📺️(894)_MADALENA: A MENINA QUE SALVOU UM FORTE [Literatura] (Enciclopédia Portuguesa)


 


MADALENA: A MENINA QUE SALVOU UM FORTE


Há mais de duzentos anos erguia-se às margens do rio São Lourenço e a uns trinta quilômetros de Montreal, no Canadá, um forte construído com troncos de árvores. Todas as árvores situadas em volta do forte haviam sido cortadas para que o inimigo que pretendesse atacá-lo não tivesse onde se esconder. Em torno do forte fora construída uma sólida paliçada com estacas cravadas no solo e tão juntas umas das outras que nem uma bala de fuzil atravessaria aquela resistente muralha de madeira.


Na frente do forte, e ligado a ele por uma passagem subterrânea, havia um pequeno depósito, onde ficavam guardados os fuzis, a pólvora e a munição.


O comandante chamava-se Verchères e a família se compunha de sua esposa, dois filhos homens e de sua filha Madalena. Tinham alguns criados a seu serviço.


Durante o verão, a família vivia tranqüilamente em seu lar fortificado, situado no coração das selvas canadenses, apesar de saber que os índios iroqueses se achavam em pé de guerra. Um belo dia, Verchères recebeu ordens de ir a Quebec tratar de vários assuntos. Na ocasião sua esposa se achava ausente, pois fora visitar uns parentes em Montreal, e ele teve de partir deixando o forte aos cuidados da filha. 


Madalena falou, ao despedir-se -: não creio que os iroqueses se atrevam a chegar tão perto de Montreal. Em todo caso, é bom tomar cuidado.


- Está bem, papai. Tomarei todas as precauções respondeu Madalena, com firmeza. Estou certa de que na volta o senhor encontrará tudo em ordem. Não se preocupe. Adeus.


Madalena passou todo aquele dia submersa numa espécie de devaneio delicioso. Era comandante do forte, e a novidade do cargo excitava-lhe a imaginação. Olhando por cima da paliçada, pôs-se a pensar no que faria se por acaso os índios atacassem o forte. Na exaltação própria de uma menina inexperiente, quase desejava que eles aparecessem, pois só assim teria oportunidade de mostrar-lhes como se comanda um forte... e, além do mais, aquilo seria uma aventura tão interessante!


Mas os dias e as semanas foram passando serenamente, sem que os índios dessem sinais de vida. Estavam todos os de casa tão ocupados, naqueles últimos dias de verão, recolhendo o feno e a lenha necessários para o inverno que se aproximava, que todo pensamento acerca dos iroqueses havia sido afastado de sua imaginação.


Um dia Madalena estava no pequeno cais, contemplando as águas azuis e onduladas do rio São Lourenço e aspirando a grandes sorvos a brisa perfumada. Um dos criados do forte remava para terra, trazendo o bote cheio de peixe que acabara de pescar.

Boa pescaria? perguntou Madalena, com interesse.


Subitamente, ouviu-se atrás dela o estampido seco produzido por um disparo de mosquete.


Os iroqueses! exclamou o criado, pulando para a margem. Temos de sair daqui, senhorita.


E os dois se puseram a correr como galgos. Uns seis guerreiros selvagens, inteiramente desnudos, procuravam cortar-lhes a retirada para o forte. O criado quase chorava de pavor enquanto corria. Mas Madalena, que ia logo atrás dele, não perdeu a calma.

Às armas! Às armas! — gritava para os do forte.


Tudo era inútil. Os criados e os meninos haviam perdido a cabeça. Quando Madalena passou pela porta da paliçada, viu-se cercada pelas mulheres, que torciam as mãos em desespero. Que faremos? Que faremos? gritavam elas.


Voltem para o forte! ordenou Madalena, empurrando-as para dentro, fechando violentamente a porta e correndo o ferrolho.


Reinava a mais completa confusão no forte: as crianças choravam e corriam espavoridas de um lado para outro, e as mulheres soluçavam, sem saber o que fazer.


Vocês, venham cá! Acompanhem-me! disse a pequena Madalena num tom que fez com que os criados corressem para seu lado. Depressa, apanhem uns troncos! Ajudem-me a tapar aqueles buracos! acrescentou, indicando umas brechas feitas pelo vento e pela chuva na paliçada.


Taparam-se todos os buracos rapidamente, pois a imperturbável menina dirigia os trabalhos, e com as próprias mãos ajudava a fincar as estacas.


Os criados acompanhavam sua comandante com solicitude e diligência. Esqueceram-se de que não passava de uma menina, e ela, que tinha nas veias sangue de generais, assumiu o comando com a facilidade e tranqüilidade de quem nasceu para mandar.


Aos meninos que ainda choravam, disse com severidade:

Calem-se, senão acabaremos morrendo todos! Calem-se, ouviram? E os meninos, ante o tom tranquilo da irmã, pararam de chorar. Leve-os para dentro até que passe o medo! ordenou Madalena a uma das mulheres.


Dirigiu-se em seguida para a passagem subterrânea que ligava o forte ao depósito, a fim de ver como estava a munição. Encontrou dois criados, acocorados a um canto. Um deles segurava, com mão trêmula, um castiçal com uma vela acesa.


Que fazem aqui? indagou a menina. Uma chispa que caia naquele monte de pólvora é suficiente para fazer-nos voar pelos ares!


Apague já essa vela!


O homem murmurou algumas palavras sobre fazer o forte explodir para não cair em mãos daqueles demônios vermelhos que tanto gritavam, e apagou a vela com as pontas dos dedos.

exclamou Madalena. Saiam já daqui! E pegando um fuzil, obrigou os dois medrosos a se levantarem.


Covardes!  Depressa! Armem-se e vão ocupar seu lugar na paliçada!


Nisso, seus dois irmãos apareceram na porta do forte.


Luís! Alexandre! exclamou ela.  Apanhem também seus fuzis. Vocês já sabem atirar.


Em seguida, reuniu os criados e indicou a cada um o lugar que devia ocupar para a defesa.


Não há tempo a perder! Façam boa pontaria e atirem, pois os índios já se estão reunindo em torno do forte! Vamos!


Os fuzis disparavam em rápida sucessão. Através de um buraco camuflado Madalena viu os selvagens correrem para pôr-se ao abrigo da floresta. Três formas desnudas jaziam estendidas por terra.


Depressa! ordenou Madalena. Disparem o canhão!


Sim, mas iremos desperdiçar munição! respondeu um dos homens. Não poderemos atingir nenhum deles.


Não faz mal! retrucou a jovem, decidida. Façam o que estou

mandando. Isso os intimidará.


Troou o canhão.


A tática produziu evidentemente o efeito desejado. Passaram-se as horas, uma atrás da outra, sem que os selvagens dessem sinais de sua presença na floresta. Mas Madalena manteve severa vigilância. Já ao entardecer, as sentinelas viram uma canoa, que se dirigia para a curva do rio.


— O colono La Fontaine vem descendo o rio! gritou um dos meninos.


― Deve estar fugindo dos índios. disse Madalena.


Aqui não poderão entrar! observou um dos homens. Assim que saltarem, serão fatalmente atacados pelos índios e trucidados. E assim falando, põe-se a examinar a canoa através do buraco na paliçada. São seis ao todo, mulheres e crianças. Acrescentou.


Madalena, de sobrecenho franzido, disse impacientemente:

Não podemos permitir que os índios os matem! E apertando o fuzil entre as mãos, acrescentou resoluta:


- Já sei o que devo fazer! Vou ao encontro deles!


- Não, não deve fazer isso! Não saia! exclamaram todos os outros, cercando-a. Mas a valente menina não ligou para nada e nem para ninguém.


Os índios pensarão que estou querendo levá-los a uma emboscada e o mais provável é que me deixem passar sem molestar-me disse.


E passando pela porta, dirigiu-se resolutamente, fuzil ao ombro, para o pequeno cais.


Na floresta próxima não se notava movimento algum, pois, como ela imaginara, os índios pensaram realmente que sua saída representasse um ardil iminente para fazê-los cair em uma emboscada.


Bem-vindo seja, La Fontaine disse Madalena. Os iroqueses estão escondidos na mata. Vocês vão caminhar atrás de mim, de dois em dois, até chegarmos ao forte. Não se apressem.


O pequeno grupo chegou são e salvo à paliçada.


As sentinelas, postadas durante toda a noite ao redor dela, gritavam de vez em quando: Sentinela alerta!


A sentinela encarregada do depósito de munição respondia: Alerta está!


Desse modo faziam os índios pensar que havia no forte a guarnição necessária à sua defesa e eles não se atreveram a atacá-lo. A certa altura dos acontecimentos, Madalena ouviu um ruído suave, como se algo roçasse nas portas.


Parece o ruído que o gado faz ao voltar do campo uma das sentinelas murmurou.


Não sei replicou ela, em tom de dúvida. Os índios apelam para

muitos ardis. Podem muito bem estar escondidos entre as reses, disfarçados com peles.


A menina encaminhou-se cautelosamente para o portão e, abrindo-o um pouco, meteu a mão para fora. Um focinho fresco e úmido veio acariciá-la e, já tranqüilizada, abriu o portão em par para que as vacas pudessem passar rapidamente.


— Queridinhas! exclamava com doçura, e enquanto passavam, tocava com a mão o úmido focinho de cada uma. Não havia nenhum índio escondido entre elas. Entraram todas e Madalena tornou a fechar a porta com o ferrolho.


Assim foram passando os dias até que transcorreu uma semana inteira. De vez em quando viam índios contemplando o forte de longe. Como o julgavam muito bem defendido, não se atreviam a atacá-lo. O dia todo e a noite inteira, durante sete horríveis e intermináveis dias, as sentinelas postadas no interior permaneceram firmes em seus postos.


No fim do sétimo dia, quando parecia que já não tinham mais forças para resistir, chegaram os tão esperados reforços. Era de noite e Madalena se achava na sala central do forte, com a cabeça reclinada sobre uma mesa, dormindo. Uma das sentinelas aproximou-se e chamou-a, dizendo com ar de preocupação:


Estou ouvindo um ruído estranho no cais! 

Que aconteceu? exclamou Madalena de um salto, pondo-se de pé e correndo para a paliçada. Naquele instante o som de uma pancada forte veio misturar-se aos ruídos noturnos da floresta.


Quem vive? perguntou a sentinela.

Quem vive? repetiu Madalena.

— França! Tropas de socorro! responderam.


Em poucos instantes todos se reuniram e abriram o portão. A frente de sua companhia, um jovem tenente entrou no forte. Madalena adiantou-se, fuzil na mão e cabeça erguida.


Senhor, entrego-lhe o forte. Mais um pouco e chegaria tarde demais. Após tão inquietante expectativa, meus homens estão exaustos.


De repente, sentiu que o esforço daqueles dias horríveis tinha sido demasiado para ela. Esqueceu-se de que fora a severa comandante de uma guarnição, lembrando-se apenas de que era uma menina e que estava muito cansada. Ato contínuo, vencida pela fadiga e pela emoção, cobriu a cabeça com as mãos e começou a chorar.


O tenente tomou-a nos braços e a levou para seu quarto.


- Pobre menina, valente e admirável no perigo!, disse. Já é tempo de dormir e descansar.



FIM


Fonte: "Feitos heróicos | A MENINA QUE SALVOU UM FORTE - Madalena" in Enciclopedia Portuguesa (1988).



🔉️(893)_COMO ALIMENTEI 50 GALINHAS SEM GASTAR UM CENTAVO (Canal Investindo no Galinheiro Brasil)


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**DA POBREZA À RIQUEZA: COMO ALIMENTEI 50 GALINHAS SEM GASTAR UM CENTAVO**



Meu amigo, minha amiga que tá aí do outro lado, chega mais, que hoje o assunto é bom demais! Se você cria galinha, quer criar, ou simplesmente gosta de ouvir uma boa história de superação, essa aqui é pra você. Prepare o café, puxa a cadeira e vem comigo, porque eu vou te contar como um homem simples, sem dinheiro e quase desistindo da vida na roça, conseguiu transformar dificuldade em fartura… e tudo isso **alimentando 50 galinhas sem gastar um centavo**.


Parece conversa de rádio do interior? Pois é, mas é verdade verdadeira.


## **O COMEÇO DE TUDO – QUANDO A VIDA APERTA**


Você sabe como é… vida na roça não é fácil. O camarada da nossa história herdou um pedacinho de terra, mas dinheiro mesmo… ah, isso não tinha não. O sonho dele era criar galinhas, como os avós faziam. Só que quando foi ver o preço da ração… quase caiu pra trás! E quem cria sabe: hoje em dia manter galinha com ração comprada é um sufoco.


Mas como todo brasileiro teimoso e cheio de fé, ele disse:


**"Eu não vou desistir."**


E não desistiu. Começou com 10 galinhas que um vizinho ia jogar fora — e daí nasceu tudo.


## **A NATUREZA COMO PROFESSORA**


O que ele fez? Observou. Isso mesmo. Parou, respirou fundo e perguntou ao mundo: “Como os antigos faziam?”. Lembrou dos avós, que não tinham ração industrial e mesmo assim tinham galinhas fortes, botadeiras e saudáveis.


E aí começou a revolução.


## **1. A COZINHA VIROU OURO**


Tudo que iria pro lixo passou a virar comida de galinha:


* casca de batata

* casca de abóbora

* resto de verdura

* casca de ovo triturada

* fruta passada


Tudo isso é banquete pra bicho!


## **2. O TESOURO DAS FEIRAS**


Ele foi conversar com feirantes e adivinha?

Começou a receber **sacoladas de frutas e verduras** que seriam jogadas fora.


Feirante feliz porque não precisa pagar descarte.

Criador feliz porque tem comida fresca.


## **3. PLANTAS ESPONTÂNEAS – A COMIDA QUE BROTA DO CHÃO**


Aí é que tá o segredo que quase ninguém vê. A natureza é farta mas o povo não repara:


* tiririca

* capim nativo

* beldroega

* mato comum de beira de estrada


Tudo isso é alimento de primeira.


Todo dia ele saía com um saco na mão, catando mato que muita gente chama de “praga”. As galinhas? Comiam com gosto.


## **4. ÁRVORES QUE ALIMENTAM**


Ele plantou:


* moreira

* leucena

* bananeira

* mandioca

* batata-doce

* inhame


As folhas, os frutos que caem, as ramas… tudo vira comida.

E o melhor: **crescem sozinhas**.


## **5. O SEGREDO DAS LARVAS**


Aqui entra a parte que muita gente torce o nariz… mas funciona!


Ele fez um tambor de compostagem.

As moscas botam ovo ali.

Nasce uma multidão de larvas.


É proteína purinha.

As galinhas ficam malucas.


## **6. INSETOS NATURAIS – PROTEÍNA QUE O MATO OFERECE**


Ele começou a virar tronco, levantar pedra, quebrar toquinho seco… e descobriu um mundo de:


* cupins

* formigas

* tatuzinhos

* besouros


Galinhas amam.


Até luz noturna ele colocou pra atrair insetos — virou festa no galinheiro.


## **7. FERMENTAÇÃO – UM SALTO NA QUALIDADE**


Restos vegetais + água + alguns dias =

**Super alimento fermentado** cheio de probióticos.


Resultado: galinha mais saudável, ovo mais forte, gema mais laranja.


## **8. O JARDIM DAS GALINHAS**


Ele plantou:


* girassol

* abóbora

* melancia

* milho

* sorgo


E sabe o melhor? Ele deixa uns frutos apodrecerem no chão. As sementes germinam sozinhas.

É comida que se renova sem esforço.


## **9. A FORÇA DAS PARCERIAS**


Ele conversou com:


* padarias → ganha pão amanhecido

* peixarias → ganha vísceras e peixe não vendido

* restaurantes → restos apropriados pra galinha


Tudo de graça.


## **10. MINHOCÁRIO – A PROTEÍNA DO SUBSOLO**


Ele montou caixas com terra e restos orgânicos.

As minhocas se multiplicam.

Metade vira comida, metade vira adubo para as plantas que alimentam as galinhas.


Ciclo perfeito.


## **11. PASTO ROTACIONADO**


Ele dividiu o terreno em áreas.

Enquanto as galinhas estão numa área, as outras descansam e brotam de novo.


Assim, sempre tem comida fresca.


## **12. FRUTAS DO CHÃO**


Manga caída, goiaba machucada, jabuticaba passada…

Tudo isso vai pras aves.


## **13. ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL**


Galinha que cisca é galinha feliz.

Ele colocou:


* montes de folhas

* troncos

* galhos

* pilhas de capim seco


Elas passam o dia caçando insetos ali.


## **14. PLANTAS MEDICINAIS**


Ele plantou:


* alho

* cebola

* hortelã

* orégano


Mistura na água, no alimento.

É remédio natural contra parasitas e doenças.


## **15. ÁREA ÚMIDA ARTESANAL**


Lavou roupa? Lavou louça?

A água vai pra uma área de solo sempre úmido.

Lá brotam minhocas e insetos em abundância.


## **16. SEMENTES CRIOULAS**


Ele planta variedades antigas de milho e sorgo, mais fortes e nutritivas.


## **17. COLETA DE LESMAS E CARACÓIS**


Depois da chuva ele sai com uma lanterna.

Tudo rico em proteína.


## **18. A COMUNIDADE PARTICIPA**


Vizinho traz resto de comida, fruta passada, capim cortado…

Todo mundo ajuda porque sabe que o destino é bom.


## **19. SILAGEM CASEIRA**


Nos tempos de fartura ele guarda plantas verdes compactadas em tambores.

É comida para época de seca.


## **20. INTEGRAÇÃO COM OUTROS ANIMAIS**


Coelhos, ovelhas…

As sobras deles alimentam as galinhas

e as galinhas adubam o pasto deles.


## **21. APIÁRIO COMO PARCEIRO**


Abelha morta? Favo velho?

Tudo vira proteína pra galinha.


## **UM SISTEMA QUE TRABALHA SOZINHO**


Cada elemento tem mais de uma função.

Nada se perde.

Tudo se transforma.


O resultado?


* galinhas fortes

* ovos de gema laranja

* criação saudável

* praticamente zero custo


Hoje o homem vive do ovo que vende.

Tem fila querendo comprar.

E ele virou referência na região.


## **A TRANSFORMAÇÃO**


Mais do que ganhar dinheiro, ele ganhou:


* saúde

* paz

* autonomia

* autoestima

* propósito


As galinhas mudaram a vida dele — e ele mudou a vida de muita gente ensinando esse sistema.


## **MENSAGEM FINAL DO LOCUTOR**


Meu amigo, minha amiga…

Se esse homem conseguiu sair do buraco, você também consegue. Não precisa fazer tudo de uma vez. Comece pequeno:


* recolha restos

* plante uma árvore

* use o que a feira joga fora

* faça uma composteira

* observe a natureza


A riqueza está aí, debaixo do seu nariz, escondida nos cantos do seu terreno, no mato que você pisa, na fruta que cai no chão.


A natureza é farta. Basta saber conversar com ela.


E lembre-se:

**galinha bem alimentada paga o criador.**

E paga mesmo.


Que Deus abençoe sua criação, sua família e sua jornada.


Fim

Fonte: vídeo "Da pobreza à riqueza Como alimento minhas 50 galinhas sem gastar um centavo"  in  https://youtu.be/vWPRLmN-CM0  |  Canal Investindo no Galinheiro Brasil



🔉️(892)_PROJETO ANTIFACÇÃO aprovado na Câmara dos Deputados [Política] (Derrite)


 


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Derrite: PROJETO ANTIFACÇÃO aprovado na Câmara dos Deputados


Hoje nós entregamos ao país o projeto mais duro e eficaz contra o crime organizado que esta nação já viu. E digo aqui, olhando nos olhos de cada um que está assistindo, pela primeira vez na história deste país aprovamos uma lei que permite que um líder do primeiro comando da capital cumpra 40 anos de prisão em regime fechado em presídio federal de segurança máxima, sem visita íntima, sem progressão do regime de cumprimento de pena sem indultos, sem anistia e sem liberdade condicional. Pela primeira vez, um criminoso do comando vermelho, que fecha a favela com barricadas, que atira com fuzis, que usa drones para jogar granadas contra nossos heróis da segurança pública vai cumprir 30, 40, 50 anos de cadeia. 


E vai cumprir de verdade. E pela primeira vez, o filho de um faccionado e um membro de organização criminosa deixará de receber auxílio reclusão quando seu pai for preso. Auxílio este que eu defendo para a família da vítima, não para a família de quem escolheu a vida do crime.


Mas o avanço não para por aí. Este projeto traz uma inovação gigantesca que muda o jogo contra o crime organizado. Agora será possível bloquear bens, carros, imóveis, criptomoedas, dinheiro em conta, cartões de crédito e débito, PICs, tudo. 


Ainda na fase de inquérito. Antes mesmo de terminar o processo. Isso é um divisor de águas. 


É cortar o dinheiro do bandido no momento em que ele ainda precisa dele. É tiro certeiro no coração financeiro das organizações criminosas. É asfixia financeira real.


Sem dinheiro, não tem arma. Sem arma, não tem domínio territorial. Sem domínio territorial, não tem organização criminosa ou facção comandando a vida das pessoas de bem.


Isso. Todas essas previsões legais foram fruto de uma grande construção política. Utilizei, sim, dos meus 23 anos como profissional de segurança pública.


E três anos especificamente à frente da pasta da Secretaria de Segurança Pública, do estado mais populoso do Brasil, para trazer para o papel toda a experiência de quem realmente vive a realidade diariamente. E neste ponto, eu quero deixar aqui registrado, desde o início eu coloquei o meu gabinete, o meu tempo, o meu trabalho à disposição do diálogo. Conversei com quase todos os líderes desta casa, de direita, de centro, de esquerda, que se dispuseram a contribuir.


Conversei com delegados, com policiais militares, com promotores, com juízes, com criminalistas e especialistas reais em segurança pública. Foram dezenas e dezenas de reuniões. Desde o começo deixei claro.


Meu primeiro texto era um ponto de partida. Nunca foi uma linha de chegada. E com humildade fui ouvindo, incorporando sugestões e consolidando o relatório ainda mais forte.


O resultado é que 95% do texto aprovado hoje é exatamente igual ao meu primeiro texto. E os 5% restantes surgiram de ideias que verdadeiramente fortalecem o combate às organizações criminosas ultra-violentas e principalmente à asfixia financeira desses grupos criminosos. E aqui eu faço questão de citar algumas dessas melhorias que nós incluímos nos pareceres que sucederam primeiro.


Como sugestão de membros do Ministério Público de vários estados brasileiros. Criamos uma ação civil paralela ao processo criminal, que permite perseguir permanentemente o patrimônio do faccionado. Aliás, essa ação é imprescritível. 


Não acaba nunca. Incluímos a criação de bancos de dados regionais e estaduais conectados ao Banco Nacional de Organizações Criminosas Ultra-Violentas para melhorar o controle e rastreamento dos criminosos. Colocamos uma causa de aumento de pena para bandidos que usam drones, georreferenciamento, contra-inteligência e equipamentos avançados, porque o crime se modernizou e nós também precisamos modernizar a legislação.


Incluímos a possibilidade de perdimento imediato de bens apreendidos por órgãos como a Receita Federal, especialmente cigarro contrabandeado e mercadorias usadas para financiar facções. E destinamos os valores e bens apreendidos diretamente para os fundos estaduais Distrito Alto Segurança Pública e para o Fundo Nacional Segurança Pública. E aqui eu preciso destacar uma narrativa absolutamente mentirosa, que foi espalhada por algumas lideranças políticas de que este projeto retiraria poder da Polícia Federal.


Uma distorção da realidade, friamente calculada, criada para tentarem enfraquecer um trabalho que vinha sendo feito de forma técnica e com diálogo. Afirmo expressamente, o texto mantém integralmente a competência investigativa da Polícia Federal e ainda fortalece mecanismos de investigação. Nada, absolutamente nada, foi retirado da Polícia Federal.


Aliás, no meu texto que foi aprovado hoje, a única menção feita à Polícia Federal é para dizer que, quando a Polícia Federal participar das operações bens apreendidos de facções, serão destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública. Afinal, o dinheiro do crime tem que financiar a derrota do crime. E quem disser o contrário está distorcendo o texto de propósito.


Está fazendo política em cima de um tema que deveria ser de Estado e não de partidos políticos. Até o momento, permaneci calado diante de todos esses ataques, pois, repito, eu queria um texto suprapartidário, técnico e com resultados práticos e reais para o brasileiro que clama todos os dias por mais segurança. Minha preocupação sempre foi resolver o problema do Brasil, onde um a cada quatro brasileiros lamentavelmente vivem sob o domínio e o terror do crime organizado.


Sob um Estado paralelo, com tribunais do crime e rotina diária de violência. Mas passado a tramitação nesta Casa, há um ponto que quero deixar muito bem registrado. Embora tenha me colocado publicamente à disposição para o diálogo, bem como por intermédio de emissários, em nenhum momento, e eu repito, nenhum momento, recebi contato ou tentativa de conversa da Secretaria de Relações Institucionais do Governo Federal, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do líder do partido do Presidente da República na Câmara dos Deputados ou da própria Presidência da República.


Busquei diálogo com todos indiretamente, mas o governo não tinha intenção de debater um projeto para o país. Queria politizar, escolheu distorcer e atacar, preferiu criar mentiras e falsas narrativas ao invés de discutir soluções para um problema tão sério para o Brasil. Em nenhum momento pensou no povo, mas em conseguir cortes para alacar nas redes sociais.


Aliás, usando as redes oficiais do governo, diga-se de passagem. Hoje, a razão de tudo isso, para mim, é muito clara. O governo tentou impedir a evolução de um projeto porque mandou para esta Casa um texto fraco e benevolente com o crime organizado.


No qual, um membro de facção criminosa que trafica, que faz famílias reféns na favela, que ataca nas comunidades, que mata policiais em serviço, poderia ser submetido a uma pena de um ano e oito meses em regime aberto. É a figura do faccionado privilegiado que nós extinguímos do nosso texto. Não é isso que a população espera.


Um projeto que mantinha as penas baixas, que não endurecia o regime de cumprimento de pena, que, aliás, sequer tocava no tema progressão de regime. Não mexia em nenhum benefício, como anistia ou liberdade condicional. Não tratava de tomar o patrimônio do faccionado.


Em suma, não trazia os mecanismos necessários para resolver efetivamente o problema. Um projeto nitidamente alinhado com uma lógica equivocada, que trata um traficante como vítima do usuário. Que veta... Aliás, foi o governo federal que vetou o projeto que acabava com as saídas temporárias de preso.


Foi esse governo que vetou o projeto. Que, coincidentemente, eu também tive a honra de ser o relator nessa Câmara dos Deputados. E que enxerga, infelizmente, o bandido como vítima da sociedade.


Não são. O projeto aprovado hoje, este sim, é eficaz e principalmente prejudica o bandido. Cria onze figuras típicas que punem duramente o faccionado, que cobra pedágio de serviço dos moradores, que estoura caixas eletrônicos, que ataca carros fortes, que ataca penitenciárias, que fecha comunidades com barricadas, que usa fuzis e armamentos de guerra, como drones, como armas, que mata os nossos heróis policiais, entre outros.


Prever penas duras, de 20 a 40 anos, podendo chegar até 66 anos de condenação para os líderes. Enquanto o projeto do governo apenas começava com um ano e oito meses. O que é uma excrescência no meu ponto de vista.


Pois, além de excessivamente baixa para gravidade do delito, pode retroagir para beneficiar quem já está preso, provocando um desencarceramento em massa. Além disso, o PL aprovado hoje prevê que, no mínimo, 70% da pena seja cumprida em regime fechado. Podendo chegar a 85% da pena.


Enquanto o governo fingiu em seu PL não existir o tema de progressão de regime. Lembrando que a pena mais dura está prevista na lei de crimes hediondos. 40% da pena. 


Estamos aumentando de 40% para 70% da pena cumprimento em regime fechado. Ademais, reitera benefícios, enquanto o governo, mais uma vez, se silencia. Mais do que nunca, lugar de bandido será na cadeia.


Em suma, o nosso texto traz o mundo real para o mundo penal. Bate onde dói, no bolso, na liderança, na hierarquia, no patrimônio e na liberdade. Esse projeto devolve ao Estado a capacidade de enfrentar organizações criminosas ultra-violentas de igual para igual.


E mais do que enfrentar, a possibilidade de vencer. Foi uma árdua luta até aqui. E não cheguei nesse resultado sozinho.


E neste ponto, eu preciso fazer agradecimentos especiais a duas pessoas que foram primordiais nesse processo. Primeiro, e o mais importante, ao presidente Hugo Mota, cuja postura de verdadeiro estadista permitiu que esta relatoria fosse conduzida com independência, com coragem e responsabilidade. Quando disputou a presidência desta casa, o então deputado Hugo Mota buscou e recebeu apoio da bancada da segurança.


Apoio este que inclui deste relator, que o fez publicamente diversas vezes. E hoje ele devolve essa confiança, com grandeza, entrega e senso de dever. Hugo Mota não apenas cumpriu sua palavra.


Ele a honrou. Conduziu este projeto pensando exclusivamente no Brasil, sem ceder a pressões, sem permitir que interesses menores tentassem transformar segurança nacional em palanque ou disputa partidária. Sua firmeza, sua redidão e seu compromisso com a verdade dos fatos foram determinantes para que o relatório chegasse forte ao plenário.


E mais do que isso, Hugo Mota ajuda a entregar hoje aquilo que será lembrado como o maior legado legislativo contra o crime organizado na história do Parlamento Brasileiro. Seu nome ficará marcado como o líder que escolheu enfrentar o problema. E não contorná-lo.


Que escolheu proteger o país, e não buscar conveniências políticas. A ele, meu respeito, minha gratidão e o reconhecimento público por ter liderado este processo com a responsabilidade que o Brasil exige. Além disso, se hoje eu estou aqui nesta casa, relatando um projeto dessa magnitude, é porque eu tive o apoio e a confiança de um grande gestor, o governador Tarcísio de Freitas.


Foi ele quem me deu a oportunidade de me licenciar da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo para reassumir aquilo que o povo paulista me entregou, o meu mandato parlamentar, e continuar lutando contra o crime organizado também aqui no Parlamento. E aqui uma ressalva especial, eu agradeço muito a oportunidade de poder trabalhar ao longo desses três anos com um gestor idealista, competente e inteligente da qualidade do governador Tarcísio de Freitas, que também, em alguns momentos, foi atacado, até no plenário, dizendo que estaríamos politizando. Em momento algum, de forma ética, interferiu no relatório, mas, mais uma vez, com senso de responsabilidade, quando me libera consenso para voltar e relatar um tema desta magnitude com o risco inerente a quem se predispõe a colocar um texto dessa forma, o governador Tarcísio de Freitas só prova aquilo que eu sou testemunha ocular há três anos.


A pauta da Segurança Pública, para ele, não é só prioridade eleitoral, é uma prioridade real de entregar para a população brasileira. E se hoje existe o secretário de RIT, foi porque o governador Tarcísio de Freitas confiou essa missão de conduzir a maior pasta da Secretaria de Segurança Pública do país a um parlamentar de segundo mandato, muitas vezes contestado à época, que hoje entrega os melhores resultados da história do Estado de São Paulo. A maior redução de roubos, a maior redução de homicídios, a maior redução de latrocínios, a maior redução de roubo de cargas, e o resto são narrativas.


E faço uma menção especial ao deputado Zucco, deputado Hélio, todos os parlamentares, deputado Sanderson, que se hoje existe um secretário de RIT que lhe foi confiado a missão, só existe porque lá atrás um presidente chamado Jair Messias Bolsonaro confiou a missão no Ministério da Infraestrutura a um jovem, técnico e preparado ministro Tarcísio de Freitas. Tarcísio sempre apoiou a importância desse enfrentamento e dessa vez não foi diferente. Por fim, termino dizendo o que está no coração desse projeto e no coração do povo brasileiro.


O tempo da impunidade acabou. O Brasil deu hoje um passo gigantesco para recuperar seu território, sua paz e sua segurança. Este é um recado direto ao crime organizado.


Acabou. Acabou seu domínio. Acabou o seu conforto.


Acabou o seu dinheiro. Acabou a sua farra. O Estado brasileiro voltou.


E voltou com força, com lei, com coragem e com o respaldo de milhões de brasileiros. E aqueles que tentaram nos atrapalhar de diversas maneiras. Que fique claro este recado de 370 votos favoráveis do plenário.


É mais do que um recado. É um recado direto. Nós estamos apenas começando.


Que Deus abençoe esta casa, abençoe cada família brasileira. Muito obrigado.



Fim

Fonte:  vídeo "“O tempo da impunidade acabou”, celebra Derrite após aprovação do projeto antifacção - 18/11/25"  in  https://youtu.be/-FTf7u5yp1w  |   Canal Câmara dos Deputados

(Transcrito por TurboScribe.ai.)


(891)_INVESTINDO NA PRÁTICA [Palestra](Alberto Pompeu)

 


**AULA 01 - COMO MONTAR UMA CARTEIRA DO ZERO**


O que eu sempre faço antes de qualquer conteúdo? Isso mesmo, ORAÇÃO, então vamos lá...


Senhor, antes de qualquer palavra sobre dinheiro, investimentos ou estratégias, nós queremos te agradecer. Obrigado por mais um dia de vida. Obrigado pela oportunidade de estarmos aqui, buscando sabedoria, direção e transformação. Nós sabemos que tudo vem de Ti, inclusive o recurso que passa pelas nossas mãos. Por isso, te pedimos: Que o Senhor nos dê clareza para enxergar além do óbvio, discernimento para tomar as melhores decisões, e sabedoria para construir não apenas patrimônio, mas também um legado de paz, honra e propósito. Que tudo o que aprendermos aqui hoje sirva para abençoar nossas famílias, multiplicar aquilo que já temos, e nos aproximar do futuro que o Senhor sonhou pra nós.

**AMÉM!**


Bora para o conteúdo! Você está preso na Corrida dos Ratos?


Você já parou para pensar em como passa seus dias? Acorda cedo, enfrenta o trânsito, trabalha durante horas, volta para casa exausto e, quando olha para sua conta bancária no final do mês, parece que o dinheiro simplesmente evaporou? Se essa rotina soa familiar, você pode estar preso no que chamamos de "corrida dos ratos".


Essa expressão descreve perfeitamente o ciclo vicioso em que a maioria das pessoas se encontram: trabalham para pagar contas, pagam as contas para poder continuar trabalhando. O salário entra e sai com a mesma velocidade, deixando pouco ou nenhum recurso para construir patrimônio.


O resultado?


Estresse constante, frustração crescente e aquela incômoda sensação de estar sempre no mesmo lugar, não importa o quanto você se esforce. É como ser um hamster em sua rodinha: você corre, corre e corre, gasta muita energia, sua rodinha até gira rapidamente, mas no final do dia, você continua exatamente no mesmo lugar. A diferença é que, enquanto o hamster parece feliz em sua rodinha, você provavelmente sente que merece mais da vida do que apenas sobreviver de um contracheque ao outro.


Mas aqui vai uma verdade que pode mudar sua perspectiva: existe sim um caminho para sair dessa corrida, e ele não é exclusivo para os ricos, nem exige um diploma em economia. O mundo dos investimentos não é esse monstro complicado que muitos fazem parecer. Na realidade, as estratégias mais eficientes são frequentemente as mais simples e acessíveis para qualquer pessoa. É aqui que entra a "Estratégia Feijão com Arroz" de investimentos. Assim como esse prato básico da culinária brasileira é nutritivo e completo na sua simplicidade, uma estratégia de investimentos não precisa ser elaborada ou complexa para ser eficaz. Com alguns princípios fundamentais e ações consistentes, você pode construir uma carteira sólida que trabalha para você enquanto dorme, criando aquela margem financeira que parecia tão distante.


Pense nisso: se você investir apenas R$ 300 por mês (o equivalente a R$ 10 por dia) com um retorno médio de 12% ao ano, em 25 anos terá acumulado mais de R$ 560.000. Com os investimentos certos, esse patrimônio acumulado te renderia algo em torno de R$ 5.000 todos os meses na sua conta, isento de imposto de renda. Como seria a sua vida se, a partir de hoje, você recebesse esse dinheiro todo dia 05 na sua conta sem precisar trabalhar por ele? Esse é o poder dos investimentos simples e consistentes. Lembre-se: cada jornada de mil quilômetros começa com um único passo. Não importa se você ganha um salário mínimo ou está endividado hoje – a liberdade financeira é um caminho possível para todos que estão dispostos a aprender e agir. A decisão de sair da rodinha está nas suas mãos, e pode começar agora mesmo.


### A realidade: O custo de ficar parado


Você já sentiu que, mesmo trabalhando duro e ganhando mais, o dinheiro nunca parece ser suficiente? É como se estivesse em uma esteira: corre, corre, mas não sai do lugar. Isso, meu amigo, é a famosa "corrida dos ratos" – aquele ciclo vicioso onde quanto mais você ganha, mais gasta, mantendo-se sempre no mesmo ponto financeiro (ou pior). Esta corrida tem um roteiro previsível. Você recebe um aumento, logo em seguida aumenta seu padrão de vida. Compra um carro melhor, muda para um apartamento maior, passa a frequentar restaurantes mais caros. Em pouco tempo, aquele aumento que deveria trazer alívio financeiro já foi completamente absorvido por novas despesas. E assim o ciclo se perpetua.


Quer saber se você está nessa corrida? Veja se reconhece estes sinais:


* Suas contas chegam antes mesmo do salário acabar.

* Não possui uma reserva de emergência que cubra pelo menos seis meses de despesas.

* Você nunca consegue poupar uma parte fixa do seu salário todo mês.

* Usa o cartão de crédito para "esticar" o salário até o fim do mês.

* Sente um frio na barriga quando pensa em perder o emprego.

* Sempre acha que seus problemas acabariam se ganhasse "só um pouco mais".


Mas há um inimigo ainda mais silencioso do que o gasto excessivo: o custo de não fazer nada. O dinheiro parado na conta corrente, ou mal investido (na poupança!), é como um sorvete fora do freezer: derrete aos poucos, e quando você percebe, já perdeu grande parte dele. Isso acontece por causa da **INFLAÇÃO**. Pense na inflação como uma "taxa de desvalorização" do seu dinheiro.


Se você tem R$ 100 hoje e a inflação anual for de 5%, daqui a um ano esses mesmos R$ 100 comprarão apenas o equivalente a R$ 95 em mercadorias e serviços de hoje. Para visualizar melhor: R$1.000 guardados embaixo do colchão há 10 anos teriam hoje um poder de compra de aproximadamente R$ 550, considerando a inflação média brasileira. É como se alguém tivesse roubado quase metade do seu dinheiro!


Vamos a um exemplo prático: se você deixou R$ 10.000 na poupança há 5 anos, com um rendimento médio anual de 4%, teria hoje cerca de R$ 12.166. Parece bom, não? Mas se a inflação média no período foi de 6% ao ano, o poder de compra real desse valor seria equivalente a apenas R$ 9.226 em valores iniciais. Você perdeu quase R$ 800 em poder aquisitivo, mesmo achando que estava "guardando dinheiro"! É por isso que ficar parado financeiramente não é apenas estacionar – é andar para trás.


**A boa notícia?**


Existem maneiras simples e seguras de vencer este jogo, com investimentos que superam a inflação sem grandes riscos — e é exatamente isso que vamos explorar daqui para frente. Tomar as rédeas da sua vida financeira não é uma opção, é a única saída para quebrar as correntes da corrida dos ratos e começar a construir liberdade financeira real.


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### **A estratégia Feijão com Arroz**


Você já se pegou pensando que investir é “coisa de economista”? Ou que precisa de uma pequena fortuna para começar? Talvez acredite que seja necessário entender gráficos complexos e siglas misteriosas? Esqueça tudo isso! A verdade é bem mais simples: qualquer pessoa — sim, isso inclui você — pode e deve investir seu dinheiro.


E é aí que entra a **Estratégia "Feijão com Arroz"** que vou compartilhar com você.

Não é nada mirabolante ou revolucionário, mas é exatamente isso que a torna tão poderosa. Esta abordagem descomplicada foi criada especialmente para quem está dando os primeiros passos nesse universo dos investimentos, sem complicações desnecessárias.


**Por que "Feijão com Arroz"?**


Pense no prato mais tradicional da mesa brasileira: o feijão com arroz. É simples, não é?

Mas também é nutritivo, acessível e forma a base de uma alimentação saudável.

A minha estratégia de investimentos funciona exatamente assim!

É a base fundamental sobre a qual qualquer pessoa pode construir toda a sua vida financeira — sem firulas, sem modismos, apenas o essencial que realmente funciona.


E PARA FICAR CLARO...

A Estratégia Feijão com Arroz é simples de entender e aplicar: é como amarrar os sapatos; depois que você aprende, faz no automático.


* É focada em diversificação e longo prazo: assim como não comemos apenas um alimento, não colocamos todo dinheiro em um só lugar;

* É acessível a qualquer bolso: você pode começar com R$ 10 por mês (o valor de um lanche);

* Prioriza segurança com crescimento consistente: como uma panela de pressão, que cozinha lentamente, mas com eficiência garantida;

* É centrada em ativos de qualidade: preferimos poucos ingredientes bons do que muitos de qualidade duvidosa;

* Não é fórmula para enriquecer da noite para o dia: se alguém promete isso, desconfie;

* Não envolve especulação ou “adivinhar o mercado”: não somos videntes financeiros!;

* Não busca o “pulo do gato” ou a “dica secreta”: na verdade, os princípios de investimento bem-sucedido são conhecidos há décadas;

* Não exige monitoramento obsessivo: você não precisa olhar cotações todos os dias;

* Não requer diploma em economia: os conceitos essenciais cabem em uma folha de papel.


Esta estratégia é como aquela receita de família que passa de geração em geração — não é sofisticada para impressionar chefs, mas sempre funciona e nunca sai de moda.


No mundo dos investimentos, os maiores patrimônios normalmente são construídos com paciência e consistência, não com apostas arriscadas. Como diria Warren Buffett, um dos maiores investidores de todos os tempos:


> “O risco vem de não saber o que você está fazendo.”


Com a estratégia Feijão com Arroz, você saberá exatamente o que está fazendo, por que está fazendo, e caminhará com muito mais segurança rumo à sua liberdade financeira.


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### **Montando a base: OS 4 PILARES DA CARTEIRA ‘Feijão com Arroz’**


Imagine sua carteira de investimentos como um prato bem servido.

Assim como não comemos apenas arroz ou só feijão, não devemos colocar todo nosso dinheiro em um único tipo de investimento.

Uma carteira equilibrada e resiliente precisa de diferentes “ingredientes” trabalhando juntos.

É isso que chamo de estratégia "Feijão com Arroz" — simples, nutritiva e que funciona para qualquer pessoa.

Vamos conhecer os quatro pilares essenciais que formarão a base sólida dos seus investimentos:


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#### **PILAR 01: Renda Fixa**


**O Escudo da sua carteira**


A Renda Fixa funciona como um empréstimo: você “empresta” seu dinheiro para o governo ou empresas e recebe juros em troca.

É como o alicerce de uma casa — talvez não seja a parte mais empolgante, mas sem ele, toda a estrutura fica comprometida.

Este pilar é também a sua proteção.

Quando o mercado de ações está em turbulência, é a Renda Fixa que mantém sua carteira estável, sem grandes quedas.

Isso acaba sendo útil tanto para você não perder tanto nas grandes crises, quanto para proteger o seu emocional.


Em momentos de estresse, eu já vi a bolsa cair mais de 50% em poucas semanas.

Dificilmente isso vai acontecer com a renda fixa e, dependendo dos títulos que você escolher, essa parte da sua carteira nunca ficará no negativo.

Ela também serve como sua **reserva de emergência**, oferecendo **liquidez** (capacidade de transformar em dinheiro rapidamente) quando você precisa.


Para começar, você pode investir em **Tesouro Selic** (perfeito para reserva de emergência por ser seguro e ter liquidez diária) ou **CDBs 100% CDI com liquidez diária** de bancos grandes, que oferecem segurança com uma rentabilidade previsível.


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#### **PILAR 02: Fundos Imobiliários**


**Aluguéis sem ter imóveis**


Já pensou em ser dono de parte de um shopping center? Ou de um hospital?

Com os FIIs, você se torna “sócio” de grandes empreendimentos imobiliários sem precisar comprar um imóvel inteiro, lidar com inquilinos ou pagar IPTU.

A cada mês, você recebe sua parcela dos aluguéis diretamente na sua conta.


O melhor?

Esses rendimentos são **isentos de Imposto de Renda** para pessoas físicas!

Imagine receber todo dia 15 uma parte do aluguel que o Banco Itaú paga pelo prédio onde funciona, ou uma fração do que as lojas pagam para estar em um shopping.


Com investimentos por menos de **R$ 10**, você já consegue diversificar entre diferentes tipos de imóveis comerciais — algo impossível no mercado imobiliário tradicional.


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#### **PILAR 03: Ações**


**Torne-se sócio dos gigantes**


Quando você compra uma ação, está comprando um pedacinho real de uma empresa.

Não é aposta ou especulação — você literalmente se torna dono de uma fração daquele negócio.


Pense nas empresas que fazem parte da sua vida: o banco onde você tem conta, o posto onde abastece, o supermercado onde faz compras.

E se, além de ser cliente, você também fosse dono e recebesse parte dos lucros delas?


Ao investir em ações sólidas e lucrativas pensando no longo prazo, você não só pode ver seu patrimônio crescer com a valorização das empresas, como também receber dividendos regularmente.

Como diria Warren Buffett:


> “O tempo é amigo das empresas extraordinárias, e inimigo das medíocres.”


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#### **PILAR 04: Investir no Exterior**


**Fugindo do Risco Brasil**


Lembra que eu falei lá no começo deste resumo que é importante diversificar os investimentos?

Depender apenas da economia brasileira é como colocar todos os ovos na mesma cesta.


O investimento internacional permite que você:


* Proteja seu patrimônio contra crises locais;

* Tenha acesso a empresas inovadoras como Apple, Google e Amazon;

* Diversifique em moeda forte, reduzindo o impacto da desvalorização do real;

* Participe do crescimento de economias mais maduras e estáveis.


Você pode começar facilmente através de **ETFs globais**, que são ativos que investem em várias empresas de acordo com alguns critérios.


Qual será a próxima grande ação a deslanchar no mundo?

Ao escolher um ETF, você não precisa acertar — o ETF já faz isso por você.

Tudo o que precisa fazer é comprar mais cotas todos os meses, acumulando cada vez mais patrimônio em moeda forte.


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### **O Primeiro passo rumo à sua liberdade financeira**


Você chegou até aqui, e isso já diz muito sobre seu compromisso com um futuro financeiro melhor.

A verdade que quero deixar clara é esta: sair da corrida dos ratos e alcançar a verdadeira liberdade financeira **não é um sonho distante** reservado apenas para os “sortudos” ou “privilegiados”.


É um caminho real e possível para você, independentemente de quanto ganha hoje.

O que realmente importa é sua disposição para seguir uma estratégia consistente e a disciplina para mantê-la ao longo do tempo.


Pense na liberdade financeira como uma casa que você constrói tijolo por tijolo.

Alguns podem começar com mais tijolos, outros com menos, mas o processo é o mesmo para todos.

E o mais incrível?

Cada tijolo que você coloca começa a trabalhar para colocar outros tijolos automaticamente.


Vamos recapitular o que aprendemos juntos:


* A necessidade urgente de investir — deixar seu dinheiro parado é vê-lo derreter com o tempo;

* A simplicidade da estratégia "Feijão com Arroz" — uma abordagem sem complicações que funciona;

* Os 4 pilares fundamentais de diversificação:


  1. Renda Fixa — sua base de segurança e previsibilidade;

  2. Fundos Imobiliários (FIIs) — seus “imóveis” sem dor de cabeça;

  3. Ações — sua participação nas melhores empresas;

  4. Investimentos no Exterior — sua proteção contra riscos locais.


Esta estratégia não é apenas sobre acumular dinheiro.


Imagine acordar em uma terça-feira comum e perceber que, enquanto dormia, seus investimentos geraram o equivalente a um dia inteiro de trabalho.

Este não é um cenário fantasioso — é exatamente o que acontece quando sua carteira atinge um determinado tamanho.


Se uma pessoa investindo R$ 300 por mês por 25 anos pode acumular mais de R$ 560.000 (com um retorno médio de 12% ao ano), imagine o que você pode alcançar começando hoje e aumentando gradualmente suas contribuições à medida que aprende e cresce.


O momento de dar este primeiro passo é **agora**.


Não espere por um aumento, uma herança ou pela “hora certa”.

A hora certa é esta, enquanto você tem estas informações frescas na mente e a motivação para agir.

Comece pequeno se necessário, mas comece.

Sua jornada para a liberdade financeira é como uma bola de neve descendo a montanha — precisa apenas de um pequeno empurrão inicial para ganhar um momentum imparável.

E esse empurrão está em suas mãos neste exato momento.


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### **HORA DA PRÁTICA**


**Desvendando a Corrida: Seu Ponto de Partida**


Parabéns! Você já deu o passo mais importante: decidiu que é hora de sair da roda dos ratos.

A Estratégia "Feijão com Arroz" é simples, mas exige um ingrediente essencial: ação.

E toda grande jornada começa com um diagnóstico honesto da sua realidade.


Lembra-se da incômoda sensação de que o dinheiro evapora no fim do mês, mesmo com o salário entrando?

Para quebrar esse ciclo, precisamos identificar, com precisão cirúrgica, os ralos por onde ele está escoando.


A verdadeira liberdade financeira não começa com um investimento mirabolante, mas sim com a clareza sobre seus próprios hábitos.

Este primeiro exercício é fundamental para transformar a frustração em capital de investimento.


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### **Seu Desafio Imediato: O Raio-X dos Últimos 30 Dias**


Não vamos esperar mais uma semana. O momento de agir é agora.

Sua missão é olhar para trás, revendo o ciclo financeiro mais recente.


1. **Rastreamento Total (30 Dias):**

   Abra seu extrato bancário, fatura do cartão de crédito e recibos dos últimos 30 dias.

   Você fará um rastreamento implacável de todos os seus gastos nesse período.

   Absolutamente todos os débitos e créditos.

   Do café rápido ao bilhete de ônibus, da parcela do streaming à compra do supermercado.

   Baixe os dados para uma planilha ou use um caderno.

   O método importa menos que a consistência.


2. **A Pergunta de Ouro – O Teste da Rodinha:**

   Analise cada despesa. Para cada item, faça a si mesmo esta pergunta:

   “Se eu precisasse trabalhar uma hora extra apenas para cobrir o custo deste item, eu ainda o teria comprado?”

   Circule, destaque ou pinte de vermelho todos os gastos para os quais a sua resposta honesta for **NÃO**.

   Estes são os custos invisíveis, os “lanches” e “mimos” que estão girando a sua rodinha de hamster, impedindo você de acumular.


3. **Calculando Seu Poder de Aporte:**

   Calcule a soma exata dos gastos que você destacou no passo anterior.

   O resultado é revelador: este valor é a quantia mensal que tem sido drenada pelo piloto automático da Corrida dos Ratos.

   Mais importante ainda: essa é a margem de capital que você pode começar a direcionar imediatamente para a Estratégia "Feijão com Arroz".

   Pode ser R$ 30, R$ 50 ou até mais de R$ 500 — não importa.

   Este valor, que hoje é consumido sem real propósito, será amanhã a sua primeira ferramenta de construção de patrimônio.

---


**Fim**

Fonte: vídeo "[AULA 01] COMO MONTAR UMA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS DO ZERO EM 2025"

Canal **Alberto Pompeu** — Duração: 1h19min59s



🔉️(890)_SERÁ QUE A GENTE COLHE MESMO O QUE PLANTA? [Comportamento] (Sérgio Cortella)

 



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SERÁ QUE A GENTE COLHE MESMO O QUE PLANTA?

(de Sérgio Cortella)


Boa tarde, minha gente!

Hoje o papo aqui no nosso programa é direto do coração...

Vamos conversar sobre uma daquelas frases que a gente ouve desde criança:

“Quem planta o bem, colhe o bem.”

Mas será que é sempre assim mesmo?

Será que o mundo devolve tudo o que a gente oferece?

Ou será que, às vezes, a vida parece meio injusta com quem tenta fazer o certo?

Pois é... O pensador Mario Sergio Cortella traz uma reflexão poderosa sobre isso — e eu quero dividir com você, que tá aí do outro lado, lavando uma louça, voltando do trabalho, cuidando da casa ou tomando um cafezinho em silêncio.


A gente cresce acreditando que a vida é justa, né?

Acredita que, se for honesto, vai ser recompensado.

Se for gentil, vai receber carinho.

Se fizer o bem, o universo vai agradecer e mandar bênçãos em dobro.

Mas aí... a vida acontece.

E a gente vê tanta coisa errada, tanta injustiça, que começa a se perguntar:

“Será que vale a pena ser bom num mundo que parece não retribuir?”

Quantas vezes você já não sentiu isso?

Você se esforça, ajuda, se dedica, e no fim das contas é deixado de lado.

Enquanto isso, tem gente manipuladora, interesseira, até cruel...

vivendo na boa, subindo na vida, ganhando aplauso de todo lado.

E a gente pensa: “Onde foi que eu errei?”

Mas veja só... Cortella lembra que a vida não é uma conta de mais e menos.

Não é uma planilha que soma o bem e devolve o mesmo tanto.

Ela é mais complexa, mais profunda, mais misteriosa.

Tem gente que planta veneno e colhe fortuna.

Tem quem pise nos outros e ainda seja promovido.

Tem quem finja ser bom e viva cercado de aplausos.

Mas também tem quem age com o coração limpo — e sofre em silêncio.

Esses são os que, muitas vezes, não veem os frutos do próprio plantio... pelo menos, não de imediato.

Mas Cortella nos lembra:

nem toda colheita é visível.

Tem fruto que o mundo não enxerga, mas você sente aí dentro, no peito.

É aquele sono tranquilo, a consciência leve, o coração em paz.

Isso, meu amigo, minha amiga, é o verdadeiro sustento da alma.


Agora, vamos falar a verdade:

A vida nem sempre é justa.

Tem gente que vai te ferir e nunca vai pedir desculpa.

Tem quem vai te usar e ainda vai sair como vítima.

Tem quem mente, engana e ainda é aplaudido.

E é nesse ponto que muita gente boa se parte por dentro.

Porque acredita que ser bom deveria garantir felicidade, reconhecimento, aplauso.

Mas nem sempre é assim.

E sabe o que é mais cruel?

Quem tem coração bom não sabe fingir.

Não consegue tratar mal só porque o mundo trata.

Não aprende a ser frio, mesmo depois de tanta decepção.

E aí, fica difícil continuar sendo quem você é.

Mas é justamente aí que mora o perigo:

se tornar aquilo que te feriu.

Tem gente que, pra não sofrer mais, levanta muros.

Mas o segredo não é levantar muro, é criar filtro.

Ser bom não significa ser bobo.

Ser honesto não é o mesmo que aceitar injustiça calado.

Plantar o bem não é garantia de colheita rápida.

Às vezes, quem planta o bem passa por longas estações de seca...

enquanto outros, que nada semearam, desfilam por aí com cestos cheios.

Mas cuidado: muitos desses frutos são comprados, roubados ou maquiados.

E tem uma diferença enorme entre quem planta de verdade e quem só ostenta o que não construiu.

Um sabe o que tem.

O outro só sabe o que finge.

Tem gente que sorri pra foto, mas chora quando apaga a luz.

Tem gente que parece estar vencendo, mas vive com medo de ser desmascarado.

Tem gente cheia de aplausos, mas vazia de abraços sinceros.

E tem você — que pode até estar cansado, lutando em silêncio, sem reconhecimento — mas olha no espelho e sabe:

“Eu não precisei pisar em ninguém pra chegar até aqui.”

Isso é raro, é valioso... e é verdadeiro.

Talvez os seus frutos ainda estejam crescendo num solo profundo, demorado, difícil.

Mas eles estão crescendo.

E quando vierem, vão ser seus, de verdade.

Não vão depender de curtidas, de aplausos ou de aparência.

Serão frutos firmes, de raízes profundas.

É por isso que vale a pena continuar sendo justo, mesmo quando a vida parece injusta.

Porque a paz que vem de uma consciência limpa não tem preço, mas tem peso.

Ela sustenta. Fortalece.

E dá uma coisa que os falsos colhedores nunca terão: respeito por si mesmo.


Agora, você pode estar se perguntando:

“Afinal, a gente colhe ou não colhe o que planta?”

E a resposta é: **nem sempre.**

Pelo menos, não da forma que a gente imagina.

A vida não é um sistema automático de recompensas.

O bem que você faz hoje pode demorar pra voltar.

Pode voltar por outros caminhos, de outras pessoas, de outra forma.

Às vezes, o bem não volta em dinheiro, mas volta em serenidade.

Volta em força interior.

Volta em sabedoria.

Volta em dignidade.

Volta em paz.


Fazer o certo nem sempre traz aplausos, mas sempre traz leveza.

Você não precisa parar de ser bom.

Precisa parar de esperar que a bondade te proteja da dor.

Ela não protege — mas sustenta.

Te mantém inteiro, de pé, coerente com quem você é.

Enquanto muitos vivem da aparência, você constrói raízes.

E quem tem raiz firme pode até demorar pra florescer,

mas quando floresce, ninguém derruba.

Então, meu amigo, minha amiga:

não desista de ser luz, mesmo quando o mundo parece escuro.

Continue plantando o bem, mesmo que ninguém veja.

Continue sendo justo, mesmo que ninguém te aplauda.

Porque cedo ou tarde, a vida — essa mesma vida que às vezes dói — vai te surpreender.

Nem sempre a gente colhe o que planta,

mas a gente colhe o que cultiva dentro da alma.

E isso, ninguém pode roubar.


E é com essa reflexão que eu me despeço de você hoje.

Que tal olhar pra sua vida e perceber quantas sementes boas você já deixou pelo caminho?

Talvez você ainda não veja a colheita...

Mas pode acreditar: o jardim tá crescendo — dentro de você.

Fique com Deus, e até o próximo programa! 🌻✨



Fim

Fonte: vídeo "A Verdade Chocante sobre Colher o que Plantamos | Mario Sergio Cortella" in https://youtu.be/VN9TPdaJWgI  |  Canal Códigos da Mente