O CARNAVAL DE HOJE AINDA É DE PAZ?
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O Carnaval de Salvador de 1986 foi um marco de inovação e celebração pacífica, conforme destacado na edição de 12 de fevereiro de 1986 do jornal A Tarde, que intitulou sua reportagem principal como "O Carnaval da Paz". Essa edição enfatizou a tranquilidade e a harmonia que prevaleceram durante os festejos, refletindo um ambiente seguro e acolhedor para os foliões.
Nesse ano, o cenário musical do Carnaval baiano foi enriquecido pela ascensão do samba-reggae, uma fusão inovadora do samba tradicional com ritmos caribenhos como o reggae e o merengue. Essa mistura proporcionou uma nova identidade sonora ao Carnaval de Salvador, destacando a criatividade e a diversidade cultural da região.
Paralelamente, o renomado músico Luiz Gonzaga participou ativamente do Carnaval de Salvador em 1986. Ele se apresentou no trio elétrico Carnaforró, ao lado de Dominguinhos e do grupo Bendegó, trazendo o forró para o circuito carnavalesco e ampliando a diversidade musical da festa. Essa iniciativa atraiu multidões e evidenciou a capacidade do Carnaval baiano de incorporar diferentes gêneros musicais, enriquecendo ainda mais a experiência dos foliões.
A edição de A Tarde também ressaltou a importância dos blocos afros e afoxés, que levaram a cultura dos terreiros para as ruas ao som do ijexá, contribuindo para a diversidade e riqueza cultural do evento. Essas manifestações culturais reforçaram a identidade afro-brasileira e promoveram a inclusão e representatividade no Carnaval de Salvador.
O Carnaval de Salvador de 1986 foi marcado pela inovação e pela diversidade cultural. O bloco afro Olodum, fundado em 1979, ganhou destaque ao incorporar o samba-reggae, uma fusão do samba tradicional com ritmos caribenhos como o reggae e o merengue, criada por Neguinho do Samba em 1986. Essa inovação musical enriqueceu o cenário carnavalesco baiano. Além disso, o renomado músico Luiz Gonzaga participou do Carnaval de Salvador naquele ano, tocando no trio elétrico Carnaforró ao lado de Dominguinhos e do grupo Bendegó, atraindo multidões e ampliando a diversidade musical da festa. Esses eventos contribuíram para a evolução do Carnaval de Salvador, reforçando sua posição como uma das maiores e mais inclusivas celebrações culturais do mundo.
Em suma, o Carnaval de Salvador de 1986, conforme documentado pelo jornal A Tarde, foi um período de paz, inovação musical e celebração da diversidade cultural, consolidando-se como uma das maiores e mais inclusivas festas populares do mundo.
Embora o Carnaval de 1986 tenha sido celebrado como "O Carnaval da Paz", marcado pela harmonia e pela inovação musical, a festa evoluiu significativamente ao longo das décadas. Hoje, o evento continua grandioso e diverso, mas enfrenta novos desafios, como o aumento da violência, a comercialização excessiva e a disputa entre trios elétricos e blocos privados, que limitam a participação espontânea do público. Além disso, questões como segurança, acessibilidade e a valorização das tradições culturais estão em constante debate. Resta a pergunta: o espírito de paz e coletividade daquela época ainda se mantém vivo nos carnavais atuais?
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Veja, a seguir, 17 fotos preto&branco que foram extraídas do jornal A Tarde; e mais 11 fotos coloridas de outras fontes.
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Pesquisa feita por Carlos Eduardo.
Fim
Fotos P&B:
Fotos cororidas: