O DEFUNTO VIVO
Fonte: WEITZEL, Antônio Henrique. Folclore literário e linguístico. Juiz de Fora: EDUFJF, 1995. Dr. Eco e Companhia. São Paulo: Paulus, 1996. ....
Um homem dirigia um caminhão que levava um caixão de defunto para ser entregue numa cidade próxima. No caminho, um sujeito pediu carona e o motorista respondeu que ele poderia viajar na parte de trás, junto com o caixão.
Foi quando começou a chover, e o caroneiro, não tendo onde se esconder da chuva, resolveu abrigar-se dentro do caixão. Com o balanço da viagem, ele acabou pegando no sono.
Ao longo do caminho o motorista encontrou mais pessoas pedindo carona, e recolheu a todas. Num momento em que a carroceria já estava apinhada de gente, o caminhão deu um solavanco ao passar por um buraco na estrada.
A sacudida acordou o dorminhoco, que abriu a tampa do caixão e perguntou: "Será que já parou de chover?".
Foi um Deus nos acuda. As pessoas se jogaram do caminhão e dizem que até hoje ainda tem gente correndo...