cosmopolita que a encontrada na Judéia rural. Politicamente, os Galileus mantinham uma tradição de resistência que remontava aos tempos dos Macabeus.


Inclusive, a região da Galiléia foi berço de várias revoltas antiromanas. Já religiosamente, embora seguissem o judaísmo ortodoxo, os Galileus eram frequentemente vistos com suspeita pelos judeus da Judéia, e sua observância da lei era considerada menos rigorosa. Inclusive, muitas vezes, a designação Galileu era usada em tom pejorativo.


Os Galileus possuíam um sotaque mais carregado para o aramaico que podia ser facilmente identificado. Jesus cresceu na Galiléia e era identificado como um Galileu, assim como a maioria dos seus discípulos. Por fim, o Livro de Atos dos Apóstolos registra como muitos ficaram admirados no Pentecoste diante de um grupo de Galileus falando sem dificuldade várias línguas estrangeiras, permitindo que pessoas de diferentes nacionalidades ouvissem o Evangelho em seus idiomas natais.


Gentios Os gentios eram os não-judeus, ou seja, eles constituíam a vasta maioria da população no mundo mediterrâneo do primeiro século, representando dezenas de grupos étnicos, tradições culturais e sistemas religiosos diversos. Para os judeus, o termo gentil funcionava não apenas num sentido geográfico ou étnico, mas principalmente como categoria religiosa, distinguindo entre aqueles que adoravam o Deus de Israel e aqueles que seguiam outros sistemas de crença. No Império Romano, os gentios incluíam desde cidadãos romanos privilegiados até pessoas de origem bárbara em posição de servidão.


A religiosidade gentílica caracterizava-se por pluralismo e sincretismo, com diferentes deidades sendo adoradas simultaneamente e novos cultos sendo facilmente incorporados aos panteões existentes. Na tradição profética israelita, várias profecias mostravam os gentios como povos derrotados servindo para aumentar a glória de Israel. Contudo, também havia promessas de que os gentios participariam da herança do Messias que traria salvação até os confins da terra, reunindo judeus e gentios no reino messiânico.


A relação entre judeus e gentios no primeiro século era complexa e variada. Enquanto alguns gentios eram atraídos ao judaísmo, tornando-se prosélitos completos ou tementes a Deus que observavam certos aspectos da lei sem conversão total, outros mantinham atitudes que variavam de indiferença respeitosa à hostilidade ativa. Mas finalmente, durante o ministério de Jesus, ficou claro que a divisão entre judeus e gentios deveria ser removida.


O apóstolo Paulo escreveu que, através da obra redentora de Cristo, a parede de separação entre judeus e gentios foi derrubada, formando um só povo na igreja de Cristo. Os cristãos primitivos entenderam a igualdade entre judeus e gentios na presença de Deus, e a necessidade de o evangelho ser anunciado a todos os povos, uma vez que Cristo é salvação tanto de judeus quanto de gentios. NICOLAÍTAS Os nicolaítas eram um grupo que surgiu após o tempo de Jesus, durante o período apostólico e da igreja primitiva.


Eles procuravam difundir ensinos contrários ao verdadeiro evangelho, objetivando corromper a igreja de Cristo e perverter o genuíno culto ao Senhor. Na bíblia, os nicolaítas estão diretamente relacionados ao fato de serem pedra de tropeço na igreja de Deus. Eles são mencionados apenas duas vezes no Novo Testamento, no livro do Apocalipse, enfatizando que Deus odiava suas obras.


Os cristãos de Éfeso, por exemplo, foram elogiados por Jesus por detestarem as práticas dos nicolaítas, enquanto os crentes de Pérgamo foram duramente repreendidos por tolerarem os ensinos desse grupo. A identificação exata dos nicolaítas é muito debatida pelos estudiosos. Alguns entendem que eles eram seguidores de Nicolau, um prosélito de Antioquia designado como um dos sete diáconos pelos apóstolos na igreja de Jerusalém.


No entanto, esta conexão é controversa e alguns sugerem que o nome pode ter origem simbólica relacionando-se com práticas de dominação sobre o povo cristão comum, uma vez que o nome grego Nicolaus significa algo como ele conquista pessoas. Por isso, muitos eruditos consideram que os nicolaítas formavam uma seita gnóstica que tentava se infiltrar nas comunidades cristãs. Seja como for, provavelmente os nicolaítas eram pessoas que seguiam e divulgavam ensinamentos de falsos apóstolos e profetas.


No livro do Apocalipse, Jesus estabeleceu um paralelismo entre os nicolaítas e Balaão, um corruptor de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Balaão ensinou o rei Balaque a lançar tropeços diante dos israelitas. Da mesma forma, os nicolaítas buscavam lançar tropeços entre os cristãos através de falsas doutrinas, induzindo-os à imoralidade e à participação de banquetes pagãos.


Dessa forma, os nicolaítas aparecem na literatura cristã como pessoas comprometidas com o mundo, amantes do prazer, caluniadoras, corruptoras e defensoras de uma vida devassa. Bom, então estes são os principais grupos políticos, religiosos, regionais e profissionais citados no Novo Testamento. Agora escreva aqui nos comentários se você ainda não conhecia algum desses grupos.


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Fim

Fonte: vídeo "CADA GRUPO DE PESSOAS DO TEMPO DE JESUS EXPLICADO" in https://youtu.be/lU-a0TqDq-g  | Canal Estilo Adoração  | Duração: 20:11

(Transcrito por TurboScribe.ai)