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(Transcrito por TurboScribe.ai.)
A gravação que você vai ouvir agora é a leitura do livro A Força Interior em Ação da autoria de Abel Brito e Silva editado pelas Edições Paulinas.
INTRODUÇÃO
Este livro foi escrito para deixar claro que somos o que pensamos e que os pensamentos são as melhores armas de que dispomos para nos tornarmos felizes. Basta aprender como organizar os pensamentos e colocá-los para trabalhar a nosso favor.
Todas as pessoas com quem entramos em contato diariamente ou que trabalham conosco são os que são graças aos seus pensamentos. Se são felizes é porque pensam em ser felizes. Se são infelizes é porque mesmo que contra sua vontade permitiram que pensamentos infelizes preludiassem sua infelicidade atual.
Neste livro você aprenderá a pôr em funcionamento os princípios que o tornarão senhor de si e dono das circunstâncias. Às vezes você pensa que o deixar de distrair-se por um pensamento insignificante não tem nenhuma importância, mas tem. Muito mais do que você pensa.
É esse comando de pensamento que você irá aprender a pôr em prática em seu benefício. Mas não deixe a simplicidade do conteúdo distraí-lo. Concentre-se e perceba cada palavra com atenção.
Às vezes menosprezamos uma determinada coisa e lhe diminuímos a importância por causa de sua simplicidade. E com isso nós nos prejudicamos pois é na simplicidade que há entendimento. Fraco é aquele que permite que seus pensamentos controlem suas ações.
Forte é aquele que força suas ações a controlar seus pensamentos. Atrofiamos a nossa capacidade mental e moral ao pensar que somos capazes de realizar algo que observamos ou ouvimos. Somos, às vezes, capazes de fazer bem melhor se acreditarmos em nós mesmos.
O autor.
PRIMEIRO CAPÍTULO: MAGNETISMO HUMANO
O magnetismo humano é a força poderosa que impele ou repele o homem. Foi tratado no passado com assiduidade, continua a ser tratado atualmente e continuará até o fim dos tempos.
Só agora é que compreendemos melhor e com mais clareza essa força poderosa. Se você olhar ao seu redor e observar as pessoas em geral notará suas ações e atos e concordará com que a maioria delas parece não ter ânimo para nada. Olhares mortos, faces contraídas, semblante preocupado.
A razão está exatamente em não saber usar esse dom maravilhoso com que a natureza nos dotou e que poucos utilizam o magnetismo humano. E dessa minoria alguns utilizam-no instintivamente, outros forçando-o pela vontade conscientemente. Você fará maravilhas com o magnetismo humano quando conseguir controlar-o pela vontade.
Nesse capítulo e no seguinte você irá aprender como aumentar seu magnetismo pela vontade. Veja o exemplo seguinte. Se você estivesse preocupado com o aluguel do apartamento, do carro ou com outra coisa qualquer que o tornasse intimamente desanimado, as pessoas sentiriam automaticamente esse seu desequilíbrio interior e não lhe dariam atenção por muito tempo, não importando o assunto tratado.
O seu estado subjetivo refletiria na outra pessoa e esta, sentindo esse desequilíbrio, iria evitá-lo. O fato de as pessoas o evitarem é dado ao seu estado emocional deprimente. Como o sentido da vida é o equilíbrio, seu desequilíbrio emocional altera o seu relacionamento.
As pessoas sentem isso em você por causa da aura. Sobre a aura trataremos no próximo capítulo. Esta, por sua vez, reflete a depressão em torno do seu corpo como ondas de cores.
Não conseguimos ver as cores da aura a olho nu, mas as sentimos, o que é a mesma coisa. Agora vejamos outro exemplo. Se em sua casa e em seu meio tudo corre as mil maravilhas, deixando-o satisfeito consigo mesmo, tanto financeira quanto sexual e moralmente, você notará que, ao se dirigir a alguém, este o atenderá descontraído, com atitude saudável e o ouvirá pelo tempo que for necessário sem interrupção, pois sentirá seu equilíbrio subjetivo que deixará essa pessoa também equilibrada, não importando em que condições magnéticas se encontre.
Ela sentirá seu magnetismo e revidará para você o que ela mesma sentiu, fazendo-o dizer para si mesmo, é, parece até que hoje eu sou o dono do mundo, como estou feliz e as pessoas também. Quando aprender a usar e a pôr em prática esse poder, você se espantará, pois as coisas ocorrerão de acordo com seu comando, de acordo com a sua corrente de pensamentos, bem doutrinados, claro. Você está começando a observar o sentido do magnetismo, a força humana que existe no interior do corpo e que dele emana.
Todo ser humano é destinado a ser uma chama viva de autodomínio, confiança e amor, mas em geral está ainda muito abaixo do padrão normal que deveria ser. O controle do magnetismo. Para que tenhamos domínio sobre o magnetismo é necessário doutrinar à vontade.
Toda e qualquer faculdade da mente que queiramos usar para o nosso benefício e para o dos outros, assim como para aumentar o poder dessas faculdades ou controlá-las, só conseguiremos por intermédio da vontade. Portanto, é sobre a vontade que vamos tratar. Obrigue a vontade a aceitar a sua vontade.
Se não fizer assim, terá muito pouco resultado sobre o controle do magnetismo. Já dissemos que o magnetismo existe no interior do corpo e que de lá se irradia por intermédio da aura. Por isso, não poderemos ter muito controle sobre ele se não estivermos bem ou razoavelmente bem alimentados.
Se você estiver bem alimentado e com o corpo sadio, maior comando terá sobre o poder magnético, pois quanto mais fraco estiver o corpo, mais império exercerá sobre ele o espírito e quanto mais forte, melhor obedecerá ao espírito. Isso só não ocorrerá em condições extremas, por exemplo, quando você é maravilhosamente elogiado. O elogio atuará na corrente do subconsciente e este, por sua vez, suplantará as condições físicas, fazendo com que a aura se altere e se processe o empenho magnético.
Mas observe que só em condições de excitação é que o magnetismo humano é aumentado sem que se precise do estado saudável e nutritivo do corpo. Observe também que é em estado de excitação que ocorre em caso de doentes que recuperam a saúde. O doente é impelido pela imaginação e esta, por sua vez, desperta as correntes curativas do subconsciente.
O subconsciente, por um processo de osmose, automaticamente libera a cura. Em tais casos, todos sabem que o paciente não tem a mínima ideia do processo curativo. Aliás, para o paciente não importa a parte científica, mas sim recuperar a saúde.
Agora que você está mais familiarizado com o processamento do magnetismo humano, o importante não é saber como ele se dá cientificamente, e sim como ter controle sobre ele para o seu bem e o das outras pessoas. É fora de dúvida que uma imaginação disciplinada é o melhor exercício para aumentar o magnetismo humano. Mas, além da imaginação, há alguns, ou melhor, milhares, milhões de exercícios.
Mas não vamos nos concentrar absolutamente em exercícios. Por isso, darei apenas um exemplo para que você mesmo descubra, a partir dele, quantos exercícios quiser e melhores. Vejamos.
Fique, amanhã, no ponto de ônibus. Mantenha a fisionomia ligeiramente áspera. Olhar fixo e sério e rosto descontraído.
A seguir, imagine que do seu interior se irradia tamanha aura magnética que atrai qualquer pessoa e a qualquer distância, mas sinta essa radiação do seu interior. Como o campo visual é grande, se você olhar discretamente com classe para a lotação do ônibus, observará que um bom número de passageiros estará olhando para você, alguns mantendo ou imitando impulsivamente a sua atitude, hipnotismo. Isto acontece porque eles foram atraídos pelo seu magnetismo, como as agulhas são atraídas pelo imã.
Este exemplo de exercício para aumentar o magnetismo não foi dado para que você saia por aí querendo aparecer, pois ele deve ser praticado de modo discreto, de maneira que não leve a querer sobressair-se da multidão. Foi dado apenas para familiarizá-lo com essa fonte poderosa, o magnetismo humano, que pode ser aumentado e diminuído e dirigido pela vontade. Até uma criança sente quando alguém está forçando uma mudança de expressão, pois essa mudança, que não só a criança, mas também os adultos sentem, é superficial.
A verdadeira beleza, no entanto, é uma luz que está no coração, interior, e você pode externá-la com a vontade.
CAPÍTULO 2 AURA
A aura não pode ser vista a olho nu, dado que a sensibilidade dos nossos olhos não é refinada o suficiente para vê-la, mas podemos senti-la, como dissemos no capítulo anterior. Alguns sensitivos e estudiosos da aura dizem que é em torno da cabeça e dos membros que a sua radiação é mais atuante.
Alguns autores também frisam que a aura emana do corpo como um arco-íris. Cada cor designa um estado mental ou subjetivo e assim por diante, mas o que importa é controlá-la para o nosso benefício. Wolf Grigoryevich Messin, o mais célebre parapsicólogo da União Soviética, foi testado por Stalin e passou nas provas.
Stalin notou que Messin tinha controle quase total sobre a aura. O primeiro encontro com Stalin foi a chave para uma série de outros encontros de Messin com o ditador. Stalin ouvira falar da capacidade de Messin de projetar seu pensamento no espírito de outra pessoa.
Exigiu, pois, uma prova direta, espantosa, do talento de Messin. Este teria de realizar um assalto psíquico e tirar cem mil rublos do Oask Bank de Moscou, onde ninguém o conhecia. Messin aceitou o desafio e dirigiu-se ao banco.
Foi direto ao caixa e estendeu-lhe um pedaço de papel em branco, arrancado de um caderno escolar. Em seguida, abriu a pasta e colocou-a sobre o balcão. Depois, ordenou mentalmente ao caixa do banco que ele entregasse a enorme soma de dinheiro.
O idoso funcionário olhou para o pedaço de papel, abriu o cofre e dele tirou cem mil rublos. Messin ajeitou as notas na pasta e saiu. Foi encontrar-se com as duas testemunhas oficiais de Stalin, encarregadas da experiência.
Depois que estas constataram que a prova tinha sido satisfatoriamente realizada, Messin voltou ao caixa. Quando começou a devolver os maços de notas, o funcionário do banco olhou para ele. Olhou para o pedaço de papel em branco que ainda estava sobre a sua mesa e caiu ao chão, vítima de um sulto cardíaco.
Felizmente não foi fatal, disse Messin. Isto ocorreu no ano de 1940, na União Soviética. Além de Stalin, outros luminários como Einstein, Freud e Gandh testaram Wolfgang Merkel.
Seu poder era tal que Hitler chegou a oferecer 200 mil marcos de prêmio pela sua cabeça psíquica para que ele não descobrisse suas intenções. Você poderá dizer, isso foi Messin quem fez, e daí? E daí? E daí é que você e eu temos o mesmo poder de Messin para trabalhar a nosso favor. Na maioria de nós, no entanto, essa faculdade está adormecida e quando começarmos a procurar ela virá à tona em nossa ajuda.
Você notou que Messin tinha tal controle sobre a aura a ponto de iludir e alterar o controle cerebral do bancário. Este se tornou passivo e adormeceu às exigências psíquicas de Wolfgang Messin. É por essa razão que, às vezes, ao encontrarmos uma pessoa desconhecida automaticamente simpatizamos ou antipatizamos com ela.
Não se esqueça de que a aura pode ser verdadeiramente controlada pela vontade, assim como o magnetismo. A cobra e o gato atraem passarinhos com o potencial magnético que possuem, potencial que receberam da natureza e que usam instintivamente. O homem é muito mais poderoso do que a cobra e o gato e não usa, talvez nem 5% do potencial que possui.
Se, nas escolas, as crianças fossem ensinadas a usar esse potencial, sem dúvida a humanidade estaria muito mais evoluída.
CAPÍTULO 3 O PODER DO OLHAR
Nos dois capítulos anteriores você aprendeu como entrar em contato com as forças subconscientes e como controlar, em seu benefício, o magnetismo e a aura. Você está agora preparado para entrar em uma nova atividade e controlar uma nova lei.
Tudo pode ser inovado, melhorado e controlado. O gato e a cobra atraem o passarinho com a força magnética que possuem. Esta força magnética se realiza por apenas um dos 5 sentidos, pela visão.
Você já observou os olhos misteriosos do gato e da cobra? Já observou também os olhares sem vida da maioria das pessoas? Poucos têm um olhar vibrante e poderoso. A pessoa de olhar magnético é mais autônoma nos atos, enfrenta os problemas de frente, enquanto que os outros têm medo e não encaram a realidade. Quando alguém se é covarde, é porque o medo é seu mestre.
Quando alguém se torna o dono da situação, é porque o medo é seu escravo. Durov disse que o olhar humano tem energia concentrada em doses suficientes para paralisar a fera mais rosnante. Ele mesmo, numa situação que não podia evitar, mobilizou um enorme urso pardo, olhando bem nos olhos da fera, repreendeu-a severamente e obrigou-a a atendê-lo passivamente, imobilizada e hipnotizada pelo olhar de Durov.
Para tornar seu olhar magnético, faça este exercício. Procure, durante o dia, um lugar sossegado, onde você possa ficar despreocupado. Sente-se ou fique em pé.
Coloque, então, um pequeno objeto a uma distância de aproximadamente um metro e meio a dois metros e, sem piscar, fixe o seu olhar sobre ele. Obrigue-se a não piscar para não perder o efeito do exercício. Quando os olhos começarem a arder, feche-os.
Mantenha-os fechados por alguns segundos. Em seguida, repita o exercício por mais duas ou três vezes. No dia seguinte, após ter feito o exercício, ao conversar com uma pessoa, mantenha o olhar fixo e descontraído.
Se, durante a conversa, você desviar o seu olhar algumas vezes, de modo descontraído, tudo bem. Mas se a pessoa com quem você conversa quiser intimidá-la com o olhar, seja mais forte do que ela e não desvie o seu olhar antes dela. Se você o fizer, perderá dois pontos, um para ela e outro para você mesmo.
Para dominar este exercício, você deverá repeti-lo todos os dias. Após alguns dias, as pessoas passarão a vê-lo como você é subjetivamente, pois é com o olhar que transmitimos o nosso estado subjetivo, confiança, medo, desconfiança, complexo de inferioridade, ódio, amor, bondade, etc.
CAPÍTULO 4 IMAGINAÇÃO
A imaginação é mais importante que o conhecimento, disse Albert Einstein.
A força mais poderosa do mundo é a imaginação. Qualquer coisa que você imaginar se torna realidade. O quadro mental que você imaginar vai para o subconsciente e este responde automaticamente ao quadro imaginado por você.
Não há limites para a imaginação. A mente responde a milhares ou a milhões de situações e, no entanto, é sempre a mesma. Por isso, você tem liberdade de pensar qualquer coisa para você.
Se há algum limite, ele não está na mente e sim em você, que limitou seus pensamentos. A lei mental não lhe dará nada de graça se você mesmo, conscientemente, nada quiser. Para receber alguma coisa, teremos que dar alguma coisa em troca.
Para receber da mente em nosso meio físico, amor, abundância, saúde e felicidade, teremos que lhe dar o equivalente em pensamentos, amor, abundância, saúde e felicidade. Toda ação que praticamos, primeiro a imaginamos antes. Se você quiser mover agora o seu dedão, o seu dedão do pé, primeiro pensará em movê-lo.
Em seguida, a ação física será praticada. Para que você possa entender que os pensamentos são coisas, veja este exemplo. Imagine-se numa praia maravilhosa, observando as ondas do mar, maravilhado com o céu azul, sentindo o vento no seu peito, sentindo também seus pés afundando-se na areia, as gaivotas voando rasteiras sobre as águas.
Em seguida, imagine-se entrando numa funerária e sinta a mudança que acontece no seu íntimo. Portanto, para que os nossos pensamentos se tornem realidade, teremos de visualizar, sentir o que pensamos. Você observou como sentiu a mudança ao passar, em imaginação, da praia maravilhosa à funerária? É essa a sensação que deverá sentir em seus pensamentos, pensamentos agradáveis, de amor, abundância, saúde, liberdade, etc.
Mas sinta esses pensamentos. Acredite vivendo. Imagine-se abraçando, cheio de felicidade, sua mãe, seu pai, sua esposa ou seus irmãos.
Veja-os na tela dos seus pensamentos. Nada é bom ou mal em si. Isso depende de nossos pensamentos, já dizia Shakespeare.
No mundo em que vivemos, ou doutrinamos os nossos pensamentos, ou eles nos doutrinarão. É melhor doutriná-los a deixar-nos doutrinar. Inicialmente, obrigue os seus pensamentos a serem atendidos por você.
Até mesmo para tornar a mente mais lúcida, há vários exercícios que o ajudarão. Imagine sua mente como um enorme depósito. Neste depósito, milhões de gavetas.
Se há alguma ideia que queira, ou de que vá precisar mais tarde, mentalmente abra uma gaveta de um determinado lugar do depósito e arquive a ideia. Quando quiser essa ideia, é só ir ao arquivo buscá-la. Outro exercício mais fácil para ir doutrinando a mente é lembrar os nomes das pessoas associando-os a outros nomes.
Suponhamos, por exemplo, que você seja apresentado a uma garota que se identifica como Joana. Depois que ela for embora, reflita no nome Joana por um instante e associa-o ao nome Joana Dark. Se a associação que você fez foi bem feita, ao encontrá-la na próxima vez, automaticamente do nome Joana Dark, para identificar a sua amiga.
Vamos supor também que você encontre alguém que se chama João. Associa-o a João Paulo II, ou a um parente seu que tem esse nome. E assim por diante.
Utilizando a imaginação. Na faculdade de imaginação, há uma regra básica que não podemos deixar de considerar. A crença.
Explicamos que para ver nossos sonhos realizados, temos de utilizar três processos de vital importância para que o subconsciente aceite as nossas imagens mentais. Visualizar, sentir e acreditar. Visualizar, sentir e acreditar.
Todos pensam e criam suas fantasias mentais. Mas seriam todas as pessoas que veem seus sonhos realizados? Muitos ficam marcando passo e nunca saem do mesmo lugar. Com suas fantasias medíocres e sem vida.
Outros bloqueiam a imaginação. Bloqueiam porque detêm os pensamentos no portão da morada do subconsciente. Para que os pensamentos entrem morada adentro e se alogem no subconsciente, e para que este possa torná-los realidade, é necessário que você ponha vida nos pensamentos.
Segundo estes processos. Visualização, sensação e crença. Acreditar realmente.
O terceiro fator de os seus sonhos não se concretizarem, é porque, conscientemente, você se intromete no processo do subconsciente. Vamos supor que você imagine algo nobre e valioso. Automaticamente, você pensa na sua condição financeira presente.
Mas para adquirir isso, vou precisar de bastante dinheiro, vou precisar disso e daquilo. São tais pensamentos pessimistas que contrariam o processo do subconsciente. E este, por sua vez, pensa.
Bom, se ele pensa algo nobre, valioso e sabe como adquirir, então não vou interferir. Já que ele se acha capaz, não vou me meter. Se você não interferisse no processo do subconsciente, com seus bloqueios medíocres e baixos, o subconsciente saberia como entregar-lhe tudo quanto imaginasse.
Há, na alquimia da mente, um processo supremo que fabrica os tecidos com que os nossos sonhos são vestidos. Não há limites para a mente. Houve, e atualmente ainda há no mundo, milhares de homens e mulheres que deram e dão total critério a essa alquimia da mente.
Veja Rockefeller. Para tornar-se milionário, era um devoto do subconsciente e das leis mentais. E, de fato, tornou-se milionário, o rei do petróleo.
Rockefeller contou a amigos que um dia ficaram durante horas admirando uma grande nota de 4 mil dólares que Hefty, seu patrão na época, lhe entregara para guardar no cofre. Isto aconteceu no ano de 1855, quando tinha 16 anos de idade. Aos 25 anos, quando casou-se, já tinha 26 empregados e era rico.
Rockefeller aprendeu cedo os processos do subconsciente e a usar essa lei para seu benefício e dos outros. Enquanto Rockefeller admirava a grande nota, transmitia ao seu subconsciente, ao mesmo tempo, a sensação de posse de grandes somas sem interferir com pensamentos mesquinhos e duvidosos. Ele sabia que o subconsciente lhe traria riqueza, sem precisar da ajuda do consciente, eu menor.
Sabia que não há limites para o subconsciente, eu maior. Os processos da imaginação. O exemplo de Rockefeller é um excelente exercício para tomar como base.
É facílimo observar como o rei do petróleo punha vida e muita vida nas imagens mentais que utilizava. É por essa razão que disparou de modo assustador. Para o subconsciente aceitar integralmente suas imagens mentais, estas terão de sensibilizado.
Se não sensibilizarem, não haverá providência para o resultado. Você poderá pensar exatamente o contrário e dizer, como se explica que um destes dias, estando eu preocupado com algo ruim, que queria que não acontecesse, justamente aconteceu. Claro que tinha de acontecer.
Você queria que não acontecesse, mas tinha medo que acontecesse. O medo era a vida que se materializava no subconsciente. Este, por sua vez, respondeu a sua crença consciente, a crença do medo.
Teofrastus Bombastus, Felipe Paracelso, médico e sábio suíço, afirmou que, quer o objeto da nossa crença seja verdadeiro ou falso, os resultados serão os mesmos. Paracelso tinha razão. Se acreditarmos que não podemos ter alguma coisa, o subconsciente fará tudo para que realmente não a tenhamos.
Mas, se acreditarmos que podemos ter alguma coisa, o subconsciente moverá céus e terra para trazermos o que queremos. A única coisa que devemos fazer é respeitar a lei para que haja equilíbrio entre consciente e subconsciente. O subconsciente é fiel e responde a qualquer coisa que imaginamos.
Só não tem escolha. Esta é você que inconscientemente deve fazer. Por essa razão, se você pensar em coisas boas, terá coisas boas.
Se pensar em coisas desagradáveis, terá coisas desagradáveis. Agora, já sabe o segredo do subconsciente. Sair da frente dele e deixar que ele trabalhe para você.
Do contrário, nunca terá os seus sonhos realizados, pois ele não o atenderá se você ficar na sua frente. Esse é o segredo. Você entendeu agora que a sensação é a lei? Quando sonhamos, vivemos e sentimos os momentos do sonho.
Acordamos suados e cansados das atividades que este nos proporcionou. Há vida no sonho. As imagens são reais.
Isso é sensação. Quando se pensa banalmente, não se chega à consciência interior, subconsciente. Para chegar a ela, é necessário ter força suficiente para alcançá-la.
E essa força é a sensação que impulsiona os quadros mentais. Veja este exemplo. Alguém chega à sua casa.
Você está em seu quarto. Alguém da sua família vai atender o visitante. Identifica-o como um parente seu que você não vê há bastante tempo e que lhe trará grande satisfação ao revê-lo.
A pessoa que atendeu a porta vai ao seu quarto chamá-lo. Você irá ao encontro do visitante já procurando as palavras para cumprimentá-lo, porque sabe que em poucos segundos o estará vendo e vivendo, a satisfação de estar junto com um parente que não via há muito tempo. Ao ser avisado de que seu parente havia chegado, você entrou em um estado emocional de certeza de que, em poucos momentos, estaria com ele.
Você sabia, sentia, que ele estava ali, mesmo não o tendo visto ainda, pois tinha certeza de que iria vê-lo. É desse modo que você deve visualizar as coisas que quer, sentindo e vivendo o que imagina, para que a consciência interior subconsciente aceite o quadro visualizado e torne-o realidade. A lei da atração do subconsciente só aceitará seus quadros mentais se você obedecer a essas regras.
Thomas Edison acreditava apiamente nessa lei. Em suas pesquisas, seus ajudantes diziam-lhe que era inútil continuar tentando, mas Thomas Edison sabia que a lei da atração do subconsciente é infalível e descobriu a eletricidade para espanto dos seus auxiliares e de todo mundo. Bom uso também da imaginação fez Gandhi.
Ele foi preso porque tomara as dores de seus compatriotas. Na cadeia, seu vizinho de cela avisou-o sobre o inferno da cadeia, ao que Gandhi respondeu, aqui é um bom lugar para se repousar a mente, e continuou a leitura de seus bons livros. Eis a maxima de Epitecto.
Se um homem é feliz, é preciso que saiba que a razão da sua infelicidade é ele próprio. Se você colocar em seu quarto um cartaz com a palavra confiança, ou outra palavra que considere poderosa, e olhar diariamente para ele, acabará por incutir a essência da palavra confiança no seu caráter. Quando olhar para a palavra confiança, em todas as células do seu corpo vibrará o sentido profundo dessa palavra, e você, então, agirá impulsivamente por confiança.
Não é preciso forçar, aliás, a única coisa que não deve fazer. Basta olhar para a palavra e pensar em confiança, e no que significa. O crescimento da confiança em você será como o de uma planta que, por vê-la todos os dias, não notará o seu crescimento, mas se deixar passar alguns dias e voltar para vê-la, observará que seu tamanho não é mais o mesmo.
Imagine-se uma sequoia e não uma arvorezinha, que talvez nem sombra tenha. O mais ridículo e miserável é quem se contenta com o que é medíocre. O controle da vida consiste em aprender a ser honestos conosco, a aprender os efeitos sobre nós.
O poder está no interior do nosso ser. A razão do atraso do desenvolvimento mental e espiritual da humanidade está no fato de a escolha ter sido, muitas vezes, local de carência e inibição, em vez de ascensão da expressão. Ninguém poderá ensinar a elevação da consciência alheia sem primeiro elevar a sua.
Há esperança de que, no futuro, os orientadores abram as mentes e empreguem seus conhecimentos para educar com sabedoria e sem impor resistência, que é o meio da natureza para a expressão livre e plena da consciência. Einstein disse que sabedoria é simplicidade. Os orientadores sempre pregam o oposto, resistência.
Na escola, deve-se incutir pensamentos nobres na mente das crianças, pois as crianças de hoje serão os homens e as mulheres de amanhã. Elas percebem a semente quando estão recebendo um bom ensinamento ou não. A consciência da criança compreende integralmente as emoções, as reações, as explicações e é capaz de sentir o errado do certo e vice-versa.
A única diferença entre o adulto e a criança é que o adulto expressa melhor os seus pensamentos pela palavra, o que a criança não pode fazer por lhe faltar vocabulário suficiente. É necessário que incutam confiança, autodomínio e fé nas crianças. A fé, que deve ser incutida na mente das crianças, não é essa fé que dizem ser fé, sem que se a use para pô-la a nosso favor.
A fé legítima é aquela que o melhor representante da espécie humana, Jesus, o homem-Deus, demonstrou quando ressuscitou Lázaro. Retiraram-no então a pedra? Jesus ergueu os olhos para o alto e disse, Pai, dou-te graças porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves, mas digo isso por causa da multidão que me rodeia, para que creiam que me enviaste.
Tendo dito isto, gritou em voz alta, Lázaro, vem para fora! O morto saiu com os pés e as mãos enfaixadas e o corpo recoberto com um sudário. João, capítulo 11, versículos 41 a 44 Veja bem esta frase, Pai, dou-te graças porque me ouviste. Observe o tempo do verbo que Cristo empregou, Lázaro ainda estava enterrado, mas o mestre tinha certeza de que seria atendido.
Ao folhear a Bíblia, você encontrará no mesmo capítulo, João 11, 35, esta frase, Jesus chorou. Os judeus pensaram que Jesus havia chorado só por causa porque gostava de Lázaro, mas se enganaram. Ele chorou por causa da ignorância dos presentes e por estar comovido em lembrar-se da grandeza de seu espírito, sua grande demonstração de fé, que, logo a seguir, iria deixar a todos estuperfatos, estuperfatos, mudos de emoção.
E esse sentimento interior de certeza comoveu-o tanto a ponto de não se conter, e chorou. Juscelino Kubitschek, durante a missa de inauguração de Brasília, não resistiu à emoção do momento e chorou. Naquele instante, lembrou-se de que fora o autor de tudo o que ali se construíra, e isto o comoveu.
Há em nossa vida milhares de ações em que temos que fazer uso dessa grandeza interior, acreditar. A história do modesto empregado que não tinha coragem de pedir um aumento de salário ao seu chefe, mostra claramente o que é acreditar. Esse empregado trabalhava há alguns anos na mesma empresa, mas nunca tivera coragem suficiente de chegar ao seu chefe e pedir-lhe aumento.
Um dia a coisa aconteceu. O homem voltava do emprego quando olhou para o chão e viu enorme soma de dinheiro. O dinheiro que achara era suficiente para fazer sua independência.
Ele, sabendo disso, guardou o dinheiro e voltou imediatamente para a empresa. Entrou ao escritório adentro e dirigiu-se ao seu chefe, sem titubear. Cheio de confiança, falou-lhe em tom zangado.
Ou você aumenta hoje o meu salário, ou pague-me aquilo a que tenho direito e mande-me embora. É um absurdo trabalhar há tantos anos aqui e você não ver isso. O chefe ouviu com atenção e, admirado com a sua atitude, concedeu-lhe o aumento que merecia.
O empregado, satisfeito com o novo aumento de salário, correu ao banco para depositar o dinheiro que achara. Ao chegar ao caixa, o empregado do banco perguntou-lhe, onde o senhor arranjou esse dinheiro? É todo falso. O homem se segurou no balcão para não cair, mas logo se reanimou ao lembrar-se de que, falso ou verdadeiro, o dinheiro lhe dera coragem de pedir o aumento ao seu chefe.
Isso é fé. Ele teve fé no dinheiro achado, o que o encheu de confiança para dirigir-se ao seu chefe e falar do aumento sem inibição e sem se importar com o que ia acontecer. Resumindo, devemos cultivar sempre pensamentos positivos, obrigando-nos a não permitir que os pensamentos negativos nos atormentem.
Shakespeare disse que nada é bom ou mal em si, e isso depende dos nossos pensamentos. Salomão, antes de Shakespeare, falou a mesma coisa. O homem é o que pensa na sua alma.
A única coisa que devemos fazer é persistir em nossos objetivos. O homem não seria feliz em um universo fácil. Engano seu se pensar o contrário.
Todos os seres vivos, tanto racionais quanto irracionais, devem fugir, lutar, inibir-se para conseguir sobreviver. Não há vitória sem luta. Sem esta, a vida não teria graça.
Porém, há uma trava que poderá impedir o homem de lutar. Isso acontece quando não se sabe o que se quer. Ora, se uma pessoa não sabe o que quer, como poderá empenhar-se em alguma coisa? Ela não tem um ponto focal para onde se dirigir.
Hoje ela quer uma coisa, amanhã outra. Depois de amanhã, outra. E assim sucessivamente.
Nunca chegará a lugar nenhum. Aí fica esperando que caia do céu alguma coisa. Mas do céu só cai chuva.
De lá só vem os raios do sol. Já é um grande bem que a natureza faz por nós. Como pode alguém empenhar-se em algo se em seu íntimo não tem escolha? Veja este comentário feito pelo escritor britânico Robert Floyd Stevenson.
Durante 14 anos não tive um só dia de verdadeira saúde. Levantei-me doente, indisposto. Todavia cumpri meu trabalho sem trepidar.
Escrevi, estando na cama e fora dela. Escrevi durante enfermidades. Escrevi quando me torturava a tosse.
Escrevi quando minha cabeça se atordoava pela fraqueza. E durante tão longo tempo, parece-me, ganhei minha vida, minha aposta e recuperei minha luva. Sinto-me melhor agora, desde que vim ao Pacífico.
Contudo, poucos são os dias em que não me visita uma aflição física. E a luta prossegue, doente ou não, tão pequena a significação é a sua. Fui criado para uma peleja.
Vejo-me no campo de batalha em glório, numa cama entre vidros de remédios. Será que Stevenson lutava tanto porque achava que devia lutar, ou porque tinha prazer e amava o que fazia? Não é difícil responder a esta pergunta. Em primeiro lugar, devemos amar o que fazemos.
O amor é a suprema lei. Devemos amar tudo, a vida. Suponhamos que você conheça alguém que tem alguma doença que costuma chamar de incurável e que você sinta vontade de ajudá-lo.
Faça o seguinte. Primeiro, conscientize o doente sobre o valor da vida. Se ele demonstrar que dá valor à vida, que tem amor pela vida, já é um passo maravilhoso.
Faça-o apegar-se ainda mais à vida. O tempo para que ele recupere a saúde, então, será mínimo. Simples.
Ensine-lhe este exercício. Faça uma rápida descontração do corpo. Veja o capítulo para relaxar.
Abandone completamente a ideia da doença. Relaxe. Em seguida, peça-lhe que imagine uma pessoa que ame.
Mãe, esposa, irmão, etc. Veja essa pessoa sorridente e feliz por tê-lo de volta com a saúde recuperada. Mas, em seu quadro mental, deverá pôr vida e sentimento e acreditar que está realmente abraçando a pessoa amada.
Em seguida, deverá ler acontecimentos de milagre realizados por Jesus e pelos santos. Na Bíblia, há vários. A ressurreição de Lázaro, a cura de um cego de nascença, a multiplicação dos pães, Jesus que anda sob o mar, Daniel na cova dos leões e muitas outras passagens.
Conveniente também que leia os salmos de Davi, principalmente os de número 23, 42, 86, 102 e muitos outros que lhe agradem. Leia-os calmamente, concentrando-se em cada trecho e imaginando uma corrente de saúde e vida, inundando todo o seu corpo e todo o seu ser. Isto provocará forte reação no seu subconsciente e o tornará sensibilizado pela corrente e emoção.
E por um processo semelhante ao osmose, a cura se realizará. Faça os exercícios sem forçar nada. Deixe a imaginação trabalhar e não se importe com o resto.
Lembre-se do conselho de Émilie Coé. Quando a vontade e a imaginação estão em conflito, a última sempre ganha a batalha. Veja este exemplo, fornecido pelo próprio Émilie Coé.
Suponhamos que há no solo uma tábua de 10 metros de comprimento por 25 centímetros de largura. Está claro que todo mundo é capaz de ir de uma ponta a outra desta tábua sem pôr o pé fora dela. Mudemos, porém, as condições da experiência e façamos de conta que está colocada à altura das torres de uma catedral.
Quem terá, então, a coragem de avançar um metro apenas nessa estreita passagem? Os meus leitores? Não, sem dúvida. Antes de dar dois passos, começarão a tremer e, apesar de todos os esforços da vontade, fatalmente cairão ao solo. Por que não cairão? Por que não cairão se a prancha estiver interna? E por que é onde cair, estando ela no alto? Tudo simplesmente porque, no primeiro caso, se lida da figura que é fácil de ir de uma ponta a outra da tábua, ao passo que, no segundo, julgando-nos impossível, julgam que não podem.
E Émilie Coé concluiu. Observem que vocês têm boa vontade de avançar, mas imaginam que não podem, ficando, então, na impossibilidade absoluta de fazê-lo. Você percebeu a diferença entre vontade e imaginação? Não adianta querer colocar o carro na frente dos bois.
Obedeça a regra e você será beneficiado. Tranquilize a mente. Repouse o corpo.
Pense em tudo que é agradável e belo. Descontraia seu máximo e concentre-se no que foi ensinado. Pense em Deus como orada em você e que está trabalhando para você.
CAPÍTULO 6 TRABALHO E AMOR
O trabalho pode ser físico ou mental, mas é sempre inevitável. O que devemos fazer é amar o nosso trabalho para que possamos prosperar e ser felizes em nossas atividades. Um fariseu protestou contra Cristo por este ter realizado uma cura num sábado.
Sábado era, naquela época, dia consagrado ao descanso. O mestre repreendeu-o, dizendo, Meu pai não cessa jamais de trabalhar e eu, pois, trabalho também constantemente. Mas Jesus, homem imensamente superior, sabia amar o trabalho, as pessoas e, sobretudo, todas as coisas.
Os filósofos classificam em três ordens os trabalhadores, os inferiores, os ordinários e os verdadeiros. Os inferiores são aqueles que, pela instrução e educação deficientes, se mantêm na obscuridade, cheios de apatia e de constante descontentamento, cometendo frequentemente atos desabonadores sem refletir nos prejuízos e danos que possam causar aos outros, quer sejam colegas, parentes ou amigos. São eles os tolos, os preguiçosos, os arrogantes, os estúpidos e os ignorantes.
O ser, ou não alfabetizado, não inclui o trabalhador na classe dos inferiores, pois somente a condição do seu sentimento para com o trabalho classifica-o em uma das três espécies. Os ordinários são aqueles que veem o trabalho como um dever ou obrigação, dele esperando lucros, riquezas e posições. Tudo o que representa dever ou obrigação tem o seu limite.
Portanto, não é o trabalho verdadeiro, e sim forte desejo de ganho e ambição. Os ordinários são aqueles que veem o trabalho como um dever ou obrigação, dele esperando lucros, riquezas e posições. Tudo o que representa dever ou obrigação tem o seu limite.
Portanto, não é o trabalho verdadeiro, e sim forte desejo de ganho e ambição. Esses trabalhadores nunca se julgam felizes ou satisfeitos. São adeptos da escravidão pelo trabalho, porque pensam ser dele eternos escravos.
Os verdadeiros são aqueles que trabalham por amor, energia e persistência. Os grandes trabalhos são executados não pela força, mas pela perseverança, e a perseverança é amor. Estão incluídos nesta classe grandiosa todos os sábios, profetas e benfeitores, visto que os seus trabalhos foram executados para beneficiar a humanidade, sem que houvesse interesse próprio.
E também aqueles que trabalham pelo bem-estar coletivo, tudo fazendo para solucionar os problemas mais necessários da humanidade, incluem-se nesta categoria. Quanto à ostiosidade, o desânimo, a preguiça, tomam conta de uma pessoa, é porque esta não ama o seu trabalho e nem procura empenhar-se em uma atividade que venha a amar. Veja o que afirmou Catã.
É não se fazendo nada que se aprende a fazer o mal. Confiança em si mesmo.
CAPÍTULO 7 PARA QUE TENHAMOS CONFIANÇA EM NÓS, É NECESSÁRIO QUE SEJAMOS LIVRES.
Livres como o vento que sopra em qualquer lugar. Convém que tenhamos mente aberta. Não prejudicar ninguém, mas também não permitir que alguém nos prejudique.
E acima de tudo, não nos importarmos com os outros ou com o que dizem. Ser livre é vibrar com a vida, sentir a ressonância dessa vibração no peito dos que vivem conosco. Ter a perspectiva de que ela se propagará no coração daqueles que hão de viver depois de nós.
Com a liberdade sentimos uma sensação de vida e o caminho ficará aberto para a confiança. Procuramos confiança para sermos autônomos em nossas atitudes e atos. Não nos importamos com interferências de outras pessoas.
Assim, nos sentimos livres e realizados. Por falar em realização, eis o que John Davison Rockefeller nos diz. Essa é a metade de qualquer homem que procura desempenhar sua parte no mundo.
Construímos um navio de certo tamanho e de certa potência. E ele nos leva a determinada distância. Mas sabemos que podemos construir um melhor e ir mais longe.
Realização é isso. Para alguém se realizar, terá de construir seu navio e dirigí-lo ao seu objetivo, sem se importar com as ondas do mar. Mas se você se deixa levar pelos outros, será muito difícil conseguir êxito na vida.
Aliás, é impossível conseguir êxito sem confiar em nós mesmos. Pois toda vez que tivermos uma ideia, caberá aos outros corrigir-nos. E toda vez que quisermos pôr alguma coisa em prática, ouviremos a vozinha suave de nossa própria consciência punindo-nos e lembrando-nos de que são os outros que irão julgar a nossa ideia.
Assim, nós nos abstemos e nada pomos em prática. Tenha a disposição de gritar como Napoleão. Quando alguém tentava dissuadi-lo, tendo em vista as circunstâncias, Napoleão falava cheio de fé.
Aos demônios com as circunstâncias, estas eu as farei. Napoleão sabia que somente os derrotados e arrasados deixam seus atos à mercê dos outros. É necessário que sejamos fortes em nossas ações, pois o que diferencia uma pessoa da outra são as atitudes mentais, não importando como a pessoa seja fisicamente, branca, preta, alta, baixa, rica, pobre.
Não tem nada a ver. O que importa são as atitudes. O que você pensa, cria.
Não há outra saída. A lenda A Lâmpada de Aladim mostra que o que pensamos, criamos. Na lenda, Aladim é o homem.
A Lâmpada Maravilhosa é o subconsciente. Jesus, o Cristo, nos disse claramente, o reino dos céus está dentro de vós. Se Jesus, como muitos outros que encontraram o reino dos céus dentro de si, nos ensinou assim, porque várias religiões dizem que esse reino está longe de nós.
Essas religiões simplesmente fazem com que seus adeptos nunca encontrem a lâmpada, andando sempre no escuro e na ignorância e sempre à procura de apoio interior, porque sentem intimamente que lhes falta alguma coisa. Muitos dos que se dizem conhecedores da doutrina traduzem-na ao pé da letra e informam aos seus seguidores que assim é o certo, e que se o fizerem o contrário serão punidos por Deus. Vejam este comentário feito pelo grande filósofo francês René Descartes.
Jamais aceite uma coisa como verdadeira, senão depois de conhecê-la como tal, evitando a precipitação e a prevenção, além de só aceitar na órbita de seus julgamentos aquilo que se apresentar tão claro e tão distintamente ao seu espírito que não dê lugar a dúvidas. Para que você se sinta na certeza de que falou Descartes, é preciso que você se convença interiormente com fatos, não com argumentos vagos. Quando você se sente convencido internamente, sente também um equilíbrio na terra, corpo físico e no céu, mente.
Mas terá de descobrir pelo contato com seu interior, que está ligado a Deus, pois Deus vive e habita em nós. A Bíblia diz que Deus é vida. Se Deus é vida, nós temos vida.
E se temos vida, Deus mora em nós. É exatamente quando compreendemos este belo princípio que adquirimos confiança em nós. Devemos escutar a voz do Pai que vive em nós.
CAPÍTULO 8 AUTOSSUGESTÃO
A sugestão e autossugestão Sugestão é dada pelos outros. Autossugestão é dada por nós mesmos. Trataremos aqui da segunda autossugestão.
Dela é que nos beneficiamos. Os voodoos, os feiticeiros, dizem a um infeliz, Tal dia você morrerá. No dia marcado, o pobre infeliz morre.
Morre de medo. Se tivesse recurso para defender-se da praga, não morreria, porque ninguém no mundo tem poder de matar ninguém. Há uma máxima que diz que a praga virá por cima do praguejador.
No caso do praguejado acima, ele morreu porque deu poder negativo a si próprio. O medo da morte se armazenou em seu subconsciente e se infiltrou em cada célula de seu corpo. E a morte veio confirmar sua crença.
Crença do medo da morte. Lembremos sempre de Paracelso. Quer o objeto de nossa crença seja falso ou verdadeiro, os resultados serão os mesmos.
O subconsciente responde conforme a nossa crença. Ele não quer saber se o que queremos que se realize seja bom ou ruim para nós. Ele simplesmente realiza o que foi pedido para que realizasse.
O subconsciente não escolhe nada. Executa. Nós é que conscientemente devemos escolher o que entregar-lhe.
Aí sim, ele cuidará. O subconsciente não argumenta. Então, se você der a ele sugestões erradas, ele as aceitará como certas.
Assimilhe-se, por exemplo, a uma máquina xerográfica. Se você colocar na máquina um original bem nítido, a máquina lhe fornecerá uma fotocópia também nítida. Mas se o original não for nítido, a fotocópia não será melhor que o original.
A máquina não tem escolha. Tirará o que você colocar. Assim é o subconsciente.
Se você lhe fornecer sugestões boas, ele lhe dará coisas boas. Se lhe fornecer sugestões ruins, ele lhe dará coisas ruins. Veja o seguinte exemplo de sugestão negativa.
A cobra e a formiga resolveram pregar um susto no homem. Ambas iam ficar escondidas, e quando o homem passasse, a cobra, após o mordê-lo, se esconderia, de modo que o homem não a visse. Então a formiga apareceria.
Assim fizeram. Quando o homem ia passando, a cobra o picou e se escondeu, e a formiga se apresentou. O homem passou a mão na picada, olhou para a formiga e disse, Droga, formiga, vai morder o diabo! E foi embora.
Algumas horas depois, ia passando pelo mesmo local, outro homem. Desta vez, a formiga o mordeu e se escondeu, e a cobra se apresentou. O homem passou a mão na picada, olhou em volta e viu a cobra.
Deu algumas passadas, e caiu morto. O primeiro homem que foi realmente picado pela cobra, não viu, mas viu a formiga, avisou o seu subconsciente, Olha, fui mordido por uma formiga, formiga não mata ninguém, e eu acredito nisto. O subconsciente automaticamente respondeu a sua crença.
A crença de que a formiga não mata, logo, ele não poderia morrer, como de fato não morreu. Quanto ao segundo homem, que foi realmente mordido pela formiga, mas viu a cobra, avisou o seu subconsciente, Olha, fui picado por uma cobra, o veneno de cobra é mortal, e eu acredito nisto. O subconsciente deste homem respondeu imediatamente a sua crença.
A crença de que picado de cobra é mortal, logo, ele deveria morrer, como de fato morreu. Agora se entende perfeitamente como trabalham consciente e subconsciente. Tem de haver acordo e comando consciente.
Devemos nos autosugestionar construtivamente para receber os benefícios da nossa mente subconsciente. Vamos supor que você acredita em praga, e que uma pessoa o amaldiçoe, roga-lhe uma praga. Você ouviu dizer que essa pessoa possui poderes diabólicos.
Para não ser afetado pela praga, deverá agir assim. Em primeiro lugar, conscientizar-se de que não há poder nenhum no mundo capaz de matar ninguém, porque Deus, que nos governa, é para a vida, e não para a morte. Quem se incumbe de praguejar alguém está preso a sentimentos infames e baixos, logo, é digno de pena.
Você terá de reconhecer tudo isso, e, ao se conscientizar, se tornará também alicerçado em si mesmo, e se tornará autônomo, não ficando à mercê de sentimentos baixos. Pois, quando acontece que alguém praguejar, e a vítima ser afetada pela praga, é porque a própria vítima se puniu. Como acreditou em praga, o seu subconsciente fez tudo para que ela fosse afetada pela praga.
Vamos ao segundo passo para evitar que qualquer coisa desagradável lhe aconteça. Ao deitar-se, à noite, paralise a corrente habitual de pensamento e relaxe o corpo. Imagine-o desfalecido e totalmente descontraído.
E, em seguida, comece a pensar na criação de Deus. Nos animais, na selva, no mar com a sua bravura, nos pássaros, em você mesmo e em tudo que é supremo. A seguir, faça a seguinte autossugestão.
Deus, meu Pai, que vive em meu interior e está também em todo lugar, está inundando minha mente e meu corpo de amor e segurança. E cada vez mais estou cheio de vida. Vida de Deus, porque sou amorado de Deus.
Perdoo de todo coração aos meus inimigos e entrego-me a Deus, pois somente Deus sabe os designios de cada filho seu. Estou livre na mente de meu Pai, que vive em mim. Está feito.
Pronuncie esta oração várias vezes, o tanto que achar necessário. Faça-o pensando e sentindo cada palavra. Durante a oração, não pense no praguejador.
Obrigue-se a não pensar nele. Quando disser, perdoo aos meus inimigos e entrego-os a Deus. Não pense e nem forme imagem mental de ninguém.
Fale pensando na suprema consciência do nosso amado Pai, Deus. A autossugestão, limpo-se o subconsciente que estava entupido com rasidos de medo, superstição, dúvida e ódio, e substitui-os por amor, confiança, realidade, vida e paz. Uma senhora chamou-me um dia em particular e comentou, Eu estou desesperada com o caso que houve comigo, e começou a chorar.
Depois que se animou, continuou a história. Como você sabe, Apel, eu sou casada, tenho dois filhos e vivo bem com meu marido, mas age mal. Eu me envolvi com um homem e tive dois ou três romances com ele.
Depois disso, fico morta de medo quando começa a anoitecer, porque todas as noites tenho pesadelos. Várias noites, fiquei quase a noite inteira sem dormir para evitar sonhar. Sonho que estou subindo montanhas horríveis.
Outras vezes, sonho que estou nadando em lama sal. Quando não, sonho com animais ferozes me atacando. Ao acordar, estou suada e apavorada com esses pesadelos.
É horrível. Eu estou também com medo de que meu marido venha desconfiar do que aconteceu. Apesar de agora ter até ódio do homem com quem tive o caso.
Mesmo assim, certamente o nosso casamento será desfeito. Culpa minha. O arrependimento de I.M. era visível.
E também era grande o seu desejo de voltar a ter uma vida normal, dedicada à sua família e poder dormir tranquilamente à noite. O diálogo que tive com ela já foi um bom caminho para seu ajustamento mental e equilíbrio emocional. E a fez compreender que os pesadelos que vinha tendo todas as noites eram simplesmente reflexo da punição de sua própria consciência, pois ela mesma, consciente ou inconscientemente, achava que devia ser punida por infidelidade.
E a fez compreender também que não há entidade nenhuma punitiva no universo, mais eficiente do que a nossa própria consciência. Perguntei-lhe. I.M., você tomou injeção, não tomou? Ela respondeu automaticamente, claro.
Pois é, quando você ia tomar a injeção, a pessoa que ia aplicá-la a advertia. Deixe o braço mole, descontraído, senão a agulha pode quebrar no seu braço. Não falava? Ela respondeu que sim e concluiu.
I.M., é essa descontração que você terá de fazer à noite antes de dormir. Sentir todo o corpo descontraído e esquecer-se de todos os pesadelos anteriores. Em seguida, auto-sugestione-se do seguinte modo.
A minha consciência interior está tranquila por tudo que fiz no passado. Agora, sigo meu caminho em paz, pois estou envolvida no bem. A minha mente interior me dará um sono profundo e em paz.
Meus sonhos serão agradáveis e estarão em harmonia comigo. Está feito. Na mesma noite em que conversou comigo, I.M. relaxou o corpo como eu havia recomendado, repetiu a auto-sugestão e entregou-se ao sono.
Alguns dias depois, eu a encontrei novamente. Ela comentou. Abel, na primeira noite, a praga do pesadelo ainda se repetiu, mas um pouco confuso.
Na noite seguinte, eu já não tive mais medo de ir dormir como vinha tendo. Senti-me mais segura e não me lembro se sonhei. Da terceira noite em diante, tive sonhos habituais e, graças a Deus, estou aliviada.
Sinto-me outra. Assim é o processamento subconsciente. Como é embaixo, mente consciente, assim é em cima, mente subconsciente.
Se a mente consciente está apavorada, o subconsciente fará tudo para que a sua vida fique apavorada. O caso da I.M. é um exemplo. Ela se sentiu culpada e desejou silenciosamente ser punida, como estava sendo.
Assim é que a mente interior subconsciente trabalha. Capítulo 9 As reações subjetivas É enorme a variedade de reações subjetivas de pessoa para pessoa. São os momentos emocionais instáveis ou estáveis de cada pessoa que contribuem, que constituem essas reações.
É fácil observar essas reações subconscientes. Sabemos que nem todos os doentes recuperam a saúde ao visitar lugares sagrados, santuários ou centros espíritas. Os que ficam bons são aqueles que obrigaram o afloramento da imaginação na certeza da cura.
O subconsciente aceitou a crença consciente e liberou a cura. Os que não ficam bons são os que não sensibilizam o subconsciente, pois a imaginação destes não levou notícia alguma ao subconsciente. Logo, este nada pode fazer, pois não tem nada a fazer, como foi dito antes.
A sensação é a lei. Vejamos um exemplo típico de reações subjetivas. Vamos supor que você esteja saindo do trabalho para casa e que bruscamente começa a chover.
Você possui um documento que não quer que se mole e ainda está resfriado e não quer piorar. Você mora a apenas dois quarteirões do seu trabalho. Decide-se então a correr e a correr muito.
Ao chegar em casa, está bastante cansado e dirá É, eu nunca corri tanto como corri hoje, com medo da chuva. Engano. Mudemos a experiência.
Em outro dia, no mesmo local onde você começou a correr com medo da chuva, suponhamos que apareça inesperadamente um leão. Todos sobem aos muros para não morrer. Mas não há perto de você muro para subir, só uma solução, correr.
Aí entra a reação subjetiva. Você dirá automaticamente ao seu subconsciente Meu irmão, eu estou na maior perigo do mundo. Eu tenho que chegar em casa primeiro do que esse leão.
Você correrá com tanta disposição que mesmo dez campeões juntos de corrida olímpica não superariam. Não é difícil observar as duas comparações. Na primeira, você não criou reação subjetiva nenhuma, pois o documento molhado e resfriado não lhe acarretaria um grave problema.
E o seu subconsciente sabia disso. Você não inflamou a imaginação, pois não havia motivo para isso. No segundo caso, foi diferente.
Você inflamou a imaginação pelo medo desesperado de ser devorado pela fera. E isso sensibilizou profundamente o subconsciente. Este automaticamente doutou de forças fantásticas que, pela simples vontade, ser-lhe impossível possuí-las.
Isso é reação subjetiva. Com esse exemplo ficou mais clara a compreensão sobre reação subjetiva e a cura de doentes. Vimos que o doente que conseguiu ficar bom transmitiu ao subconsciente a certeza consciente de que ficaria bom.
O subconsciente, por sua vez, ficou sensibilizado pela imaginação aflorada. Houve reação subjetiva. No segundo caso, em que o doente não ficou bom, é porque não houve reação subconsciente.
Esse é o segredo. Franz Anton Mesmer, médico europeu, que faleceu em 1815, descobriu que, com a aplicação de imãs num corpo doente, poderia conseguir curas milagrosas. O próprio Mesmer conseguiu várias curas com pedaços de vidros e metal.
Ele sabia o que a sugestão pode fazer pelas pessoas. Simplesmente inflamava a imaginação do paciente e este aceitava, tinha fé no que Mesmer fazia. O próprio paciente, sem perceber, criava a reação subjetiva.
Então a cura era liberada, pois ninguém cura ninguém. A fonte de ouro de todo poder está dentro de cada um de nós. Há, sim, os mestres que sabem fazer despertar essa fonte no próprio paciente e mostrar-lhe como poderá utilizar-se dessa fonte inesgotável.
O maior mestre que melhor reforçou essa convicção com essa verdade foi o divino Mestre Jesus. Sempre que Jesus Cristo realizava alguma cura, perguntava antes ao paciente, Crê que eu te possa fazer isso? E em seguida dizia, Faça-se conforme a tua fé. Aí está a pergunta fatal que o mestre fazia para mudar a atitude mental do paciente.
Jesus sempre incutiu essa mudança de atitude mental na humanidade. É bem exemplificado no Novo Testamento. E aí lhe trouxeram um paralítico deitado num catra.
Jesus, vendo tão grande fé, disse ao paralítico, Tem ânimo, meu filho. Os teus pecados te são perdoados. Ao ver isto, alguns dos escribas diziam consigo, Está blasfemando.
Mas Jesus, reconhecendo seus pensamentos, disse, Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? Com efeito, o que é mais fácil dizer? Os teus pecados te são perdoados, ou dizer, Levanta-te e anda. Pois bem, para que saibais que o homem, o filho do homem, tem poder na terra de perdoar os pecados? Disse então o paralítico, Levanta-te, toma o teu catra e vai para casa. Ele se levantou e foi para casa.
Mateus 9, 2 a 7 Vejamos as seguintes frases de Jesus. Jesus, vendo tão grande fé, disse ao paralítico, Tem ânimo, meu filho. Os teus pecados te são perdoados.
Os escribas, por ignorância, não compreendiam o que Jesus queria dizer com essa frase. Mas adiante Cristo mostra claramente, com efeito, que é mais fácil dizer, os teus pecados te são perdoados, ou dizer, levanta-te e anda. Jesus queria dizer que aquele homem era paralítico porque acreditava em doença.
E se mudasse a atitude mental a respeito da doença, paralisia, para saúde e perfeição, e acreditasse na fonte inesgotável de saúde e vida que ele tinha dentro de si, de que seriam perdoados seus pecados, ficaria bom, mas seria paralítico e nem teria qualquer outra doença. Isto é fé, que os escribas daquela época não entendiam. Lamentavelmente, ainda há milhões no mundo de hoje que pensam como eles.
Uns querem sustentar seus pontos de vista com argumentos, sem mostrar fatos. Outros agem como discípulo inquieto, que chegou perto do mestre da seita zen e perguntou, mestre, qual o seu segredo? Qual o segredo da seita zen? O mestre fitou e respondeu, eu lhe respondo, mas só quando você estiver mais perto de mim. Capítulo 10 Equilíbrio Subjetivo Há várias obras em todo o mundo que nos dão condições de nos equilibrarmos subjetivamente.
Dentre elas, apenas uma se destaca, a Bíblia. É lamentável que milhões e milhões de pessoas a usem sem se dar conta da essência do seu verdadeiro significado. Alguns pegam-na e dizem, Jesus disse isso e aquilo, e se você não se arrepender, irá para o inferno.
Essas mesmas pessoas se esquecem de que elas mesmas estão no inferno da ignorância. Outros dizem, para ir ao céu você deverá ser pobre e humilde e muitas outras coisas, e se esquecem de observar suas próprias atitudes. Pelo modo corriqueiro, como muitos usam a Bíblia, é que um número infindável de pessoas se recusa até a folheá-la, porque a maioria pensa mais ou menos assim, eu pegar a Bíblia? Nunca! Já pensou se eu começar a ler a Bíblia e os meus amigos me virem? Vão pensar que fiquei maluco.
E se lembrarão subjetiva ou conscientemente de muitas ações que viram muitos praticarem com esse livro maravilhoso. E isso, ao invés de tornar-se aceitável, se tornará detestável. No entanto, essas pessoas são perdedoras.
Quero crer que, se tentassem folheá-la, poderiam encontrar um significado contrário ao que dela fazem. Muitos homens ilustres fizeram uso da Bíblia com sabedoria, ignoraram as aparências e descobriram o seu significado metafísico e profundo. Entre eles encontram-se Abraão Lincoln, Einstein, Rui Barbosa, Thomas Edison e muitos outros.
Conta-se que o primeiro, até mesmo quando ia à Casa Branca, o Abraão Lincoln, levava consigo a Bíblia. Isso se observa pelo comentário que o próprio Lincoln fez no dia em que Ebott o assassinou. Foi avisado intuitivamente por sonho de que seria assassinado.
Veja o comentário que Lincoln fez ao receber seus amigos na Casa Branca. O presidente disse que ficara perturbado por um estranho sonho e comentou Parece esquisito que se vejam tantos sonhos na Bíblia. Há 16 capítulos no Antigo Testamento e 4 ou 5 no Novo em que os sonhos são mencionados e muitas outras passagens por toda a Bíblia referindo-se a visões.
Se acreditarmos na Bíblia, teremos de aceitar o fato de que muitas coisas nos são reveladas através de nossos sonhos. Eu tive um sonho ontem à noite que não me deixou de perseguir. Ouvi soluços, como se um bom número de pessoas estivessem chorando baixinho, mas os planteadores eram invisíveis.
Fui de uma peça à outra da casa, mas não encontrei pessoa alguma. Ainda assim, os mesmos sons, pesarosos, de aflição, me acompanhavam enquanto eu andava. Todos os objetos eram me conhecidos, mas em parte alguma vi gente que estivesse a se lamentar, como se houvesse deslacerado o coração.
Fiquei intrigado e alarmado. Quando entrei na sala oriental, surpreso, defrontei-me com um quadro repugnante. Diante de mim havia um estrado, sobre o qual reposava um corpo em traje fúnebre.
Em volta, achavam-se soldados, postados como guardas, e uma multidão de pessoas a olhar pesarosamente o cadáver, cujo rosto estava coberto. Quem morreu na Casa Branca? Perguntei a um soldado. O presidente, respondeu ele.
Um assassino o matou. Logo veio uma explosão de pesar da multidão, que me fez despertar do sonho. Foi apenas um sonho, mas causou-me estranha irritação.
Todavia, não falemos mais sobre esse assunto. Pouco depois das dez horas daquela mesma noite, sexta-feira da paixão, 14 de abril de 1865, a despeito de todas as precauções tomadas para guardá-lo, Abraão Lincoln foi assassinado. Davi, autor dos Salmos, conhecia os princípios que devia adotar para bloquear os sonhos proféticos, como o de Lincoln.
Davi, quando acreditava que Deus queria puni-lo por alguns pecados que havia cometido, ele mesmo se desfazia da punição com a oração, a autossugestão, e nenhum mal lhe acontecia. Não há nenhuma entidade punitiva no universo. Se alguém é punido, é porque sua própria consciência o puniu.
Temos livre arbítrio. Podemos pensar do nosso modo. Anulando um sonho.
Suponhamos que você tenha sonhado com uma catástrofe, na qual você ou alguém de sua família estava presente. Acordou sobressaltado e preocupado com a reação do sonho. Quando o sonho tem significado e poderá materializar-se, fica forte reação em sua consciência.
Neste caso, faça o seguinte. Logo ao acordar sobressaltado, você estará muito impressionado e terá presentes todos os detalhes do sonho. Abandone a sensação do sonho e tente abandonar, e descontraia o corpo.
Relaxe por alguns minutos, poucos, e dê à sua mente interior, tranquila e pausadamente, a seguinte sugestão. A minha consciência interior, que tudo sabe e tudo vê, vai me dizer o que significa esse sonho. Está feito.
Repita por umas três ou quatro vezes e entregue-se novamente ao sono. Ao despertar em seu horário normal, fale à sua mente interior com convicção. Estou protegido por Deus que me envolve em paz, amor e proteção.
Se alguma coisa grave está para acontecer a você, a oração o deixará imune, pois uma aura poderosa de divina proteção o envolverá. A razão de se autosugestionar logo ao despertar do sono é para ficar mais fácil o contato com o subconsciente, pois, por causa do sonho, o subconsciente e a autosugestão encontrarão o caminho aberto. Há uma diferença entre a autosugestão ao receber uma notícia desagradável, como foi explicado anteriormente, e a autosugestão quando de um sonho catastrófico.
No primeiro caso, o subconsciente recebeu um choque brusco, desagradável. Qualquer pensamento negativo que se nutra só aumentará as impressões para que o subconsciente trabalhe negativamente. Logo, se a pessoa se autosugestionar, será pior.
No caso do sonho é diferente, porque o subconsciente está sensibilizado por si mesmo. O consciente não interferiu em nada, estava adormecido. Por essa razão, a autosugestão deverá ocorrer automaticamente, pois o subconsciente está trabalhando e o consciente passivo.
Apesar de o consciente ficar preocupado e abalado com o sonho, mesmo assim não conhece os designos interiores, pois não planejou nada. Pela manhã, ao despertar, a pessoa deverá dar ao subconsciente uma segunda autosugestão para que esta se torne a razão da proteção definitiva. Há vários autores que aconselham a autosugestão quando se está com algum problema.
Aconselham-na para que tudo corra bem. A intenção é boa, mas como usá-la em situações difíceis? Digamos que uma pessoa perdeu o emprego sem aviso prévio e que foi ao médico e ficou sabendo que está com doença grave. Como essa pessoa, em tais condições, conseguirá se autosugestionar? Vamos admitir que alguns consigam, mas uma minoria.
Essa minoria conseguirá, não pela sugestão em si, mas pelo domínio que instintivamente possui, o que é uma exceção. Mas a maioria não conseguirá, porque semelhantes notícias deixarão a pessoa quebrada, sem condições psicológicas de agir. Uma mente preocupada não consegue raciocinar perfeitamente.
Em segundo lugar, entra o caso da imaginação e a força de vontade que Emily Coé exemplificou. Quando as duas estão em jogo, é sempre e indiscutivelmente a primeira quem ganha a batalha. Porque se a mente está apavorada com a forte sensação desagradável do desemprego, ou outra coisa, e você tenta querer contornar a situação, dizendo, minha vida vai melhorar, vou arranjar um excelente emprego, ou vou ficar bom milagrosamente, a imaginação vai entrar em choque com a força de vontade.
Não adianta querer obrigar na raça o subconsciente a obedecer, a aceitar a autosugestão. Perdura a notícia desagradável como a sensação predominante. A autosugestão, no caso, é intrusa, simplesmente não surtirá efeito.
E a imaginação, que por sua vez está dando ordens ao subconsciente e este as está aceitando passivamente, pois sua lei é a lei da sensação, está trabalhando a favor do desespero e não a favor do bem. Portanto, a mente está perturbada e quase sem condições de raciocinar construtivamente. Por isso, não adianta a autosugestão, pois o subconsciente só a aceitará quando a mente estiver tranquila e em repouso.
Forçar é prejudicar-se mais. Para conseguir parar a perturbação mental e para o subconsciente ficar passivo e receptivo, você deverá adotar o seguinte princípio, pense no momento mais agradável que teve em sua vida. Todos nós tivemos vários, e viva essa experiência agradável.
Quando terminar de imaginar uma, imagine logo em seguida outra, para evitar que o subconsciente aceite a experiência desagradável que você teve. Pensando nos momentos agradáveis, você, conscientemente, obrigará o subconsciente a não aceitar a experiência desagradável e sem ser preciso usar a força de vontade como autosugestão, o que só iria complicar mais. À noite, é que os doentes pioram porque o corpo está em repouso.
O próprio paciente aceita conscientemente a doença e o subconsciente acata essa ideia, e assim o estado de saúde piora. À noite, é também quando se acumulam todas as lembranças do dia. Escute então alguma música de que goste e ao mesmo tempo pense em momentos agradáveis.
Quando for dormir, tenha sempre os mais nobres pensamentos, os melhores possíveis. Se o caso for de doença, poderá se autosugestionar nesses momentos, pois o subconsciente está receptível a pensamentos positivos e você está pensando construtivamente. Use inicialmente a técnica que foi ensinada no capítulo 5. Ler os salmos e imaginar uma corrente de amor e fluxo saindo do seu íntimo e dê a si mesmo essa autosugestão.
A suprema lei de amor e de bem e do bem está influindo agora por meu intermédio. Cada célula do meu corpo está inundada com a saúde e a vida do meu pai, pois sou a expressão de Deus e uma corrente de saúde está enchendo todo o meu corpo e todo o meu ser. Estou me sentindo agora saudável e feliz.
Está feito. E entregue-se ao sono pensando na criação maravilhosa de Deus. Se o caso não for de doença e sim outro problema, procure manter sempre os bons pensamentos para manter o espírito receptivo.
Relaxe, relaxe, relaxe e pense no bem e fale balbuciando. Estou feliz. Sinta a felicidade.
Estou feliz por esse problema. Mencione o problema. Estou feliz por esse problema ter sido solucionado.
Sinta a solução do problema. No dia seguinte, procure conscientemente resolvê-lo com a certeza de que será resolvido. Não se prolongue muito na autossugestão, pois isso só dificultará a concentração.
O exercício para relaxar o corpo, que será dado a seguir, deverá ser feito em algum horário durante o dia ou nas primeiras horas da noite. Se você o praticar muito tarde da noite, acabará dormindo. Por isso, faça-o nos momentos recomendados.
Procure um lugar em sua casa onde ninguém o perturbe, seu quarto de preferência, e deite-se na cama com a barriga para cima. Recline a cabeça e os ombros em um travesseiro, estendo os braços ao lado do corpo. Feche os olhos e imagine que você levou uma surra enorme e que seu corpo está mole, por causa das pancadas.
Pensando assim, seu corpo começará a se concentrar sem forçar em todas as partes do corpo. Concentre-se em seus pés. Sinta a sensação de formigamento.
Concentre-se na batata da perna. Sinta a mesma sensação. Concentre-se nos joelhos, nas rótulas.
Sinta-os relaxados. Concentre-se nas coxas. Sinta os músculos relaxados e com a sensação de formigamento.
Concentre-se nos órgãos genitais. Sinta-os relaxados. Concentre-se no tórax.
Sinta as batidas do coração. Sinta cada órgão relaxado. Em seguida, concentre-se no abdômen.
Sinta o estômago relaxado. Vá dominando e descontraindo cada músculo. Sinta uma sensação agradável.
Concentre-se em todos os músculos do peito e dos ombros. Relaxe-os. Sinta a sensação de formigamento em toda essa área.
Concentre-se no pescoço. Vá relaxando cada músculo. Sinta-os relaxados.
Concentre-se nos braços, antebraços e cotovelos. Sinta-os descontraídos como se o braço estivesse separado do seu corpo. Relaxe-os.
Concentre-se nas mãos, dedos, pulsos. Relaxe-os. Sinta a sensação de formigamento e um relaxamento profundo.
Concentre-se na cabeça, no couro cabeludo. Sinta o couro cabeludo como a parte móvel da cabeça. Sinta essa mobilidade.
Concentre-se no rosto, nariz, boca, ouvidos, olhos. Sinta cada um e vá entrando em completo relaxamento. Concentre-se no cérebro.
Sinta a massa encefálica. Sinta a mente prescrutando e entregue-se a uma paz profunda. Sinta a completa ausência do seu próprio corpo.
Sinta-o como se estivesse morto. Se, durante o relaxamento, você sentir que irá dormir, mesmo sendo nas primeiras horas da noite, dê ao subconsciente a seguinte sugestão. Vou relaxar durante 20 minutos.
Desperte-me após 20 minutos. Se você dormir 20 minutos após, acordará. Sentirá um forte formigamento no corpo.
É exatamente quando a sua mente subconsciente está respondendo ao seu pedido consciente. No passo seguinte, você poderá se auto-sugestionar com o que achar conveniente. Fim do livro.
Leitura feita por Carlos Eduardo da Silva, no dia 29 de maio de 1989, Salvador, Bahia, Brasil.
(Transcrito por TurboScribe.ai.)
FIM